Doutrina Católica

Doutrina Católica

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Apologética depois do Concílio Vaticano II

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A apologética , segundo as diretrizes do Concílio Vaticano II , insere-se como uma disciplina necessariamente dentro de um conjunto teológico mais amplo . Promove a defesa da doutrina da Igreja contra a argumentação não-católica , não-cristã e atéia, no " sentir comum da Igreja " , ou seja , em conformidade com a orientação do supremo magistério papal e do Colégio Episcopal ; na comunhão , enfim , com a multidão de fiéis.

Realiza uma renovação da disciplina que busca fortalecer a fé dos católicos capacitando-os a dar as razões de sua fé em Cristo e na Igreja , com recurso aos mais diversos conhecimentos afetos à doutrina da Igreja. Recorrendo principalmente às Sagradas Escrituras e aos documentos pontifícios para enriquecer culturalmente e espiritualmente os fiéis . Uma apologética que não deixa de ser uma forma de catequese; quanto mais completa for a catequese mais aptos os católicos estarão para justificar as verdades de fé em que acreditam. (Cfr. 1 Pe 3,15).

Não é contrária ao diálogo ecumênico ; muito ao contrário , complementa o esforço ecumênico da Igreja no relacionamento com os grupos denominados cristãos apartados da comunhão com a Igreja de Roma. Lembrando sempre as diferenças doutrinárias e também os pontos de união ( o diálogo sobre a verdade e o diálogo da caridade ). Não se limita a apontar o erro na doutrina do outro , mas também se autocritica e descobre no outro um fator para repensar as linhas pastorais anterioremente adotadas . Uma apologética que recorda sempre a necessidade dos próprios católicos de estarem atentos em relação às tentações e ao pecado para não se desviarem do reto caminho. (Cfr. Ut Unum Sint No. 34).

Uma apologética que une o testemunho de vida à necessidade do anúncio do Evangelho. Pois o nosso testemunho deve sempre ser realizado na mais íntima comunhão com a doutrina e o magistério da Igreja. Devemos convidar os leigos a realizarem o sacerdócio comum de todo fiel batizado , levando a mensagem evangélica a todos os povos ; sendo também uma oferta viva e pública a Deus (Cfr. Evangelii Nuntiandi n. 22). Ele difunde assim a riqueza espiritual incomensurável que Nosso Senhor nos legou , perpetuando seu sacerdócio entre nós , pois só na Igreja Católica se encontra a plenitude dos meios de salvação estabelecidos por Jesus Cristo. A Igreja Católica , toda ela e só ela , possui todos os meios para oferecer a todos os homens com segurança o reto caminho da salvação pela graça santificante do sacrifício perfeito e definitivo de Cristo (Cfr. Sínodo de América No. 282 e Hb 7,26 , 2Cor 5,21).

Uma apologética que retornando ao espírito da pregação do cristianismo nascente , acredita muito mais no poder do Espírito Santo , da graça e da caridade , do que no embate e na intolerância com a diferença. Doutrina que não está interessada em triunfar sobre os seus interlocutores , expressão de uma veleidade humana , mas em promover um profético anúncio de uma verdade maravilhosa que penetra , pela sua própria força , com suavidade e firmeza , na alma dos homens (Cfr. Ut Unum sint n. 3).

Uma apologética que dialoga com todas as religiões sem relativizar ou negar os dogmas e as verdades de fé da Igreja (Cfr. Dominus Iesus , 2000). Desenvolvendo um trabalho pastoral preventivo para evitar o pecado da ruptura com a fé na qual o indivíduo nasceu e foi batizado. Exibindo , por outro lado , a fragilidade doutrinária dos críticos da Igreja, mesmo quando estes afirmam possuir um conhecimento mais profundo das Sagradas Escrituras.

Uma apologética que busca apresentar as vias de salvação pela misericórdia infinita de Deus, através da graça depositada originalmente por Cristo na Igreja Católica, para quem nasce em contextos nos quais a mensagem evangélica não tenha chegado ou tenha chegado de forma imperfeita, (Cfr. Dominus Iesus , 2000)

Prof. Everton N. Jobim

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