A OPINIÃO QUE FAZ A DIFERENÇA
   


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DORA BELTRÃO

Lulaaaa! Socorroooooo!!! Faz alguma coisa!!! Eles estão chegandoooooo!!!

BELÉM (PA) - Um artigo(1) publicado no jornal americano “The New York Times”, edição do último dia 18/05/2008, demonstra claramente o prejuízo que as políticas equivocadas dos nossos últimos governichos têm causado à (ainda!) nossa Amazônia. O “site” “Terra” também nos chama a atenção(2) para o assunto.

 

Lendo o texto (com o sugestivo título "De quem é a Amazônia, afinal?"), escrito pelo correspondente daquele jornal no Rio de Janeiro, o jornalista Alexei Barrionuevo, podemos tirar as conclusões sobre a insidiosa campanha feita contra o Brasil em diversos países.

 

Não sou xenófoba, mas é claro que os norte-americanos jamais deixaram de manter um olho voltado para as riquezas amazônicas. Nem eles nem os ingleses, os franceses, os holandeses, os alemães, os japoneses...etc... (peço desculpas aos que esqueci de relacionar... entram no “etc”!). Agora aproveitam a oportunidade para tentar passar para todo o mundo a “idéia” que o Brasil não pode continuar com a sua soberania sobre a região amazônica. Não desperdiçam a repercussão do problema causado pelas tais “reservas indígenas”, principalmente aquelas do Estado de Roraima, sobre o quê o nosso atual governo tem se mostrado reticente e adota posições enigmaticamente contrárias aos avisos das nossas Forças Armadas, somado a algumas vozes civis.

 

Se o nosso povo, politicamente tão dividido, tão desprovido de cultura, patrioticamente tão leniente, e ignorante do que representa a Amazônia para o contexto do nosso País... ou de qualquer outro que dela se aposse... pudesse, mesmo que fosse num fugaz “exercício de imaginação”, superar as diferenças e, num brado uníssono... pois só assim seremos ouvidos... gritássemos um basta sobre as tentativas internacionais de nos tomarem a (ainda!) nossa “Jóia de Esmeralda”, a (ainda!) nossa Amazônia, talvez (digo, talvez, pelo fato de achar que já é bem tarde, infelizmente muito pouca coisa se poderá fazer) ainda seja revertido este complô, que, com força avassaladora, ameaça internacionalizar e separar a Amazônia do território brasileiro.

 

Com frequência, nos últimos tempos, a mídia tem noticiado o que ocorre no extremo norte brasileiro, refiro-me àquela imensa área, chamada “Raposa-Serra do Sol”, aonde ONG’s internacionais e “missionários de araque” estabeleceram seus domínios, totalmente à revelia de reconhecer que estão em solo brasileiro, e o nosso presidente, estranhamente, insiste em proibir que as nossas FFAA adentrem lá, nem mesmo quando um dos nossos militares, Oficial superior, declarou que ele pessoalmente arriou uma bandeira estrangeira que estava hasteada à porta do “escritório” de uma ONG e substituiu-a pelo nosso Pavilhão Pátrio, porém, tão logo se afastou, aquela mesma bandeira alienígena voltou a tremular, plantada por mãos rapinantes no solo sagrado da nossa Pátria. Parodiando o Boris Casoy: “É UMA VERGONHA!”... é uma vergonha e um acinte, contra o quê o nosso governo não nos deixa alternativa.

 

Se a defesa da “idéia” de ser a Amazônia fundamental para o bem da humanidade... e assim não poderia o Brasil deter soberania sobre ela, também poderiam lembrar-se que a nossa civilização atual é a “civilização do petróleo”, visto que nem se pode imaginar sobreviver sem contar com o uso do mesmo em qualquer atividade que se faça. Portanto, deveriam também questionar a soberania de todas as regiões do globo onde se retira o “ouro negro”, independentemente se estas áreas pertençam ao Iraque (deste já se apossaram!), Nigéria, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Rússia, Arábia Saudita, Noruega, Venezuela ou até aos Estados Unidos.

 

E, como eles espalham a falsa afirmação de que a Amazônia é “o pulmão do mundo”, por suas florestas “produzirem o oxigênio” necessário para o planeta (cientificamente já se sabe não ser verdade, são as algas marinhas que suprem a Terra de oxigênio), também poderiam deixar de produzir e de consumir petróleo, pois, também cientificamente se sabe que os gases provenientes dos combustíveis fósseis derivados do petróleo, são os principais responsáveis pela degradação do meio-ambiente.

 

A simplicidade das velhas fábulas latinas pode muito bem ilustrar estes fatos que demonstram a estrema cobiça que paira sobre a nossa “Jóia de Esmeralda”, e que vêm ocupando e ainda vão ocupar por um pouco mais de tempo os jornais de todo o mundo... digo “por um pouco mais”, pois não devemos esquecer que agora, mais do que nunca para nós, amazônidas, se aplica o brado “Alea iacta est!” (3).

 

A fábula “Lupus et Agnus”, de Esopo, cantada pelo poeta trácio, Fedro, e que começava mais ou menos assim “Ad rivum eumdem lupus et agnus venerant siti compulsi; lupus superior stabat, longeque inferior agnus...” (“O lobo e o cordeiro tinham chegado a um mesmo rio compelidos pela sede; o lobo estava num local mais acima, e o cordeiro abaixo...”), retrata bem a cobiça sobre a Amazônia. O lobo, que queria “jantar” o carneirinho, acusa este de lhe sujar a água, e de nada adiantam as alegações do cordeiro de que isto era logicamente impossível, pois a água corria no sentido do lobo para ele. A fábula tem como “moral”: “a razão do mais forte é sempre mais forte... porque “contra a força não há resistência”. Tudo serve de motivo contra o mais fraco, ou seja, conforme o nosso linguajar popular “o pau só quebra do lado mais fraco”... e o mais fraco é o nosso lado.

 

Diante da complexa trilogia cultural-industrial-militar dos países do “primeiro-mundo”, o povo brasileiro, como sinistra metáfora, assemelha-se ao cordeiro da fábula. Só que, no real-histórico, em vez de água, está em jogo o “mar” oculto de riquezas minerais... entre elas até mesmo petróleo e gás... das terras da (ainda!) nossa “Jóia de Esmeralda”, a (ainda!) nossa Amazônia!!!

 

A fábula aplica-se “como uma luva” ao que nos conta a mídia sobre a contenda. Num sonho bom, eu digo: “Nós gostaríamos muito de continuar sendo BRASILEIROS!!!” Mas, tentando afastar o pesadelo... este, sim, é real... eu grito: “Lulaaaa! Socorroooo!!! Faz alguma coisa!!! Eles estão chegandoooo!!!” (... e já chegaram!)

 

Acooordaaa Braaasiiilll!!!

(1) Ver http://www.nytimes.com/pages/weekinreview/index.html,
ou em http://www.nytimes.com/2008/05/18/weekinreview/
18barrionuevo.html?_r=2&scp=1&sq=Alexei%20Barrionuevo&st=cse&oref=slogin&oref=slogin
 

 

(2) Em http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI2894089-EI306,00.html 

 

(3) Em http://br.geocities.com/mandandoprarede/colunas/
belem/bl_db_090.html
.

 

Mais Fábulas(??):

 

“Pego a primeira parte para mim porque me chamo leão, / a segunda, sois vós a dar-me porque sou robusto, / a terceira cabe a mim porque valho mais. / A quarta, pobre daquele que ousar tocá-la.” - Fedro (cerca de 30/15? aC - 44/50? dC) - Moral da estória: “a razão do mais forte é sempre mais forte

 

“Um camelo atravessava um rio de rápida correnteza. Defecou, e viu então seu excremento passar por ele, levado pelas águas ligeiras. E disse: "O que vejo? O que estava atrás de mim ainda agora, eu vejo passando a minha frente!" Esopo - (século 6 aC) - Moral da estória: Se aplica a (certo) país em que os últimos e os imbecis é que dominam em vez dos primeiros e dos sensatos.
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Dora Beltrão, é Psicóloga em Belém, no Pará, e colunista deste Mandando Pra Rede
    


SEGUNDA
 21/05/2008

Dora Beltrão é
Psicóloga em
Belém, no Pará,
e colunista deste
Mandando Pra
Rede
















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