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Doutrina Católica

ASCENSÃO DE JESUS

É solenidade celebrada no 7º domingo do tempo pascal para adequá-la ao calendário civil. Antes da reforma litúrgica do concílio Vaticano II, celebrava-se na quinta-feira anterior ao 7º domingo pascal, pois acontece 40 dias depois da Ressurreição e 10 dias antes de Pentecostes, na observância de toda a simbologia veterotestamentária. A crença na Ascensão encontra-se já nas mais antigas formulações do "Credo" e era celebrada com uma festa, cuja menção mais antiga encontra-se em Eusébio de Cesaréia, entre os séculos III e IV (De solemn. pasch. 5). No Oriente, chamava-se "assunção", de acordo com o termo grego das Escrituras, mas no Ocidente prevaleceu o termo "ascensão", reservando-se o de "assunção" a Maria. Na tradição popular, a festa era outrora importantíssima como um dia "de bênção e de purificação da água", que se julgava ser benzida por um anjo à meia-noite. Era muito esperada pelos doentes, que mergulhavam nessa água na esperança da cura ou se tratavam com "o ovo da Ascensão", guardado nas famílias, de onde nasceu, já no século XVI, o provérbio: "Nem sequer o ovo da Ascensão o tornaria são!". Em Veneza, era o dia das "Núpcias do mar" e, em Bari, da bênção do mar. Sobreviveu em Florença "a festa do grilo", durante a qual os grilos da sorte, em vez de serem caçados nas Cascine, são agora apanhados no campo e vendidos. O vocábulo vem do latim "ascencio" e significa "subida". Lembra a elevação, ou melhor, o retorno glorioso de Jesus "à direita do Pai" até seu retorno escatológico "para julgar os vivos e os mortos". 'Recebereis a força do Espírito Santo, que virá sobre vós; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, até os confins da terra'. E dizendo isto, elevou-se à vista deles e uma nuvem o ocultou a seus olhos" (At 1,8-9). Portanto, depois de ter confortado os apóstolos por 40 dias após sua morte e ressurreição, em diversas aparições catequéticas a respeito de seu messianismo, Jesus cansagra-os seus profetas, evangelizadores da "boa nova" e de seu retorno para o juízo final. Jesus realizou tudo; agora é a Igreja itinerante que deve cumprir a missão para a qual Ele a constituiu. De agora em diante Ele é o Presente-Ausente, Palavra revelada e mistério a ser desvendado. Essa despedida não é um adeus, mas uma promessa de retorno. A angústia da paixão desapareceu, agora temos a alegria da espera escatológica, sustentada pela certeza de que "Eu estarei convosco até o final dos tempos". A liturgia canta essa "novidade de vida", vestindo novamente a cor branca. Na arte figurativa pictórica, a festa teve variadíssimas representações, de acordo com as interpretações próprias dos diversos ritos: helenista, sírio-palestino, bizantino, carolíngio. Durante o Renascimento, o tema era representado de acordo com o individualismo do artista.

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