RTBlau/DataBlau - Textos especiais

Ginásio Sylvio Pedroza

O Ginásio Sylvio Pedroza - situado nos fundos do Atheneu Norte-Rio-Grandense, em Petrópolis - se não é o mais antigo de Natal, é um dos mais antigos. Foi inaugurado a 27.07.1954, uma terça-feira, numa solenidade que, de acordo com jornais da época, praticamente parou a cidade.

Curiosidade: o "Sylvio Pedroza" surgiu como Ginásio do Instituto de Educação - era a denominação do Atheneu nos documentos oficiais da época, afinal uma de suas principais atividades era o então Curso Normal, mais tarde Magistério, hoje praticamente extinto pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação - mas esta é uma outra história...

Pois bem, o que estava nascendo como Ginásio do Instituto de Educação mudou para a denominação atual no dia de sua inauguração

Foi um dia inteiro de comemorações e eventos, onde se guardava muita esperança quanto ao uso e ao futuro do prédio:

(...)É uma construção monumental que honra nossa terra, pelas proporções e condições técnicas, como pelos detalhes de acabamento, está destinado a um amplo papel na vida desportiva do Estado(...) primeiro, naturalmente, para atividades e exercícios físicos dos estudantes do Instituto, bem como suas cerimônias cívicas ou intelectuais e representações teatrais - será utilizado também pelos clubes esportivos de nossa terra, através de suas equipes de bola-ao-cesto, vôlei e tênis.

(Diário de Natal, 26.07.1954)

E a capacidade? Os jornais da época da inauguração do Sylvio Pedroza não dão informação sobre a capacidade de público do popular "Ginásio do Atheneu" - mas de acordo com algumas contas que fiz durante os CEEMs 2003 (Campeonato das Escolas Estaduais e Municipais), o prédio comporta cerca de 800 pessoas em suas arquibancadas. Isto correspondia a 2% da população de Natal, estimada em umas 40 mil pessoas no início da década de 1950.

De lá para cá, o ginásio quase não teve mudanças, a não ser uma mudança na posição de um dos portões frontais.

Só deixou de ser o mais importante de Natal após a construção de ginásios maiores - primeiro, o Ginásio Djalma Maranhão (o Palácio dos Esportes, na Praça Pedro Velho, também em Petrópolis e não muito longe do Atheneu); e mais recentemente do Ginásio Humberto Nesi (o popular "Machadinho", em Lagoa Nova, situado ao lado do Estádio Machadão, construído no comecinho da década de 1990 e com capacidade para 12 mil pessoas).

No finzinho da década de 1990 o ginásio passou por uma reforma - demorada devido à velha falta de verbas; porém, ficaram falhas em vários pontos, como algumas telhas soltas e sistema elétrico defeituoso (as lâmpadas precisam ser trocadas constantemente, queimando com extrema facilidade).

Em agosto/2003, quanto à parte elétrica (só para citar um aspecto), do total de 30 lâmpadas do ginásio só estavam funcionando 7, com um nível de claridade que, a custo, permitia ainda a leitura, porém inadequada para a prática esportiva (o que fez alguns compararem a penumbra do Sylvio Pedroza à escuridão de uma boate...)

Bases:Original do repórter, 14.08.2003 (publicado em O Poti, 17.08.2001, Caderno de Esportes, página 4);Diário de Natal, 26.07.1954 e 27.07.1954
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