DOUTRINA CATÓLICA

DOUTRINA CATÓLICA

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Resumo das posições da Igreja sobre a clonagem humana

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1- A clonagem humana não é aceita pela doutrina moral da Igreja , porque este procedimento científico violenta a dignidade da pessoa humana . A clonagem não pode ser comparada aos casos de irmãos gêmeos univitelinos ; porque neste caso ocorre toda uma vivência conjunta que define e diferencia as respectivas personalidades e as suas histórias de vida.

2- O uso de células tronco adultas é uma via aceitável , segundo a doutrina moral , para enfrentar as doenças passíveis de serem tratadas geneticamente.

3- Não há diferença entre a clonagem , pura e simples , e a clonagem terapêutica ; as duas modalidades são condenadas pela Igreja.

4- Usar embriões congelados de clínicas para a reprodução assistida , para destruí-los , não é aceito como prática ética pela Igreja. Tampoucos embriões originários de abortos naturais , porque também estes devem ser respeitados. Trata-se de uma violação inaceitável da dignidade pessoal.

O Catecismo da Igreja afirma sobre a inseminação artificial:

´Praticadas entre casal, essas técnicas (inseminação e fecundação artificiais homólogas) são talvez menos claras a um juízo imediato, mas continuam moralmente inaceitáveis. Dissociam o ato sexual do ato procriador. O ato fundante da existência dos filhos já não é um ato pelo qual duas pessoas se doam uma à outra, mas um ato que remete a vida e a identidade do embrião para o poder dos médicos e biólogos, e instaura um domínio da técnica sobre a origem e a destinação da pessoa humana. A procriação é moralmente privada de sua perfeição própria quando não é querida como o fruto do ato conjugal, isto é, do gesto específico da união dos esposos... Somente o respeito ao vínculo que existe entre os significados do ato conjugal e o respeito pela unidade do ser humano permite uma procriação de acordo com a dignidade da pessoa humana´(DV,2,4; CIC,2376´2377).

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Ofuscado por desinformação um êxito terapêutico com células-tronco adultas

*** Especialistas denunciam distorção informativa na cura de uma criança com Talassemia na Itália

ROMA, segunda-feira, 13 de setembro de 2004 (ZENIT.org)-

O extraordinário êxito científico da cura de uma criança com beta-talassemia na Itália graças a células-tronco (ou estaminais) «adultas» ficou escondido por uma campanha de desinformação com fins políticos, denunciam especialistas. Em 6 de setembro passado uma equipe conjunta do Policlínico San Mateo de Pavía e do Policlínico de Milão anunciaram o êxito de um transplante de células estaminais hematopoiéticas extraídas do cordão umbilical de duas gêmeas de quatro meses a seu irmão, de cinco anos e afetado de beta-talassemia. Ao «grande êxito da medicina e da biologia celular na terapia com células estaminais de adulto» --nota de imprensa--, acrescenta-se a circunstância de que as gêmeas haviam nascido por fecundação «in vitro» e sucessiva seleção embrionária levada a cabo na Turquia. Contudo, como explica a Zenit a doutora Claudia Navarini, professora da Faculdade de Bioética do Ateneu Pontifício Apostolorum em Roma, uma «Técnica clássica da desinformação» distorceu a autêntica «notícia». O «enésimo êxito terapêutico da medicina regenerativa através das células estaminais embrionárias» converteu-se em uma «não-notícia» «louvando os “benefícios” do diagnóstico genético pré-natal e da seleção dos embriões, desencadeando um debate manipulado sobre o modo em que haviam sido obtidas gêmeas “sãs e compatíveis”».

Assim, desatou-se na Itália --constata a especialista-- uma «nova onda de propaganda a favor de um referendo para revogar a «Lei 40» sobre a procriação medicamente assistida que proíbe este procedimento», a seleção e eliminação de embriões, e que também «proíbe a pesquisa em células estaminais embrionárias». O próprio professor Franco Locatelli, diretor da seção de Oncohematologia do San Mateo de Pavía --que levou a cabo a intervenção em 12 de agosto passado-- afirmou: «A respeito do resultado do transplante, o fato de que a senhora havia se dirigido à inseminação artificial não tem nenhuma influência» (Cf. «Il Corriere della Será», 8 de setembro de 2004).

A beta-Talassemia --enfermidade hereditária do sangue-- «é tratada há tempos, às vezes em forma resolutiva, com o transplante de medula» procedente em geral de um «doador vivo consangüíneo para diminuir as probabilidades de rejeição», explica a doutora Navarini. Junto a tal técnica «se vai situando» o transplante de células estaminais, «em particular das extraídas de cordão umbilical, capazes de reparar o sangue enfermo do talassemico devolvendo-lhe a capacidade de produzir glóbulos vermelhos normais», para o qual é necessário que exista «compatibilidade entre doador e receptor, verificável através da análise do sistema HLA (Human Leukocyte Antigens), idêntico em 25% dos casos em parentes próximos como irmãos ou pais, mas possível de encontrar também em não-consangüíneos», precisa.

«O caso de Pavía --explica a doutora Navarini-- soma-se a uma reconfortável cifra de intervenções obtidas com remissão completa de enfermidades como a talassemia ou a leucemia nas quais se utilizaram células estaminais de indivíduos geneticamente aparentados com o paciente talassemico» --irmãos mais velhos ou menores, pais ou outros parentes--, «ou bem estaminais cordonais e placentárias de irmãos em estado fetal ou neonatal ou inclusive --raramente-- estaminais procedentes de bancos de cordão umbilical». Esta «possibilidade de encontrar entre muitas unidades de cordões umbilicais crio-conservados aquele ou aqueles de características compatíveis com as do sangue enfermo, ainda que geneticamente não afins, levou vários países a estabelecer “bancos” similares», recorda a especialista. O que faz «meritório» o transplante de Pavía --prossegue-- «foi potenciação das células estaminais de um dos dois cordões, o que resultava mais “pobre”, e que por isso foi enviado desde Pavía à “cell factory” do Policlínico de Milão», de forma que «em quinze dias as células estaminais se multiplicaram 60 vezes, estabelecendo assim um marco no desenvolvimento da medicina regenerativa e abrindo alentadoras perspectivas para o tratamento de muitos talassemicos, também adultos». «O problema principal da terapia com as células estaminais» «reside em seu número exíguo em comparação com as ingentes quantidades das quais há que dispor para um transplante eficaz», revela.

Daí que «com o procedimento realizado pelos médicos de Milão e Pavía» «será possível expandir em laboratório a preciosa “matéria prima”, expandindo, portanto, também as possibilidades de aplicação», sublinha. Assim que «para celebrar esta vitória --incide a doutora Navarini-- não é necessário molestar as células estaminais embrionárias» --«próprias do embrião nas primeiras fases do desenvolvimento e não do cordão umbilical»--, cuja obtenção é «sempre mortal para o mesmo embrião». Em qualquer caso, a especialista sublinha o fato de que «o êxito da intervenção não depende do modo em que os cordões umbilicais que curaram o pequeno talassemico foram obtidos, contrariamente às enganosas e insistentes palavras de ordem midiática», as quais por um lado afirmaram que «graças ao diagnóstico pré-implantação, proibido na Itália, foi possível salvar uma vida», e por outro apontaram que «segundo a lei italiana as gêmeas sãs não haveriam nascido e o irmão enfermo haveria sido condenado à morte».

«O próprio resultado seria conseguido com uma concepção natural» --alerta a doutora Navarini-- dado que «para dois pais portadores sãos de talassemia a probabilidade de trazer ao mundo um filho enfermo é de 25%», ainda que «falsamente» se disse que a probabilidade de gerar uma criança sã «é de uma sobre cinco». «Os riscos de gerar outra criança talassemica existiriam, sem dúvida, como os de gerar um filho são, mas não compatível com o primeiro, mas, e este é o ponto verdadeiramente crucial, são os mesmos riscos que correm os que recorrem à proveta», afirma.

«A diferença --reconhece-- é que é mais “fácil e indolor” (para os adultos!) eliminar embriões extra-corpóreos que fetos no útero materno, ou crianças já nascidas...». O certo é que «o processo de fecundação “in vitro” ao que se submeteram na Turquia os dois pais deu origem a doze embriões --informa a doutora Navarini--, três dos quais foram implantados --um foi abortado espontaneamente--, enquanto que os outros nove foram “descartados”», ou seja, «mortos», «só porque estavam enfermos ou talvez sadios mas não compatíveis». O resultado é que «o intento de salvar uma criança implicou a morte de outras dez, culpados só de não ter as características desejadas», quando «a fecundação “in vitro” e a seleção embrionária não são as únicas possibilidades para quem quer curar um filho talassemico», conclui.

Por sua parte, em declarações a Zenit, o doutor Giuseppe Noia --ginecologista-obstetra da Policlínica Gemelli e professor de medicina pré-natal na Universidade Católica do Sagrado Coração de Roma-- criticou igualmente o fato de os meios de comunicação «utilizarem o êxito não em referência ao uso de células estaminais adultas, mas com relação à derivação destas últimas dos cordões umbilicais de duas meninas selecionadas com o diagnóstico pré-implantação.

E tudo para afirmar que com a atual lei a seleção pré-implantação não se pode realizar». «O evento científico sobre o que há que refletir é que das células estaminais adultas do cordão umbilical destas duas irmãs se extraíram células adultas que curaram o irmão enfermo», e o uso das «células estaminais adultas é exatamente o aconselhado pela Igreja Católica», recordou em declarações a Zenit o padre Ramón Lucas, membro da Academia Pontifícia para a Vida. O sacerdote, também professor de Antropologia Filosófica na Pontifícia Universidade Gregoriana, refletindo sobre as duas gêmeas nascidas «enquanto outros nove embriões foram eliminados», pôs em alerta frente a «este tipo de prática», que «favorece uma mentalidade seletiva de discriminação entre os homens, isto é, eugênica».

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16/10/2004 - 14h41

Alessandra Negrini guarda células-tronco da filha Betina

A atriz Alessandra Negrini e o cantor Otto resolveram guardar células-tronco de sua filha Betina, nascida no último dia 29.

Segundo a colunista Mônica Bergamo, da "Folha de S.Paulo", fez a opção para eventual uso futuro no tratamento de doenças genéticas e imunológicas.

As células-tronco são retiradas a partir do sangue do cordão umbilical e podem, segundo pesquisas, gerar tecidos do organismo. (UOL)

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" O Comitê Nacional de Bioética da Itália publicou recentemente um documento intitulado ´Identià e Statuto dell´Embrione Umano´ (Identidade e Estatuto do Embrião Humano). Apresentou´o à imprensa o Dr. Francesco D´Agostinho, Presidente do mencionado Comitê. A tese conclusiva desse texto, resultante de estudos protraídos por mais de um ano e meio, soa: ´O Embrião é um de nós´, é uma pessoa, é gente. Mais explicitamente aí se lê: ´O Comitê chegou unanimemente a reconhecer o dever moral de tratar o embrião humano, desde a fecundação, segundo os critérios de respeito e tutela que se devem adotar em relação aos indivíduos humanos aos quais se atribui comumente a característica de pessoa´. Em conseqüência, o Comitê proclamou ´moralmente ilícitas´:

a produção de embriões para fins de experimentação médica ou para fins comerciais ou industriais; a produção múltipla de seres humanos geneticamente idênticos mediante a fissão geminada ou clonagem; a criação de ´quimeras´ ou de indivíduos constituídos de células de origem genética diversa; a produção de híbridos ´homem´animal´irracional´; a transferência de embriões humanos para útero de animal irracional e vice´versa. Ainda com unanimidade o Comitê classificou ´como moralmente lícitas eventuais intervenções terapêuticas em embriões, desde que destinadas a proteger a vida e a saúde dos mesmos. Reconheceu também como legítima a experimentação em embriões mortos por aborto. Alguns membros do Comitê estenderam a iliceidade a:

a supressão ou manipulação nociva de embriões; o diagnóstico anterior ao implante, destinado a suprimir os embriões, caso sejam tidos como ineptos para a vida; a formação, em proveta, de embriões que não sejam destinados ao implante no útero materno. Sobre o congelamento de embriões pronunciou´se o Comitê nestes termos:

´O Comitê afirma que o respeito pela vida do embrião deve merecer prioridade sobre outros valores e que, portanto, devem ser definidas normas jurídicas aptas a garantir aos embriões não aproveitados a possibilidade de vida e desenvolvimento´"(fonte Pergunte e Responderemos 413 )

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