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Stranger Music Hall
Número 11 - 11/11/2001 Por Stranger

 

Is It Wicked Not To Care?

E aí galera???? Sentiram saudades??? Pois é, demorei para escrever pois estava sem saco. Deve ser muito ruim ser jornalista profissional, com prazos para cumprir. Legal é escreve quando te dá vontade.

Claro que a coluna dessa semana vai se tratar do meu primeiro festival indie da história, o Free Jazz. Divirtam-se.

Como acontece todo ano, os ingressos para as atrações principais do Free Jazz sumiram rapidamente, sem deixar vestígios. Eu nunca havia ido a um Free Jazz e logo no estacionamento já senti a organização da coisa. Todos que estacionavam por ali (R$ 12,00) tinham direito a uma van que levava do estacionamento até a porta do local do evento (uns 300 metros) e vice-versa. O engraçado é que essa van levava desde tios de terno e gravata para os shows de jazz quanto os clubbers que se dirigiam para os shows de música eletrônica. Claro que na van rolava aquela música tema do festival.

Após passar pela primeira revista, chegávamos ao Village, um tipo de praça onde rolava um som ao vivo e havia uns barzinhos. Como o acesso ao Village era gratuito, o lugar ficava bem cheio de noite, com cara de balada. Ao redor do Village estavam os 3 palcos, Main Stage, Cream e o palco reservado ao Jazz que eu não lembro o nome.

Sexta - 26/10/01

Fazia um pouco de frio nesse dia e eu toscão fui de camiseta e shorts para o show. Pior, dentro do Main Stage havia um ar-condicionado sem noção. Como cheguei relativamente cedo (9:30 sendo que o primeiro show começava as 10), peguei um lugar bem pertinho do palco.

Grande parte da galera que estava no show foi definida por uma das minhas amigas como indie pressão, ou seja, pessoas que nem gostam muito da música indie mas cultivam suas costeletas e se vestem como indies por pura pressão. Tinham também pessoas bem arrumadas e pessoas que deviam estar completamente perdidas no local.

Vou comentar separadamente o que achei de cada um dos shows.

Grandaddy
Eu fui para o show do Grandaddy esperando um som sonolento, calmo, já que tinha ouvido duas músicas apenas da banda e as duas eram assim. Logo na primeira música, eles mostraram que não era bem assim. Sumer Here Kids começa com uns barulhinhos estranhos eletrônicos e depois entra um som pesado de guitarra, bem legal. A banda lembra muito o Pavement, só que com um vocal mais melado e mais sons eletrônicos.

Na minha modesta opinião, foi o melhor show do Free Jazz que eu vi. O show foi bem curtinho, com 50 minutos mais ou menos. Mesmo assim, eles conseguiram empolgar a pequena galera que já tinha chegado. Recomendo, para quem não conhece, baixar a música que eu citei acima, mais AM 180, que o vocalista definiu como uma canção feliz, e a belíssima The Crystal Lake, que fechou o não menos belo show.

Sigur Rós
Se o show do Grandaddy foi o melhor, o do Sigur Rós foi um dos piores, não só do Free Jazz, como dos que eu vi em toda a minha vida. Eu acho o som deles bem interessante, lembrando a fase estranha do Radiohead, só que cantada em islandês. Só que não funciona ao vivo. As músicas são muito longas e repetitivas. Em pouco mais de uma hora de show, eles não tocaram mais do que 6 músicas. Chegou um momento que eu estava tão de saco cheio que resolvi sentar na pista, junto com uma galera que estava tão de saco cheio quanto eu. Repito, o som deles é interessante, legal de se ouvir quando se está para dormir, quando estamos refletindo, regando as plantas, deitado na rede na praia. Para um show, não funciona.

Belle & Sebastian
Sem dúvida, o Belle me surpreendeu. Pelo tipo de música que eles fazem, eu esperava um show calmo, assim como esperava o do Grandaddy. Só que da primeira música até a última a galera pulou que nem louca. Tomei mais porrada que no show do Bad Religion (exagero, vai).

Além disso, a banda criou um clima bem legal com a galera. Logo de cara eles puxaram uma menina do meio da platéia, deram um papel com a letra da música e colocaram ela pra cantar (eu sei que tem erro pronominal nessa frase). Nos intervalos das músicas, o vocalista tentava arranhar um português baseado em um livrinho para turistas que ele tinha levado ao palco. E claro que a galera ia a loucura quando ele dizia frases em português do tipo "Tem preservativo??? Então não podemos."

O show foi bem, bem legal. A banda parecia realmente empolgada. Tinham músicas com arranjos extremamente sofisticados, com até 11 pessoas tocando juntas. Rolaram todos os clássicos (pelo menos as que eu considero), desde a nova Jonathan David, passando pela animada The Wrong Girl e a maravilhosa The Boy With The Arab Strap. Como surpresas, eles mandaram duas músicas em português, "Baby" do Caetano Veloso e "Ela é minha menina" do Jorge Bem Jor (acho que são esses os nomes das músicas).

Eu ouvi muita gente reclamando do som, que o som estava baixo, que se não se conhecesse as músicas não se identificava. Eu não tenho reclamações quanto a isso, estava do lado do palco e entendi tudo clara e nitidamente.

Resumindo tudo de uma maneira bem resumida, foi uma noite indie legal, com músicas legais, num lugar legal com pessoas legais.

Domingo - 28/10/01

Antes de eu escrever sobre minha noite de música eletrônica, é importante que eu diga que eu não entendo quase nada desse estilo de música. Eu mal consigo diferenciar House de Drum n´ Bass, seria muita pretensão opinar se os DJs se saíram bem ou não. Por essa razão eu vou comentar só o que eu achei do show do Fatboy Slim, que era o único Dj que eu conhecia o repertório.

Eu encarei esse dia de Free Jazz como uma balada e fui vestido como vou para as baladas techno. A tenda Cream era bem grande, e tinha uma grande sacada dos organizadores, a presença de duas arquibancadas, uma em cada lado da tenda. A idéia foi boa pois seria quase impossível agüentar 8 horas de technera sem dar uma descansada.

O som da tenda era ensurdecedor, tanto é que eu passei o dia seguinte ao show surdo de um ouvido (é verídico isso, a pior parte foi falar com meu chefe).

Fatboy Slim
Por volta de 5:30 da manhã o cara assumiu o comando das Pick ups. Nessa hora, eu já estava um pouco de saco cheio daquela batida eletrônica, afinal estava lá desde às 11:30 da noite. Mesmo assim, estava ansioso para ouvir clássicos como Rockafeller Skank e Right Here, Right Now. Só que para a minha grande surpresa, o repertório do show praticamente não teve nada das músicas do Fatboy. Para muitos isso foi óbvio, já que não era propriamente um show e sim uma discotecagem, só que para mim foi extremamente decepcionante. Esperei 6 horas por um DJ que tocou basicamente as mesmas coisas que os que vieram antes dele.

Quando deu 6:30 da manhã eu resolvi ir embora. Tinha ido sozinho e já estava cansado e um pouco surdo. Li depois que o encerramento do show foi por volta das 7 da manhã com uma música do Gorillaz, 99-2000. Que pena, eu acho o cd do Gorillaz maravilhoso, deve ter sido legal.

Mal acabou o Free Jazz desse ano e já começaram as especulações para o festival do ano que vem. A primeira delas é que a Free não vai mais patrocinar o evento em função das leis anti-tabagistas que estão para serem aprovadas. Mesmo assim, o evento não vai acabar, apenas será patrocinada por outra empresa (qual será?).

A segunda é que ano que vem o festival vai ser realizado em um lugar maior, para que possam trazer nomes como Radiohead e Björk. Convenhamos que essa é uma atitude sensata, já que 4000 ingressos acabam em dois dias no máximo.

É isso aí galera, espero que vocês tenham gostado dessa minha coluninha de hoje. Sugestões, críticas, etc, o e-mail de sempre: [email protected]
Um abraço.

Rodrigo Stranger

 

RESPOSTAS DO DESAFIO

Adorei a popularidade do meu desafio, chegaram 3 respostas ao todo. E a vencedora foi a Fernanda, vulgo Joselina ou Isaura, enfim, a mina da ZL. Ela acertou todas as respostas. Obrigado especial à Mônica e à Camila por responderem o desafio também.
Aí vão as respostas.

1) Hank, Sheila, Eric, Presto, Bobby, Diana
2) Década Perdida
3) Itália (1982) e Argentina (1986)
4) Meu nascimento
5) Superfantástico e Ursinho Pimpão. (claro que existem outras músicas).
6) Branco, Preto e Malhadinho
7) Thriller, do Michael Jackson
8) Eu quando perguntei pensei na Tubaína, mas aceitei quem respondeu Baré.
9) The Cure, Echo & The Bunnymen, o Depeche esteve nos anos 90.
10) Le Cheval.
11) Os Vagabundos Trapalhões; Os Saltimbancos Trapalhões e Os Trapalhões na Serra Pelada. (tinham muitos outros também).
12) Playmobil.

A Fê por ter acertado tudo ganhou um cdzinho caseiro com músicas clássicas dos anos 80.

ENQUETE

Bom, como eu percebi que desafios não são tão populares, resolvi fazer uma enquete valendo prêmio.
A pergunta é a seguinte:
Qual é a melhor música de trilha sonora para um momento romântico? (vulgo dar uns catos)

Tomo mundo que responder concorre a um cd com músicas românticas citadas pelos leitores. Para responder, enviem mensagens para [email protected]
Por hoje é só.


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