Doutrina Católica

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O poder da Cruz de Jesus

Mariana (MG), 10/8/2004 - 14:26

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A Santa Cruz é openhor supremo da salvação do ser racional. Aquele instrumento de condenação dos celerados do mundo antigo se transformou no símbolo da redenção operada pelo Filho de Deus, tornando-se o sinal da fé cristã, âncora da esperança da felicidade eterna, prova inconteste do enorme amor de Deus para com a humanidade decaída. Daí a proclamação de São Paulo: "Nós pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos, mas para os Eleitos Ele é força e sabedoria de Deus"! (1 Cor 1,23). Jesus Cristo, porém, morreu como quem tinha o poder de um Deus, comandando altaneiro seus últimos momentos, enquanto homem, neste mundo e deixando do alto da Cruz sete maravilhosas palavras que terminam o aquela solene sentença: " Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito! (Lc 23,46). Suas mãos estavam presas ao madeiro, mas sua onipotência não estava encadeada e foi Ele é quem determinou o momento em que seu corpo humano desfaleceria! Os homens morrem por debilidade, violência ou necessidade, Jesus, porém, mostrou evidentemente que era o dono absoluto de sua vida e a única causa de Paixão e Morte. Eis por que o centurião exclamou ao pé da Cruz: "Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus"! (Mc 15,39). /assim sendo, diante do Bom Jesus já não é possível duvidar de nossa reabilitação espiritual, nem é admissível desconhecer a grandeza de nosso destino eterno e a eminência da dignidade humana! Jesus Cristo, vítima de sua ternura para com os homens sacrificou por eles sua vida para que ninguém pudesse duvidar um só instante do grande amor que Deus teve para com suas criaturas racionais. Com seus opróbrios ofuscou a degradação na qual a prevaricação edênica lançara a humanidade. Ele arrastou os grilhões que aviltavam o homem para despedaçá-los com sua cruz subjugando o inimigo feroz que ultimara a desgraça de quem se rebelara contra o seu Criador. No Calvário soou o cântico da salvação. No alto da montanha santa foi impresso o título de nossa nobreza, foi entoado o hino da liberdade. Que espetáculo tão sublime contemplar a humanidade este Sumo Pontífice, santo, caritativo e cheio de compaixão pelos nossos males, apresentando-se como medianeiro entre o Finito e o Infinito, entre o Tempo e a Eternidade, entre o Homem e Deus! Ao entornar sobre a terra seu sangue preciosíssimo, purificou a linhagem humana de suas maldades, mudando as exigências da justiça em uma perene misericórdia! Ele nada poupou para salvar e redimir os que foram criados à imagem e semelhança do Ser Supremo! Ele santificou para sempre os filhos de sua adoção. O sangue que jorrou de suas feridas foi a púrpura deste rei cheio de majestade e amor, diante de quem todo joelho deve se dobrar e todos os potentados lançar as insígnias de sua autoridade. Ele disse que, elevado no madeiro, atrairia todos a Ele (Jo 12,32) e milhões através dos tempos têm se prosternado diante dele e fazem de sua existência empenho único qual seja amá-lo e agradecer-lhe tanta generosidade. Oprimido por tantos dons o homem se emudece perante o Bom Jesus e procura penetrar fundo no mistério de sua imensa dileção, tentando corresponder aos excessos de tão veemente amor, tributando-lhe toda honra, todas as homenagens. A voz poderosa da eloqüência dos maiores pregadores de todos os tempos têm feito ressoar por toda parte as grandezas daquele que reinou no alto do madeiro, como canta a liturgia da sexta feira santa. Os doutores da Igreja se reuniram aos antigos profetas para cercar de grinaldas o carro triunfal do grande Conquistador. Para Santo Isidro a Cruz é a nova arca que salva do dilúvio do pecado; para São Jerônimo é a escada misteriosa que Jacó viu em sonhos; para São João Crisóstomo é a coluna de nuvem que protege não já os hebreus, mas todos os homens; para São João Damasceno os braços abertos de Cristo são mais poderosos do que os de Moisés, assegurando por sua mediação o triunfo contra os amalecitas, pois sela a derrota de todas as milícias infernais. O Bom Jesus inutilizou os esforços de Inimigo da estirpe humana, abolindo nossa escravidão ignóbil, conduzindo o homem aos assentos de honra que a rebelião e a soberba tinha perdido para sempre. É da Cruz de Cristo que vem a glória de sua Igreja que prossegue suas conquistas, arrastando após si todos povos, pulindo os costumes, aperfeiçoando a mora, dando estabilidade aos governos e afiançando a mais eminente perfeição.

Fonte: Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho

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