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Música Romântica


  

Os compositores clássicos tinham por objetivo atingir o equilíbrio entre a estrutura formal e a expressividade. Os românticos vieram desequilibrar tudo. Eles buscavam maior liberdade de forma, a expressão mais intensa e vigorosa das emoções, freqüentemente revelando seus pensamentos mais profundos, inclusive suas dores. Muitos compositores românticos eram ávidos leitores e tinham grande interesse pelas outras artes, relacionando-se estreitamente com escritores e pintores. Não raro uma composição romântica tinha como fonte de inspiração um quadro visto ou um livro lido pelo compositor.

Dentre as muitas idéias que exerceram enorme fascínio sobre os compositores românticos temos: terras exóticas e o passado distante, os sonhos, a noite e o luar, os rios, os lagos e as florestas, as tristezas do amor, lendas e contos de fadas, mistério, a magia e o sobrenatural. As melodias tornam-se apaixonadas, semelhantes à canção. As harmonias tornam-se mais ricas, com maior emprego de dissonâncias.

MÚSICA VOCAL

Durante o Romantismo houve um rico florescimento da canção, principalmente do Lied ( ‘canção’ em alemão) para piano e canto. O primeiro grande compositor de Lieder ( plural de Lied ) foi Schubert ( 1797-1828), que, durante a sua curta vida, compôs mais de 600 canções.

As óperas mais famosas hoje em dia são as românticas. Os grandes compositores de óperas do Romantismo foram os italianos Verdi e Rossini e na Alemanha, Wagner. No Brasil, destaca-se Antonio Carlos Gomes com suas óperas O Guarani, Fosca, O Escravo, etc.

 

MÚSICA INSTRUMENTAL

A orquestra cresceu enormemente, não só em tamanho, mas como em abrangência. A seção dos metais ganhou maior importância. Na seção das madeiras dicionou-se o flautim, o clarone, o corne inglês e o contrafagote. Os instrumentos de percussão ficaram mais variados.

Criou-se a Música de Programa , música que ‘conta uma história’, baseadas em contos e evocando imagens na mente do ouvinte. A Sinfonia Fantástica de Berlioz é o mais famoso exemplo de música de programa.

O Concerto romântico usava grandes orquestras; e os compositores, agora sob o desafio da habilidade técnica dos virtuoses, tornavam a parte do solo cada vez mais difíceis. A educada competição entre o solo e a orquestra, que existia no concerto clássico, agora se transformava em um emocionante e dramático duelo entre forças aparentemente desiguais: um único solista contra toda a grande massa da orquestra romântica. Entretanto, graças ao virtuosismo dos intérpretes e ao talento dos compositores, a parte do solo sempre emerge da batalha coberta de glórias!

Até a metade do século XIX, toda a música fora dominada pelas influências alemãs. Foi quando compositores de outros países, principalmente os russos, passaram a ter a necessidade de criar a sua música. Inspiravam-se nas músicas folclóricas e lendas de seus países. É o chamado Nacionalismo Musical.

No século XIX o piano passou por diversos melhoramentos. O número de notas foi aumentado, as cordas ficaram mais longas e grossas e os martelos, antes cobertos por couro, passaram a ser revestidos de feltro, melhorando a sonoridade.

Os compositores românticos passaram a explorar todos os recursos do piano. Quase todos os compositores românticos escreveram para o piano, mas os mais importantes foram: Schubert, Mendelssohn, Chopin, Schumann, Liszt e Brahms. Embora em meio às obras destes compositores se encontrem sonatas, a preferência era para peças curtas e de forma mais livre.

Havia uma grande variedade, entre elas as danças como as valsas, as polonaises e as mazurcas , peças breves como o romance, a canção sem palavras, o prelúdio, o noturno, a balada , ou peças de caráter como o improviso.

Outro tipo de composição foi o Étude ( Estudo), cujo objetivo era o aprimoramento técnico do instrumentista. Com efeito, durante esta época houve um grande avanço nesse sentido, favorecendo a figura do Virtuose : músico dotado de uma extraordinária técnica. Virtuoses como o violinista Paganini e o pianista-compositor Liszt eram admirados por platéias assombradas. Tornaram-se ídolos, os ‘mega-astros’ do século XIX.

No Romantismo o músico passa de criado da nobreza à estrela dos grandes teatros da Europa. Aclamados pelo público nas cidades por onde passavam eram convidados da honra em jantares da alta sociedade.

Principais Compositores Românticos:

F. Schubert
F. Mendelssohn
F. Chopin
R. Schumann
F. Liszt
R. Wagner
J. Brahms
Tchaikovsky


 

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Leonardo Ferreira Nascimento
[email protected]
Sorocaba-SP

 

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