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DOUTRINA CATOLICA

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DOUTRINA CATOLICA

REFLEX�ES SOBRE A PAIX�O DE CRISTO POR MEL GIBSON

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Considero " A Paix�o de Cristo " um dos melhores filmes sobre a vida de Cristo produzidos at� hoje ; o mais realista que vi . Real�ando o sofrimento infinito da cruz , com uma �nfase que at� hoje n�o havia conferida ao sacrif�cio vic�rio do Cordeiro de Deus , que tira o pecado do mundo .

A figura da Virgem Maria posui um singular destaque , acompanhando toda a agonia de Jesus , sofrendo com seu filho amado ; no desejo permanente de impedir que o mal o vitime , definitivamente . Mas sempre consciente da necessidade suprema da obedi�ncia � sua miss�o , designada por Deus na eternidade .

A recolha do sangue por Maria , ap�s a flagela��o de Jesus , representa a import�ncia e a rever�ncia que devemos ter pela eucaristia em nossas vidas.

Pilatos n�o deixa de fazer alus�es ao Papa , ao poder romano , inseguro ; permitindo que a Igreja de Cristo seja torturada pelos hereges e pelos pecadores.

Contudo , a mensagem da convers�o permanece aberta a todos os homens , representados pelos ap�stolos , pelos disc�pulos e por todos que acolhem Jesus como Senhor e Salvador.

Jesus , com sua prega��o messi�nica , estava perturbando os interesses pol�ticos e econ�micos , imediatos , do Sin�drio , por isso Caif�s afirmou que era prefer�vel sacrificar um homem a sacrificar a na��o. Para ele , a perda de poder do Sin�drio seria o fim da na��o , algo que viria a se concretizar com a di�spora , d�cadas depois.

Sem d�vida , h� uma divis�o no filme entre os judeus ; o fato , por exemplo , do filme ser falado em aramaico e dos principais atores serem israelenses , revela essa divis�o na �tica do diretor.

A liberta��o propiciada pelo sacrificio do Cristo � eminetemente espiritual com necess�rias repercuss�es no plano f�sico . Jesus n�o morreu para salvar um povo , uma na��o , um grupo religioso ou pol�tico espec�fico . Jesus morreu inocente para justificar os homens - todos os homens - e glorificar a Deus , reconciliando o homem com a sua origem. Morreu por nossos pecados ; porque Deus desejou livremente operar o nosso resgate dessa forma.

Os homens que fizeram o julgamento de Jesus s�o culpados por sua morte ; n�o fizeram uma boa obra com a condena��o de Jesus , n�o foram ministros de Deus . Tinham a possibilidade de n�o conden�-lo .

Mel Gibson � um cr�tico da Igreja na sua fase atual - p�s- Vaticano II - e expressou essa cr�tica , no paralelismo com o sofrimento de Cristo , que � o sofrimento da Sua Igreja

A mensagem evang�lica fica expressa , enfaticamente , quando , por exemplo , Cristo condena Pedro por cortar a orelha de um soldado do templo , quando reza por Caif�s no alto da cruz. E tamb�m quando diz a Pilatos que seu poder s� � poss�vel , porque autorizado por Deus.

Mel Gibson havia incluido a famosa maldi��o proclamada por Caif�s , ao p� da cruz , quando disse : " Que o seu sangue caia sobre nossos filhos ! " , simbolizando a maldi��o eterna sobre os judeus . Essa parte foi removida , a pedidos ( a tradu��o em ingl�s , n�o o original em aram�ico ) .

A Igreja , contudo , n�o considera essas express�es a tradu��o de uma maldi��o eterna contra o povo judeu ; cabe registrar .

A gra�a redentora do Cristo supera qualquer maldi��o , e esse � o significado eterno da paix�o de Cristo ! Todos os homens podem encontrar a salva��o em Cristo.

O filme n�o � anti-semita , n�o � , portanto , racista ; porque o anti-semitismo � uma forma de racismo . Contudo faz uma cr�tica pol�tica � situa��o internacional - nomeadamente � quest�o da Palestina , segundo a minha hip�tese interpretativa.

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Nem todos os judeus s�o culpados da morte de Cristo

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A posi��o oficial da Igreja Cat�lica sobre a morte de Cristo - presente no Catecismo de 1993 - afirma que Jesus morreu na forma do sacrif�cio vic�rio para a expia��o dos nossos pecados , por decis�o livre de Deus que decidiu unir-se ao homem na Pessoa do Deus Filho , o Verbo Encarnado , a intelig�ncia divina .

S�o , pois , culpados pela morte de Cristo , Ad�o e Eva , por quem o pecado entrou no mundo , todos os pecadores que viraram as costas para Deus , pelo pecado dos fariseus , pela decis�o majorit�ria do Sin�drio , sob a presid�ncia de Caif�s , pela omiss�o de P�ncio Pilatos que poderia impedir a morte de um inocente .

Apesar de ser um designio divino , os personagens envolvidos na morte de Cristo , n�o fizeram uma boa obra , ao condenar Jesus , tinham op��o para n�o agirem da forma como agiram.

E s�o culapdos pela morte de Cristo , fundamentalmente , todos aqueles que n�o acolheram a sua mensagem e n�o a acolhem ainda hoje .

Jesus , sua m�e e os ap�stolos eram judeus . S�o Paulo um dos maiores s�bios da Igreja era um rabino que perseguiu muitos judeus-crist�os e se converteu num dos principais respons�veis pelo advento do cristianismo . Tamb�m eram judeus segidores de Jesus , Jos� de Arimat�ia , Nicodemos , possivelmente , o rabino Gamaliel , mestre de S�o Paulo e todos os disc�pulos. Existem judeus que preservam as suas tradi��es e aceitam Jesus como o messias , adotando tamb�m o Novo Testamento , o caso dos judeus messi�nicos.

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Jesus veio firmar uma Nova Alina�a

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A prop�sito da discuss�o sobre o filme A Paix�o de Cristo de Mel Gibson , t�m sido feitas algumas afirma��es err�neas sobre a doutrina cat�lica que merecem reparos .

Indiscutivelmente , Jesus estabeleceu uma Nova e Eterna Alian�a entre Deus e os homens , com a sua morte e ressurrei��o ; s�o diversas as passagens do Novo Testamento que expressam essa verdade.

O seu sacrificio supremo superou e substituiu todos os sacrif�cios imperfeitos do Antigo Testamento que existiam em fun��o ds m�ritos infinitos presentes na miss�o de Jesus . Diversos preceitos da Tor� ( a Lei de Mois�s ) s� faziam sentido , postos em rela��o com a vinda do Messias. Cristo extinguiu o sacerd�cio lev�tico e instituiu um novo sacerd�cio -- segundo a ordem de Melquidec ( Ep�stola de Paulo aos Hebreus ) -- , aberto a todos os batizados. Ordenou aos ap�stolos que levassem a sua mensagem a todos os povos , batizando , curando e dando testemunho da sua vida e da sua oba .

At� a vinda do Messias Jesus , os homens estavam mortos espiritualmente porque carregavam a marca do pecado original. E somente a gra�a justificadora do Cristo , poderia reconciliar os homens com Deus , e assegurar a vida eterna.

No Antigo Testamento a vinda do Messias foi profetizada nos Salmos , por Daniel , Isaias , e em diversas outras passagens . Cristo religou os homens a Deus , definitivamente ; e , at� o fim dos tempos , n�o haver� novas revela��es e novos pactos . Se existem outras religi�es no mundo , � porque nem todos acolheram a mensagem do Cristo ou n�o a acolheram plenamente ; mas o cristinaismo n�o foi uma inven��o dos ap�stolos , do imperador romano Constantino ou dos padres da Igreja nascente. A Igreja � o pr�prio Cristo presente entre os homens , oferecendo a toda a humanidade a reden��o e a vida eterna.

Autor : Editoria do site Doutrina Cat�lica

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