Apócrifos
_______________________________A propósito das referências frequentes às chamadas obras apócrifas , ou espúrias , não divinamente inspiradas , sobre Jesus Cristo e os apóstolos , por parte de autores de romance e também da grande imprensa , é necessário registrar que os doutores da Igreja trataram dessa temática com profundida , mostrando a falta completa de fundamentação doutrinária de tais correntes de pensamaento . Os gnósticos e sua doutrina foram condenados desde o começo , pelos padres da Igreja e também pelos Papas .
Os padres Justino , Ireneu , Tertuliano , Hipólito e Epifânio , por exemplo , tiveram contato direto com várias comunidades gnósticas -- grupos que recorriam a uma interpretação esotérica das Sagradas Escrituras e à pessoa de Jesus como revelador de um suposto conhecimento salvífico libertador para iniciados - afirmando-se como os verdadeiros cristãos . Foram , portanto , os padres da Igreja os primeiros a rejeitar esse conjunto de idéias errôneas que tentavam desfigurar a pureza da doutrina de Cristo , ameaçando a unidade da Igreja nascente.
Nessas obras , era apresentada a figura infantil de Cristo como um menino mau , irresponsável , que matava por razões banais , era mostrada Maria Santíssima sendo hostilizada pelos apóstolos , pelo fato de ser mulher , e também relações amorosas entre Cristo e Maria Madalena entre outras blasfêmias .
São obras de seitas gnósticas e de hereges que procuram distorcer a vida e a obra de Cristo a fim de atender aos interesses de suas concepções corrompidas ; por completo , apartadas da pureza da fé .
As obras apócrifas mais conhecidas são o Proto-Evangelho de Tiago , ou o Evangelho da Infância de Tiago Evangelho de S. Mateus , e os Gnósticos de Pedro , Felipe , Bartolomeu e Tomé
A Igreja de Roma classificou os seguintes livros , como documentos heréticos , e ordenou que fossem queimados :
-I e II Livros de Adão e Eva
-I e II Livro de Enoque
-Livro de Melquisedec
-Testamento dos Doze Patriarcas ( os escritos atribuídos aos doze filhos de Jacó )
-Apocalipse de Abraão
-Apocalipse de Moises
-Apocalipse de Elias
-Apocalipse de Baruch
-Livro da Ascenção de Isaias
-Livro de Asenath
-Proto Evangelho de Tiago
-Proto Evangelho de Mateus
-Evangelho de Tomé
-Evangelho de Tomé o Didimo
-Evangelho de Pedro
-Evangelho de Bartolomeu
-Evangelho de Nicodemos
-Evangelho de Felipe
-Evangelho dos Doze Apostolos
-Evangelho de Gamaliel
-Evangelho de José
-Ciclo de Pilatos
-Cartas do Senhor aos Apostolos
-Evangelho da Assunção de Maria
-Carta de Paulo aos Laodicenses
-Epistola de Barnabé
-Apocalipse de Pedro
-Caverna dos Tesouros ( "explica" a Biblia do Genesis a Ressurreição de Jesus )
- Pirquei Avot
Condenação da Igreja
_____________________________________________________________" The so-called Decretum de recipiendis et non recipiendis libris" is attributed to Pope Gelasius (495), reality is a compilation dating from the beginning of the sixth century, and containing collections made earlier than Gelasius. It is an official document, the first of the kind we possess, and contained a list of 39 works besides those ascribed to Leucius, "disciple of the devil", all of which it condemns as apocryphal. From this catalogue it is evident that in the Latin Church by this time, apocrypha in general, including those of Catholic origin, had fallen under the ecclesiastical ban, always, however, with a preoccupation against the danger of heterodoxy. The Synod of Braga, in Spain, held in the year 563, anathematizes any one "who reads, approves, or defends the injurious fictions set in circulation by heretics". Although in the Middle Ages these condemnations were forgotten and many of the pseudographic writings enjoyed a high degree of favour among both clerics and the laity, still we find superior minds, such as Alcuin, St. Bernard, St. Thomas Aquinas, pointing out their want of authority. An echo of the ancient condemnations occurs in the work De Festis B.M.V. of Benedict XIV, declaring certain popular apocrypha to be impure sources of tradition "( Enciclopédia Católica - Apócrifos )
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" Undoubtedly it was the large use heretical circles, especially the Gnostic sects, made of this insinuating literature which first called forth the animadversions of the official guardians of doctrinal purity. Even in the East, already the home of pseudographic literature, Origen (d. 254) exhibits caution regarding the books outside the canon (Comment. in Matth., serm. 28). St. Athanasius in 387 found it necessary to warn his flock by a pastoral epistle against Jewish and heretical apocrypha (P. G., XXVI, 1438). Another Greek Father, Epiphanius (312-403) in "Hæreses", 26, could complain that copies of Gnostic apocrypha were current in thousands. Yet it must be confessed that the early Fathers, and the Church, during the first three centuries, were more indulgent towards Jewish pseudographs circulating under venerable Old Testament names. The Book of Henoch and the Assumption of Moses had been cited by the canonical Epistle of Jude. Many Fathers admitted the inspiration of Fourth Esdras ( Enciclopédia Católica - Apócrifos ) "
Prof Everton N. Jobim