DOUTRINA CATÓLICA

INFO

Papa reafirma celibato e anuncia santos

O papa Bento XVI reafirmou neste domingo a regra do celibato de padres da igreja Católica Romana, rejeitando sugestões de que a maneira de enfrentar a falta de padres seria permitir que se casem. Em discurso na primeira cerimônia de canonização de seus seis meses de pontificado, ele também manifestou solidariedade com a Igreja da China, onde o governo comunista não permite que os católicos reconheçam abertamente o papa e o Vaticano. Os novos santos da Igreja proclamados pelo papa, em missa ao ar livre na Praça de São Pedro tomada pela neblina, incluem dois italianos, um chileno e dois poloneses. Em sua homilia, o papa concentrou-se no tema do celibato, um dos debates do sínodo de três semanas que terminou com a missa deste domingo. "O celibato que padres recebem como um presente precioso e sinal do amor indivisível em relação a Deus e seu vizinho é fundamentado no Mistério Eucarístico, celebrado e adorado", disse para dezenas de milhares de pessoas. A falta de padres para atender os membros da Igreja, que são mais de 1,1 bilhão, dominou o sínodo - em que mais de 250 participantes apresentaram propostas ao papa sobre diversos temas. Liberais como o grupo dissidente "Nós somos a Igreja" dizem que a solução a longo prazo é tornar o celibato opcional para os novos padres, permitindo que se casem. Alguns bispos sugeriram que a Igreja ordene "viri probati", termo em latim para homens mais velhos, casados e com família conhecidos por levar vidas pessoais exemplares em suas comunidades e que tenham uma doutrina sólida na Igreja. O papa disse que os católicos precisam demonstrar sua fé claramente, dizendo que "não é admissível nenhuma dicotomia entre fé e vida". Uma questão do sínodo foi como lidar com políticos católicos que apóiam o aborto, que a Igreja considera assassinato. O papa também mandou uma "saudação fraterna" para Igreja da China, dizendo que seu sofrimento não é em vão. "Com profunda tristeza sentimos a falta de seus representantes", disse Bento, em referência aos quatro bispos que foram impedidos de participar do sínodo. O Vaticano estima ter cerca de 8 milhões de seguidores na China, na "Igreja proibida". A associação oficial do governo chinês tem 5 milhões de seguidores. A China não tem relações diplomáticas com o Vaticano desde 1951, dois anos depois da revolta comunista.

Santos

Os cinco novos santos da Igreja são Jozef Bilczewski (1860-1923), arcebispo polonês que trabalhou na Ucrânia; Gaetano Catanoso (1879-1963), padre italiano que dedicou a vida a ajudar os pobres no sul da Itália; Zygmunt Gorazdowski (1845-1920), padre polonês que atuou na Ucrânia; Alberto Hurtado Cruchaga (1901-1952), padre chileno que ajudou os pobres e Felice Da Nicosia (1715-1787), monge italiano com reputação de santidade, apesar de ter sido analfabeto (23/10/2005 - Terra)

Sínodo - Papa espera uma Igreja mais missionária

Vaticano, 24/10/2005

Ao encerrar o Sínodo dos Bispos no Domingo Mundial das Missões (DOMUND), Bento XVI confessou sua esperança em que desta assembléia episcopal surja uma Igreja mais missionária. Antes de rezar a oração mariana do Ângelus, o Papa sublinhou «o laço que existe entre a missão da Igreja e a Eucaristia», pois, de fato, como ele reconheceu, cada missionário deve ser «pão partido para a vida do mundo». «A ação missionária e evangelizadora é a difusão apostólica do amor que se encontra como concentrado no santíssimo sacramento», declarou. Segundo o bispo de Roma, «quem acolhe a Cristo na realidade de seu corpo e sangue não pode guardar para si este dom, mas que é empurrado a compartilhá-lo no testemunho valente do Evangelho, no serviço aos irmãos em dificuldade, no perdão das ofensas». «Para alguns, ademais, a Eucaristia é germe de um específico chamado a deixar tudo para ir anunciar Cristo a quem ainda não o conhece», afirmou. O Papa pôs nas mãos de Maria, «mulher eucarística», como definiu João Paulo II, «os frutos espirituais do Sínodo e do Ano da Eucaristia». «Que ela vele pelo caminho da Igreja e nos ensine a crescer na comunhão com o Senhor Jesus para ser testemunho de seu amor, no que está o segredo da alegria», desejou.

Papa nomeia Lluís Martínez Sistach arcebispo de Barcelona

VATICANO - O Papa João Paulo II nomeou Lluís Martínez Sistach , de 67 anos, novo arcebispo de Barcelona (nordeste da Espanha) e desmembrou esta arquidiocese em três dioceses, Barcelona, Terrassa e Sant Feliu de Llobregat, informou hoje, o Vaticano. Martínez Sistach era até agora arcebispo de Tarragona e substitui no cargo o cardeal Ricard María Carles , que apresentou sua demissão ao Papa há quase três anos devido à idade avançada. Carles esteve 14 anos à frente da arquidiocese catalã, a segunda maior da Europa, depois da de Milão. O Papa também aceitou hoje a renúncia do prelado auxiliar de Barcelona Pere Tena Garriga. Como novo arcebispo de Tarragona foi nomeado pelo Papa o sacerdote Jaume Pujol Balcells, de 60 anos, membro do Opus Dei. O Pontífice nomeou ainda como primeiro bispo da recém-criada diocese de Terrassa Josep Angel Saiz Meneses, até agora prelado auxiliar de Barcelona, e como bispo de Sant Feliu de Llobregat, Agustín Cortés Soriano, até agora bispo de Ibiza. O porta-voz vaticano, Joaquín Navarro Valls, disse hoje que depois de criar as novas dioceses de Terrassa e Sant Feliu de Llobregat, desmembrando-as de Barcelona, o Papa elevou esta última arquidiocese à sede metropolitana. Navarro manifestou que a divisão da grande arquidiocese de Barcelona estava em estudo há um duas décadas. Depois da divisão de hoje, o número de habitantes da arquidiocese de Barcelona continua sendo de quase 2,5 milhões, disse Navarro. Já a nova diocese de Terrassa terá um milhão de habitantes e a de Sant Feliu de Llobregat, 670 mil.

EFE

Papa Bento XVI ordena a publicação das decisões do Sínodo ; Homenagem a Plinio Correa de Oliveira

Papa nomeia três novos bispos no Brasil

Vaticano - O papa João Paulo II nomeou hoje novos bispos para as cidades de Santos (SP), Mossoró (RN) e Tubarão (SC), depois da renúncia de seus titulares devido à aposentadoria por idade (75 anos), informou a secretaria de imprensa da Santa Sé. O pontífice nomeou o monsenhor José Clemente Weber bispo de Santos, no lugar do monsenhor Estanislau Amadeu Kreutz. Weber era até agora bispo titular de Porto Alegre. João Paulo II nomeou bispo de Mossoró o sacerdote Mariano Manzana no lugar do monsenhor José Freire Oliveira Neto. Manzano do clero de Trento (Itália), foi durante anos sacerdote no Brasil. Por último, nomeou como bispo de Tubarão o monsenhor Jacinto Bergman, até agora bispo titular de Pelotas (RS).

Papa explica o «Ano da Eucaristia»

Vaticano, 14/6/2004

João Paulo II explicou este domingo que convocou um «Ano da Eucaristia» porque o programa que propôs à Igreja para inícios do novo milênio baseia-se em «recomeçar a partir de Cristo». Ao recordar que muitos países celebravam este domingo por razões pastorais a solenidade do Corpus Christi -a celebração litúrgica na realidade acontece na quinta-feira anterior -, o pontífice dedicou seu tradicional encontro dos domingos com os peregrinos a afirmar o caráter central da Eucaristia para os cristãos. «O “Ano da Eucaristia” acontece no contexto do projeto pastoral que apresentei na carta apostólica “Novo Millennio ineunte”, na qual convidei os fiéis a “recomeçar a partir de Cristo”», afirmou antes de rezar a oração mariana do Angelus. «Contemplando de maneira mais assídua o rosto do Verbo Encarnado, realmente presente no Sacramento, poderão praticar a arte da oração e comprometer-se neste “alto grau” da vida cristã (a santidade, ndr.), que é condição indispensável para desenvolver de maneira eficaz a nova evangelização», seguiu declarando. Por este motivo, na quinta-feira passada, ao celebrar o Corpus Christi com a diocese de Roma, convocou para o próximo mês de outubro, em ocasião do Congresso Eucarístico Internacional de Guadalajara (México), um «Ano da Eucaristia». Esta celebração «especial» concluirá em outubro de 2005 com a assembléia ordinária do sínodo dos bispos, cujo tema será «A Eucaristia, fonte e cume da vida e da missão da Igreja». «A Eucaristia está no centro da vida da Igreja --sublinhou o Papa falando da janela de seu escritório adjunto à praça de São Pedro no Vaticano--. Nela, Cristo se oferece ao Pai por nós, fazendo-nos partícipes de seu próprio sacrifício, e se nos dá como pão da vida para nosso caminho pelas sendas do mundo. Em conclusão, afirmou ao dirigir-se aos milhares de peregrinos, este «Ano da Eucaristia» busca ajudar «cada comunidade a crescer na fé e no amor para com o mistério do Corpo e Sangue do Senhor».

Cardeal Francis Arinze , purpurado nigeriano , prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos , dicastério da Santa Sé que publicou no dia 23 de abril de 2004 a instrução «Redemptionis Sacramentum» , sobre temas que se devem observar ou evitar na celebração da Santíssima Eucaristia.

Zenit.org

Renúncias e nomeações no Brasil

Brasil, 15/6/2004

O Papa João Paulo II, acolhendo o pedido de renúncia apresentado por Dom José Freire de Oliveira Neto, em conformidade com o cân. 401.1 do Código de Direito Canônico, nomeou hoje, dia 15, bispo da diocese de Mossoró (RN), Padre Mariano Manzana, atualmente Delegado Episcopal das Missões, na arquidiocese de Trento, Itália. Padre Mariano nasceu no dia 13 de outubro de 1947, em Mori – Trento, Itália. Cursou Filosofia e Teologia no Seminário Diocesano da cidade de Trento. Foi ordenado sacerdote em 26 de junho de 1973. Exerceu os seguintes ministérios e funções: vigário paroquial da Paróquia de São Pio X, em Trento (1973-1976); missionário no Brasil: pároco em Umarizal, diocese de Mossoró (1977-1993); responsável pela formação dos seminaristas da diocese de Mossoró, no Seminário de João Pessoa, Paraíba (1987-1993); responsável pela Casa Diocesana do Clero da diocese de Trento; Delegado Episcopal para as Missões da diocese de Trento, desde 1993 até o presente. Também neste dia 15 de junho, o Papa João Paulo II acolheu o pedido de renúncia apresentado por Dom Estanislau Amadeu Kreutz e nomeou bispo da diocese de Santo Ângelo (RS), Dom José Clemente Weber, promovendo-o da sede de titular de “Gummi Bizacena” e do ofício de bispo auxiliar na arquidiocese de Porto Alegre (RS) Ainda hoje o Papa João Paulo II, acolheu o pedido de renúncia apresentado por Dom Hilário Moser, SDB e nomeou bispo da diocese de Tubarão (SC) Dom Jacinto Bergmann, promovendo-o da sede titular de “Ausuccura” e do ofício de bispo auxiliar na diocese de Pelotas (RS).

CNBB

Inquisição matou menos do que se imagina

VATICANO - O Vaticano afirmou ontem que uma pesquisa recente mostrou que muito menos pessoas foram torturadas e queimadas nas fogueiras da Inquisição do que se imagina popularmente. O papa João Paulo II elogiou a pesquisa, relembrando que, em 2000, a Igreja pediu perdão pelos "erros cometidos no serviço da verdade pelo recurso a métodos não evangélicos". "Na opinião do público, a imagem da Inquisição representa quase o símbolo... de escândalo", escreveu o pontífice sobre a pesquisa. "Em que grau essa imagem é fiel à realidade?" Durante a celebração do milênio da Igreja católica, em 2000, João Paulo pediu perdão pelos pecados que os católicos cometeram em nome de sua fé através dos séculos, incluindo os abusos da Inquisição, uma perseguição sistemática levada a cabo para defender a ortodoxia da doutrina. Católicos suspeitos de heresia, de bruxaria e todos considerados de fé dúbia, incluindo muçulmanos e judeus, que haviam se convertido ao catolicismo, foram os alvos. Em uma entrevista coletiva à imprensa para apresentar um livro de 783 páginas contendo as descobertas, o alto clero e pesquisadores envolvidos no projeto afirmaram que estatísticas e outros dados demolem os velhos clichês sobre a Inquisição. "O recurso à tortura e à sentença de morte não era tão freqüente como se acredita", afirmou Agostino Borromeo, um professor de história das religiões na Universidade Sapienza, de Roma. Mas, para muito acadêmicos, essas conclusões têm valor limitado. "As descobertas do Vaticano são interessantes, mas não podem desculpar o trabalho da Inquisição, que aterrorizou e levou milhares à expulsão de seus lares", argumenta David Rosen, diretor internacional de assuntos interreligiosos do Comitê Judeu Americano. Borromeo, que supervisionou os trabalhos, disse que, enquanto houve cerca de 125 mil julgamentos por suspeição de heresia na Espanha, os pesquisadores descobriram que apenas cerca de 1% dos acusados foi executado. Em Portugal, 5,7% de mais de 13 mil julgamentos diante da tribunais eclesiásticos, no século XVII e início do XVIII, foram condenados à morte. Em muitos casos, as cortes ordenaram que manequins fossem queimados, quando o condenado escapava à captura. Muitas das execuções, durante os séculos cobertos pela Inquisição, foram determinadas por tribunais não católicos, incluindo a caça às bruxas em países protestantes, segundo Borromeo. O estudo desenvolveu-se de uma conferência sobre a Inquisição, de 1998, no Vaticano, reunindo cerca de 50 historiadores e outros especialistas, inclusive não católicos, da Europa e América do Norte. "Antes de pedir perdão, é necessário ter um conhecimento preciso dos fatos", escreveu o papa em sua carta, expressando "grande apreciação" pela pesquisa. Ele disse que seu pedido de perdão de 2000 "foi válido tanto para os dramas ligados à Inquisição como para as lacunas de memória que lhes são conseqüência." Um historiador do Holocausto da Universidade de Toronto, Michael Marrus, especula se a promoção das descobertas, feita pelo Vaticano ontem, não refletiria as opiniões dos que, na hierarquia da Igreja, não dividem com o papa a paixão pelos pedidos de desculpa. Deixando de lado o que ele chama "jogo de números" das estatísticas da Inquisição, Marrus diz: "Enquanto o papa é um grande promotor de pedidos de perdão, nem todos na cúria e, certamente, nem todos na cúpula da Igreja estão tão dispostos a isso." Entre os que a Inquisição perseguiu está o grande cientista Galileu, que foi "reabilitado" pelo Vaticano durante o papado de João Paulo. Teresa d'Ávila e Inácio de Loyola, destinados a tornarem-se santos, foram investigados por heresia. Entre os alvos dos inquisidores estavam os valdenses, membros de uma seita protestante, que foi declarada herética no século 12. "Se houve mais ou menos casos (de morte na fogueira), não importa. O que é importante é que não se diz `Eu estou certo e você, errado, e eu vou queimá-lo', diz Thomas Noffke, um norte-americano, pastor valdense em Roma, onde, em 1560, à sombra do Vaticano, um pregador valdense foi enforcado e queimado.

Mentalidade

João Paulo disse que os teólogos devem ter em mente "a mentalidade dominante em determinada época." Borromeo nega que o Vaticano estivesse planejando reduzir os erros da Inquisição. "Não quero dizer que a Inquisição tenha sido uma instituição ética", disse na entrevista. "Isto não muda a natureza do problema - pessoas foram traídas por suas convicções religiosas. Mas, para os historiadores, números têm um significado." O cardeal Georges Cottier, um teólogo do Vaticano próximo ao papa, reforçou a necessidade de se analisar os fatos antes de fazer julgamentos sobre um período da história. "Não se pode pedir perdão por ações que não aconteceram", disse. Mas um dos presentes à conferência de 1998, o professor italiano da história da Renascença na Universidade de Siena, Carlo Ginzburg, tem suas dúvidas sobre usar estatísticas para chegar-se a um julgamento sobre o período. "Em muitos casos, não temos a evidência, a evidência perdeu-se", disse ( Tribuna da Imprensa )

Portugal

O funeral de D. António Cardoso e Cunha realizou-se hoje em Vila Real. A missa de corpo presente foi presidida por D. Joaquim Gonçalves, o titular da Diocese.

Papa nomeia D. Eusébio para a Pontifícia Comissão para a América Latina

Datada de 25 de novembro de 2002 e publicada em 12 de dezembro no L’Osservatore Romano, o Papa João Paulo II, nomeou o Arcebispo do Rio, D. Eusébio Scheid, Conselheiro da Pontifícia Comissão para a América Latina. A comunicação da nomeação foi feita em carta pelo Presidnete da referida Comissão, Cardeal Re, cuja íntegra é a seguinte:

Pontificia Comissión

Para América Latina

Prot. N. 1707/2002 Vaticano, 3 de dezembro de 2002

A Sua Excelência Reverendíssima

Dom Eusébio Oscar Scheid, SCJ

Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro

Excelência Reverendíssima ,

Com muita alegria lhe envio, desde a Presidência da Pontifícia Comissão para América Latina, o Ofício da Secretaria de Estado de Sua Santidade, datada em 25 de novembro de 2002, com o qual o Sumo Pontífice João Paulo II quis nomear-lhe Conselheiro da Pontifícia Comissão para América Latina, “ad quinquennium”. A nomeação de V. E. se fará pública no dia 12 de dezembro de 2002 no L’Osservatore Romano.

Como anexo a esta mandamos uma cópia do texto original da Carta Apostólica, dada em forma de Motu Próprio, “Decessores Nostri” (18 de junho de 1988), onde está explicada a natureza, estrutura e finalidade deste Organismo da Cúria Romana, sobre o qual também fala a Constituição Apostólica “Pastor Bonus” (28 de junho de 1988) nos artigos 83 e 84.

Ao mesmo tempo que lhe parabenizamos por esta nomeação Pontifícia, lhe asseguramos que a sua colaboração será muito apreciada para a realização das tarefas que foram encomendadas a esta Pontifícia Comissão, a serviço da Santa Sé e das Igrejas que estão na América Latina.

Aproveito esta ocasião para cumprimentar-lhe, Devotíssimo, em Cristo Jesus, Salvador e Evangelizador,

J. B. Cardeal Re

Presidente

+ Cipriano Calderón

Vice-Presidente

Cardeal Bergoglio: Só Cristo converte a multidão em comunidade

Buenos Aires , 15/6/2004

Ao presidir a festa do Corpus Christi, o Cardeal Jorge Bergoglio disse que só o “pão vivo” de Jesus “tem a força para coesionar a multidão”. “Só a força de sua morte na Cruz para fazer-se pão é capaz de converter as multidões em comunidades”, acrescentou o Purpurado e lamentou que as estatísticas atuais falem separadamente das crianças, idosos e desempregados. “Os números do Senhor são diferentes: ele aponta à comunidade e à solidariedade, ele vê ‘mesas de cinqüenta’, grupos de familiares e amigos, como os que se juntam nas festas, nas celebrações religiosas. Dali parte o Senhor para organizar sua comunidade, sua Igreja. Dali devemos partir para organizar a paróquia, o bairro e a pátria”, indicou o Arcebispo. O Cardeal Bergoglio lembrou que os cristãos “não queremos comer sozinhos o nosso pão: nem o da fé, nem o do trabalho. Não queremos aceitar resignados as estatísticas que já dão por descartados tantos irmãos nossos”. “Queremos ser comunidades que vivem desta força que dá a Eucaristia, para anunciar com nossa vida mais que com palavras, essa verdade do Evangelho que é transcendente porque fala de um além do individualismo, de um Reino que já está no meio de nós quando nos juntamos para compartilhar o pão em teu nome, Senhor”, acrescentou. O Purpurado manifestou que “uma vez mais , Jesus, no meio de nós, multidão, nos insta: organizem-se em comunidades à medida do pão. Organizem-se assim como fazem em seus centros os aposentados, nos comedores das escolas, nos lares de passagem, nas festas de bairro, nas cooperativas de trabalho, nas Cáritas, nas paróquias”. É preciso se organizar “de modo que nem faça diferença contar as crianças ou os idosos, porque estão incluídos onde comem os que sutentam a casa”, destacou. Na celebração, o Arcebispo renovou a consagração de Buenos Aires a Nossa Senhora de Luján e pediu aos fiéis que se preparem para o X Congresso Eucarístico Nacional a realizar-se de 2 a 5 de setembro na cidade de Corrientes.

Aci digital

Pela primeira vez , o Papa designou uma religiosa para desempenhar um alto cargo no Vaticano - a irmã Enrica Rosanna foi nomeada subsecretária da Congregação para os Institutos da Vida Consagrada , o ministério dos clérigos. A irmã Enrica Rosanna, 60, atualmente dirige a Universidade Salesiana, é a primeira mulher a chegar a um cargo tão elevado de uma congregação.

Papa diz que bispos devem impedir abuso sexual

VATICANO - O Papa João Paulo II disse ontem a bispos dos EUA, onde a Igreja Católica está envolvida em um escândalo de abusos sexuais de menores cometidos por religiosos, que é preciso fazer uma varredura nos seminários para que os futuros religiosos respeitem as regras eclesiásticas.

Em discurso para um grupo de bispos que visita Roma , o Papa , de 83 anos, disse que os candidatos ao sacerdócio têm que compreender bem que devem respeitar o celibato.

"Como pai e irmão espiritual de seus sacerdotes, o bispo deveria fazer tudo o que estiver em seu poder para encorajar os seminaristas a se manterem fiéis à sua vocação e às exigências para levar uma vida digna do chamado que receberam" (2004)

Papa nomeia novos bispos no Brasil - 17/5/2004

Roma, 13 (NE) O Papa João Paulo II nomeou novos Bispos no Brasil, segundo foi divulgado ontem através da Sala de Imprensa da Santa Sé. Como novo Bispo de Petrópolis, o Santo Padre nomeou Dom Filippo Santoro, até agora auxiliar de São Sebastião do Rio de Janeiro. Dom Filippo nasceu em 12 de julho de 1948 em Carbonara (Itália) e foi ordenado sacerdote em 1972. Foi consagrado Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro em 1996. A diocese de Petrópolis tem uma população de 760 mil habitantes, dos quais 600 mil são católicos. A diocese, localizada no Estado do Rio de Janeiro e sufragânea à Arquidiocese de Niterói conta com 109 sacerdotes e 459 religiosos para seu serviço pastoral. Deste modo, o Papa nomeou como Bispo de Nova Friburgo a Dom Rafael Llano Cifuentes, até agora auxiliar de São Sebastião do Rio de Janeiro. Dom Rafael nasceu no México e foi ordenado sacerdote pela Prelatura do Opus Dei. Em 1990 foi nomeado Bispo titular de Mades e auxiliar do Rio de Janeiro. Por último, o Papa João Paulo II nomeou o sacerdote Paulo Francisco Machado, novo Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Juiz de Fora. O bispo eleito nasceu em 1952 em Andorinhas, Brasil. Recebeu o sacramento da ordem em 1977 e até agora era reitor do seminário diocesano de Petrópolis.

Deus nos libertou do temor da morte , recorda o Papa - 17/5/2004

Roma, 13 (eclesiales.org) O Salmo 29, “Agradecimento pela liberação da morte”, foi o tema da catequese do Papa João Paulo II, ontem, quarta-feira. Ao dirigir-se aos peregrinos reunidos na Praça São Pedro para o encontro semanal com o Papa, o Santo Padre explicou que este salmo convida a dar graças a Deus “que nos libertou do temor da morte. (...) Passada a noite da morte desponta a alvorada do novo dia. A tradição cristã interpretou este salmo como um canto pascal. O salmista se dirige varias vezes ao Senhor tanto para anunciar que o louvará, para recordar o grito lançado para Ele no tempo da prova e sua intervenção libertadora, como para invocar de novo sua misericórdia”. "As sensações pessoais – continuou – oscilam entre a recordação terrível do medo sofrido e a alegria da libertação. (...) A morte deu lugar à perspectiva da vida que continua". O Santo Padre destacou a seguir que o salmo "nos ensina que não devemos deixar-nos aprisionar pela escuridão de cair na ilusão de salvar-se por nossas próprias forças. O Salmista é tentado pela soberba e pela auto-suficiência: "Eu pensava quando me sentia seguro: 'Jamais vacilarei'". "Os Padres da Igreja nos ensinaram – acrescentou – que esta é uma tentação que se insinua no tempo do bem estar e que os momentos de prova são um aviso divino para conduzirmos à humildade". O Papa concluiu afirmando que "a aspiração à vitória tem se mantido sempre apesar de tudo e se converteu ao final em uma grande esperança de ressurreição. A satisfação por esta poderosa aspiração foi plenamente assegurada com a ressurreição de Cristo, pela qual nunca daremos graças a Deus suficientemente”.