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Doutrina Católica
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Aula 1091

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Meus amigos, Jesus disse: monde está teu tesouro, aí estará teu coração. (Mt 6,21).

I. A desordem das concupiscência

2535 O apetite sensível nos faz desejar as coisas agradáveis que não temos. Por exemplo, desejar comer quando temos fome, ou aquecer-nos quando estamos com frio. Esses desejos são bons em si mesmos; mas muitas vezes não respeitam a medida da razão e nos levam a cobiçar injustamente o que não nos cabe e pertence, ou é devido a outra pessoa.

2536 O décimo mandamento proíbe a avidez e o desejo de uma apropriação desmedida dos bens terrenos; proíbe a cupidez desmedida nascida da paixão imoderada das riquezas e de seu poder. Proíbe ainda o desejo de cometer uma injustiça pela qual se prejudicaria o próximo em seus bens temporais: Quando a Lei nos diz: “Não cobiçarás”, ordena-nos, em outros termos, que afastemos nossos desejos de tudo aquilo que não nos pertence. Pois a sede dos bens do próximo é imensa, infinita e nunca saciada, como está escrito:

“O avaro jamais se farta de dinheiro” (Eclo 5,9).

(Catecismo da Igreja Católica) Comentário:

- 0 décimo mandamento proíbe a cobiça, a avareza e a inveja. - “A cobiça é a raiz oculta do assassínio, do roubo e do adultério, quer nas relações entre indivíduos, quer nas relações entre povos. Ela é o demônio que se insinua no coração e tende a dominá-Io; é o demônio que recusa aceitar os limites traçados por Deus e nos faz transgredi-Ios em espírito antes que os transgridamos de fato (Gên. 4, 7; Mt 5,28-30). - 0 ambicioso está sempre insatisfeito, apesar de tudo o que possa obter a grama do vizinho é sempre mais verde... No final de uma vida governada pela cobiça nenhum bem material pode ser levado.

- É evidente que os seres humanos são inclinados à inveja, à cobiça e ao desejo desregrado de se apoderar dos bens que os rodeiam, quer lhes sejam úteis ou não. Vivemos numa época em que o desejo de ter mais parece quase impossível de satisfazer. Torna-se às vezes difícil conservar algum senso de equilíbrio em relação ao uso dos alimentos, modas, carros, utilidades domésticas, solicitações de lazer. Há muita gente interessada em que esse desejo de ter mais, de consumir mais nunca se apague. - “ ‘Ter' objetos e bens não aperfeiçoa, por si, a pessoa humana, se não contribuir para o amadurecimento e para o enriquecimento do seu 'ser' , isto é, para a realização da vocação humana como tal.” (João Paulo II - Solicitude social, 28) Resumo:

2552 O décimo mandamento proíbe a ambição desregrada, nascida da paixão imoderada das riquezas e de seu poder . (Catecismo da Igreja Católica)

Para refletir:

1 ) Amigo ouvinte, os desejos são quase sempre sutis e enganadores. Estão dentro do coração e dominam as pessoas que não percebem sua gravidade. Por isso muitos vigiam seus atos e sua conduta mas não vigiam os maus desejos que aos poucos vão minando as resistências e que estão nítidos aos olhos de Deus. 2) O ambicioso está sempre insatisfeito por mais bens que possua. Vai acumulando medo de perder, insegurança, desconfiança, frustrações, injustiças, angústias, fadigas... Alguns dizem que ele soube viver mas no fundo ele mesmo não se convence, apesar dos momentos de prazer que o dinheiro compra. O verbo ter é tão pobre! Só compra coisas que acabam e que não se pode levar após a morte. Por isso o mais importante é ser. Oração:

“Em sua arrogância, o ímpio diz: 'Não há castigo, Deus não existe'. É tudo e só o que ele pensa. De maledicência, astúcia e dolo sua boca está cheia; Em sua língua, só existem malícia e ofensas. Põe-se de emboscada na vizinhança dos povoados, Mata o inocente em lugares ocultos; Seus olhos vigiam o infeliz. Levantai-vos, Senhor! Estendei a mão, E não vos esqueçais dos pobres. Por que razão o ímpio despreza a Deus E diz em seu coração: 'Não haverá castigo'? Entretanto, vós vedes tudo: observais os que estão penando e sofrendo, A fim de tomar a causa deles em vossas mãos. É a vós que se abandona o infortunado, Sois vós o amparo do órfão. O Senhor é rei eterno, As nações pagãs desaparecerão de seu domínio. Senhor, ouvistes os desejos dos humildes, Confortastes-lhes o coração e os atendestes. Para que justiça seja feita ao órfão e ao oprimido, Nem mais incuta terror o homem tirado do pó”. (Salmo 9, 24.27-28.33-35.37-39)

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Aula 1092

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Meus amigos, os seres humanos são inclinados à inveja e à cobiça. "Ter objetos e bens não aperfeiçoa por si, a pessoa humana, se não contribuir para a realização da vocação humana como tal.” 2537 Não é violar este mandamento desejar obter coisas que pertencem ao próximo, contanto que seja por meios justos. A catequese tradicional indica com realismo "aqueles que mais devem lutar contra as suas concupiscência criminosas' e, portanto, que é preciso "exortar o mais possível à observância deste preceito.: São os... comerciantes que desejam a carestia ou os preços excessivos das mercadorias, que vêem com pesar que não são os únicos a comprar e a vender, o que lhes permitirá vender mais caro e comprar ao preço mínimo;

os que desejam que seus semelhantes fiquem na miséria, para tirarem lucro, quer vendendo-lhes, quer comprando-Ihes... Os médicos que desejam as doenças, os legistas que reclamam causas e processos importantes e numerosos... . (Catecismo da Igreja Católica)

Comentário:

- É necessário fazer a diferença entre o desejo justo de um bem e a cobiça desenfreada dos bens. É natural e razoável que a pessoa deseje os bens que lhe são necessários como alimento, roupa, moradia, lazer . Ocorre que muitas vezes o desejo de bens já ultrapassou o que é justo, exacerbar-se até ao ponto de levar a praticar outras faltas como o roubo e a fraude. - A cobiça, o desejo imoderado de ter transforma-se em meio de poder. Quem tem mais subjuga quem não tem. O pecado alastra-se, então, por todas as estruturas da sociedade. Todos passam a buscar o lucro e a riqueza em primeiro lugar, em detrimento da caridade e da justiça. - A observância desse mandamento faz com que aqueles que se dedicam à causa pública tenham o cuidado de não utilizá-la em proveito próprio. Infelizmente, muitas vezes nota-se o abuso do bem comum gerando a corrupção. - A desobediência ao décimo mandamento tem provocado grandes danos à sociedade . Santo Tomás de Aquino ensina que a extrema miséria e a extrema riqueza são igualmente nocivas à sociedade.. O ideal cristão é a possibilidade de vida honrada e digna para todos. O décimo mandamento dá ânimo para examinarmos os desejos para ver se eles são sadios, discernir quais os que não podem ser realizados sem usar de injustiça ou desonestidade para com outras pessoas. Quem procura observar esse mandamento se liberta da tentação de querer ter mais do que precisa ou mais do que pode usar. - “Uma das maiores injustiças do mundo contemporâneo consiste precisamente nisto: que são relativamente poucos os que possuem muito e muitos os que não possuem quase nada. É a injustiça da má distribuição dos bens e dos serviços originariamente destinados a todos. E então, eis o quadro: há aqueles - os poucos que possuem muito - que não conseguem verdadeiramente 'ser' , porque, devido a uma inversão da hierarquia dos valores, estão impedidos pelo culto do 'ter'; e há aqueles - os muitos que possuem pouco ou nada - que não conseguem realizar a sua vocação humana fundamental porque estão privados dos bens indispensáveis.” (João Paulo II Solicitude social, 28)

Resumo:

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O décimo mandamento proíbe a ambição desregrada, nascida da paixão imoderada das riquezas e de seu poder . (Catecismo da Igreja Católica) Para refletir:

1 ) Amigo ouvinte, o pecado não está em adquirir bens com fruto do trabalho mas em cobiçá-los desordenadamente sem preocupação alguma com o próximo. Também a avareza que é o apego ao que se tem, não partilhando com os mais necessitados, é fonte de graves injustiças. 2) Será proveitosa a meditação de Tiago 5, 1-6. De fato a riqueza pode tomar a pessoa indiferente às necessidades do próximo e incapaz de amar . Oração:

Ó Deus, Sois o amparo dos que em Vós esperam E, sem vosso auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo; Redobrai de amor para conosco, Para que, conduzidos por Vós, Usemos de tal modo os bens que passam, Que possamos abraçar os que não passam. Por Nosso Senhor Jesus Cristo vosso Filho Na unidade do Espírito Santo. Amém. (Oração do 10º Domingo do Tempo Comum)

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Aula 1224

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Meus amigos, no Cristo, por Sua vontade humana, a Vontade do Pai foi realizada completa e perfeitamente e uma vez por todas. 2823 Jesus, "embora fosse Filho, aprendeu, contudo, a obediência pelo sofrimento" (Hb 5,8). Com quanto maior razão nós, criaturas e pecadores, que nos tornamos nele filhos adotivos. Pedimos ao nosso pai que una nossa vontade à de seu Filho para realizar sua Vontade, seu plano de salvação para a vida do mundo.. Somos radicalmente incapazes de fazê-lo; mas, unidos a Jesus e com a força de seu Espírito Santo, podemos entregar-lhe nossa vontade e decidir-nos a escolher o que seu Filho sempre escolheu: fazer o que agrada ao Pai. Aderindo a Cristo, podemos tornar-nos um só espírito com ele, e com isso realizar sua Vontade; dessa forma ela será perfeita na terra como no céu. Considerai como Jesus Cristo nos ensina a ser humildes, faz-nos ver que nossa virtude não depende só de nosso trabalho mas da graça de Deus. Ele ordena aqui, a cada fiel que reza, que o faça universalmente por toda a terra. Pois não diz "Seja feita a vossa vontade" em mim ou em vós, mas "em toda a terra": afim de que dela seja banido o erro, nela reine a verdade, o vício seja destruído, a virtude floresça novamente, e que aterra não mais seja diferente do céu. (Catecismo da Igreja Católica) Comentário: - "Quem poderia impedir Deus de fazer o que bem entende? A nós, pelo contrário, o diabo impede-nos de obedecer totalmente a Deus no nosso intimo e nas nossas ações, e por isso pedimos e rogamos que se cumpra em nós a Vontade divina. E para que esta se cumpra em nós, precisamos dessa mesma Vontade, isto é, precisamos da sua ajuda e proteção, porque ninguém é forte pelas suas próprias forças, mas somente pela bondade e pela misericórdia de Deus. Aliás, a fim de mostrar a fraqueza desse homem cuja natureza havia assumido, também o Senhor diz: Pai, se é possível, afaste-se de mim este cálice' (Mt 26,39); e para dar exemplo aos seus discípulos, para que estes não fizessem a sua própria vontade, e sim a de Deus, acrescenta em seguida: 'Não se faça, porém, o que eu quero, mas o que tu queres'. Noutra passagem, diz igualmente: 'Não desci do céu para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou' (Jo 6,38). Pois bem, se o Filho teve de obedecer para dar cumprimento à vontade do Pai, quanto mais não deve obedecer o servo ao cumprir a vontade do seu Senhor, como o Apóstolo João encarece e ensina numa das suas Epístolas? 'Não queirais amar o mundo nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele a caridade do Pai, porque tudo o que há no mundo é concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e soberba da vida, que não procedem do Pai, mas da concupiscência do mundo. E este mundo passa, bem como a sua concupiscência, ao passo que aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre, com também Deus permanece eternamente' (1Jo 2,15- 17). Nós, que queremos permanecer para sempre, devemos fazer a vontade do Deus eterno".

(São Cipriano)

- "A vontade de Deus não se manifesta somente através de mandamentos precisos, mas também nas diversas circunstâncias da vida, que criam, para cada pessoa obrigações imprescindíveis. Ao seguir o caminho do dever, temos a segurança de andar na vontade de Deus, de crescer no seu amor." - Deus nos leva a descobrir Sua Santa Vontade com misericórdia eterna. Ele respeita nossa liberdade. É muito difícil renunciar à própria vontade e fazer a vontade do outro, mesmo que seja a de Deus. Por isso é preciso rezar humildemente o Pai Nosso pedindo: seja feita a Vossa Vontade assim na terra como no céu. Resumo: 2860 No terceiro pedido rezamos ao nosso Pai para que una nossa vontade à do seu Filho, afim de realizar seu plano de salvação na vida do mundo. (Catecismo da Igreja Católica) Para refletir: 1) Amigo ouvinte, "o verdadeiro amor de Deus consiste na perfeita adesão à sua santa vontade, só querendo fazer e ser, na vida, o que quer o Senhor, até tornar-se o cristão 'vontade viva de Deus'. Vista sob esta luz, a santidade é possível a toda pessoa de boa vontade" . 2) “A perfeição consiste em fazermos a vontade de Deus e em seremos como Ele nos quer" (Santa Teresinha do Menino Jesus). Oração: "Pai Nosso que estais nos céus..."

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Aula 1226

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Meus amigos, no terceiro pedido rezamos ao nosso Pai para que una nossa vontade à do Seu Filho, a fim de realizar Seu plano de salvação na vida do mundo.

IV. O pão nosso de cada dia nos dai hoje

2828 "Dai-nos": é bela a confiança dos filhos que tudo esperam de seu Pai. "Ele faz nascer o seu sol igualmente sobre maus e bons e cair chuva sobre justos e injustos” (Mt 5,45) e dá a todos os seres vivos "o alimento a seu tempo” (Sl1 04,27). Jesus nos ensina a fazer este pedido: pedido que glorifica efetivamente nosso Pai porque reconhece como ele é Bom; para além de toda bondade.

2829 "Dai-nos” é ainda expressão da Aliança: pertencemos a ele e ele pertence a nós, age em nosso favor. Mas esse "nós" o reconhece também como o Pai de todos os homens e nós lhe pedimos por todos eles, em solidariedade com suas necessidades e sofrimentos.

2830 "O pão nosso”. 0 Pai, que nos dá a vida, não pode deixar de nos dar o alimento necessário à vida, todos os bens "úteis", materiais e espirituais. No Sermão da Montanha Jesus insiste nesta confiança filial que coopera com a Providência de nosso Pai. Não nos exorta a nenhuma passividade mas quer liberta-nos de toda inquietação e de toda preocupação. É esse o abandono filial dos filhos de Deus:

Aos que procuram o Reino e a justiça de Deus, ele promete dar tudo por acréscimo. Com efeito, tudo pertence a Deus: a quem possui Deus, nada lhe falta, se ele próprio não falta a Deus. {Catecismo da Igreja Católica)

Comentário:

- Nosso Senhor Jesus Cristo disse que o Pai alimenta os pássaros do céu e enfeita os lírios do campo (Mt 6,21.30) sem que estes lhe peçam. Sua bondade faz "brilhar o sol sobre bons e maus" (Mt 5,45). Ele provê às necessidades humanas não na medida do valor moral ou do fervor das pessoas mas levando em conta suas necessidades.

Ao ensinar-nos a pedir diariamente o seu auxílio para nosso sustento, Jesus quer nos proporcionar a alegria de receber tudo das mãos do Pai. Assim nos faz perceber que Ele nos conhece, nos protege e ajuda.

- A expressão ‘dai-nos' projeta-nos para fora de nós mesmos no plano social e comunitário. Jesus quer que sejamos solidários, responsáveis uns pelos outros.

- "0 apelo de Deus transmitido pela sua Igreja, é evidentemente um apelo à partilha, à caridade ativa e prática, que se dirige não só aos cristãos, mas a todos. Como sempre e mais do que nunca, a Igreja está hoje presente ao lado de todos os que desenvolvem a ação humanitária a serviço dos seus irmãos em necessidade, para que possam gozar dos seus direitos fundamentais.

Deus não quer a indigência do seu povo, isto é, dos homens, já que através de cada um deles nos exorta com amor. Ele diz-nos simplesmente que tanto o indigente como o rico obcecado pela própria riqueza são homens mutilados: o primeiro, pelas circunstâncias que estão muito além do seu alcance, independentemente da sua vontade, e o segundo, pelas suas mãos demasiado repletas, e com a sua própria cumplicidade. Assim, ambos são impedidos de ter acesso à liberdade interior, à qual Deus não cessa de chamar todos os homens.

A conversão do coração do homem, de cada um e de todos juntos, é a proposta de Deus que pode mudar profundamente a face da terra, cancelar os aspectos hediondos da fome que desfiguram uma parte do seu rosto- '... Convertei-vos e acreditai na Boa Nova' (Mc 1 , 15) é o imperativo que acompanha o anúncio do Reino de Deus e realiza o seu advento. A Igreja sabe que esta transformação íntima e profunda estimulará o homem na sua vida cotidiana a olhar para além dos seus próprios interesses imediatos, a mudar pouco a pouco o seu modo de pensar, trabalhar e viver, para assim aprender a amar dia após dia, no pleno exercício das suas faculdades e no mundo tal como ele é.

Ainda que o nosso esforço seja insuficiente neste sentido, Deus mesmo velará sobre ele".

(A fome do mundo - Pontifício Conselho Cor Unum)

Resumo:

2861 No quarto pedido, ao dizer "Dai-nos", exprimimos, em comunhão com nossos irmãos, nossa confiança filial em nosso Pai do céu. "Pão Nosso" designa o alimento terrestre necessário à subsistência de todos nós e significa também o Pão de Vida; Palavra de Deus e Corpo de Cristo. É recebido no "Hoje" de Deus, como o alimento indispensável, (super) essencial do Banquete do Reino que a Eucaristia antecipa. (Catecismo da Igreja Católica)

Para refletir:

1) Amigo ouvinte, ao pedir o pão de cada dia, exprimimos a certeza de que é Deus que nos provê em nossas necessidades temporais. É claro que, assim como contamos com Deus, Ele também conta com o esforço humano. O trabalho faz parte de Seu plano: "Ganharás o pão com o suor do teu rosto". Essa oração não é passiva mas confiante e ativa.

2) Ao pedir o pão e tudo aquilo que nos é necessário para uma existência digna, o cristão se dirige confiante ao Pai, amparado pela promessa de Nosso Senhor Jesus Cristo:

"Pedi e recebereis. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto” (Mt 7, 7).

Curso de Dom Eugênio Sales sobre o Catecismo

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