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DOUTRINA CATÓLICA

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CRISTIANISMO E ECOLOGIA

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A natureza foi criada por Deus , por um ato livre e soberano de amor , como narrado no Livro do G�nesis . Deus desejou cri�-la , para que ela fosse a express�o da Sua Gl�ria e da Sua perfei��o . Ele n�o precisaria criar , rigorosamente , nada , porque a Sua gl�ria e a Sua majestade s�o plenas , infinitas e imut�veis - Deus n�o tem necessidade de nada , que n�o Ele mesmo .

A Cria��o , portanto , n�o teve como objetivo aumentar a Gl�ria divina , que j� � o m�ximo grau poss�vel de glorifica��o . A cria��o foi , sim , um desejo livre e soberano de Deus , que desejou ser glorificado e manifestar o Seu amor e a Sua justi�a , de uma maneira diferente .

E fez do homem como a " cabe�a da cria��o " , o ponto mais alto da realidade criada , porque o criou � Sua imagem e semelhan�a . O homem poderia , ent�o , com sabedoria , dominar a natureza , para o seu bem-estar e para a gl�ria divina . A natureza existe , portanto , para dar gl�ria a Deus e � a express�o do amor divino infinito ; os sacramentos e sacramentais da Igreja , por exemplo , bem comprovam essa verdade. S�o canais materiais , atrav�s dos quais , Deus santifica os homens e seus afazeres no mundo .

Com o pecado de Ad�o , n�o obstante , a corrup��o entrou no mundo , e a natureza sofreu com esse processo de degenera��o . A morte e o sofrimento entraram no mundo - outrora perfeito e glorioso - e o homem precisou trabalhar para viver .

Portanto , existe um grau de destrui��o da natureza que � absolutamente necess�rio para a manuten��o da vida humana. E h� modalidades de destrui��o , desnecess�rias e que n�o trazem beneficios ao homem , muito ao contr�rio , comprometem a pr�pria vida no mundo .

A natureza deve ser tratada com rever�ncia , porque � fruto do amor de Deus . Todos os m�todos racionais devem ser empregados para minimizar o problema da degrada��o da natureza.

Essa rever�ncia , contudo , n�o pode se transformar em modalidades de idolatria , nas quais , a vida humana seja submetida a um culto pag�o dessa mesma natureza

Nesse ponto , residem as maiores diverg�ncias com os ecologistas . Basicamente porque estes , frequentemente , transformam um pleito justo , em uma forma neo-pag� de culto da natureza .

Se for preciso destruir parte da natureza para que o homem viva , essa destrui��o controlada , deve ser levada a efeito . A natureza est� a servi�o do bem estar f�sico e espiritual do homem.

A Igreja defende o progresso moral , intelectual e material do homem ; sempre em equilibrio e harmonia . Sem que haja o desequil�brio favor�vel a um aspecto unilateral . Mesmo a f� sem a raz�o � algo indesej�vel , porque a raz�o � um dom de Deus e como tal deve ser exercitada pelo homem e n�o considerada um �bice ao pleno desenvolvimento da f� . O homem � semre um ser espiritual e natural . E a sua vida e o seu bem estar dependem do antendimento das suas necessidades espirituais e materiais . Jamais a idolatria da realidade criada , ou propostas passadistas e 'arqueol�gicas' de organiza��o social rural . A raz�o � um dom de Deus e deve ser usada para o bem-comum e para o progresso , nas rela��es dos homens entre si , e nas suas rela��es com o meio natural. Deus fez a natureza e o homem por um gesto de amor , e , assim , o homem deve travar o seu relacionamento com o meio natural e com o seu semelhante.

Prof. Everton Jobim

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