Doutrina Católica

Doutrina Católica

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DOM DADEUS GRINGS

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Lema

"A Verdade Vos Libertará".

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Atividades exercidas durante o episcopado

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Membro da CED-Comissão Episcopal de Doutrina na CNBB (1955-1998); Membro da CAFS (Comissão de Acompanhamento dos Formadores dos Seminários) em São Paulo, SP; Bispo de São João da Boa Vista (1991-2001).

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Atividades exercidas antes do episcopado

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Professor de Filosofia, Teologia e Direito Canônico e Reitor do Seminário Maior de Viamão, RS; Pároco da Paróquia São João Vianney e Nossa Senhora de Fátima, em Viamão; Minutante da Secretaria de Estado do Vaticano.

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Estudos realizados

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Especialização

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Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Gregoriana, Roma / Itália.

Teologia

Pontifícia Universidade Gregoriana, Roma / Itália.

Filosofia

Pontifícia Universidade Gregoriana, Roma / Itália.

Ensino médio

Seminário de Gravataí, RS.

Ensino fundamental e básico

Escola Paroquial de Nova Petrópolis e Seminário Menor, Gravataí, RS.

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Obras publicadas

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Lógica Formal; Nosso Deus; A Força de Deus na Fraqueza do Homem; O Solidarismo, a Sociedade do Futuro; História Dialética do Cristianismo (3 volumes); A Vitalidade do Cristianismo no Século XX; Feliz para Sempre; A Ortopráxis da Igreja; O Direito Canônico a Serviço da Pastoral; A Ortodoxia Cristã; O Deus Brasileiro; O Matrimônio Cristão; Para que Viver?; O Homem Diante do Universo; Conhecer a Verdade; As Maravilhas do Pe. Donisetti; Creio na Santíssima Trindade; Casamento, Amor e Sexo; Tavares de Lima; A Descoberta Científica de Deus; A Oração; Deus Pai; A Boa Nova Bíblica: ontem, hoje e sempre.

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A LIMITAÇÃO DA NATALIDADE

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Artigo de 04 de janeiro de 2004

Quando falamos de limitação da natalidade envolvemos duas questões: a primeira é o objetivo deste empenho. Diz respeito ao planejamento familiar: quantos filhos cada casal pode ter? O segundo diz respeito aos métodos: como proceder para controlar os nascimentos?

Quanto ao objetivo, não há maiores dúvidas nem restrições. Hoje tornou-se óbvio que cada família deve planejar o número de filhos. As razões são múltiplas, sendo que a mais vistosa é a econômica. Se antigamente, no contexto da família patriarcal, o filho era um investimento não desprezível, hoje transformou-se num risco e numa despesa respeitável. Antigamente os filhos ajudavam os pais no sustento da casa, ao passo que hoje são um peso econômico. Se, pois, antigamente, se poderia ter filhos por interesse de maior ganho ou ajuda valiosa nos trabalhos, hoje só se pode ter filhos por amor, isto é, gratuitamente. Eles não ajudam mais nada na economia do lar.

Além do mais, uma família numerosa, num contexto urbano, não teria nem onde morar. Os apartamentos tornaram-se verdadeiros apertamentos. Não permitem o convívio de muitas pessoas. Falta espaço vital para uma família numerosa.

E por fim, apresenta-se o espectro da explosão demográfica, com o grito de alerta, para não superpovoar nosso planeta, tornando a vida humana inviável. Alega-se o problema da miséria e da fome, como conseqüência do crescimento, em proporção geométrica, da população humana.

Sem discutir estas razões, que impelem ao controle da natalidade, deixemos por tranqüilo o objetivo geral. Vem agora a questão dos meios. Antes de enfrentá-la, é preciso advertir que o fim não justifica os meios. Em outras palavras, o fato de se necessitar e aceitar o controle da natalidade não legitima o uso de certos meios, que devem ser, cada um, julgado à luz da moral, ou seja, à luz da reta razão.

Procedamos, inicialmente, de modo positivo, voltando à problemática da transmissão da vida. A moralidade exige que ela se faça de modo natural, pelo uso da sexualidade, de duas pessoas unidas em matrimônio. Com a fecundação do óvulo, o homem torna-se pai e a mulher mãe da criança. Tudo, evidentemente, envolto pelo amor. Se pois alguém não quiser ser pai ou mãe, não tem o direito de gerar um filho. Portanto, a limitação fundamental da natalidade está neste compromisso. Se ele for cumprido temos meio caminho andado na solução do problema da natalidade. O sexto e o nono mandamentos proíbem terminantemente usar a sexualidade fora do ou contra o matrimônio. Sua fundação bíblica é: "não fornicar", que a tradição eclesiástica traduziu por "não pecar contra a castidade", no sexto mandamento; e "não desejar a mulher/homem do próximo" no nono mandamento da Lei de Deus, chamado Decálogo.

Usar a sexualidade fora desta união matrimonial é pecado contra a lei de Deus. Os meios, que eventualmente se usarem para impedir a gravidez, não agravam a ação.

Portanto não discutimos o uso da pílula, da camisinha e de outros métodos contraceptivos, fora do matrimônio. Seria a mesma coisa que debater a moralidade dos métodos de matar para definir qual é aceitável ou menos imoral: se é melhor matar alguém pela forca ou por facada, por injeção letal ou por tiro na cabeça ou no coração, a pedradas ou a pauladas...quando a norma absoluta é: não matarás! Se alguém, porém, matar seu semelhante, por qualquer método que seja, é réu de morte. Assim se alguém pecar contra a castidade - sexto mandamento - ou se for infiel ao matrimônio - nono mandamento - sua culpa não aumenta se usar camisinha ou se usar pílula. O pecado está no próprio ato e não no método.

Fica pois claro que o problema dos meios de controle da natalidade, a rigor, só diz respeito aos casais, que assumiram o matrimônio. Como farão para conviverem maritalmente, sem que nasçam filhos acima das possibilidades de sustentação e de educação? Em outras palavras, o problema do planejamento familiar fica bem circunscrito, no âmbito da responsabilidade parental.

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O ARMAMENTO

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Artigo de 08 de agosto de 2004

Costuma-se dizer que a melhor defesa é o ataque. Os chineses construíram uma enorme muralha para defender suas fronteiras. Os americanos, ao invés, sentindo-se ameaçados em casa, atacam os países que julgam seus inimigos: destroem suas defesas, derrubam seus governos, massacram as populações. Os que não querem seguir o exemplo dos antigos chineses, tentam imitar, em suas vidas, a atitude belicista dos modernos americanos. Em outras palavras, julgando ineficiente ou insuficiente o método do isolamento, tentam armar-se. Antigamente os caçadores saiam armados para enfrentar os animais selvagens. Hoje não só os malfeitores, os assaltantes e criminosos andam armados. Exatamente para se defender deles, muitas pessoas compram armas, uns para guardá-las em casa para, em alguma eventualidade, se poderem defender e garantir sua propriedade e a própria vida; outros para levá-las consigo e ter como reagir aos assaltos. Ficou famoso um deputado do Rio de Janeiro, quando a cidade ainda era capital do Brasil. Ele levava, debaixo de uma capa preta, uma metralhadora “a Lourdinha” até para a sessão da Assembléia.

Era sua garantia de integridade. As armas, que se guardam em casa ou que se escondem na cintura, sejam de fogo ou brancas, dão uma sensação de segurança. Constituem a garantia para qualquer eventualidade. O problema, porém, é seu uso. O assaltante sempre leva a vantagem da surpresa, pelo menos na primeira vez. Mas tem o caso daquele motorista que foi assaltado, em S. Paulo, junto a uma sinaleira fechada. O bandido encostou seu revólver na cabeça dele, anunciou o assalto e pediu que lhe passasse o dinheiro, o relógio e outros objetos. Foi imediatamente obedecido e o assaltado ficou aliviado, por poder continuar a viagem com vida. Mas para próxima vez preveniu-se. Ao chegar àquela mesma sinaleira ficou segurando seu revólver com a mão direita, debaixo do braço esquerdo, ao parar no sinal fechado. Reapareceu o mesmo assaltante, com o mesmo gesto. O motorista, sem dizer uma palavra, acionou o gatilho, prostrando o bandido. E logo seguiu tranqüilamente viagem. Ninguém chegou a descobrir o assassino, que se evadiu pelas estradas da capital paulista. Seu sistema deu certo!

Mas isto é extremamente arriscado e raramente dá certo. Se, por acaso, o autor do disparo fosse descoberto iria incomodar-se com a justiça e não faltariam defensores dos direitos humanos para incriminá-lo, o que certamente não aconteceria, na mesma proporção, com o assaltante. Mas o pior de tudo, com este método, criamos uma sociedade cada vez mais violenta. Violência gera violência. É só olhar o modelo da Palestina, onde Israelenses e Palestinos se defrontam com ódio mortal; ou os americanos no Afganistão e no Iraque onde, não sem justa razão, sofrem as conseqüências de sua invasão, no assassinato quase diário de seus homens. A tentação da violência, armando-se até os dentes, não segue os ditames da razão, mas dos instintos. Ou melhor ainda: situa-se no plano da física, da ação e reação. Em outras palavras, na física, a cada ação corresponde uma reação, na sua exata proporção. Quanto, porém, esta lei passa para o plano da vida e se reveste de sentimentos, a reação costuma ser maior que a ação. Falamos então de espiral da violência. A lei de talião: “olho por olho e dente por dente” está na proporção física. Quando sobe até à esfera humana, o desafeto e o desaforo são desenvolvidos multiplicados. Se alguém me arranca um olho, julgo-me no direito de lhe arrancar os dois e minha vítima, por sua vez pensa estar justificada sua atitude de assassinar-me. A experiência nos ensina, ao longo de toda a nossa História humana, que o ódio, seguido de violência, não só não leva a nada de bem, mas agrava, ao inverossímil, a situação. Torna a própria sociedade um antro de assaltantes e promove a guerra de todos contra todos.

Portanto, o armamento, tanto nacional como pessoal, não é bom presságio. A máxima dos romanos do “si vis pacem para bellum”, ou traduzido: “se queres a paz prepara a guerra” não deu bons frutos. O Papa João XXIII, na sua encíclica “Pacem in Terris” denuncia este modelo de buscar a paz e propõe algo que deveria ser evidente para todos: “se queres a paz prepara a paz”. E exortava a desarmar não só as mãos das tantas e sofisticadas armas, que lhes são entregues, mas também e principalmente os espíritos: nutrir pensamentos, vontade e sentimentos de paz.

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OBRAS DE DOM DADEUS GRINGS

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1. Lógica Formal: Porto Alegre, PUCRS, 1973

2. Nosso Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Porto Alegre: PUCRS, 1974

3. A Força de Deus na fraqueza do homem. Porto Alegre, EST, 1975

4. A vitalidade do Cristianismo no Século XX. Petrópolis: Vozes, 1978

5. O Solidarismo, a sociedade do futuro. Porto Alegre: EST, 1978

6. O Deus brasileiro. Porto Alegre: EST. 1979

7. Religião e Cristianismo (Co-autor). Porto Alegre: EST, 1981

8. Para que viver: o homem e o mundo. Porto Alegre: EST. 1981

9. Feliz para sempre. Rio de Janeiro: Shogun Arte, 1984

10. Conhecer a Verdade. Porto Alegre. EST, 1985

11. A Ortopráxis da Igreja. Aparecida: Santuário, 1986

12. A Ortodoxia Cristã. Aparecida: Santuário, 1986

13. A descoberta científica de Deus. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1989

14. O Mistério do Matrimônio. S. João da Boa Vista, 1992

HISTÓRIA DIALÉTICA DO CRISTIANISMO:

15. I – Dialética da universalidade e dialética da unidade. Porto Alegre: EST, 1981

16. II- Dialética da Vida Consagrada. Aparecida: Santuário, 1994

17. III- Dialética da Política. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1994

18. O homem diante do universo. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1995

19. As maravilhas do Pe. Donizetti. S. João da Boa Vista, 1996

20. Oração, fonte de saúde e felicidade. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998

21. A Igreja de Cristo para o terceiro Milênio. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1997

22. Deus Pai – Aparecida – Santuário, 1998

23. Creio na Santíssima Trindade – Aparecida: Santuário, 1999

24. Casamento, Amor e Sexo – Aparecida – Santuário, 2000

25. A Boa Nova Bíblica – ontem, hoje e sempre – Aparecida: Santuário, 2001

26. Mateus, o Evangelista da Felicidade – EDIPUCRS, 2002

27. Sociedade do Futuro entre o limite e a esperança – Aparecida: Santuário, 2002

28. A Vida Humana Plena . Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003

29. A Evangelização da Cidade. O Apostolado Urbano – Porto Alegre: EDIPUCRS 2004

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