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Doutrina Católica

CONCÍLIOS DE NICÉIA I e II

O Concílio de Nicéia I realizou-se de 20 de maio a 25 de julho de 325, durante o Pontificado do Papa Silvestre I (314 - 335). Teve como decisões principais: - A confissão de fé contra Ário:igualdade de natureza do Filho com o Pai. Jesus é "Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai". - Fixação da data da Páscoa a ser celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia da primavera. - Estabelecimento da ordem de dignidade dos Patriarcados: Roma, Alexandria, Antioquia, Jerusalém. A seguir são apresentados alguns dos documentos aprovados por este, que foi o primeiro Concílio Ecumênico da Igreja. "Alguns" porque certamente deveriam existir vários outros documentos; porém, infelizmente, apenas estes poucos que apresentamos é que resistiram ao tempo e chegaram até nós.

Documento-Descrição- INTRODUÇÃO 1 - O que foi o Primeiro Concílio Ecumênico de Nicéia? Estudos Diversos 1 - O Credo de Eusébio Estudos Diversos 2 - Digressões sobre a palavra "Consubstancial" Estudos Diversos 3 - Digressões sobre a palavra "Gerado" Documentos Oficiais 1 - O Credo de NicéiaLER Documentos Oficiais 2 - Os Cânones dos 318 Bispos reunidos em Nicéia da BítiniaLER Documentos Oficiais 3 - Outros Cânones de Nicéia segundo a versão Árabe Documentos Oficiais 4 - Carta de Constantino sobre a Celebração da Páscoa Documentos Oficiais 5 - Carta Sinodal à Igreja de Alexandria Estudos Diversos 4 - Digressões sobre a palavra "Cânon"Estudos Diversos 6 - Digressões sobre a Comunhão dos Enfermos Estudos Diversos 7 - Digressões sobre a Transferência de Bispos Estudos Diversos 8 - Digressões sobre a Usura Estudos Diversos 9 - Digressões sobre as Diaconisas na Igreja Primitiva Estudos Diversos 10 - Digressões sobre o Número de Cânones do Concílio de Nicéia I Estudos Diversos 11 - Digressões sobre a questão da Celebração da PáscoaLER Estudos Diversos 12 - Ação proposta sobre o Celibato do Clero Digressões sobre a Palavra "Consubstancial" (gr. "homousios") Os Padres do Concílio de Nicéia estavam por algum tempo prontos a concordar com o pedido de alguns dos Bispos, de usar somente expressões bíblicas em suas definições. Mas, após várias tentativas, começaram a pensar se seria possível esclarecer tudo dessa maneira. Atanásio descreve com muita inteligência e senso de observação como os via acenar com a cabeça, fazendo sinais um ao outro, quando o Ortodoxo propôs expressões que tinham em mente para escapar da necessidade de usar palavras novas.

A Controvérsia Iconoclasta - Definição do II Concílio de Nicéia (787)

Actio VII.

Mansi, XIII, 378 D ss

IA controvérsia começou com o edito iconoclástico de Leão III (o Isáurico), em 726. Entre os motivos estava o desejo de purificar o aviltado cristianismo da maior parte do Oriente, especialmente dos Bálcãs, onde as contínuas investidas de eslavos, búlgaros, sarracenos etc. tinham desmoralizado a população e quase destruído toda instrução. Nesta região o cristianismo rapidamente estava se tornando uma baixa superstição moral e intelectualmente inferior ao monoteísmo árabe. O edito provocou revoltas; o Papa Gregório II o denunciou; as cidades imperiais da Itália se rebelaram. Em 730, Leão depôs o Patriarca de Constantinopla, tomou parte das terras papais e submeteu as dioceses da Itália meridional e da Sicília a Constantinopla. Mas as incessantes guerras contra os árabes o impediram de impor sua decisão no Ocidente.

O Segundo Concílio de Nicéia, celebrado sob pressão da Imperatriz Irene, sendo o imperador ainda um menino, vedou, temporariamente, a ruptura entre o Oriente e o Ocidente, que de novo se manifestou em 815. Esta ruptura, deixando o papa sem proteção entre os lombardos, foi uma das causas da fundação do Império Franco. Embora Carlos Magno tivesse tomado o partido dos iconoclastas e repudiado o Segundo Concílio de Nicéia2, pedindo ao papa para excomungar o imperador, Adriano recusou-se a atender o seu pedido.]

Caminhando como que por uma estrada real e seguindo a doutrina divinamente inspirada de nossos santos padres e a tradição da Igreja (porque sabemos que sua tradição é a do Espírito Santo que habita na Igreja) definimos, com todo o cuidado e exatidão, que as veneráveis e santas imagens são erigidas da mesma maneira que a figura da preciosa e vivificante cruz; imagens pintadas, feitas em mosaico ou de outro material conveniente, nas santas igrejas de Deus, sobre vasos e vestimentas sagradas, em paredes e quadros, em casas e ao lado das estradas; imagens de nosso Senhor e Deus e Salvador Jesus Cristo e de nossa imaculada Senhora, a santa Genitora de Deus, dos veneráveis anjos e todos os homens santos. Com efeito, quanto mais são contemplados por meio de tais representações tanto mais os que os contemplam são incitados a refletir nos seus originais, a suspirar por eles e a tributar às imagens o tributo de uma saudação e a reverência da honra3, sem tributar-lhes a verdadeira adoração4 que está de acordo com nossa fé e que é devida somente à natureza divina; mas, assim como às figuras da venerável e vivificante Cruz, ao santo Evangelho e aos outros monumentos sagrados, assim também a essas imagens devemos conceder a honra do incenso, o oferecimento de luzes, como piedoso costume que foi da Antigüidade. Pois as honras tributadas às imagens passam aos seus originais e aquele que adora uma imagem adora a pessoa nela pintada...

Fonte: Documentos da Igreja Cristã,

Bettenson, Henry (Editor)

Ed. Aste/Simpósio - São Paulo, 1998

nº 131 - Pág. 162-163

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Notas:

2 Num concílio em Frankfurt, 794, onde o Concílio de Nicéia foi falsamente apresentado como recomendando tributar às imagens o mesmo servitium e adoratio que à Santa Trindade.

3 timêtiké proskinêsis.

4. Alethinê latreía.

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