Doutrina Catolica

Doutrina Católica

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Jesus Cristo, Rei do Universo - Nossa Esperança

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Juíz de Fora - MG, 18/11/2004

Ao chegarmos no fim do ano, neste mês de novembro, alguns eventos merecem nossa atenção. No início do mês, no dia 02, Solenidade de Finados, lembramos os nossos irmãos que partiram, nos precederam na Casa do Pai. Recordamos de todos os filhos e filhas de Deus que adormeceram em Cristo aos quais a Igreja procura ajudar diante de Deus com sufrágios especiais para que sejam associados aos cidadãos do céu. Lembra-nos que a condição de cada um de nós é realizada nesta passagem. No domingo, dia 07, fizemos memória de todos os Santos, nossos irmãos que já partiram ou não, porém são nossos modelos de vida cristã na prática do Evangelho. Lembramos que a Santidade, à luz do mistério da Fé, em Jesus Cristo, revelador do Pai, e com Ele comunicador do Espírito Santo, significa felicidade. É a realização dos anseios humanos mais profundos do chamado de Deus para que o ser humano entre em sua participação divina. Assumir a história pessoal, tendo Jesus Cristo como modelo. No dia 25, celebraremos o Dia Nacional de Ação de Graças. Vamos agradecer ao Senhor o muito que Ele fez e faz por nós e render graças a Deus pela criação, pela vida, pela salvação oferecida, por mais um ano que se finda e por continuar agindo no seio da humanidade através dos Sacramentos, atuando na Igreja. É dessa forma, que o mês de novembro coroa o término no Ano Litúrgico, na Igreja, nos chamando a dar graças a Deus por tudo que Ele fez e faz por toda a criação. E neste domingo, dia 21, celebramos a FESTA DE CRISTO, REI DO UNIVERSO. Ao mesmo tempo fizemos menção de todos os batizados que ainda continuam, neste mundo, nas lutas de cada dia, a caminho do Pai. O Filho de Deus é Rei. Ele mesmo o confirmou. Um reinado que contempla a vida, a justiça, a fraternidade. Ele é o “alfa” – princípio – e o “omega” – fim – de todas as coisas. Ele, no seu mistério, é o centro de nossa fé, de nossa vida cristã e da liturgia. Jesus Cristo, o Messias esperado, é o Rei do Universo. A sua realeza é constituída no silêncio, no mistério pelo qual a cada dia sua graça vem libertando as criaturas do poder do pecado, da corrupção e da morte. A origem da realeza de Jesus não é verificada em uma potência humana, ou de origem humana, com suas instituições políticas, sociais ou militares; esta origem é encontrada no Sacrifício da Cruz, onde Jesus, com os braços abertos, abraçou toda a humanidade de todos os tempos e gerações. Pilatos perguntou a Jesus: “Tu és o Rei dos Judeus?” (Cf. Mt. 17,11; Mc. 15.2; Lc 23,2; Jo. 18.33). Esta pergunta ressoou nos quartos Evangelhos, já demonstrando às comunidades cristãs que os poderes deste mundo rejeitariam a realeza transcendental de Jesus. Jesus afirma que seu reino não é deste mundo(Cf. Jo. 18,36). Seu Reino abraça todo o Universo, pois, Ele sempre esteve presente na história cósmica. Em Jesus , Cristo-Rei do Universo, o desígnio de Salvação de Deus, desde a história do Antigo Testamento, é realizado. Este desígnio encontra assim a sua unidade e a sua coesão. Cristo, Rei do Universo, é o componente fundamental e imprescindível da esperança humana. O próprio Cristo, Rei do Universo, é a nossa esperança. No dia 28 deste, vamos começar o novo Ano Litúrgico da Igreja, com o tempo do Advento, que nos prepara para o santo Natal. É um tempo de oração, de meditação, de purificação interior...tempo de conversão, tempo de alegre expectativa. Saibamos aproveitar de todos esses momentos que Deus nos oferece para sermos mais santos que somos.

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Dom Eurico dos Santos Veloso Arcebispo Metropolitano

Juiz de Fora - MG, 29/10/2004

Na eleição de 2004 escolha alguém com as atitudes que você tomaria para transformar a nossa sociedade. Escolha com responsabilidade. É seu dever. Isso é um voto ético e cidadão.

Voto não tem preço. Tem conseqüências!

Votar sem conhecimento sobre o candidato é um ato de irresponsabilidade, e, esse voto tem um preço muito alto. Se elegemos políticos desonestos, temos desonestidade; políticos que só pensam no seu bem estar, temos propostas que só beneficiam os que têm mais. Se votamos em políticos sem ética, temos desvios no dinheiro público e apoio a quem não age corretamente. Se apostamos em políticos sem compromisso, temos discursos vazios e projetos sem importância.

É esse o preço que seu voto merece? É bom pensar.

POLÍTICA é uma forma de exercer a caridade.

ORAÇÃO

Senhor, nosso Deus e criador, que nos confiastes o cuidado do mundo chamando-nos a colaborar convosco, voltamo-nos para vós, pedindo-vos luz e discernimento para a escolha de pessoas certas, cidadãos e cidadãs que possam coordenar o nosso esforço comum por uma cidade nova, neste ano eleitoral.

Há muitos candidatos (as) para Prefeitos em nossos Municípios. Dá-nos sabedoria para sabermos escolher e apoiar os que buscam exercer, com sinceridade e ética, um serviço que promova a vida, construa a paz, gere empregos com justiça, cuide do meio ambiente, promova a segurança entre os cidadãos e cidadãs, olhe pelos empobrecidos e aflitos. Estas e outras atitudes positivas colaboram para atingirmos a estatura de uma nova cidade, cuja base é o amor, gerando uma verdadeira civilização do amor.

Estamos conscientes de que para conseguirmos este ideal, uma nova cidade, é necessário que, nós mesmos, sejamos bons cidadãos e cidadãs, co-responsáveis na luta por um mundo melhor, honestos conosco mesmos e com nossos semelhantes, verdadeiros em nossos atos e coerentes na vivência desses valores que apregoamos e desejamos.

Este ano eleitoral, seja um tempo de meditação séria e discernimento de Vossa Vontade a respeito de nossos(as) candidatos(as). Dai-nos, convicção e coragem para votarmos com consciência e responsabilidade, pois é através do voto consciente que conseguiremos avançar na conquista de uma nova cidade.

Nós vos pedimos, ainda, neste momento, por todos(as) os(as) candidatos(as) vocacionados(as) para esta nobre missão de servir o povo através de cargos públicos. Derramai em suas mentes e corações somente os bons projetos, que promovam a vida e a paz entre nós. Afastai de nós o que é mal, todo e qualquer instrumento do mal.

Obrigado Senhor, pelo dom da vida, pelo dom da inteligência e da sabedoria! Obrigado Senhor por confiar em nós, convocando-nos para colaborar na construção de um mundo novo, uma nova cidade, um novo Brasil, sob a ação de Vosso Espírito Criador! Amém.

Dom Eurico - Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

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Dom Eurico - Estudando as Diretrizes da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Juiz de Fora

Juiz de Fora, 20/1/2005 - 08:29

Nas próximas seis semanas gostaria de compartilhar com meus leitores uma reflexão a respeito das Diretrizes da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Juiz de Fora, que desde o dia 01 de janeiro deste ano ilumina a nossa caminhada evangelizadora na busca e no conhecimento de Jesus Caminho, Verdade e Vida. 1.Análise da Caminhada percorrida. A VII Assembléia Pastoral Arquidiocesana começou nas Comunidades Paroquiais, onde se iniciou o processo de avaliação da assembléia anterior e novas pistas de ação foram sugeridas para dar continuidade às prioridades da Arquidiocese: Formação, Comunicação e Pastoral Social. A caminhada continuou nas Regiões Pastorais, quando ocorreu a síntese das avaliações e sugestões paroquiais, e teve o seu coroamento no dia 30 de outubro de 2004, com a Assembléia Arquidiocesana. Assim, chegamos a uma conclusão geral com ações evangelizadoras aplicáveis em toda a Arquidiocese de Juiz de Fora, abrangendo as Comunidades, as Paróquias e as Regiões Pastorais naquilo que lhes é próprio. A Igreja Particular de Juiz de Fora recebe com esta Assembléia um novo sopro do Espírito Santo. Que ninguém seja indiferente a esse "vento novo" que sopra em nossa Igreja e que juntos possamos nos abrir para que ele nos purifique e nos coloque em ação. Não tenhamos medo de "lançar as redes em águas mais profundas", pois queremos ver Jesus: caminho, verdade e vida. Como Arcebispo desta Igreja Particular, promulgo as DIRETRIZES DA AÇÃO EVANGELIZADORA DA ARQUIDIOCESE DE JUIZ DE FORA, que começaram a vigorar no dia 01 de janeiro de 2005, festa de Santa Maria Mãe de Deus e da Igreja.

2. Introdução.

A Arquidiocese de Juiz de Fora assume como diretrizes de sua ação evangelizadora, para os próximos três anos, o Objetivo Geral, as Prioridades e as Ações Pastorais apresentadas neste documento, que estaremos estudando passo a passo em seis etapas para uma melhor divulgação e estudo nas redes de comunidades. 3. Objetivo Geral Evangelizar

Proclamando a Boa-Nova de Jesus Cristo, caminho para a santidade, por meio do serviço, diálogo, anúncio e testemunho de comunhão, à luz da evangélica opção pelos pobres, promovendo a dignidade da pessoa, renovando a comunidade, formando o povo de Deus e participando da construção de uma sociedade justa e solidária a caminho do Reino definitivo.

Evangelizar

A missão da Igreja em todos os tempos e lugares é evangelizar. Essa evangelização é realizada por meio dos Ministérios da Palavra, da Liturgia e da Caridade, sustentados pelo Serviço, Diálogo, Anúncio e Testemunho de Comunhão, visando promover a dignidade da pessoa, renovar a comunidade e construir uma sociedade justa e solidária.

Ministério da Palavra

O Concílio Vaticano II colocou, conscientemente, o Ministério da Palavra de Deus em primeiro lugar. "Alimentar-nos da Palavra para sermos 'servos da Palavra' no trabalho da evangelização: tal é, sem dúvida, uma prioridade da Igreja ao início do novo milênio"(N.M.I.). É urgente dar centralidade ao anúncio-escuta da Sagrada Escritura para permear a vida toda da Igreja com a Palavra de Deus. É pela Palavra que todos podem ter acesso à fé e a salvação, chegando a conhecer o Deus único e verdadeiro, e a Jesus cristo, aquele que o Pai enviou.

Ministério da Liturgia

A celebração litúrgica e o momento mais visível da comunidade eclesial, o momento em que ela se reúne convocada pelo Espírito Santo e pela Palavra para louvar o Senhor, alimentar a fé e celebrar a vida. A liturgia é fonte e vértice da vida da Igreja. Isso é especialmente valido para a celebração Eucarística. "A Eucaristia edifica a Igreja, e a Igreja faz a Eucaristia". (João Paulo II). Pela graça do Batismo, os cristãos têm o direito e a obrigação de participar, de forma plena, consciente e ativa das celebrações litúrgicas. Os Sacramentos são sinais da comunhão com Deus em Cristo, que marca com sua graça momentos fortes da vida.

Ministério da Caridade

Se as fontes da vida da Igreja são a Palavra e o Sacramento, a essência da vida cristã é o "amor", o amor-doação, o amor que vem de Deus mesmo, a caridade, que o apóstolo Paulo aponta como mais alto dos dons. "Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros".O amor cristão tem duas faces inseparáveis: faz brotar e crescer a comunhão fraterna entre os que acolheram a Palavra do Evangelho (a "koinonia", a partilha dos bens, a solidariedade, "um só coração e uma só alma") e leva ao serviço dos pobres, ao cuidado para com os sofredores, ao socorro de todos os que precisam, sem discriminação.

Concluindo.

Que possamos em nossa Igreja Particular evangelizar pelo Ministério da Palavra, da Liturgia e da Caridade, acolhendo o diferente, incluindo os que estão à margem da Igreja, para que todos procuremos em Cristo o caminho, a verdade e a vida, santificando o povo de Deus e a sociedade em que vivemos.

Dom Eurico dos Santos Veloso - Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

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