Doutrina Católica

O ROSÁRIO

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"A Palavra de Deus e o seu Sopro estão na origem do ser e da vida de toda criatura" (CIC 703)

"Santifica-os na verdade ; a tua Palavra é a verdade". (Jo. 17:17)

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A sempre Virgem Maria , mãe de Jesus , é a Imaculada Conceição , aquela que jamais conheceu o pecado , e por essa razão foi erguida ao Céu em Corpo em alma ; ela é a Rainha da Igreja , Mãe de Deus e Senhora Nossa !

Prof Everton Jobim

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ROSÁRIO

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No ano de 2002 , o Papa João Paulo II introduziu algumas importantes modificações na composição do Rosário , os chamados mistérios luminosos .

Trata-se de mais um Terço para ser incluído no conjunto do Rosário.

O Rosário era composto por três Terços , ao se incluir os mistérios luminosos , passou a ser composto por quatro terços. Apesar de não ser mais um Terço do Rosário , o nome foi preservado.

Cada terço corresponde a cinco mistérios ou cinco dezenas ; cada dezena corresponde a um Pai-nosso , dez Ave marias e um glória ao Pai.

O Rosário é , assim , dividido em quatro Terços ; podemos rezar todo o rosário ao longo do dia , dividido em terços , e contemplar todos os mistérios , distribuindo a reza do rosário pela manhão , tarde e noite.

Antes de iniciar cada dezena devemos anunciar os mistérios a serem contemplados.

A Ladainha lauretana ou o Salve Rainha são orações recomendadas para o final da reza do rosário.

Quando for rezar , apenas , um Terço , por dia , deve-se rezar pela ordem os mistérios gozosos ( 2 a. feira e Sábado ) ; em seguida os mistérios dolorosos ( 3 a. f e 6 a. feira ) , depois os mistérios luminosos : batismo de Jesus no rio Jordão, milagre da Boda de Canã , proclamação do Reino e o Cristo convidando à conversão , a transfiguração de Jesus , a instituição da eucaristia ( 5 a feira) , e , finalmente , os mistérios gloriosos ( 4 a. feira e Domingo )

Obtemos indulgência plenária de nossas penas com a reza do Terço e do Rosário.

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Sugestão para o Rosário diário

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Os Mistérios Gozosos pela manhã ; os Mistérios Luminosos ao meio-dia ; os Mistérios Dolorosos à tarde , de preferência às 15hs, junto com o Terço da Misericórdia ; e os Mistérios Gloriosos no final da tarde ou à noite .

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A COMPOSIÇÃO DO ROSÁRIO

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O Pai-nosso

A oração ensinada pelo Cristo é o eixo da contemplação dos mistérios que se desenvolve na repetição das Ave-marias.

Deus é saudado , diretamente e indiretamente , na saudação à Virgem Maria.

Em cada um dos seus mistérios , Jesus se eleva sempre ao Pai , porque repousa no seu seio . Orando a Deus , vamos ao Pai com Jesus.

As dez Ave-marias

O elemento mais denso do Rosário são as Ave-marias, que possuem um caráter mariano todo voltado para o Cristo, visto que é o nome de Jesus que está no centro. Trata-se de uma saudação angélica , e portanto divina.

O Glória

O Glória, glorificação trinitária , é o apogeu da contemplação.

A Jaculatória final

Depois do glória, é hábito, rezar uma jaculatória. O Papa João Paulo recomenda que se diga uma oração para obter frutos específicos do mistério contemplado.

A Palavra Rosário significa "Coroa de Rosas".A rosa é a rainha das flores , o rosário é a rainha das devoções.Um Rosário completo é uma coroa de rosas oferecida à Maria , Mãe de Deus.

Autor: Prof Everton Jobim

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TEXTO DE DOM EUGÊNIO SOBRE O ROSÁRIO

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Cardeal Dario Castrillon Royos , Dom Licínio e Cardeal Dom Eugênio Sales - Fim do Cisma de Campos

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O Rosário da Virgem Maria

O Catecismo da Igreja Católica (nº 1674), ao tratar da religiosidade popular, assim se expressa: “Além da liturgia sacramental, tem de levar em conta as formas da piedade dos fiéis e da religiosidade popular. O senso religioso do povo cristão encontrou, em todas as épocas, suas expressões em formas diversas de piedade, presentes à vida sacramental, entre elas o rosário.

Essa devoção tem sua origem na vitória dos cristãos contra o poderio turco, na batalha naval de Lepanto, na Grécia, a 7 de outubro de 1571. No início, celebrava-se a festa de Santa Maria da Vitória. São Pio V atribuiu o êxito a “Maria, auxílio dos cristãos”. Em 1716, o Papa Clemente XI instituiu a festa do Rosário.

O Bem-aventurado João XXIII, a 28 de setembro de 1960, escreveu ao então Vigário de Roma, Cardeal Clemente Mícara, uma carta exortando a recitação do Santo Rosário. Assim começa ele: “O mês de outubro, que se aproxima, recolhe o nosso espírito ao redor de pensamentos pacíficos, de propósitos de sabedoria e de expectativas de confiança”. E acrescenta no texto palavras de grande beleza: “Eis a chegada de outubro, um doce clarear no horizonte (...) com a devoção do rosário, que reúne grandes e pequenos (...) que traz luz, conforto e paz (...) para o povo cristão a oração mais simples e acessível, já tendo merecido, por parte de nossos veneráveis antecessores, muitos encorajamentos e bênçãos” (nº 2).

E seus sucessores, até ao atual, não têm descurado desse incentivo. Muito pelo contrário, são inúmeros os estímulos à recitação do rosário durante todo o ano e, em particular, no mês que lhe é consagrado, outubro. Quantos lares têm sido abençoados pelo terço em família!

O Papa Paulo VI, angustiado pela perspectiva de guerras, publicou, em 15 de setembro de 1966, a Carta Encíclica “Christi Matri Rosarii” em busca de uma verdadeira e duradoura paz. Diz ele: “Esta oração (...) é eficacíssima para implorar os dons celestes”(nº8). Paulo VI, na Exortação Apostólica “O culto à Virgem Maria”, com data de 2 de fevereiro de 1974, recorda, na primeira audiência geral do seu pontificado, a 13 de julho de 1963, a manifestação de sua grande estima pela prática do rosário. E em múltiplas outras oportunidades, umas ordinárias e outras graves, voltava a esse assunto.

O atual Pontífice caracteriza-se por uma profunda devoção à Mãe de Jesus. São inúmeros seus ensinamentos em prol da recitação do Santo Rosário. Um dos últimos ocorreu no domingo 29 de setembro passado, ao se dirigir aos peregrinos em Castelgandolfo: “Quero sugerir a oração do Rosário às pessoas, às famílias e às comunidades cristãs”. E a seguir, para reforçar esse convite, revela que está preparando “um documento que ajuda na descoberta da beleza e da profundidade do Rosário (ou terço)”. Na perspectiva de obter a paz “o Rosário se revela como uma oração especialmente indicada”. E eis que surge, em 16 de outubro último, no início do 25º ano de seu Pontificado, a Carta Apostólica “O Rosário da Virgem Maria”, dirigida ao Episcopado, ao Clero e aos fiéis, sobre o Rosário.

A repercussão favorável na mídia, inclusive laica, é um bom sinal da importância desse documento. Desejo salientar o valor da piedade popular, tomando como modelo a recitação do Rosário.

Evidentemente, com isto, recordo a preciosa e rica tradição de nossa Pátria: o mês de maio, a dedicação ao Rosário em outubro e a recitação do terço em família. Exatamente por estas razões é que devemos motivar não somente a recitação do Rosário, mas também outras modalidades de legítimas práticas da piedade popular. Aliás, ela tem raízes profundas na cultura de nosso povo. São tradições bem caras que devem ser preservadas pois integram a fisionomia da fé cristã no Brasil.

Somente o Senhor conhece os benefícios recebidos no resguardo da Fé católica. O fato de reunir os crentes em torno de Jesus e sua Mãe é, realmente, meritório, pois alimenta e fortifica a prática religiosa.

Alguns desvios na formação dos sacerdotes e dos fiéis têm sua origem em opções que se distanciam de uma verdadeira mensagem evangélica. Ideologias que fracassaram continuam a influenciar de modo negativo a autenticidade de nossa doutrina. Fiéis, levados pela fome de Deus, procuram alhures o que não encontram em sua comunidade. Fator eficaz para a solução desse problema é, sem dúvida, a revalorização das práticas tradicionais, aprovadas e estimuladas pela Igreja. A situação tende a se agravar quando, na formação do clero, não se toma na devida consideração essa questão.

Cresce o distanciamento dos pastores que não foram devidamente formados para entender os anseios do rebanho. Neste caso se inclui o valor da piedade popular. Por exemplo, o mês de maio, o de outubro, o do Coração de Jesus e os novenários. Paulo VI, em “Evangelii nuntiandi”, tem páginas de grande riqueza sobre a evangelização em nossos dias. Assim, o papel indispensável do contacto pessoal, “a transmissão de pessoa a pessoa continua a ser válida e importante”(nº 46). Há muito que se rever em métodos pastorais. Assim, por exemplo: o acolhimento a ser dispensado aos que recorrem à secretaria paroquial e a resposta fraterna quando é necessário negar um pedido.

As igrejas acolhedoras, mantidas abertas. Em seu documento, Paulo VI (nº 46) trata expressamente da religiosidade popular. Diz ele: “Se essa religiosidade popular for bem orientada, sobretudo mediante uma pedagogia da evangelização, ela é algo rico de valores. Assim, traduz, em si, uma certa sede de Deus que somente os pobres e os simples podem experimentar. Ela torna as pessoas capazes para terem um rasgo de generosidade e predispõe-nas para o sacrifício até o heroísmo.(...) Nós a chamamos de bom grado “piedade popular” no sentido de religião do povo, em vez de religiosidade”.

Guardemos em nossa memória a bela conclusão do Papa João Paulo II de sua recente Carta Apostólica: “Rosário bendito de Maria, doce cadeia que nos prende a Deus”.

D. Eugênio de Araújo Sales 23/10/1998

O MAGISTÉRIO PAPAL SOBRE O ROSÁRIO

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