Doutrina Católica

Doutrina Católica

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O Papa e o Ecumenismo

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Papa explica que a unidade da Igreja e entre os homens é seu compromisso «prioritário»

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Cidade do Vaticano, 23/12/2004 - 09:32

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A unidade entre todos os homens, começando pelos crentes, constitui a primeira preocupação e o compromisso prioritário de João Paulo II, segundo ele mesmo confiou esta terça-feira a seus colaboradores.

«Unidade da Igreja e unidade do gênero humano! Leio esta aspiração à unidade nos rostos dos peregrinos de toda idade», constatou o pontífice ao encontrar-se com os membros da Cúria romana no tradicional encontro de troca de felicitações pelo Natal.

Recordando que o Concílio Vaticano II, na constituição «Lumen gentium», definiu que a Igreja tem a «missão de ser sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano», o Santo Padre pediu aos cardeais, bispos, sacerdotes, religiosas, religiosos e leigos que o escutavam a tomar «cada vez mais consciência de que a comunhão com Deus e a unidade entre todos os homens, começando pelos crentes, é nosso compromisso prioritário».

Em primeiro lugar, «é urgente reconstruir a comunhão plena entre os cristãos». Com este objetivo, indicou, convocou o ano da Eucaristia (outubro de 2004/outubro de 2005), pois «busca, entre outras coisas, fazer ainda mais viva esta sede de unidade, apresentando o manancial único e inesgotável: o mesmo Cristo». João Paulo II considerou que «o esforço está-se intensificando em diferentes níveis, graças aos constantes contatos, encontros e iniciativas com nossos irmãos das diferentes igrejas e comunidades eclesiais ortodoxas e protestantes».

Neste contexto, citou alguns dos momentos ecumênicos mais importantes vividos em 2004, como por exemplo a visita a Roma em janeiro passado da delegação ecumênica da Finlândia, encabeçada pelo bispo luterano de Helsinki, Eero Huovinen, com motivo da Semana de Oração para a Unidade dos Cristãos, no quinto aniversário da histórica firma da Declaração Conjunta da Doutrina da Justificação por parte de católicos e luteranos. O ano que termina, como ele mesmo recordou, imprimiu um forte impulso ao diálogo entre Roma e o patriarcado ecumênico de Constantinopla, como o confirmam as duas visitas que o patriarca Bartolomeu I realizou ao Vaticano: a primeira para participar no final de junho da festa dos santos apóstolos Pedro e Paulo e, a segunda, há algo menos de um mês, para receber das mãos de João Paulo II relíquias dos Ssantos Gregório Nazianzeno e João Crisóstomo, predecessores em sua sede episcopal.

O bispo de Roma desejou «de coração», ao mesmo tempo, que «o regresso do ícone da Mãe de Deus de Kazan à Rússia contribua a acelerar a unidade de todos os discípulos de Cristo». Em seu nome, foi entregue em agosto passado ao patriarca de Moscou, Alexis II, pelo cardeal Walter Kasper, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos. O Santo Padre reconheceu que em dois momentos particularmente representativos destes doze meses pôde perceber no rosto dos peregrinos esta busca de unidade na Igreja e entre os homens: durante o primeiro encontro da história dos jovens católicos da Suíça, no qual participou em junho passado, assim como na multitudinária reunião da Ação Católica em Loreto do mês de setembro.

«Os crentes têm uma grande responsabilidade especialmente ante as novas gerações, às quais há que transmitir de maneira inalterada o patrimônio cristão. Por este motivo, em várias ocasiões --especialmente na peregrinação a Lourdes-- não deixei de alentar os católicos europeus a permanecerem fiéis a Cristo», declarou. Sua peregrinação à gruta de Massabielle aconteceu entre 14 e 15 de agosto.

No objetivo de promover a unidade entre os homens, o pontífice confiou aos cardeais a mesma mensagem que deixou em sua Mensagem para a próxima Jornada Mundial da Paz (1 de janeiro de 2005): «Não que se deixar vencer nunca pelo mal; vença antes o mal com o bem».

O pontífice concluiu seu balanço do ano 2004 assegurando em uma breve oração dirigida a Jesus que, da mesma forma que todo cristão, «não tem medo ante as dificuldades, pois tem confiança em ti, Menino de Belém, que por amor vem a nós».

Fonte: Font, Zenit.org

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