DOUTRINA CATÓLICA

Doutrina Católica

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EPICLESE E CONSAGRAÇÃO

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Quando ocorre a transubstanciação ?

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Ensina o Catecismo da Igreja que para ser válida a celebração da eucaristia , é preciso o relato da instituição e da epiclese. A transubstanciação ocorre na Epiclese e na citação das palavras de Cristo ou apenas as palavras são necessárias ?

O missal de São Pio V ou o missal romano de 1962 não possui a epiclese ; portanto não faz uma consagração válida !

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Diz o Catecismo da Igreja de 1992 :

No relato da instituição, a força das palavras e da ação de Cristo, e o poder do Espírito Santo, tornam sacramentalmente presentes, sob as espécies do pão e do vinho, o Corpo e o Sangue de Cristo seu sacrifício oferecido na cruz uma vez por todas.

É o desejo do sacerdote devidamente ordenado , com reta intenção de fazer o que Cristo ensinou e ordenou , na ação sacramental , atuando 'in Persona Christi' , pronunciando as palavras do Senhor na Última Ceia , lembrando a vinda de Cristo , seus mistérios , e evocando a ação do Espírito Santo na Epiclese que a consagração se realzia na santa missa .

O elemento mínimo , fundamental e imprescindível é pronunciar as palavras de Cristo na Santa Ceia .

Diz o Catecismo de Trento , Sessão XIII :

Cap. 2. — O modo da instituição

875. Nosso Salvador, tendo que se afastar deste mundo para o Pai, instituiu este sacramento no qual parece ter derramado as riquezas de seu divino amor para com os homens, fazendo memória das suas maravilhas (Sl 110, 4) e mandou que, ao recebê-lo, honrássemos sua memória (l Cor 11, 24) e anunciássemos sua morte, até que ele venha a julgar o mundo (l Cor 11, 26). Quis, porém, que se recebesse este sacramento como alimento espiritual das almas (Mt 26, 26), com que se sustentassem e se confortassem [cân. 5], vivendo da vida daquele que disse: Quem me come viverá por mim (Jo 6, 58) e como antídoto a nos livrar das culpas quotidianas e preservar dos pecados mortais. Ademais, quis que fosse penhor da nossa futura glória e perpétua felicidade, e por isso símbolo daquele corpo único do qual ele é a cabeça (l Cor 11, 3; Ef 5, 23), à qual nós, como membros, estivéssemos unidos pelos estreitos laços da fé, esperança e caridade, para que todos disséssemos o mesmo e não houvesse cismas entre nós (1 Cor l, 10).

Diz também o Catecismo de Trento em outra passagem :

Cap. 1. — Da instituição do sacrossanto sacrifício da Missa15

Assim, este Deus e Nosso Senhor Jesus Cristo, embora por sua morte se havia de oferecer uma só vez ao Eterno Pai no altar da cruz, para nele obrar a redenção eterna, contudo, já que pela morte não se devia extinguir o seu sacerdócio (Heb 7, 24. 27), na última ceia, na noite em que ia ser entregue, querendo deixar à Igreja, sua amada Esposa, como pede a natureza humana, um sacrifício visível [cân. l] que representasse o sacrifício cruento a realizar uma só vez na Cruz, e para que a sua memória durasse até a consumação dos séculos e a sua salutar virtude fosse aplicada para remissão dos nossos pecados quotidianos, declarando-se sacerdote perpétuo segundo a ordem de Melquisedec (Sl 109, 4), ofereceu a Deus Pai o seu corpo e sangue sob as espécies do pão e do vinho e, sob as mesmas espécies, entregou Corpo e Sangue aos Apóstolos que então constituiu sacerdotes do Novo Testamento para que o recebessem, mandando-lhes, e aos sucessores deles no sacerdócio, que fizessem a mesma oblação: Fazei isto em memória, de mim (Lc 22, 19; l Cor 11, 24), como a Igreja Católica sempre entendeu e ensinou [cân. 2]. E assim, celebrada a antiga Páscoa, que a multidão dos filhos de Israel imolava em memória da saída do Egito (Ex 12, l ss), instituiu a nova Páscoa, imolando-se a si mesmo pela Igreja por mão dos sacerdotes, debaixo de sinais visíveis, em memória do seu trânsito deste mundo para o Pai, quando nos remiu pela efusão do seu sangue e nos tirou do poder das trevas, transferindo-nos ao seu reino (Col l, 13).

949. Cân. 2. Se alguém disser que Cristo não instituiu os Apóstolos sacerdotes com estas palavras: Fazei isto em memória de mim (Lc 22, 19; l Cor 11, 24), ou que não ordenou que eles e os demais sacerdotes oferecessem o seu Corpo e Sangue — seja excomungado [cfr. n° 938].

Na Santa Missa , o sacerdote -- presbítero ou bispo -- pede a bênção de Deus , para as ofertas a serem consagradas , o perdão de Deus para todos os presentes na assembléia , e manifesta a Deus , o desejo de toda a Igreja de que Este aceite o sacrifício renovado pelos Seus ministros , que atuam In Persona Christi , como instrumentos do sacerdote invisível da missa , que é o Espírito Santo. Finalmente , ocorre a ação de graças e a intervenção do Espírito Santo , com a consagração das espécies eucarísticas , que se tornam o corpo e o sangue de Cristo.

A eucarístia é o sacramento augustíssimo do altar ; nele a Igreja aplica diferentemente a mesma eficácia do sacrifício único do calvário , que é simultaneamente uma ação de louvor e de agradecimento a Deus , de pedido de perdão e de graças para toda a Igreja . Um sacrificio perfeito e definitivo que aplacou a ira divina e reconciliou o homem com Deus . Sacrifício expiatório e propiciatório , pois , ao mesmo tempo , que purifica o homem do pecado , torna-o agradável e agradecido a Deus ; que , por sua vez , se torna propicio à humanidade inteira .

Prof Everton Jobim

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Real Presença Eucarística

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