AÇÃO DIRETA - III
Existem uma infinidade de leis e regulamentos que nenhum de nós criou, quando nascemos eles já existiam. Existem também trabalhadores que são absolutamente essenciais e necessários, pois eles se constituem peças chaves na estrutura social. Sem esses trabalhadores, ninguém poderia comer, vestir ou se abrigar. É justo que eles possam pelo menos se alimentar, satisfazer suas necessidades básicas e morar com dignidade -  isso sem falar de outros benefícios sociais como educação e satisfação artística.

Estes trabalhadores, de uma forma ou de outra, principalmente através da ação direta juntaram mutuamente suas forças no sentido de adquirir uma melhoria de suas condições de vida; em segundo plano através da ação política. Foram formados inúmeros grupos e associações: a Granja, a Aliança do Fazendeiro, Associações de artesãos, Colonizações Experimentais, Ligas de Trabalhadores, Sindicatos de Comerciantes, e os Trabalhadores Industriais do Mundo. Todos organizados com a finalidade de arrancar dos patrões ou mestres no campo econômico uma maior remuneração, melhores condições de trabalho, menos horas de trabalho; ou por outro lado, resistir a perdas, condições piores, ou mais horas de trabalho. Nenhum deles tentou uma solução final através da guerra social. Nenhum deles, fora os Trabalhadores Industriais, reconheceu isso como uma guerra social inevitável dependendo apenas do gráu de tolerância às condições sociais. Homens comuns, com desejos modestos, eles se lançaram em empreendimentos que a eles pareceram razoáveis e possíveis de realizar. Quando se organizavam não se deixaram levar por qualquer política particular, se associavam para a ação direta por iniciativa própria, positiva ou defensiva.

Sem dúvida haviam em todas estas organizações, sócios que almejavam mais que simples demandas imediatas; que viam a necessidade do desenvolvimento contínuo de forças para provocar as condições necessárias a uma reviravolta, uma violenta reviravolta; onde não haveria qualquer outra alternativa a não ser efetuá-la; pois não faz parte da natureza da vida a rendição sem luta. Vinte e dois anos atrás eu conheci membros da Aliança dos produtores rurais que pensavam dessa forma, como também Ligas de Operários e sindicalistas do Comércio. Eles pretendiam muito mais do que aquilo que seus grupos estavam lutando; mas tiveram que aceitar os outros sócios da organização como eles eram, e tentar mobilizá-los para o que era possível os fazê-los aderir. Eles não enxergavam outra coisa a não ser preços melhores, salários melhores, condições menos perigosas ou tirânicas, menos horas de trabalho. Na fase de desenvolvimento quando estes movimentos foram iniciados, os trabalhadores da terra não puderam ver que a luta deles tinham relação com a luta dos trabalhadores na indústria ou nos transportes; nem estes por sua vez puderam relacionar suas lutas com as dos produtores rurais. No que diz respeito ao assunto poucos deles vêem esta relação com clareza. Ainda há muito que aprender no que diz respeito a uma luta comum contra os donos da terra, do dinheiro, e das máquinas.

Infelizmente as grandes organizações dos produtores rurais depois da conquista do poder político picaram fora em um isolamento estúpido. Tiveram bastante êxito adquirindo o poder em certos Estados; mas os tribunais pronunciaram suas leis inconstitucionais, restou apenas um buraco para enterrar todas suas conquistas políticas. Seu programa original era construir seus próprios silos, armazenar o excesso da produção e preservá-los do mercado até que eles pudessem escapar do especulador. Também, organizar trocas com os operários, notas de crédito emitidas em produtos depositados para permuta. Se tivessem aderido a este programa de ajuda mútua, iriam, até certo ponto, durante pelo menos um certo tempo, disponibilizar uma ilustração de como o gênero humano pode se livrar do parasitismo dos banqueiros e dos intermediários. Claro que no fim, tudo acabaria sendo subvertido, a menos que isso houvesse revolucionado as mentes dos homens. Uma consciência da força da subversão do monopólio legal da terra e do dinheiro; ou pelo menos teria servido como um grande propósito educacional. Mas tudo continuaria como dantes na terra de Abrantes.

As Ligas de Trabalhadores comparativamente perderam sua importância, não por causa do fracasso na ação direta, nem por causa de seu envolvimento com política que era mínimo, mas principalmente porque eram uma massa de heterogênea de trabalhadores que não puderam associar seus esforços efetivamente.

Enquanto as Ligas de Trabalhadores agonizavam os sindicatos do Comércio cresceram fortes, e continuaram lenta mas persistentemente a aumentar em poder. É verdade que este crescimento flutuou; que houve até mesmo alguns recuos; aquelas grandes e singulares organizações eram formadas e em seguida dispersadas. Em geral os sindicatos de comércio foram de um poder crescente. E foi assim porque, pobre como eram, não havia outra alternativa a não ser o ajuntamento de suas forças para agüentar conjuntamente as pressões de seus patrões, assim conquistaram, dentro do possível, suas vitórias. A greve foi a arma natural que forjaram. E a cada dez simples ameaças de greve faziam os patrões tremerem em nove. (Claro que houve ocasiões quando uma greve vinha a calhar ao próprio patrão, mas isso era incomum.) E a razão para o patronato temer uma greve não é tanto porque pensavam não poder fazer nada contra ela, mas simplesmente e somente porque não queriam perder o seu negócio. O patrão ordinário não está nem aí com coisas como "voto de classe consciente"; há muitas lojas onde você pode passar o dia todo dentro dela defendendo o Socialismo ou qualquer outro programa político; mas se você começa a falar em Sindicalismo, será imediatamente expulso ou na melhor das hipóteses convidado a calar-se. Por que? Não porque o patrão seja sábio no que diz respeito ao pântano da ação política onde até o mais puro dirigente sindical sairia enlameado, ou porque ele entende que aquele Socialismo político está se transformando rapidamente em um movimento de classe-média; não. Ele sabe que Socialismo é uma troço muito ruim; todavia não restou mais nada! Mas ele sabe que se a sua loja for sindicalizada, imediatamente ele terá dificuldades. Seus funcionários passarão a ser rebeldes, ele terá que aumentar suas despesas para melhorar as condições de trabalho em sua fábrica, ele terá que manter dentro de sua empresa aquele dirigente sindical que detesta, e no caso de greve ele pode esperar danos em sua maquinaria ou em seus edifícios.

É dito freqüentemente, como conversa de papagaio, que o patronato possui uma "consciência de classe", que eles são coesos no que diz respeito a defender seus interesses comuns de classe, e que estão dispostos até mesmo a sofrer perdas pessoais em sua defesa. Mas não é nada disto. A maioria dos empresários como a maioria dos dirigentes sindicais "não está nem aí"; eles se preocupam todo o tempo mais com as suas perdas ou lucros individuais que com o lucro ou perda de sua classe. Quando ameaçado por um sindicato, o patrão encherga apenas e tão somente a própria perda individual.

Hoje, todo mundo sabe que uma greve de qualquer tamanho significa violência. Nesses momentos não importa as preferências éticas ou pacíficas das pessoas, sabe-se que não haverá calma. Se é uma greve de telégrafos, significa fios cortados, postes derrubados e a introdução de elementos que deterioram os instrumentos. Se é uma greve de metalúrgicos, significa esfriamento e consequente destruição de fornos, quebra-quebra, fixação de medidas prejudiciais, ruína de cilindros caríssimos juntamente com toneladas e toneladas de material. Se é uma greve de mineiros, significa destruição de estradas e pontes, e explosão de moinhos. Se é uma greve de trabalhadores em artigos de vestuário, significa o fogo irresponsável que consome tudo, pedradas em uma janela aparentemente inacessível, ou possivelmente o impacto certeiro na própria cabeça do fabricante. Se é uma greve de transportes, significa estradas dinamitadas ou bloqueadas com barricadas de ferro velho, sucata de automóveis, vagões destruídos ou cercas roubadas, significa destruição ou incineração de veículos. Se é uma greve na malha ferroviária, significa "trens mortos", máquinas descontroladas, fretes descarrilados, transportes protelados. Se é uma loja de departamentos em greve, suas estruturas podem ser dinamitadas. E sempre, em todos lugares, todo o tempo, brigas de fura-greves e seguranças contra grevistas e simpatizantes, entre as pessoas e polícia.

Do lado dos patrões, significa caça às bruxas, cercas elétricas, pancadaria, ameaças, detetives e agentes provocadores, seqüestro violento e deportação, e todo dispositivo que eles podem conceber para proteção direta, além do último recurso da polícia, milícia, confabulações Estatais, e tropas federais.

Todo mundo sabe disto; todo mundo sorri quando os funcionários do sindicato suplicam às suas organizações para serem pacíficos e obedientes à lei, porque todo mundo sabe que eles estão mentindo. Eles sabem que a violência é usada, secretamente e abertamente; e eles sabem que é usada porque os grevistas não podem fazê-lo de outra forma, sem que deixem a luta imediatamente. Nem a eles engana aqueles que se aproveitam do estado de tensão para fazer uso de pregações contra a violência com o objetivo de privá-los do bom senso inato aos trabalhadores. As pessoas entendem em geral que eles fazem estas coisas pela lógica severa de uma situação que eles não criaram, mas que os força a agir assim pois a necessidade de lutar é um imperativo para que possam viver com um mínimo de dignidade ou então abaixar a cabeça e descer num buraco em direção à pobreza em cujo fundo a Morte os espera no hospital da miséria, nas calçadas da cidade, ou na podridão dos esgotos. Esta é a alternativa terrível que os trabalhadores estão enfrentando; e isto faz com que seres humanos com uma pré disposição para a amabilidade, que deixam seus afazeres para socorrer um cachorro ferido ou para trazer um gatinho perdido para casa e alimentá-lo, utilizem o recurso da violência contra membros de suas própria raça. Eles sabem, porque os fatos os ensinaram, que este é a única maneira de vencer. A coisa mais totalmente absurda e absolutamente inútil que uma pessoa possa fazer ou dizer a título de solidariedade ou ajuda quando se aproxima de um grevista que está lidando com uma situação imediata é afirmar: "Você é meu candidato para ocupar o poder!" quando a próxima eleição está a uma distância de seis meses, um ano, ou dois anos.

Infelizmente as pessoas que conhecem bem como a violência é usada na guerra do sindicato não podem levantar e dizer: "Em tal lugar, tal dia, em função de uma determinada ação praticada por fulano, houve uma concessão ou derrota patronal". fazer isso exporia sua liberdade e poder para poder continuar a luta. Então aqueles que são mais informados têm que manter silencio total. São os eventos e não as línguas que fazem suas posições mais ou menos claras.

Uma grande porção de práticas como estas podem durar por semanas. Acredito que muitos oradores e escritores estão honestamente convencidos que ação política e apenas ação política pode ganhar a batalha pelos trabalhadores, e denunciam o que chamam de "ação direta" (a que eles realmente querem dizer é violência conspirativa) como uma fonte de danos incalculáveis. Ninguém pode medir exatamente em anos ou meses os efeitos de um avanço ou de uma ação.  Nós sabemos que a jornada de oito horas foi inscrita nos livros do estatuto de Illinois em 1871 por ação política, e alí permaneceu como letra morta. Não podemos demonstrar que foi a ação direta que conquistou a jornada de oito horas; mas pode ser demonstrado que estavam em cena fatores mais potentes que a bomba de Haymarket. Por outro lado, se a influência supostamente contraproducente da bomba foi realmente tão poderosa, nós deveríamos esperar que as coisas ficassem pior em Chicago que nas cidades onde nada disso aconteceu. Pelo contrário, apesar de ruins, as condições gerais de trabalho eram melhores em Chicago que em quaisquer outras grandes cidades, e o poder dos sindicatos foi mais desenvolvido lá que em qualquer outra cidade americana exceto São Francisco. Assim, temos que concluir que toda vez que ponderamos sobre à influência da bomba de Haymarket, convém lembrar destes fatos. Pessoalmente não acho que sua influência no movimento operário, como tal, foi assim tão grande.

Mas as forças da vida continuarão se revoltando contra essas cadeias econômicas. E essa revolta jamais terminará, independente dos homens votarem ou não, até que essas cadeias sejam destruídas.

Como essas cadeias serão destruídas?

Ativistas políticos nos falam que só o serão por meio da ação dos partidos operários pelo instrumento do voto; através do voto conquistaremos a posse da terra e dos meios de produção; aqueles que detem o poder militar para defender as florestas, minas, ranchos, vias fluviais, moinhos, e fábricas, entregarão tudo isso às pessoas.

E enquanto isso?

Enquanto isso, seja pacífico, trabalhador, obediente à lei, paciente, e econômico (como  os peões mexicanos contaram ser Madero, depois que ele os vendeu para Wall Street)! Nessa altura do campeonato, mesmo que alguns de vocês não estejam a venda, não se revoltem nem sequer protestem contra isso, porque poderia haver um "retrocesso".

Bem, eu já declarei que ocasionalmente alguma coisa boa é conquistada através da ação política - não necessariamente ação de algum partido de esquerda. Mas da mesma maneira que estou absolutamente convencido que essa coisa boa ocasionalmente conquistada foi mais que compensada pelo mal; da mesma forma estou convencido que há males ocasionais que resultaram da ação direta, todavia eles foram mais que compensados pelo bem.

Quase todas as leis que foram emolduradas originalmente com a intenção de beneficiar os trabalhadores, acabam virando letra morta ou armas no mãos dos seus inimigos, a menos que os trabalhadores através de suas organizações  obriguem diretamente sua observância. De forma que no fim, é a ação direta que faz a diferença. Como um exemplo de leis que muitas vezes funcionam ao contrário, basta olhar a lei de greve nas atividades essenciais que supostamente beneficiariam as pessoas em geral e os trabalhadores em particular. Aproximadamente duas semanas após ter sido promugada, 250 líderes de sindicatos foram citados para responder a processo, como a resposta do Illinois Central para seus grevistas.

Mas o mal de botar fé na ação indireta é infinitamente maior do que se possa imaginar. O mal principal é que destrói a iniciativa, extingue o espírito rebelde individual, ensina as pessoas a confiar em outra pessoa para fazer para eles o que eles mesmos deveriam fazer para si próprios; finalmente transforma em orgânica uma idéia anômala que vai amontoando adeptos junto a uma maioria adquirida, então pela magia peculiar daquela maioria, este amontoado de asneiras será transformado em energia. Quer dizer, as pessoas acabam perdendo o hábito de reagir enquanto indivíduos para se submeter a toda injustiça enquanto esperam pela maioria para poderem crescer, e vão sendo metamorfoseados em humanos auto-explosivos por um mero processo de embalagem!

Concordo totalmente que as fontes da vida, os meios de produção, toda a riqueza natural da terra, as ferramentas necessárias à produção em cooperação, tem que ficar livremente acessível a todos. Concordo também que o sindicalismo têm que se expandir e têm que se aprofundar em seus propósitos, ou irá por água abaixo; seguramente sinto que a lógica da situação os forçará gradualmente a ver isto. Eles têm que aprender que o problema dos trabalhadores nunca pode ser resolvido com essas migalhas que os patrões cedem, quando cedem, muito menos com a política de limitar o número de associados através de altas taxas de inscrição e outras restrições que ajudam a torná-los inativos. Eles têm que aprender que o curso de crescimento não está tanto ao longo da linha de salários mais altos, mas na diminuição das horas trabalhadas que viabilizará aumentar o número de associados e trazer todo mundo que está disposto a entrar no sindicato. Eles têm que aprender que se eles querem ganhar batalhas, todos os trabalhadores aliados têm que agir em conjunto, em ações rápidas (tornando inóquas as ameaças patronais), e conter a liberdade patronal de a todo momento infernizar nossas vidas. E finalmente eles têm que aprender que (quando tiverem uma organização completa) não podem ganhar nada permanente a menos que golpeiem para valer - não a questão salarial, não uma melhoria secundária, mas a riqueza natural inteira da terra. E isso significa a expropriação direta de tudo!

Eles têm que aprender que o poder de um sindicato não pode ser medido pelo voto, eles tem que aprender que o poder de um sindicato deve ser medido pela habilidade em parar a produção. É um grande engano supor que os assalariados constituem a maioria dos eleitores. Assalariados estão aqui hoje e amanhã estão acolá, isso dificulta um número grande de votantes; uma grande porcentagem deles neste país (USA) são estrangeiros sem direito de voto. A prova mais patente, os líderes Socialistas sabem disso, é que eles estão buscando o apoio da classe empresarial, o pequeno investidor. Seus documentos de campanha  revelaram que andaram por Wall Street laçando adeptos, da mesma forma que fizeram em Los Angeles em busca de socialistas enquanto administradores capitalistas; que a presente administração de Milwaukee foi benéfica ao pequeno investidor; os documentos de campanha dos socialistas recomendam a seus eleitores evitar comprar nas grandes lojas de departamentos - "comprem de Fulano na Avenida de Milwaukee e ficará totalmente satisfeito". Em resumo, eles estão fazendo todo um desesperado esforço para ganhar o apoio e prolongar a vida daquela classe-média cuja economia socialista diz que deve ser moída em pedaços, porque eles sabem que não podem adquirir uma maioria sem ela.

O máximo que os partidos socialistas poderiam fazer, até mesmo se seus políticos permanecessem honrados, coisa muito difícil, seria formar uma forte facção nas legislaturas onde poderiam, combinando seu voto com um lado ou outro, ganhar certos paliativos políticos ou econômicos.

Mas o que os partidos socialistas poderiam fazer, uma vez grandes e fortalecidos em uma organização sólida, seria mostrar à classe dominante, por uma cessação súbita de todo o trabalho que a estrutura social inteira está apoiada nos trabalhadores; que todas as possessões são absolutamente desprezíveis sem a atividade dos trabalhadores; aqueles tais protestos, tais golpes, inerentes ao sistema de propriedade ocorreriam periodicamente, continuamente, até a sua total abolição - após esses preâmbulos o próximo passo seria a desapropriação.

"Mas e o poder militar?", diz o ativista político; "nós temos que adquirir poder político, ou o exército será usado contra nós!"

Contra uma real Greve Geral, o exército não pode fazer nada. Oh, retifique, se você tem um Briand socialista no poder, ele pode declarar os trabalhadores "funcionários públicos" e pode tentar jogar você contra eles! Mas contra a parede sólida de braços cruzados, até mesmo um Briand seria quebrado.

Enquanto isso, até este despertar internacional, as guerras continuarão como sempre, apesar de toda a histeria manifestada por pessoas que não conseguem compreender a vida e suas necessidades; apesar da tímida ação dos líderes; apesar de todas as vinganças reacionárias que possam ser efetuadas; apesar de todo o capital que os políticos absorvem da situação. Essa luta seguirá em frente porque

"A Vida chora para viver,
apesar da Propriedade negar sua liberdade de viver;
a Vida não se submeterá".

Não deve se submeter. Essa luta seguirá em frente até aquele dia quando uma Humanidade auto-liberta poderá cantar o Hino de Swinburne do Homem:

"Glória para voar mais alto, o senhor das Coisas está a favor do Homem".

- fim -

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