Doutrina Católica

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A Noite de São Bartolomeu

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A Noite de São Bartolomeu foi um terrível espetáculo de matança que se verificou no contexto da luta política e religiosa da França , entre católicos e huguenotes (protestantes) . Os protestantes gostam de usar este episódio para atacar a Igreja Católica como instituição perversa e sanguinária. Não foi uma ação determinada pela Igreja Católica , mas sim , pelos reis da França que temiam perder o poder. Os massacres começaram no dia 24 de Agosto de 1572 e duraram vários meses , vitimando entre 70.000 e 100.000 em toda a França. Em 1572 , após o casamento de Marguerite de Valois , irmã do rei francês com Henrique de Navarra , um agente da mãe do rei francês Carlos IX , Catherine de Medici , tentou assassinar o almirante líder dos protestantes Gaspard de Coligny , o almirante ficou levemente ferido , este fato , contudo , causou uma fúria descontrolada entre os huguenotes que avançaram contra os católicos e foram massacrados . Dizem os protestantes que o Papa Gregório XIII ficou muito feliz com o massacre e mandou rezar um Te Deum quando recebeu a notícia .

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Dom Demétrio Valentini - O bem e o mal

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Jales (SP), 6/1/2005

A mensagem de paz para este ano de 2005 chega com uma sábia recomendação de S.Paulo, em sua carta aos Romanos: "Não te deixes vencer pelo mal, vence antes o mal com o bem" (Rom 12,12). Olhada como recomendação, a mensagem é clara, e de fácil aceitação. Diante do mal, que pode assumir inúmeras formas, nada melhor do que multiplicar o bem, e anular os efeitos do mal com uma superabundância de bem. A inesperada situação do maremoto na Ásia, com suas terríveis conseqüências, parece trazer uma comprovação do teor desta mensagem. As gigantescas ondas que provocaram tantos desastres, suscitaram no mundo inteiro uma onda ainda maior de solidariedade. A maneira positiva de reagir diante do mal é fortalecer ainda mais o bem. Mas a mensagem traz igualmente uma advertência, mais difícil de ser percebida. Diante da espontânea correlação que todos fazemos entre o bem e o mal, caímos facilmente na tentação de achar-nos plenamente identificados com o bem, e em contrapartida, achar que os outros, sobretudo os nossos desafetos, estão completamente do lado do mal. Assim, acabamos pensando que os bons somos nós, e os maus são os outros. Esta presunção atinge sua dimensão trágica quando alguém, sobretudo se revestido de poder político e militar, se acha incumbido por Deus de combater o mal, que ele identifica com todos os que obstaculizam seus interesses e suas pretensões de dominação. Assim acontecem trágicos equívocos, que a história de nosso tempo continua atestando. Guerras iníquas, onde milhares de mortes ocorrem não por causas naturais, mas em conseqüência de decisões humanas comandadas pela ambição do lucro, pela vingança e pelo orgulho do poder. Quanto mais perversos os objetivos, tanto maior a necessidade de justificá-los com alegadas motivações de aparente bondade. Chega-se a destruir um país, com a cândida alegação de torná-lo, finalmente, uma perfeita democracia. Assim é que esta questão do bem e do mal exige uma reflexão mais em profundidade, para impedir que continue produzindo equívocos perversos. Diz o Evangelho que um homem rico procurou Jesus, para lhe perguntar: "Bom Mestre, que devo fazer para herdar a vida eterna?". Ao que Jesus logo lhe retrucou: "Por que me chamas bom? Só Deus é bom." (Lc 18,18-19). Esta afirmação de Cristo nos oferece uma baliza segura para situarmos adequadamente toda a complexa questão do bem e do mal. Esta sentença se constitui em verdadeira encruzilhada, onde se encontram e se conciliam tanto a dimensão ética, como a filosófica e a teológica do problema do bem e do mal. A boa filosofia, e a boa teologia, concordam plenamente com esta verdade afirmada por Cristo. "Só Deus é bom". Deus é o "sumo bem", o "bem subsistente", o "bem necessário", o "bem indispensável". Só Deus é a identificação plena do bem. Deus é o bem pleno, eterno, completo. As criaturas participam, proporcionalmente à sua realidade, da bondade de Deus. Todo existente carrega um pouco de bondade. E com isto, no rigor da lógica, excluímos que alguém seja totalmente mau, pois o mal não pode ser subsistente. Pois se assim o fosse, haveria dois subsistentes, dois eternos, dois imensos, o que resultaria absurdo. Nem o "demônio", que no imaginário popular é a expressão mais acabada do mal, pode ser entendido como pura essência do mal. O bem é subsistente, o mal não. O bem tem direito de cidadania ontológica. O mal não tem este direito, ele é só adveniente, ele precisa se alojar em quem lhe empresta abrigo ontológico, ele "in existe" nas criaturas que têm a capacidade de definir sua relação com o sumo bem, e precisam fazê-lo em sintonia com Deus, e não em contraposição ou em concorrência com ele. E este é o nosso desafio humano. Se alguém se julga plenamente bom, usurpa a condição divina, e acaba se assemelhando a Lúcifer, o anjo que se tornou demônio porque pretendeu ser igual a Deus, como nos ensina a compreensão bíblica do bem e do mal. E se alguém quer se encher de bens limitados, acaba fazendo deles uma concorrência com Deus. Somos feitos para abrigar a Deus, e não para locupletar nossa limitada existência com bugigangas que desfiguram nossa semelhança com Deus. Ao homem rico que ainda queria a vida eterna, Jesus exatamente recomendou que distribuísse seus "bens" aos pobres. Somos bons na medida que deixamos espaço para Deus, e fazemos dos bens que estão ao nosso alcance um gesto de bondade que nos assemelha à pura bondade que Deus teve em nos criar. Se assim todos fizessem, haveria plena sintonia com Deus, e acabariam as guerras, que sempre são feitas para disputar a posse dos bens terrenos.

Dom Demétrio Valentini - Bispo de Jales

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Nota do site Doutrina Católica -- o mal é a ausência do bem em graus variados ; a completa ausência de Deus é representada pelos anjos apostatas que reinam no inferno e tentam os homens. Deus , que criou tudo o que existe , não criou o mal , o mal é consequência do uso incorreto da liberdade concedida aos homens e da rebeldia de alguns anjos , que desejaram não servir a Deus.

O homem exerce a virtude da fé quando aceita livremente o convite de Deus e vive conforme a Sua Vontade ; portanto o ato de crer não é fruto do medo , mas , acima de tudo , do amor por Aquele que nos deu o dom da vida. Devemos , sim , temer o inferno e desejar a recompensa eterna. Mas crescemos em méritos aos olhos de Deus quando resistimos às tentações e nos mantemos fiéis a Ele , principalmente quando a situação nos é adversa e outros caminhos parecem mais convenientes. Mesmo quem não conheceu a mensagem de Cristo pode crer em Deus e amá-Lo ; portanto a fé não nasce do medo , mas do ódio ao mal e da identificação do nosso ser com a sua origem transcendente. A doutrina da Igreja não aceita a existência de um dualismo entre o bem e o mal como defendido pelos sistemas gnósticos , no qual a Terra é o império do mal e da corrupção , nem que o mundo seja uma ilusão ou a criação imperfeita de um demiurgo , nem tampouco que inexista um criador orientado por princípios éticos sobre o destino do mundo e do homem ou que os valores sejam exclusivamente humanos e não transcendetes. Se existe um ser dotado de razão no mundo é porque a razão é uma possibilidade do mundo antes do homem existir e se o homem conhece a realidade é porque esta é dotada de inteligibilidade ou de uma racionalidade intrínsecas que possibilitam o conhecimento (prof Everton N Jobim)

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O Tratado de Latrão

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O Tratado de Latrão foi uma Concordata celebrada entre a Santa Sé e o Estado italiano , mediante o qual ficavam definidas as competências de cada Estado soberano , porque desde a unificação italiana quando os territórios pontifícios foram anexados pelos patriotas italianos a Igreja não aceitava a soberania do Estado italiano sobre os antigos estados pontifícios incluindo a cidade de Roma. O Acordo não tem nenhuma relação com a ideologia do governo italiano da época ; poderia ter sido celebrado com qualquer Estado nacional , porque foi estabelecido sobre princípios gerais de relacionamento entre estados soberanos. O acordo foi assinado por Benito Mussolini e pelo cardeal Gaspari, em nome do papa Pio XI.

O Papa Pio XI publicou a encíclica Non Abbiamo Bisogno (1931) , e , em 1937 , a encíclica Mit Brennender Sorge condenando a ideologia nazista da xenofobia e do racismo

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Escândalo contra a fé , "Lex Orandi" e "Lex Credendi" e sabor de heresia

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Quando alguém defende uma heresia , nega uma verdade de fé da Igreja , ofende a fé católica , o magistério pontifício , promove sacrilégios e blasfêmias , ou comete pecados graves manifestos , é dito que ele realiza "escândalo à fé" dos demais fiéis. O conceito de "sabor de heresia" é menos grave , trata-se de um ligeiro desvio , voluntário ou involuntário , em relação à ortodoxia.

A idéia de "Lex Orandi" e "Lex Credendi" expressa a convergência necessária entre a regra de fé e a regra de oração. Se eu creio em uma verdade , devo agir liturgicamente em conformidade com essa fé. A lei de quem ora é a lei de quem tem fé , e vice versa. De quem , portanto , celebra os mistérios de Cristo na sagrada liturgia e de quem vive plenamente a mensagem cristã.

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Catecismo do Concílio de Trento para o presidente Lula , que disse saber não ter nenhum pecado e nem precisar confessar.

(833. Cân. 23.) Se alguém disser que o homem, uma vez justificado, não pode mais pecar nem perder a graça, e que por isso aquele que cai e peca nunca foi verdadeiramente justificado; ou, pelo contrário, que o homem pode, durante toda a vida, evitar todos os pecados, também os veniais, sem uma prerrogativa especial concedida por Deus, como a Igreja ensina a respeito da Bem-aventurada Virgem - seja excomungado [cfr. n° 805 e 810]. Todos os fiéis estão obrigados a confessar seus pecados , ao menos , uma vez por ano. Ninguém pode se considerar salvo antes do Juízo , tal fato constitui pecado contra o Espírito Santo.

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Abusos na Liturgia condenados pela Igreja

A Homilia nunca por ser feita um leigo , no mínimo por um diácono ; não pode haver missa em templos não cristãos e concelebradas com membros de comunidades apartadas da fé católica . No capítulo sétimo, dedicado aos «Ministérios extraordinários dos fiéis leigos», o documento «Redemptionis Sacramentum» recorda que «nunca é lícito aos leigos assumir as funções ou as vestiduras do diácono ou do sacerdote, ou outras vestiduras similares». «O ministro extraordinário da sagrada Comunhão poderá administrar a Comunhão somente na ausência do sacerdote ou diácono, quando o sacerdote está impedido por enfermidade, idade avançada, ou por outra verdadeira causa, ou quando é tão grande o número dos fiéis que se aproximam à comunhão, que a celebração da missa se prolongará demasiado». Comungar com pecado grave , desrespeitar e consagrar separadamente as espécies eucarísticas também são práticas condenadas.

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Vocações Sacerdotais

No dia 17 de abril de 2005 , tem lugar a celebração do Dia Mundial de Orações pelas Vocações Sacerdotais e Religiosas.

Disse o Mestre Jesus aos apóstolos que não conseguiam pescar quase nada : “Duc in altum – Faze-te ao largo” (Lc 5,4), façam uma pesca milagrosa de vocações ! Para tal é necessário assumir um compromisso pessoal muito firme , baseado na oração e na vida espiritual. O Senhor ora e ensina a orar (Lc 11,1 ). Seguir a sua vocação com base na Palavra de Deus e na ação do Espírito Santo. O Papa exorta os pais , os educadores e o clero a conduzir os jovens para a vocação religiosa. Esta celebração coincide com o Ano da Eucaristia ; na eucaristia temos a misteriosa presença de Deus , antes de qualquer uso sacramental. Cristo permanece com seus , com aqueles que Lhe são fiéis. (Lucas 24,29). A devoção eucarística é o paradigma da devoção a Cristo.

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Proibições de Matrimônio , segundo o CDC:

Toda a linha ascendente e descendente dos pais ; exemplo , pai com filho e avô com neto. Casamento entre primos e entre tio e sobrinho ( incluindo tio-primo e tio-sobrinho ); - não apenas em termos consanguíneos como também entre parentes afins.

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Pinturas da Capela Sistina

Foram feitas em quatro fases ; com Sisto IV - que deu o nome à capela - os afrescos de Botticelli, Signorile, etc ; pintados entre 1481 e 1482. Sob Julio II (1503-1513), Michelangelo fez novos afrescos. A história da Criação em cinco cenas , a vida de Noé em três cenas e o profetas. Sob Clemente VII (1523-1534) e Paulo II , Michelangelo fez a parede maior do altar fontal e criou o "Juízo Final". Com Pio V (1566-1572) e Gregorio XIII (1572-1585), foram pintados os afrescos da entrada - "A disputa sobre o corpo de Moisés" e a "Resurreição de Cristo" , que ficou danificada em 1522.

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Mudança de Nome ao ser eleito Papa

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Quando o Cardeal eleito Papa , escolhe um novo nome como Pio , Bento , Leão , isto significa que ele está apagando a sua antiga identidade , significa que ele é outra pessoa , significa que ele não é mais quem era ?

Resposta :

Não , em absoluto ! Muito pelo contrário ! Todo o passado é , precisamente , considerado digno do cargo para o qual ele foi eleito , do contrário , não seria escolhido ! O nome de batismo não pode ser modificado aos olhos de Deus. Ele é para sempre ; -- mesmo que modificado em termos civis. O que o 'nome pontifício' indica é que a missão a ser desempenhada pelo Papa é tão importante , tão elevada , que ele necessita exteriorizar esta importância , escolhendo um nome que simbolize a sua missão. O Patriarca Abrão teve seu nome mudado para Abraão , por decisão divina ; Simão Bar Jona , São Pedro , recebeu este nome de Cristo , sem deixar de ser quem era . Deus deseja conceder a graça de um novo nome para aqueles que vão desempenhar uma missão religiosa de suprema importância. A unidade do 'eu' não se desfaz neste processo , segundo ensina a doutrina da Igreja , somente o pecado deve ser apagado , em relação ao homem antigo quando presente. O nome escolhido pelo cardeal eleito , deve ter alguma relação com a vida e a personalidade do novo Papa. Traata-se de mais uma graça , de mais um carisma , que não apaga nem anula , em absoluto , os carismas anteriores , apenas os enriquece. Carol Wojtyla não deixou de ser Carol Wojtyla , quando eleito bispo de Roma , mas se tornou Carol Joseph Wojtyla -- Papa João Paulo II - Bispo de Roma e Patriarca do Ocidente. E assim acontece com todos os papas.

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