Doutrina Católica

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Conhecer para amar a Palavra...

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Doutrina Catolica

"Quando se apresentavam palavras tuas, eu as devorava: tuas palavras eram para mim contentamento e alegria de meu coração" (Jr 15,16).

Aproximar-se da Palavra de Deus gera alegria no coração. O mês dedicado à Bíblia quer mais uma vez lembrar de sua importância em nossa caminhada cristã. Ler, escutar atentamente, conhecer existencialmente, contemplar, amar, deixar-se transformar pela Palavra, é o melhor caminho para o encontro pessoal com o Senhor. "De manhã em manhã ele me desperta, sim, desperta o meu ouvido para que eu ouça como os discípulos" (Is 50,4).

Na Bíblia encontramos tudo o que Deus tem a nos comunicar. Antes de se fazer carne e alimento eucarístico, o Verbo se fez escritura, Palavra de vida e de amor, revelação de sua bondade e infinita misericórdia.

A leitura freqüente da Bíblia nos habituará à voz do Espírito, ajudar-nos-á a reconhecê-la nas diversas circunstâncias da vida, nos ensinará a contar nossos dias e a ter um coração sábio (cf. Sl 89,12).

A Palavra nos faz mergulhar em Deus, leva-nos a uma união sempre mais íntima com ele, cria em nós o "senso bíblico", uma mentalidade segundo o autor sagrado.

A compreensão e penetração da Escritura sagrada acontece na razão direta com a transparência de coração e a santidade de vida. A alma que lesse a Palavra sem a preocupação de vivê-la e pôr em prática sua mensagem, morreria de sede à beira dessa fonte de água viva...

O ideal seria transplantar a Palavra de Deus para dentro de nós, apoderando-nos dela, convertendo-nos totalmente a ela. Assim, nossos pensamentos, sentimentos e desejos, dariam lugar ao pensar, sentir, querer e amar de Cristo Jesus. O mais desejável, portanto, é que cada um de nós tenha apetite sempre mais delicioso para a Palavra de Deus, e adquira um verdadeiro "espírito bíblico" em seu peregrinar de volta para a casa do Pai. Empenhando-nos em conformar nossa vida ao que lemos, a Palavra nos transformará e nos renovará espiritualmente. Não endureçamos, pois, os nossos corações, nem engrossemos o número daqueles que ouviram a palavra e de nada adiantou. Antes, ouçamos "hoje" a sua voz, "pois a Palavra de Deus é viva e eficaz" (cf. Hb 4, 2.7.12). O espírito dócil e disponível lê, ouve, medita, reza, contempla e vive a Palavra de Deus.

Dom Nelson Westrupp, scj

Presidente do Conselho Episcopal Regional Sul 1 da CNBB

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Missionários do Perdão

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Em sua "Mensagem para o Dia Mundial das Missões 2002", o Papa João Paulo II apresenta a Missão como anúncio do perdão. "A Missão evangelizadora da Igreja é essencialmente o anúncio do amor, da misericórdia e do perdão de Deus, revelados aos homens através da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo, Nosso Senhor" (n. 1).

É preciso aumentar sempre mais em nós a certeza de que Deus nos ama e deseja que todos estejamos e vivamos unidos no seu amor misericordioso. Para isso é necessário ter a capacidade de perdoar-nos uns aos outros sem levar em conta o número de vezes que fomos ofendidos (cf. Mt 18, 21). Justamente no perdão que nos dermos uns aos outros, saberá o mundo que Deus é amor, compaixão e misericórdia.

A Igreja foi enviada a perdoar, isto é, recebeu de Cristo o ministério da Reconciliação (cf. 2 Cor 5, 18).

No Coração misericordioso de Cristo, o amor de Deus por nós, tornou-se visível e experimentável. Aliás, a experiência mais profunda que fazemos de Deus é a da misericórdia que perdoa e salva. Por isso, o perdão recebido do Pai deve dispor o cristão a perdoar de coração seu semelhante (cf. Mt 18, 35). Até porque, no dizer de Santo Tomás de Aquino, "não há maior misericórdia do que dar o perdão a quem nos ofendeu".

Só o amor de Deus é capaz de irmanar o mundo tão conturbado e dominado por conflitos de toda espécie. Contudo, apesar das situações dolorosas e contrastantes que dominam a sociedade de hoje, apesar de tantos homens e mulheres viverem numa grande pobreza espiritual e material, percebe-se uma busca e grande sede de Deus e de seu amor misericordioso (cf. Mens., n. 2).

A vontade de Deus é partilhar conosco a sua vida, o seu amor e a sua santidade. Por conseguinte, a missão da Igreja não teria sentido se não levasse à perfeição do amor e da santidade. Contemplando a Cruz aprendemos a viver na humildade e no perdão, na paz e na comunhão (cf. Ef 4, 1-3; Cl 3, 12-15) (cf. Mens., n. 3). No Coração transpassado de Jesus Cristo lemos a mais terna declaração do amor misericordioso que Deus tem para conosco. "Do perdão total de Cristo também para os seus perseguidores tem início para todos a nova justiça do Reino de Deus" (Mens., n. 4).

Cristo ressuscitado dá a seus discípulos a paz. Mediante a evangelização temos a missão de ajudar homens e mulheres a se reconhecerem e a se amarem como irmãos. Só quem ama sabe perdoar sempre, deixa em aberto a possibilidade da comunhão.

Enfim, o Santo Padre nos convida a rezar assiduamente pelas Missões e a colaborar com todos os meios nas atividades que a Igreja desempenha em todo o mundo para construir o Reino de Deus. Somos convocados igualmente a testemunhar com a vida a nossa adesão total a Cristo e a Seu Evangelho.

Não nos esqueçamos que a atividade missionária é forma privilegiada de serviço apostólico. Para ser verdadeiro evangelizador, não basta anunciar a Boa Nova, é preciso viver como Jesus viveu, seguir o seu caminho e aceitar a sua verdade.

Dom Nelson Westrupp, scj

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Viver a Quaresma

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Quaresma (do latim quadragésimo dia) significa quarenta dias de preparação para a Páscoa do Senhor. Na Bíblia, o número "quarenta" evoca algo sagrado. Com efeito, durante quarenta anos, o povo de Israel andou no deserto antes de chegar à terra prometida. "Moisés penetrou dentro da nuvem, enquanto subia a montanha, e permanecendo ali quarenta dias e quarenta noites" (Ex 24, 18), conversava com Deus, jejuando e orando. Durante quarenta dias e quarenta noites, o profeta Elias caminhou pelo deserto até o monte Horeb, sustentado por um alimento milagroso (cf. 1 Rs 19, 8). Durante quarenta dias e quarenta noites, Jesus transcorreu no deserto, onde conheceu a "tentação de Satanás" (cf. Mt 4, 1-2; Mc 1, 13; Lc 4, 2). Também durante quarenta dias, a Igreja se prepara para viver intensa e amorosamente o acontecimento mais importante do ano litúrgico: a Páscoa do Senhor. Sendo tempo forte de conversão e de mudança interior, os meios sugeridos para a prática quaresmal são, sobretudo, a escuta mais assídua da Palavra de Deus, a ,b>oração mais intensa e prolongada, o jejum e a penitência, e as obras de caridade (cf. SC 109-110). Certamente temos muito que mudar, renovar, podar, melhorar dentro de nós... Por isso, estejamos atentos para acolher a "hora da salvação", e discernir o que devemos "sacrificar" para tornar nosso coração mais agradável ao Senhor. O tempo quaresmal quer sacudir e transformar nossa mentalidade, fazendo com que penetremos corajosamente no mais íntimo de nossa consciência e pensamentos, sem medo de uma purificação e limpeza geral, criando espaço para a graça de Deus desobstruir todas as artérias de nosso coração de pedra, pondo em nós um espírito que reviva e ande segundo a Lei do Senhor (cf. Ez 36, 26; 37, 6). A quaresma é o termômetro que mede a intensidade da vida cristã. Confrontando-nos especialmente com a Palavra de Deus, que é "prazer e alegria do coração" (Ez 15, 16), queremos seguir os passos de Cristo, procurando em tudo conformar nossa vontade à vontade do Pai. Atualizando as obras típicas da quaresma, não deixemos de incluir na dimensão comunitária a Campanha da Fraternidade, pois ela nos ajuda a celebrar com mais autenticidade a Páscoa de Jesus. A Campanha Fraternidade é ocasião forte para crescimento na santidade, pois ela visa a despertar e nutrir o espírito comunitário a solidariedade cristã na busca do bem comum, educando para a vida fraterna, a justiça e a caridade, exigências centrais do Evangelho. O tema da CF - 2004 ("Fraternidade e água") e o lema "Água, fonte de vida" mostram claramente como a fraternidade e a solidariedade estão implicadas na questão da água. Ao longo de toda a Campanha e sempre, queremos chamar a atenção para o valor "vital" da água para todos os seres vivos, sua importância social e a necessidade da participação popular no gerenciamento da água no Brasil; queremos questionar o conceito mercantil da água, pois é um patrimônio de todos, indispensável, como o alimento, o ar e a luz (cf. Texto-base) . Não nos esqueçamos, porém, que a caridade, a misericórdia, a solidariedade e o amor, bem como a busca da "única coisa necessária" (cf. Lc 10, 42) devem ser fruto de um profundo relacionamento pessoal com Deus. O nosso jeito de viver e celebrar este "tempo favorável" seja a marca de nossa paixão pelo Reino e a razão de nosso testemunhar o Evangelho da caridade por onde passarmos.

Dom Nelson Westrupp, scj Presidente da Comissão Episcopal Regional Sul 1 - CNBB

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Domingo da Misericórdia Divina

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No dia 22 de fevereiro de 1931, Ir. Maria Faustina Kowalska, apóstola e mensageira da Misericórdia Divina, recebeu o seguinte pedido de Jesus:

" Pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em vós" (Diário, 47). Quero que essa Imagem (...) seja benta solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse Domingo deve ser a Festa da Misericórdia" (Diário, 49).

O conteúdo desta Imagem está intimamente ligado à Liturgia do segundo Domingo da Páscoa. Com efeito, o Evangelho desse Domingo narra a aparição de Jesus ressuscitado no Cenáculo e a instituição do Sacramento da Reconciliação (cf. Jo 20, 19-29). Esta união está ainda sublinhada pela Novena, com o Terço da Misericórdia Divina, começando na Sexta-Feira Santa.

A Imagem representa Jesus Ressuscitado trazendo a nós a paz pela remissão dos pecados, pelo preço da Sua Paixão e Morte na Cruz. Os raios do Sangue e da Água que brotam do Coração (invisível na Imagem), transpassado por uma lança, e as cicatrizes das chagas da crucifixão relembram os acontecimentos da Sexta-Feira Santa (Jo 19, 17-18. 33-37). A Imagem de Jesus Misericordioso une, então, estes dois acontecimentos evangélicos que mais plenamente falam sobre o amor de Deus para com o ser humano.

Essa Imagem, além de apresentar a Misericórdia Divina, constitui também um sinal para recordar o dever cristão da confiança em Deus misericordioso e de um amor concreto ao próximo .

Com providencial solicitude pastoral, acolhendo o desejo de fiéis do mundo inteiro de exaltar a Misericórdia Divina, e movido pela ternura do Pai das Misericórdias, o Santo Padre João Paulo II estabeleceu que no Missal Romano, depois do título "Segundo Domingo da Páscoa", fosse acrescentado "ou da Misericórdia Divina".

O Santo Padre estabeleceu ainda que o Domingo da Misericórdia Divina seja enriquecido com a Indulgência plenária nas habituais condições (confissão sacramental, comunhão eucarística e orações segundo a intenção do Sumo Pontífice), concedendo ao fiel que, no segundo Domingo da Páscoa, ou seja, da "Misericórdia Divina", em qualquer igreja ou oratório, livre de todo pecado, também venial, participe nas práticas de piedade em honra da Misericórdia Divina, ou pelo menos recite, na presença do Santíssimo Sacramento da Eucaristia, publicamente exposto ou guardado no Tabernáculo, o Pai nosso e o Credo, juntamente com uma invocação piedosa ao Senhor Jesus Misericordioso (por exemplo: Ó Jesus Misericordioso, eu confio em vós".

Concede-se a Indulgência parcial ao fiel que, pelo menos com o coração contrito, eleve ao Senhor Jesus Misericordioso uma das invocações piedosas lagitimamente aprovadas (Decreto "Misericors et miserator", 5 de maio de 2000).

Doravante a celebração do "Domingo da Misericórdia Divina" terá a finalidade de inculcar no coração dos fiéis a confiança total na Misericórdia Divina.

Também nós queremos divulgar a devoção ao Coração Misericordioso de Jesus e desenvolver uma "cultura da Misericórdia", para combater a mentalidade contemporânea que se opõe ao Deus da Misericórdia e que tende a separar da vida e a tirar do coração humano a própria idéia da misericórdia (cf. DM, 2).

O mundo contemporâneo só encontrará a verdadeira paz e salvação, quando se deixar envolver pela misericórdia apresentada por Jesus na parábola do filho pródigo, e entender que o amor de Deus é capaz de debruçar-se sobre todos os filhos e filhas pródigos, sobre qualquer miséria humana e, especialmente, sobre toda miséria moral, sobre o pecado (cf. DM, 6).

Cristo encarna e personifica a Misericórdia Divina, pois a Encarnação do Verbo não é somente obra da caridade de Deus (cf. Jo 3, 16), mas também revelação máxima da Misericórdia Divina feita pessoa (cf. DM, 2).

O essencial do culto da Misericórdia de Deus consiste na atitude cristã de total confiança em Deus e no amor efetivo ao próximo. Mais do que muitas palavras devemos cultivar uma confiança inabalável em Deus misericordioso e tornar-nos cada vez mais misericordiosos e solidários, sobretudo para com os mais desprotegidos...

Se o amor é a essência e a natureza de Deus, também nós, imagens tão semelhantes de Deus, somos chamados a nos tornar misericordiosos como o Pai é misericordioso (cf. Lc 6, 36).

Por isso, a Misericórdia é a bem-aventurança do discípulo e discípula de Jesus: "Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia" (Mt 5, 7)

Sinto em meu coração o desejo ardente de que a mensagem do amor misericordioso de Jesus, chegue a todas as Dioceses e Comunidades eclesiais de nosso Regional, enchendo os corações de esperança e de paz.

Chegou a hora de transmitir ao mundo este fogo da misericórdia.

Sejamos apóstolos e testemunhas ardorosas da Misericórdia Divina!

Dom Nelson Westrupp, scj

Presidente do Conselho Episcopal Regional Sul 1 - CNBB

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Chamados a ser e a «fazer discípulos» de Jesus Publicamos a seguir o artigo de Dom Nelson Westrupp, scj Presidente do Conselho Episcopal Regional Sul 1 - CNBB , por ocasião do Dia Mundial das missões e da santa infância missionária.

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No próximo dia 24 de outubro, estaremos celebrando o Dia mundial das missões e da santa infância missionária.

Em sua MENSAGEM, deste ano, o Santo Padre, tendo diante do coração de Pastor universal o Congresso Eucarístico Internacional, faz uma clara referência à Eucaristia, recordando-nos que "A Eucaristia edifica a Igreja e a Igreja faz a Eucaristia". A finalidade da Eucaristia é exatamente "a comunhão dos homens com Cristo e Nele com o Pai e com o Espírito Santo" (Ecclesia de Eucharistia, 22). Quando participa-se do Sacrifício eucarístico, percebe-se com mais profundidade a universalidade da redenção e, conseqüentemente, a urgência da missão da Igreja. Ao redor de Cristo eucarístico, continua o Papa, a Igreja cresce como povo, templo e família de Deus: una, santa, católica e apostólica... Certamente “não se edifica nenhuma comunidade cristã, se ela não tiver por raiz e centro a celebração da Eucaristia (cf. Mensagem, n. 2).

Edificante é o testemunho pessoal de João Paulo II: “Para viver da Eucaristia é preciso consumir tempo em adoração diante do Santíssimo Sacramento, experiência que eu mesmo faço todos os dias tirando daí força, consolação e sustento” (cf. Mensagem, n. 3).

Além de ser "a fonte e ápice de toda a vida cristã", a Eucaristia é "fonte e ápice de toda a evangelização" (PO, 5).

A Igreja está ocupada e preocupada em anunciar o Evangelho de Cristo, em ser sinal de salvação para todos os povos. É seu dever anunciar a Boa Nova não só “ad intra” mas também “ad extra”, isto é, dentro e fora de seus muros.

A Igreja no Brasil tem um enorme desafio que é a evangelização da Amazônia. Mais do que nunca somos interpelados a olhar para a Amazônia, com um olhar de solidariedade e disposição de “encarnação”, a exemplo do próprio Cristo.

A equipe ampliada da Comissão Episcopal para a Amazônia, em sua recente reunião (21 e 22 de setembro de 2004, em Brasília), sugere um “Mutirão pela Amazônia”, tendo por objetivo geral: “Despertar e motivar o espírito missionário em cada pessoa cristã e em cada Igreja particular do Brasil, e mobilizar a sociedade para voltar os olhos para a Amazônia para um mutirão em prol da vida e do povo amazônida, buscando parcerias e colaboração com países constituintes da Pan-Amazônia”.

Também foram apontados objetivos específicos, entre os quais, assinalamos os seguintes: Proporcionar condições para aprofundar o conhecimento da realidade amazônica e seus desafios; despertar, capacitar e acompanhar as lideranças da Igreja local; promover a cooperação das forças vivas da Igreja do Brasil para a Região Amazônica; fortalecer as Igrejas locais com apoio fraterno e solidário das Igrejas-irmãs; envolver as obras educacionais, incluindo nível universitário na Região Amazônica; realizar Campanhas para levantamento de fundos que sustentem as iniciativas.

O Regional Sul 1 da CNBB, que compreende todo o Estado de São Paulo, está envolvido e compromissado com o Regional Norte 1 e, por isso, envia missionários e missionárias que generosamente partem em missão, enfrentando corajosamente e com amor os desafios próprios de um lugar distante e difícil como é o caso da Amazônia. Estamos celebrando dez anos de Projeto missionário Sul 1-Norte 1.

Neste Mês Missionário, queremos aproveitar para agradecer nossos missionários e missionárias que, em nome de nosso Regional, encontram-se na Amazônia, gastando suas vidas por amor ao Evangelho e ao Povo de Deus. Lembramos aqui seus nomes: na Arquidiocese de Manaus – Manaquiri: Ir. Eva Cecília Neto, Ir. Vera Lúcia Palermo, Ir. Rosirene Lima de Souza, Ir. Aparecida de Fátima Bento, Ir. Apolônia Maria de Carvalho e Pe. Alberto Panichella; na Prelazia de Tefé: os Leigos/as: Sandro Augusto Regatieri, Neuzi Rosa Dias, Pierina Regina Martins, Zélia Dias de Andrade, Aparecida Severo da Silva e Pe. Volnei Carlos de Campos. A eles e a elas a certeza de nossa oração, solidariedade fraterna, amiga e eclesial.

Não tenhamos medo de ter coragem quando se tratar de levar a melhor Notícia aos corações de nossos irmãos e irmãs da Amazônia. Rezemos e ofereçamos sacrifícios pela causa missionária. Colaboremos generosamente na “coleta para as missões”!

Em nossas atividades apostólicas e missionárias, entreguemo-nos a Maria, "o primeiro sacrário da história", porquanto está sempre a indicar-nos e oferecer-nos Cristo, nosso Caminho, Verdade e Vida (cf. Jo 14, 6).

Dom Nelson Westrupp, scj

Presidente do Conselho Episcopal Regional Sul 1 - CNBB

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Ele está chegando de novo...

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“Agora a salvação está mais perto de nós do que quando abraçamos a fé” (Rm 13, 11). “Levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima” (Lc 21, 28). ADVENTO é caminhada de esperança. Convida-nos a ir ao encontro do Salvador, iluminando e transformando a vida com a luz das boas obras: “Abandonemos as obras das trevas e vistamos as armas da luz... Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não atendais aos desejos e paixões da vida carnal” (Rm 13, 12-14). A graça de Cristo é o vestido novo que nos transfigura e identifica com Ele. Quando Cristo for vida em nós, veremos o Salvador. ADVENTO exige preparação para a chegada de Deus. Exige vigilância e atenção, escuta dos passos de Deus. Vigiar é a sabedoria de quem traz as lâmpadas da fé, da esperança e da caridade sempre acesas com o combustível da fidelidade e da perseverança na prática do bem. ADVENTO é exigência de conversão. Quem não se converte não espera. “Convertei-vos, pois o Reino dos Céus está próximo... Preparai o caminho do Senhor, endireitai as veredas para ele” (Mt 3, 2-3). É preciso então mudar de vida, endireitar veredas de orgulho e egoísmos. Esperar o Senhor que vem é caminhar na alegria e ir ao seu encontro com o coração em festa. João Batista, vestido de penitência e vivendo na austeridade, aponta os caminhos direitos por onde ir ao encontro do Senhor. Denuncia e desmascara atitudes que nos impedem de caminhar em justiça e santidade. Todo fiel cristão é precursor, é voz e testemunha, é transparência de Cristo, caminho por onde Ele quer chegar. O Senhor está perto. Ele em pessoa bate à porta de todos. Ele vem salvar o ser humano inteiro, espalhar sementes do Verbo para fazer de tudo a nova criação. Queremos acolher Jesus na fé, como José e Maria, fazendo-lhe espaço no coração e na vida por obra do Espírito Santo. Maria de Nazaré é nossa delegada para ir ao encontro de Deus, nossa voz e representante, oferta suprema de nossa raça. “Nasceu para nós um Menino, um filho nos foi dado” (Is 9, 5). Na verdade e ternura de uma Criança que nos emociona e cativa, esconde-se o mistério que nos emudece e ultrapassa. O presépio já é altar onde se oferece ao Pai a oblação imaculada, lavada no sangue do Cordeiro que tira o pecado do mundo, que do oriente e do ocidente purifica e alegra a humanidade. Passam agora por Cristo todos os caminhos dos seres humanos. A estrela de Belém dá sentido ao peregrinar nosso de cada dia, ilumina e interpreta sinais, faz chegar ao amor de Deus, que agora tem um rosto e um nome, que se chama Jesus.

Dom Nelson Westrupp, scj Presidente

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