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E T H A M B A

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Redescoberta

 

Havia sido um ano enlouquecido em Hogwarts, com muitas coisas estranhas. A morte de Rhizz, O Elfo Maldito, ainda estava fresca na mente de todos, assim como o trágico fim de Pandora. Não só estes, mas também o vampiro Corde Lamia, cujo nome significa “Coração de Vampiro” e sua mascote Aracne, a aranha inflada até o tamanho de uma acromântula, e ainda a gata Amálgama, e ouros tantos.

Todos estes, é claro, crias da mente pueril de um louco.

Mas, independente dos monstros e lutas, muitas coisas inesquecíveis haviam acontecido. Mortes, prisões, mais mortes... E tudo isso bem debaixo do nariz “dele”. Não que “ele” pudesse fazer alguma coisa definitiva contra isso mas, na falta de Albus Ragnar, era Odlavinou Saedrae o responsável pelo bem-estar dos estudantes e funcionários, na condição de vice-diretor da escola.

E, com o fim do ano letivo e volta de Ragnar, Odlavinou Saedrae precisava descansar, respirar, viver. Precisava, enfim, reencontrar o rumo de sua vida que, pasmem!, havia se perdido. Tantas lutas, tantas derrotas, tantos gritos suprimidos, tantos caminhos a partilhar, tantas historias não contadas – o infeliz adivinho parecia prestes a explodir.

Passando o serviço a Ragnar, resolveu esfriar a cabeça. Cruzar o oceano, voltar para casa, respirar, recostar a cabeça em algum lugar. Com os olhos mareados, assinou as ultimas levas de pergaminhos, entregando tudo nas mãos que nunca deviam ter deixado de assiná-los. Ragnar, a contragosto, viu-se obrigado a concordar com as forçadas férias do adivinho – férias que ele não marcou uma data para terminar. Sentiria muitas saudades de Hogwarts, muitas saudades da Corvinal, mas era preciso...

Poderia ele, então, aparatar para o outro lado do oceano, ou tomar um navio. Escolheu o navio. Não havia pressa, poderia viajar em paz e descansar bastante.

(Nota: tudo isso acima visto conforme a trama 2004/2006 do RPG Alohomorra Hogwarts.)

 

Descansou bem. Na terceira noite, ao navio, recebeu uma carta.

Para quem estava mais ao leste de onde estava, agora, receber uma ave colorida entregando um pergaminho em vez de uma coruja poderia parecer estranho, mas ele estava acostumado, afinal, fora criado desta forma. Antes que a arara reclamasse, pagou pela entrega e a dispensou – afinal, o bico da arara era muito maior e mais assustador –e mais afiado!- que o de uma coruja.

A lasca de papel era curiosa, tinha uma mensagem curta e enigmática:

 

“Quem bom que estão vindo. Estamos esperando vocês há muitos anos”

 

Aquilo soou estranho ao adivinho. Ora, podia ser algum amigo antigo ou parente, mas porque não assinar a carta? E, parece, quem lhe escrevia fazia referencia ao seu velho elfo liberto, Rico, pois deu preferência a segunda pessoa do plural em vez do singular.

No momento seguinte, Odlavinou Saedrae juraria que estava sendo observado mas, mesmo tendo avistado o par de olhos tristes que o fitavam, não passava de um pobre rapaz, de não mais de dezessete anos que, apercebendo-se que fora pego espiando, voltou a olhar para o mar, mui tristonho. Falando com ele, Odlavinou Saedrae percebeu que era um jovem soturno, que só se apresentava como sendo um viajante andarilho. Estava triste, prestes a chorar, mas não queria ajuda.

Passaram os dias.

Odlavinou Saedrae desembarcou, sendo felizmente recebido por um casal de amigos, que não via a muito. Viu o rapaz tristonho ser recebido por um grupo de pessoas de aspecto cansado e olhos tristes. Todos estavam com os olhos vermelhos e cansados, mas pareciam muito felizes ao vê-lo. Olhavam para Odlavinou Saedrae, curiosos e sorridentes. Mas logo desviaram o olhar quando desceu do barco uma mulher, vestida dos pés à cabeça como uma estrela de cinema, um tipo de mulher trouxa que não gosta de ser reconhecida em publico e usa pesados óculos, volumosas estolas e coisas para esconder o rosto.

A mulher chegou e foi embora de imediato, e o grupo do rapaz triste, de umas boas dez pessoas, homens e mulheres de todas as idades, voltaram a contemplar Odlavinou Saedrae. Pararam de olhar quando desceu do barco uma outra menina, talvez da mesma idade do rapaz triste. Ela era branca em demasia, parecendo pálida como uma vela de cera muito, muito branca. Seus cabelos eram negros, lisos e tristes, sem brilho, sem vida. Triste como o rapaz. Mas, a exemplo dele, ela ria. Parecia feliz.

Todo aquele grupo parecia feliz.

Parecia que foram tristes a vida inteira e agora era hora de sorrir.

 

Passado alguns dias, Odlavinou Saedrae recebeu uma nova missiva, esta entregue por uma arara completamente amarela – linda, por sinal. “Venha para a Escola. Estamos esperando vocês“. Lamentou, porque julgava muito cedo pra voltar a Hogwarts. Ora, ainda nem havia começado sua faxina mental. A arara ficou parada, como se esperasse resposta, e Odlavinou Saedrae viu uma segunda arara, dourada como aquela, ganhando os céus. Daí, percebeu que Hogwarts não usava aqueles animais. E, rapidamente, consultando a carta, viu que não se tratava de Hogwarts. Escreveu uma rápida resposta, perguntando quem falava com ele, despachando o animal. Naquela noite, resolveu fazer o que um adivinho fazia naquela situação: perguntou ao seu eu interior o que estava acontecendo.

Por sugestões divinatórias, viu-se numa biblioteca publica, pesquisando, buscando lendo. Deparou-se com um velho volume que contava, sem muitos detalhes, de uma historia louca de Tupã se apaixonar por Jaci, fazendo alusão aos eclipses.

Ele não sabia porque não conseguia desviar os olhos daquela historia.

 

Mal nasceu o dia seguinte, abrindo a janela, viu a arara dourada vindo em sua direção. Para surpresa dele, a arara passou direto. Era raro ver araras daquelas, ele imaginava – afinal, nunca havia visto. E ver duas, num curto espaço de tempo.

Ao fim da tarde daquele dia, foi visitado por uma arara dourada, novamente. Ela trazia uma folha de pergaminho, que logo lhe estendeu.

Era uma folha de papel velhíssima. Bem conservada, mas o bolor no rodapé esquerdo deixava claro que era muito velha. Muito bem prensada, parecia ter sido conservada à salvo por muitos dias, que poderiam ser agrupados em anos, estes em séculos e continue a conta.

O papel trazia um cabeçalho lindo, apesar da tinta vermelha estar gasta com o tempo. A imagem trazia um Sol e uma Lua, lado a lado, ganhando o limite do escudo triangular. Porem, como se representasse abrangência, tanto o sol quando a Lua estavam rodeados por um círculo. Dentro do circulo, ainda, metade dele estava preenchida com pontos, com o seu total impossível de definir a olho nu. Representavam, é claro, as estrelas, também muito bem seguras e confortáveis dentro do círculo. O próprio circulo, ao redor do emblema, trazia uma mensagem, à saber: “As portas estão sempre abertas a todos que precisam de uma chance”. A idéia de aceitação e abrangência era visível, ao pé do escudo, onde havia o emblema de um portão aberto. Sob o escuro, poder-se-ia ler a legenda: “ETAMHBA”. Aos pés do pergaminho, a título de rodapé, vinha o significado da legenda: “Escola de Tradições, Aprendizado Mágico, História e Bruxedos da Amazônia”.

No corpo do texto, vinha a mensagem: “Ainda há pergaminho e timbre. Hora dos Andarilhos andarem?”

A ave esperava a resposta, esperava, mas o adivinho não conseguia entender. Por fim, a ave empoleirou-se num canto, como se deixasse claro que não sairia dali sem resposta.

O adivinho ficou estático. O que será que significaria aquilo, afinal? Precisava se informar. Por quatro dias e quatro noites, enquanto a ave esperava, ele pesquisou e buscou, seja nos livros, seja perguntando ao seu eu interior, e nada aparecia de real valor.

No quinto dia, amigos, já cientes de suas buscas, lhe aconselharam que havia uma velha anciã perita em lendas e historias, que certamente poderia lhe ajudar, com seus conhecimentos. Ele foi a casa da mulher e quase foi expulso ao citar o nome da escola, pois ela achou que ele lhe pregava uma peça. Foi preciso que ele mostrasse o pergaminho com o emblema da escola para que ela esbugalhasse os olhos. Daí, pediu para estudar o pergaminho, dizendo que, se acreditasse nele, o chamaria.

Passou um dia, dois, três. A arara dourada parecia tristonha em seu poleiro, quando um veloz canário entrou no quarto, trazendo um micro bilhete à pata, que entregou e saiu de imediato. Era da sábia, que marcava uma entrevista dentro de quinze minutos.

Uma vez lá, o adivinho viu a mulher lhe tratar com muita amabilidade, dizendo que era perita em Historia da Bruxaria Amazônica e daria uma boa professora. Sem entender, o adivinho perguntou o que ela sabia da escola. Nisso, muito séria, ela falou de todas as escolas de magia do continente Americano, e que todas tinham suas qualidades, mas nenhuma como aquela que o escreveu.

Contou quem foram os fundadores da escola, seus feitos, seus nomes que se tornaram lendas, confundidos com deuses pelos povos não mágicos. E, claro, contou como a escola foi destruída. Quando o adivinho perguntou como é que uma escola destruída a milênios podia lhe escrever, a bruxa não soube responder, ficando desconcertada.

Tomando aquilo por balela, o adivinho se foi. Saindo da casa da velha sábia, quase estatelou-se face-a-face com uma mulher que entrava. Mal o viu, ela se ajeitou, guardando no bolso o pergaminho que trazia. A mulher parecia muito familiar ao adivinho, mas ele não pode precisar de onde a conhecera. Sem aviso, ela seguiu, indo para o interior da casa da anciã, desculpando-se pelo choque.

Voltando para casa, o adivinho pegou o pergaminho que lhe trouxe a arara, escreveu em resposta que não entendia que brincadeira estranha era aquela com uma escola que não existia há séculos e séculos, e despachou a ave.

Nisso, se flagrou raciocinando que, por conta destes eventos, não havia começado a empreender sua viagem de si a si mesmo. Por outro lado, julgou que poderia considerar ter começado sim, visto que sentia-se bem.

E há quanto tempo não se sentia, de fato, bem.

Estranho explicar, ele só sentiu uma voz lhe dizer que estava no caminho certo.

 

Naquela noite, quando foi jantar em um dos restaurantes das imediações, novamente viu a enigmática mulher que avistara entrando na casa da velha anciã. Parecia muito aborrecida, conversando com uma amiga. Nisso, alguma coisa o impeliu a sair do lugar, e caminhar para tomar um ar. Foi o que fez.

Dois minutos depois, viu um raio dourado rasgando a noite. Era, é certo, uma arara dourada. À noite, parecia fosforescente, de tanto que brilhava. Daí, ele teve que admitir: ela não era amarela, era dourada mesmo. Dourada. Uma arara dourada.

Que trama estranha era aquela?

A ave trazia um pacote, que deixou cair às mãos do adivinho. Depois disso, pousou em seu ombro direito, parecendo sentir-se muito confortável. Era estranho, a arara era tão dourada que parecia emitir luz. Por conta disso, o adivinho pôde ler o nome daquele que lhe enviou o pacote.

Mas não havia nome. Dizia apenas: “Escola de Tradições, , História,  Aprendizado Mágico e Bruxedos da Amazônia – endereço desiluzionado”. O adivinho abriu o pacote, grande para seu conteúdo: um medalhão, dourado como o ouro, ou de puro ouro, com uma grossa corrente de ouro. A figura do medalhão era simples: Um Sol de ouro e uma lua, de prata, lado a lado. Era um medalhão lindo, e o adivinho o tocou.

Seu estomago embrulhou, sua visão embaçou e a respiração lhe faltou. Logo viu que o chão lhe faltou sob os pés e tudo parecia girar ao seu redor. Logo, a arara lhe bicou violentamente o ombro, e o instinto lhe orientou a soltar o medalhão. Caiu ao chão.

Terra, lama, folhas.

Estava em outro lugar.

O medalhão era uma chave de portal.

Com a velocidade de uma serpente, a arara bicou-lhe o bolso, agarrando a varinha e ganhando noite adentro a floresta. Por instinto, o adivinho a seguiu. Ora, como seu eu interior não havia lhe avisado do perigo? Por que as percepções do adivinho não lhe falaram, ao menos, para ter cuidado? Antes, disseram que seria um dia feliz, muito agradável.

Correndo as escuras, com os benditos sapatos que não ajudavam em nada na floresta, viu uma poça de lama achar graça dele, roubando a firmeza dos passos e fazendo-o cair pesadamente.

Logo viu alguém ali. Era o rapaz tristonho que avistara no navio.

Com muita precaução, perguntou ao rapaz que estranha trama era aquela que o havia arrastado até ali. O rapaz, fazendo uma reverencia, o tratou por “Senhor” e “Bom Mestre”, dizendo que diria tudo o que lhe perguntasse diretamente.

Vieram as perguntas e as respostas. O rapaz falou que o povo no porto, todos os dele, eram bruxos, isso é verdade. Bruxos sem ligação com nada que não seja diretamente relacionado aos mestres de seus ancestrais e, claro, com os sucessores dos mestres destes últimos. O rapaz falou que, sim, todos os escritos recebidos por eles vieram da escola que um dia foi conhecida por AMBA, Academia de Magia e Bruxaria da Amazônia, rebatizada depois de ETHAMBA, Escola de Tradições,  História, Aprendizado Mágico e Bruxedos da Amazônia.

O rapaz interrompeu o relato, pedindo que Odlavinou Saedrae o seguisse. Caminhando, passaram sob um tronco de árvore, mas ao sair dele, não saíram no lugar que deveriam sair, mas em outro lugar. A passagem sob o tronco era uma passagem mágica. O mesmo aconteceu ao contornarem um córrego praticamente inexistente, ou ainda ao entrarem numa gruta e saírem numa clareira, por encanto.

Por fim, chegaram a uma nova clareira. Para seguir na direção da floresta, era preciso tomar uma das trilhas, doze ao todos. Mas o rapaz conduziu o adivinho para uma outra passagem. No caminho, viram a arara luminosa, muito bem acomodada no ombro esquerdo, ombro nu, de um ancião de muitos dias. O ancião ergueu um largo sorriso ao ver o visitante, e disse que, agora, os Andarilhos voltariam a andar.

Agora, formando um trio, avançaram.

Passada a secreta décima terceira trilha, chegaram a um lugar que lembrava uma tribo indígena, com muitas ocas, todas minúsculas. Uma arara, negra com asas azuis, gritou com força quando o trio chegou, e todos vieram para fora das ocas.

Houve festa, choros de felicidade e gritos de comemoração. Gritos constrangidos e contidos, pois aqueles não estavam habituados a gritar. “— É da natureza dos Andarilhos serem calados e reservados”, lhe falou uma mulher de aspecto feliz, parecendo muitíssimo jovem para a sabedoria com que fizera colocações em seguida.

Então Odlavinou Saedrae foi conduzido para uma oca, e viu o interior de uma delas, enfim. Por fora, eram ocas de palha e terra. Aquela, por dentro, parecia um palacete como nunca se imaginaria dentro da floresta. O homem que o recebeu logo lhe falou que estava no mais oculto recôndito da Floresta Amazônica, que só se pode atingir se levado por Andarilhos. Ele mesmo se apresentou como o antigo líder dos Andarilhos – já avisando que era decisão dele, Odlavinou Saedrae e da outra decidirem quem será o líder dos tais, e era por isso que se apresentava com ex-lider, e não como líder.

O homem explicou que ETHAMBA ficara fechada. Agora, reconstruída até o ultimo detalhe original, só seria reaberta quando os descendentes diretos de Tupã e Jaci fossem convidados a reclamar seu posto de direito. De outra forma, a Escola permaneceria oculta até que os próximos descendentes reclamassem seu lugar. Mas avisava que não poderiam ser quaisquer descendentes, pois os Andarilhos já cometeram seus erros antes, escolhendo as pessoas erradas apenas pelo sangue em suas veias.

Naquela mesma noite, mostraram ao adivinho a cidadela de Aram-Iaé, as torres, o Templo Amanaré Akangatu, tudo. Ele ficou maravilhado, mas então foi avisado: apenas a elite dos bruxos deveria ser convidada a experimentar a excelência da formação de ETHAMBA. O Adivinho, então, perguntou do emblema de ETHAMBA, onde se diz que as portas estão abertas para todos. O clima ficou diferente. Houve quem dissesse que aqueles sonhos velhos do passado não tinham mais sentido.

Mui amargurado, a visão da escola, á noite, deixou de ter o significado que deveria ter para Odlavinou Saedrae Logo, toda aquela beleza mágica lhe pareceu feia. Ressentido, pensou que era fácil deduzir porque nenhum descendente dos bruxos havia aceitado retomar a escola.

Recusou a incumbência, ouvindo que ninguém poderia deixar escapar os segredos de ETHAMBA. Ouviu um grito estranho, que nunca ouvira, percebeu uma luz vermelha vindo de algum lugar e caiu.

 

Acordou no dia seguinte, com o Sol ferindo seu rosto.

Estava numa espécie de jaula, dentro de prédio. Logo imaginou, pela magnitude do lugar, se tratar do grande templo que viu à noite.

Olhando em volta, viu uma espécie de altar, onde residia uma varinha – talvez a sua. Olhando para trás, assustou-se. O rapaz que vira no navio, e a menina que veio em seguida, depois da mulher que lhe passou a sensação de conhecida, estavam amarrados na parede, de braços abertos.

Pareciam cansados, abatidos e sofrendo muito.

Que loucura estava acontecendo ali?

Pessoas entravam e saiam dali, mas ninguém lhe dava resposta quando gritava.

Por fim, entrou uma grande procissão, com praticamente todos os Andarilhos que vira no dia anterior. Com expressões fechadas, segurando cajados em vez de varinhas, trajados com túnicas brancas, como sacerdotes astecas, anunciaram ao adivinho que aqueles dois haviam escolhido a pessoa errada para assumir ETHAMBA, mesmo que fossem descendentes de Tupã e Jaci. Por isso, eles morreriam. Dizem que consultaram os oráculos e que não seria bom matar um descendente de seus mestres – mas o soltariam depois do sacrifício dos dois, pois ele presenciaria e, indo em paz, não falhariam, eles, Andarilhos, com seus antepassados.

Julgando tudo aquilo como imbecilidade, o adivinho recusou tomar parte naquilo. Não aceitaria que alguém morresse para que ele vivesse. Insistiram, gritaram, ameaçaram, mas ele estava resoluto. Os Andarilhos pareciam possessos de tão furiosos.

Um grito de guerra se fez ouvir, e uma mulher entrou no salão, varinha em mãos, com um pano amarrado ao ombro, onde trazia algum objeto. Ia azarando para todos os lados, chegando á jaula do adivinho. Por fim, abriu a jaula.

A mulher se apresentou como Kherolyn Navarre, ex-diretora da casa de Radmantarayako, no Instituto Durmstrang de Magia. Abrindo a jaula, rapidamente contou ao adivinho que passaram pela mesma situação: ela também era, de forma direta ou indireta, descendente dos fundadores da escola, e a trouxeram ali, falando de segregação. Os Andarilhos iam matar os dois, mas resolveram matar só Odlavinou Saedrae, pois julgavam que a mulher era frágil por natureza e ia se calar para manter a vida. Lhe deram, até, uma chave de portal para sumir dali – era o que vinha trazendo bem amarrado ao ombro.

Naturalmente Kherolyn repudiou a idéia, aproveitou a primeira oportunidade e foi em busca do adivinho que, sabia ela, morreria inocente.

Em poucos segundos, ele explicou a ela que a situação se invertera, e ele iria embora se visse aqueles dois pobres morrendo.

Nessas, livre, o adivinho viu os Andarilhos se posicionarem entre eles o altar – à frente da parede onde os dois jovens tristes estavam presos. Kherolyn desfraldou o conteúdo que vinha guardado, e pediu que tocassem juntos, sem baixar a varinha, para que fossem embora juntos – ao que parece, atenta à batalha e aos feitiços que lhe fugiam da varinha com maestria, não teve tempo hábil de ouvir o relato do adivinho – ou será que ele, nervoso como estava, não foi claro o suficiente?

Mas não havia tempo.

Numa atitude louca, o adivinho agradeceu, mas pediu que Kherolyn partisse. Ele não ia conseguir sair dali sabendo que os jovens iam morrer. A mulher praguejou algo, e foi junto dele, abrindo caminho com azarações. Com muito esforço, chegaram aos jovens e tocaram seus corpos com a chave de portal. Nada aconteceu.

Os Andarilhos sorriam.

Depois, gargalharam.

Em seguida, aplaudiram.

Até os jovens presos sorriram.

O então líder dos Andarilhos se adiantou, dizendo que ninguém nunca havia passado naquele teste. As mulheres sempre usavam a chave de portal e sumiam, sem falar palavra a ninguém, com medo de serem chamadas de loucas – pois aquele lugar “não existia”. E os homens, quando percebem que ficarão livres, ou não percebem, por nervosismo, ou não se importam, por medo, que outros morrerão para que um outro viva.

Todos, uma vez mais, lhes aplaudem, saudando-os como os diretores de ETAHMBA.

Prometem lhe passar o conhecimento que cultivaram de geração a geração.

Por fim, perguntam quando os Andarilhos voltarão a andar.

 

O próximo passo foi notificar as autoridades do acontecido. Precisavam de autorização para voltar a funcionar. Não só isso, deveriam estar devidamente regulamentados par contratar docentes e admitir discentes.

Tudo isso deveria começar com uma inspeção. E a única forma disso acontecer seria com a autorização dos co-diretores, que deveriam enviar um andarilho para guiar os que fiscalizariam – isso, claro, sem risco de decorarem o caminho, pois este sempre era alterado, com a mudança de lugar dos portais.

Junto dos funcionários do Ministério, veio uma equipe do famoso jornal “Diário Mágico”, além de uma equipe da revista “NOM’s e NIEM’s: Os melhores”, revista de referencia para pais e pedagogos.

As inspeções vão as mil maravilhas, e tudo indica que logo a escola poderá voltar às atividades.

 

 

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