Doutrina Catolica

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Liturgia

6. Liturgia da Santa Missa

As partes principais da santa Missa são: Ofertório, Consagração e Comunhão. Ao lado destas partes ainda há muitas outras orações e cerimônias. O conjunto de todas estas orações e cerimônias constitui a liturgia ou rito da santa Missa. As cerimônias e orações do santo sacrifício da Missa vêm de tempos antiquíssimos e muitas delas, dos Apóstolos, e o seu sentido sublime e misterioso deve encher de devoção e respeito os nossos corações. As mais importantes são as seguintes:

Do começo até o Ofertório

(Ante-Missa)

I. - O sacerdote, chegando ao altar, desdobra um pano ( o corporal) e coloca o cálice sobre o mesmo. Seguem-se as orações ao pé do altar, que o sacerdote reza, alternando com os coroinhas que representam o povo. Estas orações constam: a) do Salmo 42, no qual se exprime o desejo da celebração do santo Sacrifício e a confiança no auxílio divino;

b) da confissão geral (Confiteor), que o sacerdote e o povo fazem para se purificarem dos pecados veniais que podem impedir o chegar com confiança e regozijo ao santo altar;

c) de orações que imploram a misericórdia divina.

II. - Feitas as orações ao pé do altar, o sacerdote sobe ao altar e beija-o em sinal de respeito. Dirige-se, depois, ao lado direito, onde reza o Introito, que geralmente contém trechos da Sagrada Escritura e refere-se à festa do dia.

III. - Depois o sacerdote volta ao meio do altar e reza, alternando com o coroinha o Kyrie eleison (Senhor, tende piedade de nós). São nove súplicas de piedade, sendo três dirigidas ao Pai, três ao Filho e três ao Espírito Santo. Ao Kyrie, segue-se ordinariamente o Glória ou canto dos anjos: Glória a Deus nas alturas.

IV. - Depois do Glória (ou depois do Kyrie, quando não há Glória), o sacerdote volta-se para o povo dizendo: "Dominus vobiscum" (O Senhor seja convosco). Desejando a mesma benção ao sacerdote, o povo, ou , o coroinha em nome do povo responde: "Et cum spiritu tuo" (E com vosso espírito). Esta piedosa saudação repete-se várias vezes na Santa Missa, entre o sacerdote e o povo, como que para se animarem mutuamente a perseverar no fervor. Depois o celebrante vai ao lado direito do altar e reza, em nome de todos os presentes, uma ou várias orações para as intenções gerais.

V. - Segue-se a leitura da Epístola (carta) tirada da Sagrada Escritura; geralmente é um trecho de uma epístola dos Apóstolos. À Epístola, segue-se o Gradual, ordinariamente tirado dos Salmos. Em determinadas Missas, à Epístola segue-se a Seqüência. Depois do Gradual ou da Seqüência, o celebrante dirige-se ao outro lado do altar e inicia a leitura do Evangelho. Este consta de um trecho de um dos quatro Evangelhos. O sacerdote, para ler o Evangelho, dirige-se ao outro lado do altar, para significar que o Evangelho (doutrina de Jesus), rejeitado pelos judeus, passou para os pagãos. Durante o Evangelho, os fiéis ficam de pé, para dar a entender que estão prontos a obedecer à voz de Jesus Cristo, que nos fala no Evangelho, e para mostrar respeito pelas verdades nele contidas.

VI. - Todos os domingos do ano, como também nas festas de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Santíssima Virgem, dos Apóstolos e Doutores da Igreja, diz-se, depois do Evangelho, o Credo. Assim termina a Ante-Missa ou Missa dos catecúmenos, assim chamada porque, nos primeiros tempos do Cristianismo, os catecúmenos e penitentes públicos eram despedidos pelo diácono depois do Evangelho.

Primeira parte principal: o Ofertório

I. - O sacerdote toma pão e vinho e os oferece ao Altíssimo. Por meio desta oferta, o pão e o vinho são antecipadamente santificados, para depois serem transformados no preciosíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, em que consiste essencialmente o santo sacrifício.

II. - A seguir o sacerdote lava as mãos - Lavabo - em sinal de que a alma deve estar purificada de todo pecado, e até das menores faltas para oferecer o santo Sacrifício. Depois, o sacerdote volta para os assistentes e os exorta a se unirem com ele na oração, dizendo: Orate frates! (Orai, irmãos!) Pede a Deus que aceite benignamente o sacrifício oferecido no que concerne a ele e aos assistentes. É com a mesma intenção que ele continua a rezar, em voz baixa, as Secretas, uma, duas ou três, conforme o número de orações rezadas.

Segunda parte principal: a Consagração

I. - Esta parte é preparada pelo Prefácio, solene oração de louvor e agradecimento. Como introdução, o sacerdote diz: "Sursum corda!" (Elevai os corações!) Por fim, une-se aos coros dos Anjos, dizendo: Santo, Santo, Santo, etc. II. - As orações, depois do Sanctus, são ditas em voz baixa, daí o nome de Missa Secreta. Dá-se o nome de Cánon à parte da santa Missa que vai do Sanctus até o Pater Noster porque estas orações não variam. Nas orações que precedem à consagração, reza-se de um modo especial pela Santa Igreja, pelo Papa, pelos Bispos, e por todos os fiéis, principalmente por todos os presentes e por aqueles pelos quais o sacerdote oferece a Santa Missa ou que ele quer recomendar a Deus de um modo especial. Depois que o sacerdote pede por toda a Igreja militante, ele faz a comemoração dos Santos para que Deus, em atenção a seus méritos e sua intercessão, nos proteja sempre com o auxílio de sua graça.

III. - Um sinal da campainha anuncia que se aproxima o momento mais santo da Missa. O celebrante toma o pão em suas mãos e diz sobre o mesmo as palavras prodigiosas da Consagração, pelas quais o pão se transforma no preciosíssimo Corpo de Jesus Cristo. Então o sacerdote faz uma genuflexão e adora a santa Hóstia; logo depois mostra-a ao povo, para que também adore a seu Deus e Salvador presente no altar. - O mesmo sucede com o cálice, depois que o vinho foi transformado no preciosíssimo Sangue de Jesus Cristo.

IV. - Depois da Consagração, o sacerdote pede, novamente, a Deus afim de que aceite benignamente este sacrifício para a salvação do povo; reza, então, pelos defuntos e lembra-se de novo dos Santos, pedindo admissão à comunhão dos mesmos.

Terceira parte principal: a Comunhão

I. - Como introdução a esta parte, o sacerdote reza em voz alta o Pater Noster que é o resumo de todas as petições. II. - O sacerdote parte a sagrada Hóstia, como também Jesus fez na última ceia quando partiu o pão.

III. - Em seguida, o sacerdote diz, três vezes, o Agnus Dei... (Cordeiro de Deus...), ao qual se seguem as orações preparatórias para a santa comunhão, as quais finalizam com o Domine, non sum dignus (3 vezes).

IV. - O celebrante comunga, recebendo, primeiramente, a sagrada Hóstia, e, depois, o preciosíssimo Sangue de Jesus. Enquanto isso, os fiéis devem fazer uma Comunhão espiritual, caso não comungarem realmente.

V. - Depois da santa Comunhão, seguem-se: a Ação de graças, a bênção do sacerdote (esta é omitida nas Missas para defuntos), e, por fim, geralmente, a narração do início do Evangelho de S. João, que nos anuncia a Incarnação do Filho de Deus. (Texto retirado do Grande Catecismo Católico, Pe. José Deharbes. Edições Paulinas, Imprimatur de 1945.)

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Liturgia

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8. Quadro Sinóptico da Missa

Preparação

ORAÇÕES AO PÉ DO ALTAR

In nomine Patris

Salmo Judica me

Confissão, com os versículos seguintes

Orações na subida ao altar

PRIMEIRA PARTE

Ante-Missa

(Liturgia catequética)

CANTOS, PRECES COLETIVAS, LEITURAS Intróito (canto de entrada)

Kyrie eleison

Gloria in excelsis

Colecta

Epístola

Gradual, Aleluia, Tracto

Orações preparatórias para o Evangelho

Evangelho

SEGUNDA PARTE

Sacrifício

(Liturgia eucarística)

OFERTÓRIO (Preparação do Sacrifício)

Antífona do Ofertório

Oblação do pão

do vinho

Invocação do Espírito Santo

Incensação

Lavabo

Oração à SSma Trindade

Secreta

CÂNON (Oblação do Sacrifício)

Prefácio

Sanctus

Te igitur

Memento dos vivos

Communicantes

Hanc igitur

Quam oblationem

CONSAGRAÇÃO do pão

do vinho

Unde et memores

Supra quae

Supplices

Memento dos defuntos

Nobis quoque peccatoribus

Doxologia final

COMUNHÃO

Preparação

Pater noster

Libera nos

Fracção da Hóstia

Agnus Dei

Ósculo da paz

Ors. preparat. para a Comunhão

Comunhão do celebrante

dos fiéis

Ação de graças Abluções e ors. que as acompanham

Antífona da Comunhão

Pós-comunhão

CONCLUSÃO

Despedida

Súplica à SSma Trindade

Bênção

Último Evangelho

NOTA: O formulário da Missa compõe-se de partes invariáveis, a que se chama «Ordinário», e de partes variáveis, que constituem o «Próprio». No quadro precedente indicam-se em itálico as partes variáveis.

(Quadro extraído do Missal Quotidiano e Vesperal, por Dom Gaspar Lefebvre, 1960)(AA São Joãomaria Vianney)

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