Doutrina Catolica

- Satanás não pode dominar a vontade humana a ponto de forçá-la ao pecado . O homem só peca quando age livre e conscientemente , ou seja , só se entrega ao mal , quando livremente deseja . Ações forçadas ou sem pleno conhecimento do autor não constituem pecado .

- O homem com o auxílio da graça pode lutar contra os desejos pecaminosos , e tender à justiça e à santidade .

- A Graça só é possível num ser racional , possuidor de uma alma espiritual feita imago dei , apta a conhecer e amar a Deus .

- Uma verdadeira conversão implica no reconhecimento e na rejeição dos próprios pecados com o desejo sincero do perdão de Deus ; e exige a contrição e o firme propósito de não mais pecar. Fazendo as obras penitentes revestidas de indulgência para a extinção das penas que subsistem às culpas já perdoadas na confissão .

- A recuperação da graça implica na justificação que é a expiação do pecado , o fiel volta a gozar da amizade divina e merecer a vida eterna. Nada resta de pecado quando o sacerdote absolve as culpas do fiel na confissão em nome da Trindade. A alma humana fica então regenerada e reconciliada com Deus.

- O homem pecando , ofende a Deus e por isso é obrigado a expiar a sua culpa , satisfazendo um dever moral e legal de justiça , possibilitado pela satisfação prestada a Deus por Cristo .

- Deus exige tal satisfação mediante o sacrifício . Ele visa sempre o bem do homem , o homem pode prejudicar apenas a si mesmo , recusando o seu Bem Supremo . A satisfação que o homem está obrigado a realizar consiste na reafirmação do primado de Deus e na dependência da criatura em relação a Ele , através dos méritos e da satisfação eternos prestados a Deus pelo Cristo . Somente assim ela dá a Deus aquilo que é de Deus , ou seja o fiel reconhece a justiça , a misericórdia e a benignidade infinitas de Deus , e , com humildade , rejeita o orgulho e os atos indignos que fez em relação a Ele . A vigência da justiça coincide com o respeito devido ao poder soberano de Deus - um agradecimento pela vida eterna a nós propiciada . Nossa vida é penitência e sacrifício dentro dos limites do saudável em termos psicológicos e físicos.

- Só se justifica uma religião natural e racional para povos que absolutamente não conheceram a revelação sobrenatural . Diferenciando a criação de Seu Criador .

- A lei mosaica prescrevia um sacrifício de expiação além de outros ; para os celebrar Deus instituiu o sacerdócio levítico imperfeito , dependente da oblação futura e definitiva de Cristo , que aplacou a ira divina e instituiu um sacerdócio perfeito e eterno .

- Jesus , Verbo Encarnado , remiu a humanidade pecadora, expiando as suas culpas com o Sacrifício da Cruz.

- Cristo se apresentou com o supremo modelo de vida.

- Jesus para manter a sua mediação salvífica e aplicar às futuras gerações os méritos de seu sacrifício de expiação e redenção , istituiu a Igreja como sociedade hierárquica , visível e juridicamente organizada.

- Os poderes por Cristo conferidos à Igreja baseiam-se no sacramento da ordem e nos fatos correlatos a este sacramento , como a hierarquia das ordens sagradas , o primado de Pedro , o poder de santificar , ensinar e governar . O sacerdote é feito rei e profeta com o Cristo . O sacerdócio ministerial é essencialmente distinto do sacerdócio comum de todos os fiéis batizados. Não obstante , todo batizado possui um sacerdócio e pode exercê-lo nos limites autorizados pela legislação eclesiástica.

- O mais importante e insubstituível ato de adoração católico é a celebração do sacrifício eucarístico como a renovação incruenta do único e perfeito Sacrifício da Cruz. - Com a real presença do Corpo do Senhor ocorre a renovação de seu sacrificio eterno de modo incruento . Morrendo e ressurgindo , Cristo redimiu o mundo , apenas pela participação em sua morte o homem pode merecer a vida da alma e , no dia do Juízo , a ressurreição da carne.

- É falso que a Santa Missa não seja o mesmo sacrificio do calvário . A comunhão eucarística deriva seu significado santificante do Sacrifício de Cristo, é atualizada na distinta consagração do pão e do vinho, feita no altar pelo sacerdote . A ausência da assembléia de fiéis não torna inválida a celebração eucarística.

- A consagração do pão e do vinho confere às espécies naturais um novo significado . A consagração torna aqueles elementos o Corpo e o Sangue de Cristo em virtude do mistério da transubstanciação pela ação do Espírito Santo - o ministro invisível da santa missa .

- Corpo e do Sangue de Cristo, verdadeiramente e substancialmente presentes, significam a mesma humanidade assumida pelo Verbo. Adoramos o Significado ; não o símbolo de Cristo , mas a sua própria Pessoa divina.

- A comunhão eucarística não exige a confissão sacramental dos pecados mortais , um ato de contrição perfeita não é suficiente para recebê-la ; e é também falso afirmar que não é o confessor , mas a própria pessoa que obtem o perdão diretamente de Deus.

- Deus perdoa a quem se arrepende de tê-lo ofendido; e se salva somente quem corresponde à graça e morre em estado de graça plena .

O inferno é real e a pena para quem é condenado por pecado mortal , é eterna . Quem não se arrepende de um pecado mortal até o fim de sua vida morre em pena eterna .

- Devemos imitar as virtudes de Cristo e tender à santidade, através do exercício de uma ascese , prática voluntária dos conselhos evangélicos , sob o convite e sob a autorização permanente do Espírito Santo . A purificação interior é indispensável para evitar o purgatório. Existem também obrigações legais para os fiéis , como ir à missa frequentemente , confessar , ao menos , anualmente e fazer as obras penitentes .

- As leis de Deus e da Igreja , as exigências da fé não são contrátrias à caridade.

- A liberdade humana existe , mas existe também o dever moral de procurar a verdade em todos os níveis e principalmente no nível religioso e abraçar esta verdade quando ela é alcançada . O homem batizado tem obrigações para com a Igreja e para com Deus , liberdade de vontade não é sinônimo de ausência de balizamentos legais e morais .