Eclipse Solar Híbrido de 03 de Novembro de 2013

Observável como Parcial no Nordeste e Norte do Brasil

 

Um eclipse solar de características raras acontecerá na manhã de 03 de novembro próximo. Sua faixa central tocará o oceano a 1000 km a Leste de Jacksonville, Flórida, EUA e cruzará o Atlântico Norte e a África, permanecendo sempre estreita. O eclipse será total, com exceção de seus 15 primeiros segundos, durante os quais apresentar-se-á como anular.

O evento poderá ser observado em sua fase parcial de praticamente toda a Região Nordeste do Brasil, da maior parte da Região Norte e dos extremos norte das Regiões Centro-Oeste e Sudeste.  A maior ocultação do disco solar pelo lunar poderá ser observada em Fernando de Noronha, correspondendo a 50% do seu diâmetro (mag=0,50) e em Fortaleza e Natal, onde ela será de 40% (mag=0,40).

A figura mostra o limite sul de visibilidade do eclipse parcial no Brasil e também a faixa correspondente à magnitude 0,4, que atravessa Natal e Fortaleza.

As coordenadas geográficas das faixas correspondente às magnitudes de 0,1; 0,2; 0,3 e 0,4 estão listadas neste endereço. Elas foram geradas com programa criado pelo autor, baseado em algorítmo de Jean Meeus e que usa Elementos Besselianos de alta precisão divulgados por Fred Espenak (NASA), os quais foram também comparados àqueles publicados por Meeus. 

Aqui estão estão listadas as circunstâncias para algumas cidades brasileiras, desde onde o eclipse solar poderá ser observado. Enquanto, a magnitude corresponde à fração ocultada do diâmetro do Sol, o obscurecimento é a fração ocultada do seu disco.

As atividades observacionais recomendadas são: as cronometragens dos instantes de início (P1) e fim (P4) do eclipse, registros fotográficos e medições da luminosidade solar durante o eclipse.

Grandes aumentos deverão ser usados, em simultaneidade com registros de sinais horários para aferição, tão precisa quanto possível, dos contactos P1 e P4. Obviamente, P1 é mais difícil de identificar precocemente, pois exige a identificação prévia da posição angular do contacto, que se apresenta como uma levíssima distorção do limbo. Nossas tentativas em vários eclipses redundaram em erros médios de +0,35 min. para  P1 (identificado tardiamente) e -0,15 min. para P4 (identificado precocemente).

E, finalizando, nunca é demais lembrar que: olhar fixamente para o Sol sem proteção adequada pode ocasionar dano irreversível à retina, portanto, não se arrisque. Filtros específicos para o observação do Sol estão disponíveis no mercado.