Foi durante o século XVII que o sistema de modos, usados na música medieval e renascentista acabou de ruir de vez. Os compositores foram se acostumanto a usar apenas dois modos, o jonio e o eólio, que passaram a ser chamados de modos maiores e menores.

Orfeu, do compositor Montiverdi (1567-1643) escrita no ano de 1607 é a primeira grande ópera. Ópera é uma peça teatral em que os papéis são cantados ao invés de falados. A ópera de Montiverdi possuia uma orquestra formada de 40 instrumentos variados, inclusive com violinos, que começavam a tomar lugar das violas.

Alessandro Scarlatti (1660-1725) foi o mais popular compositor italiano de óperas. Suas óperas se iniciam com uma música de abertura dividida em três partes: rápida-lenta-rápida. Esta forma tornou-se conhecida como Abertura Italiana ( as vezes chamada de ‘sinfonia’).

Na França os principais compositores de óperas foram Lully ( 1632-1687) e Rameau ( 1683-1764) . Suas óperas iniciavam com uma música de abertura chamada Abertura Francesa: um início magestoso e lento e uma parte rápida.

As Cantatas são oratórios em miniaturas e eram apresentados nas missas.

Durante o período barroco, a música instrumental passou a ter importância igual à da música vocal. A orquestra passou a tomar forma. No início a palavra ‘orquestra’ era usada para designar um conjunto formado ao acaso, com os instrumentos disponíveis no momento. Mas no século XVII, o aperfeiçoamento dos instrumentos de cordas, principalmente os violinos, fez com que a seção de cordas se tornasse uma unidade independente. Os violinos passaram a ser o centro da orquestra, ao qual os compositores acrescentavam outros instrumentos: flautas, fagotes, trompas, trompetes e tímpanos.

Um traço constante nas orquestras barrocas, porém, era a presença do cravo ou órgão como contínuo, fazendo o baixo e preenchendo a harmonia. Novas formas de composição foram criadas, como a fuga, a sonata, a suíte e o concerto.

A Fuga é uma peça polifônica baseada na imitação. Geralmente é escrita para três ou quatro linhas melódicas que são chamadas de vozes. Toda a peça se baseia em uma melodia curta, o tema. Este aparece a primeira vez em uma voz. Depois é imitado pelas outras vozes. A palavra ‘fuga’dá a idéia de vozes escapando ou se perseguindo. Bach (1685-1750) compôs magníficas fugas para órgão, uma coleção de 48 prelúdios e fugas conhecido como O Cravo bem Temperado e a Arte da Fuga.

A Suíte é um grupo de peças, geralmente danças, escritas para um ou mais instrumentos. Muitas suítes foram escritas para o cravo e o esquema acabou abrangendo uma série de quatro danças: Allemande, Courante, Sarabanda e Giga. As vezes o compositor acrescentava outras danças como o Minueto, a Boureé e a Gavota . Bach escreveu várias suites para o cravo: Suites Francesas, Suítes Inglesas e Partitas.

A Sonata Barroca é uma peça escrita geralmente para um pequeno grupo de instrumentos ( dois violinos e um cravo, uma flauta ou violino e cravo, etc.). Tinha na maioria das vezes quatro movimentos contrastantes: lento-rápido-lento-rápido. Os principais compositores de sonatas foram Purcel, Corelli, Couperin, Bach e Haendel. Um tipo de sonata diferente são as sonatas do cravista e compositor italiano Domenico Scarlatti (1685-1757), filho de Alessandro Scarlatti. Suas 550 sonatas compostas para o cravo possuem apenas um movimento, onde não faltam trinados, notas repetidas e passagens traiçoeiras com saltos e cruzamentos de mãos, onde ele podia exibir toda a sua técnica ao instrumento.

O Concerto Grosso é um gênero de composição inspirado pelos policorais de Giovanni Gabrieli, compositor renascentista. No concerto grosso, um pequeno de instrumentos solistas se confrontam com uma orquestra de cordas e contínuo. Bach escreveu vários concertos grossos, conhecidos como Concertos de Brandenburgo.

O Concerto Solo é derivado do concerto grosso. No concerto solo, um único instrumento solista ( violino, flauta, etc.) toca contra toda a orquestra. Quase sempre estes concertos eram escritos em três movimentos: rápido-lento-rápido. O compositor Antonio Vivaldi (1678-1741) escreveu cerca de 500 concertos, sendo, sem dúvida, os mais famosos, seus quatro concertos para violinos conhecidos como As Quatro Estações.