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Hippopotamus amphibius
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- Hippopotamus amphibius
- Hipopótamo-comum
- 2005/05/14 Hugo Gomes Antunes 18/06/2005
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Taxonomia
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- Hippopotamus (Hippopotamus) amphibius [Linnaeus, 1758].
- Citação: Syst. Nat., 10ª ed., 1:74.
- Localização típica:
Egito,
Rio Nilo.
Características gerais
Comprimento do corpo: 3,75-4 m.
Comprimento de cauda: 80-100 cm.
Altura: 1,5 m.
Peso: 3,2-4 t.
Os
hipopótamos são animais corpulentos, que podem atingir os 3200 kg de peso. Têm
a cabeça muito grande e o pescoço curto. As patas são relativamente curtas
e têm quatro dedos. A pele é castanha, tem cerca de 5 cm de espessura, é
quase totalmente nua (isto é, tem uma escassa cobertura de pêlos, existentes
praticamente apenas na região dos lábios, nas orelhas e na extremidade da
cauda) e apresenta muitas glândulas e tecido adiposo. Tem de estar
constantemente umedecida e segrega um líquido de cor avermelhada, que serve
como proteção da desidratação. Esta secreção levou à crença de que os
hipopótamos são capazes de suar sangue. Os caninos inferiores e superiores
podem atingir 60 a 80 cm de comprimento e pesar mais de 3 kg. Crescem sempre
ao longo de toda a vida do indivíduo. Os incisivos também são longos e estão
virados para a frente no maxilar inferior. Estes dentes são usados nos
combates entre rivais. Sua fórmula dentária é 2-3/1-3, C 1/1, P 4/4, M 3/3
x 2 = 38-44. Na maior parte dos combates, o vencedor é o animal que apresenta
os maiores caninos. Nestes combates, as pernas e o pescoço são as partes do
corpo mais atingidas. Muitas vezes, os animais morrem em conseqüência dos
ferimentos sofridos. Os olhos, as orelhas e as narinas estão colocados de
forma a ficarem à superfície quando o animal se desloca na água. As narinas
fecham quando o animal submerge. Consegue flutuar mantendo uma enorme
quantidade de ar dentro dos grandes pulmões e gases contidos em seu longo
intestino. Além disso, boa parte de seu peso corresponde à gordura, que é
mais leve do que a água.
Chaves
de classificação física:
endotérmico; simetria bilateral; quadrúpede.
Dimorfismo sexual: macho maior.
Ontogenia e Reprodução
A
cópula, o parto e a amamentação ocorrem, geralmente, dentro de água. Os
nascimentos podem ocorrer em qualquer altura do ano, mas dão-se normalmente
durante a estação úmida. O período de gestação é de oito meses, após os
quais nasce uma cria, com 30 a 50 kg de peso, que é amamentada durante seis a
oito meses. A cria que é desmamada não abandona a proteção da mãe, pelo que
é freqüente observar fêmeas acompanhadas por duas a quatro crias de
diferentes idades. As fêmeas atingem a maturidade sexual aos quatro anos de
idade e os machos aos seis anos ou mais tarde. No entanto, os acasalamentos só
ocorrem entre os sete e 15 anos, no caso das fêmeas, e entre os seis e 13 anos,
no caso dos machos.
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Período
de gestação: 8 meses.
Número de crias: 1.
Maturidade sexual: 6 anos (♂); 4 anos (♀).
Longevidade: 30-40 anos.
Chaves
de características reprodutivas: vivíparo; sexual; dióico; fertilização
interna.
Ecologia e Comportamento
São
animais sociáveis e gregários. Vivem em grupos de dimensão variável,
normalmente com 10 a 30 indivíduos, mas podem reunir-se em maior número. Os
grupos são constituídos por um macho dominante, várias fêmeas e crias. São
raros os indivíduos solitários. Os machos escavam sulcos, que chegam a ter
mais de um metro de profundidade, junto às margens dos rios e lagos onde
estabelecem os seus territórios. Estes sulcos servem para que a água penetre
mais para o interior, na altura das cheias, aumentando, assim, a área de
pastagem do seu território. Os hipopótamos passam a maior parte do dia na água
ou próximo desta e apenas se deslocam para terra, à noite, para pastar. Um
adulto pode ingerir mais de 100 kg de vegetação numa única noite e destruir
quase a mesma quantidade por lhe passar por cima. Regressam ao rio ao amanhecer.
São particularmente agressivos, podendo mesmo ser fatais para o Homem, quando,
no seu regresso, encontram pessoas junto da água. A sua fama como um dos
animais mais perigosos de África é, assim, justificada. Se os rios secam, o
grupo desloca-se para cursos de água maiores. Os dejetos dos hipopótamos são
extremamente importantes para o equilíbrio das cadeias alimentares dos rios e
lagos africanos, já que servem de adubo para o crescimento das algas, que por
sua vez são ingeridas pelos peixes. Até para os crocodilos, os hipopótamos são
adversários temíveis, com os seus fortes caninos e incisivos, de forma que
estes raramente se atrevem a aproximar-se de um animal adulto. As crias são, no
entanto, vulneráveis aos ataques de crocodilos na água e de leões em terra,
embora apenas se for possível iludir a atenção da sua forte e protetora mãe.
Em episódios raros, pode acontecer de um tubarão faminto abandonar o mar,
penetrar pela foz do grande rio e encontrar um hipopótamo. Embora forte e bom
nadador, o hipopótamo não pode vencer tal luta. Os hipopótamos podem correr
à surpreendente velocidade de 30 km/h.
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Estrutura social: Grupos de 10 a 30 exemplares.
Dieta:
Gramíneas e plantas aquáticas.
Predadores
principais: Leão,
crocodilo-do-nilo (filhote).
Chaves
de características comportamentais: móvel;
diurno; noturno; gregário.
Chaves de características alimentares: herbívoro;
heterótrofo.
Habitat
Habita
as zonas úmidas, rios e lagos das savanas e pântanos.
Bioma
terrestre: savana
ou campo; rios e afluentes; lagos e lagoas; pântano.
Distribuição Geográfica
Ocorre
na região central da África, ao sul do Saara.
Região
Biogeográfica: etiópico (nativo).
Distribuição Histórica
Os
hipopótamos surgiram no cenozóico, assim como a maioria dos mamíferos
atuais. É relacionado com os artiodátilos da subordem Suiformes, porcos,
javalis, queixadas e catetos. Já habitou a Europa e toda a África nos
tempos pré-históricos (como afirmam os fósseis encontrados onde hoje é a
Trafalgar Square, Londres, de 2.000 anos atrás), tanto em áreas tropicais
quanto em áreas temperadas. Algumas espécies de hipopótamos pré-históricas
são Hippopotamus lemerlei, Hippopotamus gorgops, Hippopotamus
incognitus e Hippopotamus maior. Hoje em dia sobrevivem apenas duas
espécies no continente africano ao sul do Saara, o hipopótamo-comum ou
do-rio (Hippopotamus amphibius) e o hipopótamo-pigmeu (Hexaprotodon
liberiensis), ambas ameaçadas.
Era
geológica:
Cenozóico; Quaternário; Pleistoceno-Holoceno (100 mil anos atrás-dias
atuais).
Estado de Conservação
A
espécie é considerada como não ameaçada globalmente (segundo a União
Internacional para a Conservação da Natureza) e, embora se encontre
principalmente em áreas protegidas, ainda existem locais onde o seu número é
suficientemente grande para provocar danos nas culturas. Está protegida na
maior parte da sua área de distribuição atual. Há cerca de 2000 anos, esta
espécie encontrava-se em todo o continente africano, onde quer que houvesse água
com temperatura entre 18 a 36ºC e alimento disponível. À exceção das
florestas tropicais úmidas, existia no delta do Nilo, na África do Sul, no
Sahel e no sul do Sara. Desde então, tem sido caçada intensamente pelos
agricultores (devido aos danos causados às culturas), pelos caçadores de troféus
e de marfim (que é considerado, por alguns, melhor do que o dos elefantes) e
para a obtenção de carne para consumo humano. A espécie extinguiu-se no Norte
e no Sul de África e em grande parte do delta do Nilo (no Egito por volta de
1816). Encontra-se em muitos dos grandes jardins zoológicos, onde se reproduz
com uma relativa facilidade. Pertence ao Apêndice II da CITES.
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Exemplares
vivos:
em
decréscimo.
Subespécies
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Não há definições
de subespécies disponíveis neste banco de dados. |
Observações e Etimologia
Descordando de sua aparência bonachona e pacífica, os hipopótamos-comuns
podem se tornar agressivos com os humanos, e há muitos casos de balsas que
foram perseguidas e destruídas. Hipopótamos (ou crocodilos, dependendo de
quem você pergunta) são ditos como os animais que mais matam pessoas na
África. Hippo (Grego) cavalo; Potamus (Grego) rio, dos rios.
Chamado antigamente de ''cavalo-do-rio'', em alusão ao seu aspecto corporal
lembrar o de um cavalo, só que mais maciço. Amphi duplo, dois. Bios
vida, significando que vive de duas maneiras, na água e na terra. Nomes
vulgares:
hipopótamo
(português); hipopótamo-comum (português); hipopótamo-do-rio (português);
river-hipopotamus (inglês).
Protônimo: Hippopotamus amphibus (Linnaeus, 1758).
Referências
Dinossauros!.
©1992 Orbis Publishing Limited, London; Editora Globo S.A. Número 19. Págs:
1216, 1217, 1218 e 1219.
Os
Bichos,
©1972-1973 Casa
Editrice A. M. Z. e Produzioni Editoriali D´Ami. Volume 1. Págs: 34-35.
Vida
Selvagem, Animais dos Rios, capítulo 1: Hipopótamos. Seleções Reader's
Digest.
Wilson,
D. E., e D. M. Reeder [editores]. 1993. Mammal Species of the World (Segunda Edição). Washington:
Smithsonian Institution Press. Avaliado on-line em: http://nmnhgoph.si.edu/msw/
Zoológico
de Lisboa. Avaliado on-line em: http://zoo.sapo.pt
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Hippopotamus amphibius
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