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Música Moderna


  
A história da música no século XX constitui uma série de tentativas e experiências que levaram a uma série de novas tendências, técnicas e, em certos casos, também a criação de novos sons, tudo contribuindo para que seja um dos períodos mais empolgantes da história da música.

Enquanto a música nos períodos anteriores podia ser identificada por um único e mesmo estilo, comum a todos os compositores da época, no século XX ela se mostra como uma mistura complexa de muitas tendências. A maioria das tendências compartilham uma coisa em comum: uma reação contra o estilo romântico do século XIX. Tal fato fez com que certos críticos descrevessem a música do século XX com "anti-romântica". Dentre as tendências e técnicas de composição mais importantes da música do século XX encontram-se:

Impressionismo Nacionalismo do Séc. XX Expressionismo
Música Concreta Serialismo Música Eletrônica
Influências do Jazz Neoclassicismo Música Aleatória
Atonalidade etc.

No entanto, se investigarmos melhor estas composições, encontraremos uma série de características ou marcas de estilo que permitem definir uma peça como sendo do século XX. Por exemplo:

Melodias: São curtas e fragmentadas, angulosas, em lugar das longas sonoridades românticas. Em algumas peças, a melodia pode ser inexistente.

Ritmos: Vigorosos e dinâmicos, com amplo emprego dos sincopados; métricas inusitadas, como compassos de cinco e sete tempos; mudança de métrica de um compasso para outro, uso de vários ritmos diferentes ao mesmo tempo.

Timbres: A maior preocupação com os timbres leva a inclusão de sons estranhos, intrigantes e exóticos; fortes contrastes, às vezes até explosivos; uso mais enfático da seção de percussão; sons desconhecidos tirados de instrumentos conhecidos; sons inteiramente novos, provenientes de aparelhagens eletrônicas e fitas magnéticas.

ALGUMAS TENDÊNCIAS DA MÚSICA DO SÉCULO XX

Impressionismo: O termo foi tomado do estilo de pintura de um grupo de pintores franceses conhecidos como os impressionistas. Em vez de fazerem suas pinturas parecerem ‘reais’, estes artistas procuravam dar meramente de vagos contornos. A intenção da música impressionista era se afastar do pesado estilo romântico alemão. O primeiro compositor impressionista, Claude Debussy, utilizava harmonias e timbres novos, trabalhando-os a criar efeiros vagos, fluídicos. Outros compositores impressionistas foram: Ravel, Falla e Respighi, entre outros.

Nacionalismo: A corrente nacionalista iniciada durante a segunda metade do século XIX continuou no século XX. Os compositores pesquisavam o folclore de seus países.

Nos Estados Unidos: Charles Ives e Aaron Copland
Na Inglaterra: Vaughan Willians
Na Hungria: Béla Bartók e Zoltan Kodaly
Brasil: Villa-Lobos, Camargo Guarnieri, Lourenzo Fernandez
Finlândia: Sibélius
Atonalidade: Significa ausência de tonalidade. A música atonal evita qualquer tonalidade ou modo, fazendo livre uso de todas as 12 notas da escala cromática. A atonalidade tornou-se a própria essência do estilo dos compositores expressionistas.

Expressionismo: Este é um outro termo tomado da pintura. Com tons extremamente vigorosos, os pintores desta escola jogavem sobre as telas suas experiências e estados de espírito mais íntimos: o mundo tenebroso de seus terrores e as fantásticas visões do subconsciente. Na música, o expressionismo começou como um exagero, em que os compositores passam a despejar em suas obras toda a carga de suas emoções mais profundas. A música expressionista é de estilo atonal, caracterizada por harmonias extremamente dissonantes, melodias frenéticas, contrastes violentos e explosivos, com os instrumentos tocando em seus registros extremos. Compositores: Arnould Schoemberg, Alban Berg e Anton Webern, conhecidos como a Segunda Escola de Viena.

Dodecafonismo ou Serialismo: Tendo abandonado o sistema maior-menor em favor da música atonal, Schoemberg chegou a conclusão de que era necessário formular outro princípio para substituir o da tonalidade. A solução encontrada foi o que chamamos de Serialismo ou Dodecafonismo. Na composição dodecafônica, o compositor ordena, inicialmente, todas as notas da escala cromática, segundo uma ordem de sua própria escolha. Forma, então, uma sequência de notas, a série fundamental em que vai se basear toda a composição. Todas as 12 notas tem igual importância. Nenhuma deve aparecer fora de sua vez, embora qualquer nota da série possa ser repetida ou usada em qualquer oitava.

Música Concreta: No final da década de 40, o compositor francês Pierre Schaeffer começou a fazer experências com o que chamou de Musique Concréte - música composta de forma ‘concreta’ diretamente sobre fitas magnéticas, sem a abstração da simbologia musical. Os sons por ele registrados eram naturais, como o de uma porta batendo, uma rolha saltando de uma garrafa, etc. A composição resultante é uma montagem de sons armazenados em uma fita, que pode ser tocada à vontade, dispensando a figura do intérprete.

Música Aleatória: É baseada na imprevisibilidade tanto no processo de composição como na execução. Em algumas peças nem mesmo as notas são fornecidas, apenas uma série de símbolos para serem livremente interpretados. Tanto John Cage como Stockhausen fizeram amplo uso de processos aleatórios em suas composições.

Alguns Compositores do Século XX:
C. Debussy 1862 - 1918
Schoenberg 1874 - 1951
M.Ravel 1875 - 1937
B. Bartók 1881 - 1945
A. Berg 1885 - 1945
H. Villa- Lobos 1887 - 1959


 

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Leonardo Ferreira Nascimento
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