Doutrina Católica

DOUTRINA CATÓLICA

Papa no Coliseo

Papa João Paulo II

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" Deus sustenta todas as coisas com a Sua Palavra poderosa " - Hb 1 , 3

"Diante de ti, eu ponho dois caminhos: a vida e tudo o que conduz a esta e, do outro lado, a morte e tudo o que vai em sua direção. Observando meus mandamentos, estarás optando pela vida e pelo bem" (Dt 30, 15- 16).

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DOUTRINA DOS DEZ MANDAMENTOS

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Deus revela Sua vontade eterna para o desenvolvimento dos fatos do mundo e da sociedade humana em Suas leis . As leis divinas expressam , portanto , a vontade de Deus para o curso dos fenômenos da natureza e para o curso da vida humana. Através delas , o mundo é governado , sustentado e conduzido ao seu fim sobrenatural ( dogma formalizado no Concílio Vaticano I )

É dogma da Igreja que os cristãos estão obrigados a crer que Jesus é o Redentor , Juíz , e , também , Legislador da humanidade e que estamos todos sujeitos às Suas leis eternas .

As leis do Evangelho exigem , portanto , a reverência às verdades dos sacramentos e a participação nos mesmos , a veneração aos anjos e santos e a hiper-veneração de Maria , o respeito ao sagrado magistério , e a prática do amor e da caridade , fundamentalmente .

São ensinamentos do Cristo expostos na forma de mandamentos divinos.

Diz o Concílio de Trento sobre as Leis de Deus ( Sessão VI (13-1-1547) Decreto sobre a justificação - Cap. 16 — O fruto da justificação, isto é, o merecimento das boas obras e a razão do merecimento - Cânones sobre a justificação ) :

831. Cân. 21. Se alguém disser que Jesus Cristo foi dado por Deus aos homens [só] como Redentor em quem devem crer , e não também como Legislador a quem devem obedecer — seja excomungado.

Os Dez Mandamentos , a chamada Lei Moral , continuam válidos para os cristãos - Lei santa , perfeita e eterna - como também informa o Catecismo do Concílio de Trento , de modo dogmático , ao lado da lei moral natural. Ou seja , são verdades de fé , definitivas e obrigatórias .

Diz o Catecismo de Trento :

829. Cân. 19. Se alguém disser que no Evangelho não há nada de preceito senão a fé , e que todas as demais coisas são indiferentes, nem mandadas nem proibidas, mas livres; ou que os dez mandamentos de modo algum pertencem aos cristãos — seja excomungado [cfr. n° 800].

830. Cân. 20. Se alguém disser que o homem justificado, por mais perfeito que seja, não está obrigado à observância dos mandamentos de Deus e da Igreja , mas somente a crer , como se o Evangelho fosse uma simples e absoluta promessa de vida eterna, sem condição de observar os mandamentos — seja excomungado [cfr. n° 804].

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Os tópicos e o texto dos dez mandamentos são tirados do “Catecismo da Igreja Católica”.

OS DEZ MANDAMENTOS

Jesus atestou a perenidade do Decálogo praticando-o e pregando-o. Fiel às Escrituras e conforme o exemplo de Jesus , a Igreja reconheceu no Decálogo um significado e uma importância primordiais. O Decálogo forma uma unidade orgânica, onde cada mandamento remete a todo o conjunto. Transgredir um mandamento é infringir toda a Lei.

O PRIMEIRO MANDAMENTO

"Amarás ao Senhor teu Deus de todo o coração , de toda a alma e de todo o entendimento".

Este mandamento convida o homem a crer em Deus, a esperar nele e a amá-lo acima de tudo. O homem tem o dever de cultuar e adorar a Deus, tanto individualmente quanto em sociedade. A superstição é um desvio do culto que rendemos ao verdadeiro Deus, demonstrando-se na idolatria, na adivinhação e na magia. Também são pecados contra o primeiro mandamento: o ateísmo, o sacrilégio, a simonia e a ação de tentar a Deus, seja por palavras ou por atos. O culto às imagens sagradas não contraria o primeiro mandamento porque a honra prestada a elas é de veneração e respeito, e não adoração, que cabe somente a Deus.

O SEGUNDO MANDAMENTO

"Não pronunciarás em vão o nome do Senhor teu Deus".

Este mandamento prescreve respeitar o nome do Senhor, que é Santo. Proíbe, assim, o uso impróprio ou injurioso do nome de Deus. O juramento falso invoca Deus como testemunha de uma mentira e, por isso, é falta grave.

O TERCEIRO MANDAMENTO

"Lembra-te do dia do sábado para santificá-lo".

O sábado, que representava o término da Criação, foi substituído pelo domingo, dia da ressurreição de Cristo. Nesse dia e também nos dias de festa de preceito, os fiéis devem participar da missa, abstendo-se das atividades e negócios que impeçam o culto a Deus. A instituição do domingo contribui para que todos tenham tempo de repouso e lazer suficientes para lhes permitir cultivar sua vida familiar, cultural, social e religiosa.

O QUARTO MANDAMENTO

"Honra teu pai e tua mãe".

Além de honrá-Lo, Deus quer que honremos nossos pais e aqueles a quem deu autoridade para o nosso próprio bem. O casamento e a família estão ordenados para o bem dos cônjuges, a procriação e a educação dos filhos. Os pais são os primeiros responsáveis pela educação dos filhos, provendo-os de suas necessidades físicas e espirituais, inclusive a transmissão da fé, da oração e das virtudes, e também devem respeitar e favorecer a vocação de seus filhos no seguimento a Cristo. São deveres dos filhos quanto a seus pais: respeito, gratidão, ajuda e justa obediência. De forma quase semelhante dá-se a relação entre a autoridade pública e seus cidadãos. O poder público tem a obrigação de respeitar os direitos fundamentais da pessoa humana, garantindo-lhe a liberdade; já o cidadão deve colaborar com o poder público para edificar a sociedade sobre a verdade, a justiça, a solidariedade e a liberdade. Sem a luz do Evangelho, a sociedade facilmente se transforma em totalitária. Assim, o cidadão está obrigado, em consciência, a não seguir as prescrições das autoridades quando estas são contrárias às exigências morais (cf. At 5,29).

O QUINTO MANDAMENTO

"Não matarás".

Desde o momento da concepção até a morte, a vida humana é sagrada já que foi criada à imagem e semelhança do Deus vivo e santo. Por isso, assassinar um ser humano é gravemente contrário à dignidade da pessoa e à santidade do Criador, exceto quando em legítima defesa, quando se tira de um opressor injusto a sua possibilidade de prejudicar. O aborto é uma prática infame, totalmente contrária à lei moral, que tira de um ser inocente o seu direito à vida, que obteve a partir da concepção; por isso a Igreja pune este crime com a excomunhão. Da mesma forma a eutanásia voluntária, seja qual for o motivo, constitui um assassinato por ser gravemente contrária à dignidade humana e ao Deus vivo, seu Criador. Também se enquadra neste mandamento o suicídio, porque é gravemente contrário à justiça, à esperança e à caridade. A Igreja e a razão humana declaram a permanente validade da lei moral durante os conflitos armados, contra os crimes de guerra; por isso, a guerra deve ser sempre evitada, bem como a corrida armamentista, praga que lesa intoleravelmente os pobres.

O SEXTO MANDAMENTO

"Não cometerás adultério".

O amor é a vocação fundamental e originária do ser humano. Conforme distribuído por Deus, cada um, homem e mulher, deve reconhecer e aceitar sua identidade sexual. A aliança que os esposos contraíram livremente implica um amor fiel, que obriga a um casamento indissolúvel. O adultério, o divórcio, a poligamia e a livre união são ofensas graves à dignidade do matrimônio. Quanto à castidade, da qual Jesus é o modelo, significa a integração da sexualidade na pessoa, incluindo a aprendizagem do domínio pessoal; todo batizado é chamado a levar uma vida casta, cada qual segundo seu próprio estado de vida; são pecados graves contra a castidade: a masturbação, a fornicação, a pornografia e as práticas homossexuais.

O SÉTIMO MANDAMENTO

"Não roubarás".

Este mandamento prescreve a prática da justiça e da caridade na administração dos bens terrenos e dos frutos do trabalho humano. O roubo é a usurpação de um bem de outrem contra a vontade do proprietário. Isso abrange muitas coisas: a lei moral proíbe a servidão humana, pois o homem não é um mero objeto; os animais foram confiados aos homens e não devem ser maltratados; a vida econômica e social foi feita para o homem e não o inverso, por isso a Igreja emite juízo em matéria econômica e social, quando os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigem, em razão de sua ordenação ao Sumo Bem. Quanto à esmola dada aos pobres, é um testemunho de caridade fraterna e também prática de justiça que agrada a Deus.

O OITAVO MANDAMENTO

"Não prestarás falso testemunho contra teu próximo".

A verdade é a virtude que consiste em mostrar-se verdadeiro no agir e no falar, afastando-se da duplicidade, simulação e hipocrisia. Toda falta cometida contra a verdade exige reparação. A mentira consiste em dizer o que é falso, com a intenção de querer enganar o irmão, que tem direito à verdade. A Igreja orienta para que os meios de comunicação social sejam usados com moderação e disciplina porque a sociedade tem direito a uma informação fundada na verdade, na liberdade e na justiça.

O NONO MANDAMENTO

"Não cobiçarás a mulher do teu próximo".

Este mandamento adverte contra a concupiscência carnal. Essa luta exige a pureza do coração e a prática da temperança, isto é, a oração, a prática da castidade, a pureza da intenção e do olhar, o pudor. Devemos nos lembrar que somente aqueles que tiverem o coração puro é que verão a Deus (cf. Mt 5,8).

O DÉCIMO MANDAMENTO

"Não cobiçarás coisa alguma que pertença a teu próximo". Este mandamento proíbe a ambição desregrada, nascida da paixão imoderada das riquezas e do poder, que leva a um vício capital: a inveja, que pode ser combatida pela benevolência, humildade e abandono à Providência Divina. O desapego das riquezas é requisito essencial para entrar no Reino dos Céus (cf. Lc 6,20).

O Batismo infantil a necessidade da Lei e da Graça para a nossa justificação ; dogmas do tridentino

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