Doutrina Católica

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DOUTRINA CATÓLICA

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Primeiro Compêndio Social da Igreja apresentado no Vaticano

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Cidade do Vaticano, 25/10/2004 - 13:17

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O “Catecismo Social”, um documento sem precedentes na história da Igreja, foi hoje apresentado no Vaticano.

A obra mostra uma explicação sistemática e oficial dos princípios católicos sobre questões como os direitos humanos, a guerra, a democracia, a vida económica, a comunidade internacional, o terrorismo ou a ecologia.

Este foi um pedido explícito do Papa ao Conselho Pontifício Justiça e Paz, em 1998, a quem encomendou um "compêndio ou síntese autorizada da doutrina social católica" que mostrasse a conexão entre esta e a Nova Evangelização. Esta síntese da Doutrina Social da Igreja destina-se a Bispos, sacerdotes, leigos – sobretudo aos políticos, empresários e sindicalistas -, mas também a fiéis de outras religiões e a todos os “homens de boa vontade que desejam servir o bem comum”, como refere o prefácio do documento.

A apresentação do Compêndio da Doutrina Social da Igreja, título oficial do documento, esteve a cargo do Cardeal Renato Martino, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, o qual explicou que “o Compêndio tem uma estrutura simples e linear”. Após uma Introdução, a obra está dividida em três partes, que abordam os fundamentos, os conteúdos e as perspectivas pastorais dos ensinamento da Igreja nesta área.

A primeira parte tem quatros capítulos, onde se tratam os pressupostos fundamentais da Doutrina Social: o projeto de Deus para o homem e a sociedade; a Missão da igreja e a Natureza da Doutrina Social; a pessoa humana e os seus direitos; os princípios e os valores da Doutrina Social.

A segunda parte, composta por sete capítulos, apresenta os conteúdos e os temas clássicos da Doutrina Social da Igreja: a família, o trabalho, a economia, a política, a paz e o ambiente. A última parte, mais breve, apresenta um único capítulo com uma série de indicações para a utilização da Doutrina Social na acção pastoral da Igreja e na vida dos cristãos. A Conclusão, intitulada “Por uma civilização do amor”, exprime o entendimento de fundo de todo o documento.

Fonte: Agência Ecclesia

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Publicado Compêndio da Doutrina Social da Igreja

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26/10/2004

Redigido pelo Conselho Pontifício “Justiça e Paz”

CIDADE DO VATICANO, 26 de outubro de 2004 (ZENIT.org).- Pela primeira vez na história, a Santa Sé publicou um Compêndio da Doutrina Social da Igreja, redigido pelo Conselho Pontifício “Justiça e Paz”.

«Não avançamos hipóteses nem dizemos nada que não tenha sido dito antes pelos Papas», declarou o cardeal Renato R. Martino, presidente deste organismo vaticano, ao apresentar esta segunda-feira o volume à imprensa.

O Compêndio, publicado pelo momento em italiano e inglês (em alguns meses sairá em espanhol, português e outros idiomas), consta de 525 páginas (das quais 190 são índices de referências ou analíticos).

A doutrina da Igreja sobre vida pública fica recolhida em 583 números e se caracteriza pelo interesse de facilitar a consulta.

«O compêndio não é um catecismo, pois a palavra catecismo dá a idéia de algo mais definido, fixo», acrescentou o cardeal Martino no encontro com os jornalistas celebrado na Sala de Imprensa do Vaticano.

O Conselho Pontifício “Justiça e Paz”, declarou, «é responsável pela maneira em que se apresenta o volume, mas todo o conteúdo foi dito antes pelos Papas».

A idéia do Compêndio foi proposta pelo próprio João Paulo II na exortação apostólica «Ecclesia in América» (1999), na qual escrevia: «Seria muito útil um compêndio ou síntese autorizada da doutrina social católica» para mostrar «a relação existente entre ela e a nova evangelização».

A obra foi iniciada há cinco anos pelo cardeal vietnamita François-Xavier Nguyên Van Thuân, antigo presidente do Conselho Pontifício “Justiça e Paz”. Sua enfermidade e depois seu falecimento, explicou o cardeal Martino, provocaram um inevitável atraso na redação.

O compêndio contou com a colaboração de diferentes organismos vaticanos. No encontro com a imprensa, o bispo Giampaolo Cepaldi, secretário do Conselho Pontifício “Justiça e Paz” --qualificado pelo cardeal Martino como a «alma do Compêndio»-- revelou que a Congregação para a Doutrina da Fé revisou o texto duas vezes.

O volume começa com uma carta do cardeal Angelo Sodano, secretário de Estado, na qual explica que estas páginas serão de grande utilidade em um contexto «no qual a humanidade pede hoje maior justiça para enfrentar o amplo fenômeno da globalização».

Após uma introdução sobre «Um humanismo integral e solidário», o compêndio se divide em doze capítulos e uma conclusão na qual se advoga «Por uma civilização do amor».

Entre os capítulos mais destacados, cabe assinalar o dedicado à «Família, célula vital da sociedade», ou os que se centram em «Trabalho», «A vida econômica», «A comunidade política», «A comunidade internacional», «A salvaguarda do meio ambiente», «A promoção da paz».

Em resposta aos jornalistas, o cardeal Martino declarou que a apresentação do documento neste período de campanha eleitoral nos Estados Unidos é totalmente casual, pois se elegeu a data para poder apresentá-lo aos participantes da assembléia plenária do Conselho Pontifício “Justiça e Paz”, que esta segunda-feira começou em Roma.

O Compêndio é editado pelo momento pela Livraria Editorial Vaticana. A Santa Sé analisa com as Conferências Episcopais as propostas para editá-lo nos diferentes idiomas.

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Compêndio de Doutrina Social, guia para a Europa Segundo a plataforma «Cristãos pela Europa»

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ROMA, sexta-feira, 29 de outubro de 2004 (ZENIT).- O Compêndio de Doutrina Social da Igreja, apresentado na segunda-feira 25 de outubro, foi apreciado em diversos âmbitos do Parlamento Europeu.

Segundo explicou a Zenit Giorgio Salina, vice-presidente da plataforma «Cristãos pela Europa», este texto publicado pelo Pontifício Conselho “Justiça e Paz” é «fonte de inspiração, instrumento de referência, critério de interpretação dos sinais dos tempos para quem atua no âmbito social e político».

Salina define o Compêndio como «uma obra necessária que contribui a converter em cultura a fé, ou seja, a fazer da fé em Cristo Senhor, morto e ressuscitado pelo homem, mentalidade, critério de juízo da realidade, critério de avaliação da ação».

O vice-presidente de «Cristãos pela Europa» sublinha que um dos objetivos do Compêndio «é o desafio cultural enfrentado tendo em conta a dimensão interdisciplinar».

«Esta é uma ajuda fundamental para trabalhar na delimitação e descrição de toda a dignidade cultural da visão cristã do homem e da sociedade, superando um sentimento de inferioridade com respeito a outras culturas, às vezes só mais arrogantes».

Esta experiência é magistralmente descrita pela socióloga Daniele Hervieu-Léger, acrescenta Salina: «... o principal problema do catolicismo hoje é o de sofrer uma desqualificação cultural; um mundo de crenças e valores que se está deslizando definitivamente para a insignificância cultural».

«Se me permite um amargo comentário --declara o político cristão--, parece a descrição de algumas sessões do Parlamento Europeu, tanto plenárias como em comissão, em temas como o direito à vida, direitos civis, dignidade e igualdade de oportunidades, liberdade de religião e de pensamento».

Voltando à Doutrina Social, Salina afirma que «a estruturação do Compêndio facilitará não só a aproximação interdisciplinar, mas também a comprovação da amplitude da Doutrina sobre cada tema, inclusive complexo, contemplado reiteradamente pelos sumos pontífices».

«A visão total feita assim mais fácil, também para nós os estudiosos, parece-me que consolida a fé e mostra melhor sua compatibilidade com a razão, dando raízes à postura cultural».

Salina conclui afirmando que «já a introdução sobre o humanismo integral me parece um verdadeiro manifesto programático. Com freqüência, a solidariedade se une à justiça, enquanto que aqui se une à integridade da concepção da realidade, do homem, da vida. Indicação bastante mais motivadora e estimulante que ilumina o sentido profundo da civilização do amor».

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Compêndio de Doutrina Social apresenta o «bom governo»

Sua capa está ilustrada pelo afresco de Ambrogio Lorenzetti

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CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 26 de outubro de 2004 (ZENIT.org).- Resulta original a eleição dos autores do «Compêndio de Doutrina Social da Igreja», publicado essa segunda-feira, de trazer impresso na capa o afresco pintado por Ambrogio Lorenzetti (1338-1339), conservado no Palácio Público de Siena, sobre o tema «Alegoria do Bom Governo».

Em geral, os documentos originários do Magistério da Santa Sé não levam capas com ilustrações. Neste caso, a eleição da redação, o Congresso Pontifício “Justiça e Paz”, tem um significado, explicado na contra-capa do Compêndio.

A alegoria de Lorenzetti nasce de uma figura bíblica, a Sabedoria, representada como uma mulher coroada que sustenta uma grande balança.

A balança está representada por dois pratos em equilíbrio e, no meio, a figura da Justiça, como uma pessoa vestida esplendidamente.

Sobre ela se lê: «Amai a Justiça, vós que governais a terra». Trata-se do versículo de abertura do Livro da Sabedoria, eleito como advertência ao conselho municipal que se reunia na sala decorada por estes afrescos de Lorenzetti.

Sob a Justiça há uma figura com um escova de carpinteiro para nivelar as ambições, que representa a Concórdia.

Segundo a interpretação dos autores do Compêndio, a alegoria mostra como a Justiça humana em todas suas formas descende da Sabedoria de Deus, e da Justiça descende a concórdia ou harmonia da cidade.

Na pintura de Lorenzetti, da concórdia parte uma procissão de cidadãos, artesãos, profissionais, um sacerdote, um soldado, nobres, funcionários públicos que se dirigem para uma tarima na qual há seis mulheres que representam as virtudes: paz, fortaleza, prudência, magnanimidade, temperança e justiça.

No meio delas encontra-se um ancião com o cetro na mão direita, que representa o município de Siena (para o qual foram pintados os afrescos), e sobre sua cabeça três figuras que representam as virtudes teologais: fé, esperança e caridade.

Os autores do Compêndio consideram que estas imagens deixam uma mensagem: a prosperidade, a atividade artesanal e educativa são frutos maduros de uma vida cívica, guiada pelas virtudes e cultivada na harmonia entre os cidadãos.

Na contra-capa do Compêndio se lê: «Realizados para a sede de governo da qual foi uma república livre, estes afrescos oferecem uma visão tipicamente cristã de um mundo no qual a ordem exterior emana de uma ordem interior que o homem recebe como dom, mas que deve eleger responsavelmente».

«São imagens nas quais se adverte tanto a transparência espiritual como a idéia social dos pensadores do período, sua fé firme em Deus, princípio de toda verdade e de toda forma de existência e de organização social».

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NOVO COMPENDIO DA DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA

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Ao publicar o seu NOVO COMPENDIO DA DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA, apresentado pelo Cardeal Renato Martino, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, num livro de 524 páginas o papa está deixando claro que os católicos precisam tomar posição diante dos graves problemas sociais que ameaçam o mundo. Na verdade, trata-se de um enfoque especial e urgente sobre questões que a Igreja não pode ignorar em nenhum país do mundo. Está havendo mais revolução d costumes no mundo e os católicos precisam tomar posição, contra ou a favor. Temos que fazer muito mais do que orar e chorar de emoção e de êxtase, nas nossas reuniões de quarta e de sábado. Lá fora o mundo anda chorando outro tipo de lágrimas. Alguém tem que ir lá suavizá-las.

Questões como democracia, participação do povo, corrupção, regimes autoritários, família, divórcio, juventude e adolescência, aids, droga, mídia e poder, natalidade, educação, desemprego, gastos militares, educação, alimentação, gestação assistida, clonagem, uso do embrião humano, aborto, pesquisas que envolveriam morte do feto, guerra preventiva, empobrecimento coletivo de nações e grupos nacionais, terrorismo, multinacionais, ALCA, mercados comuns, paises emergentes, países inviáveis, seca, escassez de alimento e de água, controle das águas e do petróleo, domínio de mercado, união civil de homossexuais, e milhares de outros problemas devem ser abordadas e conhecidas pelos católicos. Se o outro não vê aquilo como problema é problema dele, mas se nós vemos que é um problema, passa a ser problema nosso.

Se o país tem maioria católica, os católicos não devem se guiar pelos ateus ou por gente de outra fé. Devem expor sua fé através de instrumentos democráticos e usar do mesmo direito que os outros usam de influenciar a opinião publica sem ferir a cidadania e a democracia. Se os outros podem, nós também podemos. Nos países de minoria católica, o católico deve expor seu ponto de vista e usar dos meios democráticos a seu dispor, para mentalizar o povo. O católico deve, dentro do possível, viver a doutrina católica, como, de resto outras religiões vivem as deles, ainda que o país pense diferente. Os evangélicos, pentecostais e muçulmanos o fazem. Querem viver e, se possível, influenciar o país onde vivem. Nós também queremos.

Em boa hora, o NOVO COMPENDIO DA DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA aparece para alertar uma vez mais os católicos, que há mais a fazer neste mundo, além de ensinar a louvar o Senhor com cânticos e orações, para o fortalecimento da Igreja ( 1 Cor 14,26; Ef 5,19; Col 3,16) . É maravilhoso e encantador esse clima de Tabor, de olhos fechados, lágrimas de paz e enlevo, mas, depois, é preciso descer de lá e ir ao mundo que está cheio de problemas esperando nossa resposta. ( Mt 17,2-9) O mesmo livro que propõe encontros de hinos, cantos e orações também diz ao apóstolo e pregador que ele deve continuar a se lembrar dos pobres.( Gl 2,10) e que os pobres não devem ser ignorados, nem insultados, nem ser mais empobrecidos do que já foram ( Tg2,6;; 3,17; Mt 11,5) E avisa os ricos que, para eles, é mais difícil aderir ao Reino, porque a riqueza é uma forma de prisão.( Mt 19,23) Quem já nada em conforto já foi recompensado( Lc 6,24). Que os ricos tomem cuidado para não acabarem vazios. Cabe aos ricos aliviar a sorte dos menos favorecidos. A quem mais foi dado, dessa pessoa se exige mais responsabilidade. Que a riqueza ajude a fazer amigos, abra o céu e torne possível o Reino de Deus para o rico, que repartiu, e para o pobre que cresceu com a sua ajuda.( Lc 16,9).

Católico sereno rima sempre o verbo orar com os verbos ajudar e libertar! Eventualmente também o rima com o verbo chorar e emocionar, porque, afinal, ninguém é de ferro! Lágrimas também confortam! Mas só depois que alguém confortou alguém. Que os milhões de católicos do mundo mostrem a que vieram!

Fonte: Pe. Zezinho, scj

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