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Doutrina Católica
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CISMA DO OCIDENTE

RETORNO DO PAPA A ROMA

Gregório XI transfere definitivamente a sé papal para Roma.

Gregório XI (no século, Pierre Roger de Beaufort; Rosiers-d'Égletons, Corrèze, 1329 - Roma, 1378), último papa francês e também o último do período de Avignon, foi eleito no final de 1370, sucedendo Urbano V. Sobrinho do papa Clemente VI, que o havia nomeado cardeal ainda muito jovem, separou-se das tradições familiares e das do partido de Limoges, que sustentava a residência em Avignon, evidenciando logo a intenção de levar novamente a sede do papado para Roma. Tal projeto, sucessivamente adiado, foi realizado em 1377, atendendo às cartas enviadas a Gregório por santa Catarina de Siena. O pontificado de Gregório foi perturbado pela longa guerra contra Bernabò Visconti, duque de Milão, e sobretudo contra Florença (Guerra dos Oito Santos, 1375-78).

ELEIÇÃO DE URBANO VI

Urbano VI (no século, Bartolomeo Prignano, papa; Nápoles, ca. 1318 - Roma, 1389), arcebispo de Bari, foi nomeado papa em 1378, com a morte de Gregório XI. Sua eleição foi seguida pela rebelião dos treze cardeais franceses que, reunidos em Fondi, contrapuseram-lhe um antipapa, Clemente VII (Robert de Genève). Começava assim o cisma do Ocidente. Seu pontificado foi ocupado pela luta contra seus adversários, especialmente contra a rainha Joana I, de Nápoles, que declarou decaída do reino, e contra o sucessor desta, Carlos III de Durazzo.

CISMA DO OCIDENTE

Em decorrência dos conflitos pela eleição de Urbano VI e Clemente VII, começa o cisma do Ocidente: a Europa divide-se em dois campos. Coexistência de papas e antipapas. Difusão de movimentos heréticos.

O cisma do Ocidente foi conseqüência direta do chamado exílio de Avignon (1309-1378) e, portanto, uma questão interna ao mundo católico. A partir da morte do papa Bonifácio VIII, a influência francesa sobre o papado havia se tornado cada vez mais forte. O cisma ocidental representa pois o ponto alto dessa situação, conseqüência e ao mesmo tempo início de um período de crise. A atitude do papado perante a França, sobretudo durante o pontificado de João XXII, causaram profundos descontentamentos na Alemanha, que não tardaram a vir à tona. O cisma propriamente dito começou com a morte de Gregório XI (1378), depois que este conseguira fazer com que a sede do papado voltasse a ser Roma. Foi sucedido por Urbano VI, cuja eleição foi considerada inválida pelos cardeais não-italianos, que a decretaram nula e elegeram outro papa, Clemente VII. O novo papa refugiou-se em Avignon, uma vez que, por motivos óbvios, não podia residir em Roma. Papa e antipapa tiveram seus respectivos sucessores, demonstrando estar plenamente convencidos da própria legitimidade e da ilegalidade do rival, a ponto de fazer com que o cisma parecesse insolúvel. Para pôr fim ao cisma, convocou-se o Concílio de Pisa (1409), em que se decidiu depor os dois papas e eleger um novo, Alexandre V, sucedido por João XXIII em 1410. Contudo, como os dois últimos papas da série de Roma e de Avignon, respectivamente Gregório XII e Bento XIII, não aceitaram a própria deposição, e como Alexandre V havia sido eleito por um concílio com plena validade, a Igreja passou a ser governada por três papas. A comunidade eclesiástica, até as paróquias mais remotas, dividiu-se em campos hostis. Alexandre V, como papa eleito pelo concílio, conquistou mais adeptos entre o povo. O Concílio de Constança (1414-17), convocado pelo imperador alemão, pôs fim ao cisma.

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