Estudantes da
UNAM em solidariedade com os manifestantes anti-OMC, México
Em 11 de dezembro,
cerca de 500 estudantes postaram-se em frente da embaixada dos E.U.A.,
protestando juntamente com Seattle durante o encontro da OMC e exigindo a
liberdade para Mumia Abu Jamal - um jornalista negro, enfrentando pena de morte
nos Estados Unidos. A Polícia Estatal respondeu violentamente enquanto os
estudantes saiam. A situação desenrolou-se num confronto com a polícia. Os
estudantes foram perseguidos e espancados. Seis estudantes e 3 jornalistas
sofreram ferimentos. Noventa e oito estudantes foram presos, tanto homens como mulheres, 19 deles eram menores. Os
170.000 estudantes da UNAM (Universidade Autônoma do México, a maior
universidade na América Latina) está em greve há mais de 8 meses, exigindo o respeito
quanto ao ingresso ao ensino pós-secundário e posicionando-se contra a
imposição do modelo neoliberal de privatização das universidades. A resposta do
governo ao movimento tem sido negação ao diálogo, tentando o descrédito, a
divisão, discórdia e a repressão dos estudantes. Só recentemente é que as
conversas foram iniciadas entre as autoridades e o Comitê de Greve dos
estudantes e somente depois do Reitor da Universidade ter assumido a sua
incapacidade em resolver o conflito. Contra os seus direitos, os estudantes
estiveram incomunicáveis e aprisionados durante vários dias, sofrendo repressão
física e psicológica. Foram acusados de motim, dano à propriedade e
"agressões". Os estudantes foram libertos sob caução, uma soma grande
de dinheiro que foi angariado pelos estudantes, pais, bandas punk, professores
e muitas outras pessoas. O movimento da UNAM tem recebido apoio solidário de
estudantes de vários países e também do exército zapatista EZLN.
Contato: Consejo
General de Huelga, [email protected]