Primeiro Passeio de Inverno Serra da Lousã 07JAN01 |
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Começando
o passeio na "Nave de Exposições da Villa da Lousã",
rumamos lentamente, por alcatrão até Cacilhas, onde tem começo, um dos mais notáveis exercicios de sofrimento, auto-impostos pelo grupo daV@. O terreno passa a ser de terra batida, em muito mau estado (vivam as FS), e o declive aumenta de forma bastante súbita. Seguem-se curvas e contracurvas, sempre em penosa subida (ver gráfico em anexo eh eh eh ), mas que pelo menos, nos vai brindando com uma vista espantosa, que se torna de cortar a respiração ao chegar ao Miradouro das Hortas. Nessa altura será o primeiro reagrupamento, e oportunidade de tirar umas fotos. Continuando a subida, vamos atenuando o sofrimento de uns e outros, apreciando a floresta de caducifólias e coniferas da região, maioritáriamente exóticas, uma vez que esta zona da Serra da lousã, foi florestada com mais de 300 espécies diferentes, sendo um local de diversidade silvícula único em toda a Europa. O segundo local de reunião vai ser na casa do Guarda Florestal das Hortas, onde já teremos trepado dos 150 para os 700 m !!!! Reunida a malta, continuamos a subir mais um Km, até ao local da 1ª descida, que vai permitir um primeiro grito de alegria, já que o caminho se vai encontar inundado de águas frias e cristalinas, e que vão ajudar concerteza a refrear os ânimos. Esta descida vai levar os nossos valorosos à aldeia do Vaqueirinho, cuja descrição em pormenor será feita no local pelo nosso Sherpa. Em seguida, seguimos em fila indiana, pelas veredas de um Single Trek...divino!!!! Tendo sempre atenção ao xisto escorregadio, vamos encontrar a aldeia do Catarredor, onde novas surpresas nos esperam!!! Terminada a visita a esta aldeia histórica, seguimos caminho acima, pelo mais duro troço do passeio, com um pendente, piso e cansaço de impor respeito aos mais destreinados (claro que não tou a falar contigo FC...). Essa subida leva-nos a um troço de alcatrão...sim eu sei...mas não há alternativa...temos de aguentar...tb não é assim tão grande. Chegados à cota máxima deste passeio (perto dos 1000 m), convidamos os mais afoitos a subir ao Trevim (1208 m), enquanto os mortais repousam à sombra de um belo cedro atlântico, que faz companhia à Casa do Guarda do Porto Espinho, onde chegamos a meio do percurso. Nesta zona, se mantivermos o nível sonoro dentro de limites razoáveis, vamos concerteza ver vários exemplares de veados que povoam esta Serra. Nessa altura... COMEÇA A LOCURA TOTAL!!!!!!!! Os famosissimos Single Track da Lousã vão mostar a sua raça....acautelem-se pois...a adrenalina vai correr em bica. Em menos de 10 Km, passamos de 1000 para 150 m !!!!! E não pensem quem em altura alguma vão poder andar a par.... é sempre a olhar o rabo do da frente.... Vai ser até dizer chega...os travões vão deixar de travar... os braços vão ceder... os selins vão bater no estômago... os rabos no pneu de trás... alguns vão voar... alguns arrastar-se... MAS... o vício vai ficar... e de certeza que muitos vão voltar à Serra da Lousã... repetir tudo de novo. (Esperem só para ver a famosa "rata" !!!) Segue-se a seca do custume... banho... come-se uma coisita qualquer...pagamos... despedimo-nos... e vamos a jurar p'ra nós mesmos...que nunca mais andamos de bicicleta...até à proxima vez claro!!! |
UM POUCO DA HISTÓRIA DA SERRA DA LOUSÃ
A Serra da Lousã, como tantas outras deste País, tem sido
fustigada pelo ventos da evolução e mudança, revelando nos
seus vales e encostas cicatrizes mais ou menos profundas,
causadas pela mão do Homem na sua inocência, ganância,
curiosidade e, quase sempre, necessidade.
A sua flora climácica, ou pelo menos aquela que constituía a
"ultima cobertura vegetal natural", era constituída
por carvalhos caducifólios, como o Quercus robor nos vales e
encostas e, talvez, o Quercus pyrenaica e o Quercus suber nas
zonas de clima mais temperado e seco (COSTA, 1992). No entanto,
devido a sucessivas acções de desarborização que originaram a
curto prazo uma acentuada erosão em alguns locais da Serra, hoje
em dia existem zonas em que já nem os urzais, tojais e giestais
conseguem vegetar (COSTA, 1992).
Refiram-se então alguns marcos históricos importantes acerca da
Serra da Lousã, desde o séc. XV:
1402 - Existência de pelo menos dois locais habitados na Bacia
da Lousã (Lugar dos Cômoros e Aldeia da Ribeira), mas fora da
vila; criação de gado bovino e agricultura nos campos do Vale
do Arouce; desconhece-se a ocupação da Serra (COSTA, 1992 cit.
CAMPOS, 1987).
1467 - Existência de "montados na serra do Trevim e da
Horta até Cruz de Espinho" de molde a apascentar gados;
Serra com estatuto de baldio; preocupação quanto ao uso da
Serra (em registos de então lê-se: "... lhes comem toda a
erva e lhes destroem quanta madeira eles têm ..." ) (COSTA,
1992 cit. LEMOS, 1959).
1527 - Recenseamento de Portugal declara que a Serra se encontra
desabitada, com excepção de duas famílias em Vale de Nogueira
(COSTA, 1992 cit. COLLAÇO, 1929).
1679/87 - Forte ocupação da Serra como o atesta a existência
das aldeias de Casal Novo, Talasnal, Catarredor, Cerdeiras,
Vaqueirinho, Chiqueiro e Silveira, além de outras seguramente
mais antigas como Vale Maceira, Vale Nogueira e Vale Domingos (COSTA,
1992 cit. MEXIA, 1938).
1734 - A Câmara da Lousã proibe: o corte de lenha na Serra para
ser trazida rio abaixo, a produção de carvão na Serra, corte
de pinheiros, rama dos mesmos, lenha e cepos e a entrada de gados
nos pinhais (COSTA, 1992 cit. MEXIA, 1938).
1747 -Produção intensa de gados na Serra, especialmente suíno,
que se alimentava da lande de carvalho. Degração da Serra em
relação a descrições anteriores (COSTA, 1992 cit.DAVEAU, 1988).
1794 - Proibição do arranque de cepa para fazer carvão,
excepto para os ferreiros e a fábrica de papel, mas só em
sitios muito distantes (COSTA, 1992 cit. MEXIA, 1938).
1853/54 - Total desarborização no caminho da Lousã ao Trevim,
consequência evidente do pastoreio estival que aí se exerce.
1868 - O Relatorio ácerca da Arborização Geral do Paiz (Ribeiro
& Delgado, 1868) refere-se de uma maneira clara ao estado de
desnudação em que se encontra a Serra de Lousã. Como causa
principal aponta-se o "extraordinário consumo de matos"
para produção de adubo orgânico, referindo que se chegava a
"rapar o mato à enxada", deixando os terrenos
completamente desprotegidos perante a acção das águas da
chuvas. Cita-se existência de sementeiras de penisco feitas por
particulares nos terrenos baldios, bem como a existência de
pinhais mais antigos nas duas encostas da Serra (COSTA, 1992 cit.
RIBEIRO & DELGADO, 1868).
1871 - A câmara da Lousã demonstra interesse na arborização
da Serra, tendo procedido á sementeira de penisco bem como á
plantação de carvalhos, castanheiros, e sobreiros. Primeiras acções
de correcção torrencial (COSTA, 1992 cit. ARANHA, 1871).
1879/80 - J. Rivoli observou manchas de pinheiro bravo dispersas
pela Serra, exploradas pelo município da Lousã, que permitia a
sua exploração integral das mesmas até ao corte final.
Ausencia de referências em relação ao pastoreio, uma vez que a
cobertura vegetal era praticamente inexistente nas zonas antes
utilizadas para produção de gados. Como causas de tal situação
apontam-se a secura estival, bem como a disposição vertical do
substrato geológico de natureza xistosa que originam, segundo o
autor, a perda de água para profundidades dificilmente alcançáveis
por plantas de porte herbáceo ou arbustivo (COSTA, 1992 cit.
RIVOLI, 1881).
1912 - Referência a uma doença então misteriosa, e que dizimou
completamente os castanheiros existentes em toda a Serra,
compreendidos entre os 400 e 600 m de altitude (COSTA, 1992 cit.
POINSARD, 1912).
1938 - Grande parte da Serra encontra-se árida e nua, existindo
no entanto uma forte tendência de colonização, especialmente
pelo pinheiro bravo, que se começa a espalhar pela Serra. Surgem
os primeiros rebanhos (COSTA, 1992).
1939 - Segundo o Projecto de Arborização do Perímetro
Florestal da Lousã, 4460 ha estariam submetidos ao regime
florestal, sendo 1337 ha destinados a arborização (as espécies
referidas neste projecto, utilizadas na arborização foram
especialmente castanheiros, carvalho português, carvalho pardo,
medronheiro, sobreiro e pinheiro bravo). Destes, 811 encontravam-se
já arborizados, estando os restantes 526 ha revestidos por matos,
bastante degradados, utilizados na alimentação de gados e produção
de estrumes (COSTA, 1992).
1956 - Dos 4460 ha submetidos ao regime florestal no Perímetro
Florestal da Lousã, os 1337 destinados a arborização
encontrava-se totalmente arborizados.
A Serra da
Lousã, acidente orográfico mais elevado do estremo Sudoeste da
Cordilheira Central, faz parte do Sistema Montanhoso Luso-Castelhano,
sendo uma ramificação da Serra da Estrela.
O seu perfil N-S, passando pelo ponto de cota mais elevada (Trevim
ou Pico de Trevim com 1204 m de altitude), apresenta-se bastante
assimétrico:
Para Norte, observamos um declive bastante acentuado, passando
dos 1204 m do Pico do Trevim aos 300 na Bacia da Lousã, onde se
situa a Vila da Lousã em apenas 5025 m de extensão, o que
corresponde a um declive médio de cerca de 18%.
O rumo Este-Oeste corresponde aproximadamente á linha de cumeada,
pelo que o valor das cotas se mantém elevado ao longo desta por
ainda bastantes quilómetros.
Em direcção a Sul e Sudoeste, o declive é relativamente suave,
mantendo-se num nivel hipsométrico acima dos 750 m por vários
quilómetros, atingindo os 300 m de altitude já perto do Zêzere.
A Serra da Lousã funciona como separador de águas entre as
bacias hidrográficas do Tejo e do Mondego.
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De:
Orlando <[email protected]> Para: <[email protected]> Assunto: [ VELOCIPEDI@ ] Lousã 2001 Data: Domingo, 7 de Janeiro de 2001 22:55 Amigos Assim que cheguei a casa não resisti e corri para o pc para opinar sobre esta jornada histórica. Sem dúvida alguma que estamos todos de parabéns pela forma como tudo correu. A organização foi espectacular, o repasto excelente, o traçado agreste como esperávamos; longas, longas subidas e "single tracks" de numa mais esquecer na vida( nem que seja pelas risotas dos malhos dados). Mas do que mais gostei foi sem dúvida poder conhecer pessoalmente a maioria das pessoas que aqui teclam diáriamente. Limámos arestas conversamos sobre tudo, sofremos a subir sofremos a descer e no fim fiacámos com saudades desta jornada. Ah um senão... Isto de ir atrás do ArturN a descer é sem dúvida de morrer pois quando terminou o passeio calços de travão já não existiam e já se notava ferro com ferro. Toma!!!!!!!!! É agora que ele compra os disquitos para manter aquela bina o mais conservadora possível. Não te zangues olha que é só veneno. Obrigado a todos pela companhia e pelo belo domingo que me fizeram passar. Havemos de nos encontrar brevemente tenho a certeza. Até 4ª feira. Compromissos laborais esperam-me fora de casa. Orlando De: Lagarto Azul <[email protected]> De:
Fernando Carmo <[email protected]> De:
NunoBTT <[email protected]> De:
Mario P Sampaio <[email protected]> De:
Daniel Gomes <[email protected]> De:
Rui Pedro Coelho <[email protected]> De:
Hugo Cardoso <[email protected]> De:
manuel conceição beirão vilela <[email protected]> De:
C.Nogueira <[email protected]> |
fernando carmo pics are here
joão monarca pics
. Primeira pausa no miradouro sobre a Lousã a meio da ascensão ... |
. M. Vilela em plena ascensão ... |
. Pausa antes da húmida descida para o Catarredor ... |
. idem ... |
. "Aquele Bar" ... |
. M. Vilela e a decana do Catarredor ... |
. Idem para J. Monarca ... |
. O lanche ... |
. As "papas" ... |
. Idem ... |
. Os ribeiros corriam fortes e propiciavam planos magníficos ... |
. E dificuldades inesperadas ... |
. Não acham ?... |
. A "Boinga-Bike" no momento precedente do "encontro de terceiro grau" com o afluente ... |
. E há quem tenha optado por travessias mais civilizadas no mesmo local ... |
. Pausa entre descidas ... |
miguel barroso pics
. A dura ascensão quando a altitude já fazia o sol romper a neblina... |
. Continuando a subir logo após o miradouro ... |
. Idem, já com o sol radioso ... |
. Reagrupamento no final da primeira ascensão (casa do guarda florestal) ... |
. Na eira de Catarredor ... |
. Idem... |
. Um verdadeiro lanche regional incluí sempre umas "papas de sarrabulho"... |
. O grupo, ao lanche, junto à "casa do colega do guarda florestal" ... |
. idem, com perigosos bandoleiros ... |
. Autêntica prova de DH, não acham? ... |
. Mais do mesmo ... |
. APRO liderando enquanto "a coisa não descia muito" ... |
. APRO liderando quando "a coisa descia muito" ou a importância de uns pitons de alumínio ... |
. Reagrupamento após uma das descidas ... |
. Finalmente a civilização ... |
. Noutro plano ... |
. Uma das mesas onde se podem ver Daniel Gomes, Luís Parreira, João Elvas, ocultado por Rui Sousa e APRO ... |
. As duas mesas setentrionais ... |
. Hugo "Boinga" Cardoso contando criteriosamente os uros ... |
. A mesa "Ciclonatur" ... |
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