Doutrina Catolica

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PECADO VENIAL E PECADO MORTAL

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O pecado venial acumulado ao longo de nossas vidas , pode , num determinado momento , transformar-se em pecado mortal, excluindo , assim , a gra�a habitual, dita santificante, que recebemos de Deus no ato batismal?

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N�o, n�o pode ! Apenas o pecado mortal pode matar a gra�a santificante que vivifica as faculdades naturais de nossa alma para a vida sobrenatural e igualmente para os atos sobrenaturais. A��es consideradas pecado venial s�o de uma esp�cie diferente das a��es que implicam em pecado mortal. O pecado mortal merece uma pena eterna e infinita, porque ele nos retira o estado da gra�a permanente; e o pecado venial merece uma pena temporal e finita. N�o obstante, muitos pecados veniais acabam por dispor a alma humana ao pecado mortal, de duas maneiras; a saber,uma primeira positiva, e uma outra, privativa ou negativa.

A positiva: com a repeti��o de atos levemente proibidos - certa propens�o na vontade humana sobre a mat�ria se desenvolve. O pecado grave reside latente, no pecado mais leve.

O negativo: com a repeti��o dos pecados veniais, se enfraquece, progressivamente, o fervor da caridade, e se desmerecem os aux�lios da gra�a, ficando o homem - por isso mesmo - exposto a graves tenta��es que , para serem vencidas , requerem muita infus�o da gra�a de Deus, e muito fervor da caridade.

O ato , no ser moral , n�o pode ser venial e mortal - seq�encialmente - isto �; o pecado venial constitu�do em raz�o do venial, n�o pode passar a ser mortal, nem o contr�rio pode ocorrer.O pecado mortal e o venial, se distinguem em esp�cie.

O pecado venial � , sem d�vida , uma ofensa menos grave que o pecado mortal, ele n�o nos afasta - em definitivo - do amor de Deus e da sua miseric�rdia.

N�o obstante, o pecado venial , de todo o modo , � tamb�m uma ofensa a Deus, tal a grandeza do amor e da piedade divina pela criatura humana. Por isso n�o devemos pecar, nem mesmo, em termos veniais, e tampouco devemos permitir que o pecado venial se acumule em nossa alma.

Os efeitos do pecado venial s�o os de nos excluir das merc�s divinas e das inspira��es da gra�a atual. O pecado venial enfraquece a gra�a habitual e nos debilita, espiritualmente, em face do pecado em geral. Ele nos desorienta, e nos afasta do amor de Deus, fortalecendo a concupisc�ncia que subsiste � remiss�o do pecado original.

O pecado venial pode contribuir , indiretamente , para que venhamos a cometer o pecado mortal. Ele impede o crescimento da gra�a em nossa alma , e nos vulnerabiliza , espiritualmente ; mesmo que n�o tenha a capacidade de excluir a gra�a habitual. O pecado venial esfria o fervor da vid� crist�, obstaculiza o caminho da perfei��o e nos faz merecedores do Purgat�rio.

A pena pelo pecado venial � tempor�ria e limitada; por essa raz�o , pecados veniais acumulados agravam , em muito , a nossa puni��o seja na terra , ou propriamente no purgat�rio.

Para repararmos as nossas faltas perante Deus e a Igreja , devemos nos arrepender profundamente do ato cometido , confessar frutuosamente todas essas faltas ao sacerdote e pagar a pena devida. A penit�ncia � uma forma de culto a Deus , pois , envergonhados de nossa fraqueza , buscamos nos reconciliar e nos tornar novamente dignos de Deus , em todas as etapas do processo. A contri��o e o perd�o s�o dons de Deus concedidos aos homens ; expressando a miseric�rdia infinita do Pai - atrav�s da satisfa��o eterna prestada a Deus pelo Cristo.

A contri��o perfeita � feita , acima de tudo , pelo amor a Deus ; ela perdoa imediatamente os nossos pecados , mas n�o nos dispensa de confirmarmos nosso arrependimento , confessando em termos sacramentais , assim que poss�vel.

A contri��o imperfeita � realizada pelo temor da perda da beatitude celeste. Ela � condi��o necess�ria para a confiss�o e a absolvi��o dos pecados.

O n�o cumprimento pleno das penas exigidas pelo confessor implica na transforma��o da indulg�ncia plen�ria em indulg�ncia parcial e na presen�a de um estado de concupisc�ncia a ser aplacado.

Com o perd�o concedido pelo sacerdote , nossos pecados s�o perdoados para todo o sempre.

RESUMO :

O pecado venial � uma transgress�o da lei de Deus , na qual , falta a gravidade da mat�ria , ou a plenitude da advert�ncia ou do consentimento.

O pecado grave se chama mortal porque nos separa de Deus , fazendo-nos perder a gra�a santificante , que � a vida da alma.

Pecamos em pensamentos , palavras , atos e omiss�es.

N�o h� pecado em sonho , porque falta a presen�a da consci�ncia e da vontade , decidindo sobre prosseguir ou n�o , no ato pecador.

N�o � necess�rio querer afrontar diretamente a Deus para que haja pecado , isso � pr�tica diab�lica. Basta agir contrariamente as Leis de Deus para que o pecado ocorra.

Os chamados ' pecados contra o Esp�rito-Santo ' s�o pecados mortais (1- duvidar completamente da oferta e do poder salv�fico de Deus ; 2 -negar as verdades da Igreja ; 3 -invejar as merc�s distribu�das a outros; 4 -considera-se salvo antes do ju�zo ; 5-obstina��o no mal ;6 - morrer impenitente )

Os pecados capitais - obedecidas as condi��es mencionadas na primeira proposi��o - tamb�m podem ser mortais.

Se n�o h� consci�ncia da m� a��o que se praticou e se n�o h� consentimento no agir , o pecado � apenas material sem culpa ; -ou venial , se houver algum grau de m� inten��o ou de consci�ncia dessa a��o.

� preciso , tamb�m , avaliar se a ignor�ncia do indiv�duo que pecou sem saber , era super�vel ou insuper�vel , ou seja , se ele poderia conhecer a gravidade da mat�ria , se possu�a plena advert�ncia sabendo tratar-se de fato proibido e se praticou com consentimento n�o sendo constrangido de modo irresist�vel.

� dever do crist�o buscar informar-se sobre as regras de conduta.

Todos os pecados devem ser confessados frutuosamente , tudo aquilo que o fiel considerar pecado. Se algum pecado for esquecido deve ser confessado da pr�xima vez , mas havendo a inten��o de reparar as faltas perante Deus , o pecado ser� perdoado junto com os demais confessados.

O pecado mortal destr�i a caridade em nosso cora��o e nos aparta do amor de Deus - que � o bem supremo.

Se n�o for reparado , pelo arrependimento , confiss�o e pelo perd�o de Deus , provoca a exclus�o do para�so e a morte eterna no inferno; priva-nos dos m�ritos adquiridos e impede todo crescimento espiritual , fazendo-nos escravos do mal.

N�o existe nada mais grave para o homem do que o pecado mortal, que nos separa de Jesus Cristo , nosso �nico Salvador.

Autoria, Editoria do Site Doutrina Cat�lica

Pecado Venial e Mortal

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