DOUTRINA CATÓLICA

______________

A água e o Sagrado

______________

DOUTRINA CATÓLICA

____________

Na linguagem poética de Génisis Deus ordenou, no 2º dia da criação , quer as águas se separassem do caos original e assim surgiu o firmamento ou céu para dividir as água que ficavam acima do céu ou debaixo do céu. Na voz do povo maantêm-se ressaibos desta dicotomia e a atitude científica vive de par com o discurso cosmogónico que olha o céu como o lugar donde cai a chuva, a água que é o fundamento de toda a vida sobre a terra. E esta separação de águas amplia-se aínda ao quadro daqueles que simplesmente se ordenaram à conservação da vida dos homens e dessas outras pessoas que voltam a partilhar do sagrado e se tornam, através do ritual, instrumento de ligação do homem à divindade. Acto maior onde se revela de forma exemplar a simbologia natural da água como fonte da vida e fonte de limpeza é o baptismo, assumindo a água, através de Cristo, uma significação e uma eficácia nova. É a agua lustral onde, nas cerimónias de Quinta-Feira Santa se mergulhavam os neófitos que um segundo nascimento trazia ao grémio da verdadeira igreja. Na celebração da Eucaristia, a água assume outra vez a função purificadora enquanto utilizada pelo sacerdote para lavar as mãos mas ela associa-se ali ainda ao vinho assumido, no ritual, outra natureza divina aqui. A água benta abundantemente oferecida em pias de pedra às portas das igrejas cumpria um ritual de purificação com eficácia segura para os pecados veniais e as palavras que deveria pronunciar quem a utilizava revelavam a sua força simbólica vivencial e salvífica.

__________________________

Usos da água benta

__________________________

A água benta era utilizada em múltipla cerimónias litúrgicas, transportada numa caldeirinha e aspergia com o bissope homens, coisas e animais cumprindo sempre, o rito, funções purificadoras. Outro momento em que a água benta fica presente, sacralizando por um tempo, um lugar, é esse tempo de velar o cadáver que permanece em casa. A família traz da igreja a caldeirinha ou enche numa das pias de água benta um jarro ou grande copo de vidro, mergulha nele um raminho e coloca-o à cabeceira para que todo aquele que entrar possa aspergir por três vezes, conforme acontecia no mundo greco-romano, o corpo do defunto. Se a desgraça acontecia na aldeia na forma de um incêndio, fogo, diz-se na aldeia, gerado na noite ou mesmo durante o dia e uma habitação ficasse ameaçada o sino tocava a rebate e o povo inteiro acorria e formava-se um vai-vem de gente entre as fontes, os poços e a casa para debelar o incêndio, numa atitude de solidariedade gratuita (...) ( Trecho de um texto escrito em português ibérico - paróquia em Portugal )

__________________________

SANTUÁRIO SÃO JUDAS TADEU Jabaquara-S. Paulo

__________________________

A BÊNÇÃO

__________________________

É o sinal pelo qual se invocam as graças de Deus, que é fonte e origem de toda bênção, sobre uma pessoa, animal, lugar ou objeto. Quando chegou a plenitude dos tempos, o Pai enviou seu Filho e de novo abençoou os homens com toda sorte de bênçãos espirituais. Jesus, bênção máxima de Deus Pai, aparece nos Evangelhos abençoando os irmãos e dirigindo ao Pai a oração da bênção. Quando glorificado pelo Pai, subiu aos céus, Ele comunicou os dons do seu Espírito aos apóstolos, para que guiados pela força do Espírito Santo, pudessem louvar e magnificar ao Pai em todas as coisas, praticando obras de caridade. Quando Deus abençoa por si ou por meio dos homens, temos sempre a promessa do seu auxílio, o anúncio da sua graça e a proclamação de sua fidelidade. E quando os homens O bendizem, é o louvor Àquele a quem declaram bom e misericordioso. Abençoar é uma ação divina que dá a vida e da qual o Pai é a fonte. Sua bênção é ao mesmo tempo palavra e dom. Aplicado ao homem significará a adoração e a entrega a seu criador, na ação de graças. Na bênção Deus e o homem se encontram. Nela o dom de Deus e a acolhida do homem se chamam e se unem. A oração de bênção é a resposta do homem aos dons de Deus: uma vez que Deus abençoa, o coração do homem pode bendizer Aquele que é fonte de toda bênção. É acompanhada pelo gesto de abençoar, que pode ser o sinal-da-cruz, a aspersão de água ou a imposição das mãos. "Javé falou a Moisés: ‘Diga a Aarão e a seus filhos: vocês abençoarão os filhos de Israel assim: ‘Javé o abençoe e guarde! Javé lhe mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de você! Javé lhe mostre seu rosto e lhe conceda a paz!’ Assim eles invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei’." (Nm 6, 22-27)

__________________________

Símbolos na Bênção

__________________________

Água Benta

__________________________

É um dos chamados "sacramentais", que são sinais sagrados instituídos pela Igreja para despertar sentimentos de fé e amor. A água é sinal de vida e purificação. Ela é abençoada pelo padre para uso do povo de Deus. É símbolo de purificação espiritual e, pela tradição, é usada em situações de perigo físico ou espiritual. A água, benzida segundo o rito, traz Cristo à mente dos fiéis, Ele que é para nós a essência da bênção divina e chamou a si próprio Água Viva, e instituiu para nós o Batismo, sacramento da água, em sinal de bênção de salvação. Quem usa a água benta com fé, lembra a purificação e a nova vida recebida no Batismo.

_______

Vela

_______

Sinal de festa, alegria e fé. É símbolo da luz e da consagração. É um símbolo bastante presente na vida cristã: no Batismo ela significa a fé, a nova vida em Cristo; na Primeira Eucaristia, assumimos o significado da vela, professando pessoalmente a nossa fé. Está presente em quase todas as celebrações litúrgicas. Acendemos também a vela em sinal de consagração ou agradecimento nos Santuários. Para nós, cristãos, a luz representa Jesus, luz do mundo e luz para a nossa vida. Para você conhecer mais: Bibliografia:

MOTTA, Suzana Alves da (Org). Pequeno Vocabulário Prático de Liturgia, Paulus, São Paulo – SP, 1999 LOWERY, Daniel L.. Dicionário Católico Básico, Ed. Santuário, Aparecida – SP, 1999 BECKHÄUSER, Frei Alberto (OFM). Símbolos Litúrgicos, Ed. Vozes, Petrópolis – RJ, 1999 Catecismo da Igreja Católica, Edições Loyola, 1999 Ritual de Bênçãos, Ed. Paulinas – Ed. Vozes, 1990

Hosted by www.Geocities.ws

1