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Falem! Alguns de vocês devem ter percebido que o número dessa coluna é, de certa forma, até um pouco ingrato, o 24, que muitas vezes é associado ao veado (aquele animalzinho saltitante que vive por aí nas florestas...). Essa associação veio do jogo do bicho, em que são relacionados 25 animais com seus respectivos números. O veado ficou com o 24 e, como esse é um animal muito "delicado" e relacionado com o homossexualismo, o estigma ficou e toda vez que se vê o número 24 logo se pensa em alguma "boiolice" (nem todos pensam, claro, mas aqueles que têm alguma propensão oculta - oculta no bom sentido, claro - ou são "supersticiosos", sim). Para os que não conhecem a relação dos 25 animais jogo do bicho, aí vai: (aliás, esse jogo é ilegal e aqui não recomendo a vocês a prática dele. Mas, como tudo neste país totalmente sério, não deve ser difícil burlar a lei... deve ser?? Que eu estou dizendo? Ora, estamos no Brasil, então certamente não é difícil. Mas cuidado que dá cadeia... ah sim... claro.) 1 = Avestruz; 2 = Águia; 3 = Burro; 4 = Borboleta; 5 = Cachorro; 6 = Cabra; 7 = Carneiro; 8 = Camelo; 9 = Cobra; 10 = Coelho; 11 = Cavalo; 12 = Elefante; 13 = Galo; 14 = Gato; 15 = Jacaré; 16 = Leão; 17 = Macaco; 18 = Porco; 19 = Pavão; 20 = Peru; 21 = Touro; 22 = Tigre; 23 = Urso; 24 = Veado; 25 = Vaca A ordem é "aproximadamente" alfabética, mas poderia ser uma outra qualquer. E se o veado estivesse em algum outro número, teríamos outra marca para os gays. Aliás, é só aqui no nosso país que temos essa associação do 24. Para os suecos, mexicanos, japoneses ou argentinos etc. não há essa distinção de número para os "veados" (não porque todos sejam gays, - com exceção dos argentinos, talvez... hehe - mas por não existir o jogo do bicho nesses países). Bom... Mas o tema dessa coluna não é o homossexualismo (é melhor parar porque uma facção da Laranja's Homepage pode se sentir mais uma vez discriminada também por homossexualismo como já aconteceu há pouco tempo atrás com outro assunto dessa mesma bagaceira que foi mal interpretado), ou melhor, essa coluna não tem tema, mas eu pretendia falar das superstições que existem por aí. Realmente, assim como superstições associativas como a que eu falei acima, afinal, uma pessoa que crê que um número pode fazer uma pessoa homossexual ou não devia ir fazer análise. Existem vários outros tipos de superstições como a numerologia, que inclusive já mudou nome de alguns artistas, como Jorge Ben que virou Jorge Benjor e a Núbia de Oliveira que virou Núbia Olivé - nesses casos, se a pessoa passa a fazer mais sucesso, na minha opinião, não é por que mudou o nome e sim por que ganhou uma certa dose de autoconfiança. Aliás, acho que esse é o ponto fundamental da superstição, a pessoa crê que a aquilo que ela faz, seja um ritual seja um amuleto que ela carregue, lhe traz sorte, a pessoa se sente bem e faz tudo com confiança. Em um dicionário que eu consultei aqui (do JT) a definição de superstição é a seguinte: "Sentimento de veneração religiosa baseado no temor ou na ignorância, e que leva ao receio de coisas fantásticas, ao cumprimento de supostos deveres e à confiança em coisas vãs ou ineficazes; presságio infundado; crendice; preconceito; excessiva credulidade; fanatismo" Acredito que essa definição fale por si só e complemente o que eu falei a respeito. Ela mostra as conseqüências da superstição excessiva (isso é pleonasmo, não?) e nesse caso, a autoconfiança vai por água abaixo e é criada uma relação de dependência que não é nada benéfica. Eu não recomendaria que vocês ficassem por aí com cristais, trevos, ferraduras etc. Isso não tem o menor fundamento (por enquanto ainda não foi provado nada) porque, na minha opinião, é perda de tempo. O que se gasta tanto em tempo como em energia ou até mesmo dinheiro para se alimentar essas crendices poderia muito bem ser convertido em algo mais útil para a própria pessoa e para a sociedade. E tem outra coisa que, sinceramente, acho muita perda de tempo, as simpatias. Como alguns procedimentos sem sentido, como colocar uma garrafa com geleia de groselha misturada com galhos de arruda numa encruzilhada podem resolver problemas? Ou mesmo aquelas mais aceitas como pular ondas na virada de ano ou comer uvas. Nunca houve (talvez nem haverá) uma explicação com um mínimo de bom senso que nos mostre que isso realmente traga resultados. Mas quem quiser ter suas crenças fique a vontade para tê-las, acredito que não vá ser minha humilde opinião que vá afetar isso. Bom, pra finalizar essa coluna, vou colocar um teste que achei na página do Casseta & Planeta com o qual vocês podem se divertir. Eu dei uma adaptada e me baseei em outros que achei por aí pela net. Ele se relaciona com o que falei no início da coluna, portanto, testem se vocês são gays ou se aquele seu vizinho que anda rebolando é, com o Teste da Farinha Virtual. (esse teste pode não ter muito fundamento também, mas pelo menos é divertido... aproveitem para dar umas risadas - é dar risadas, hein? Não vão entender errado! Hehehe) Cada item que você assinalar como uma das coisas que você costuma fazer tem uma pontuação, vá somando os pontos e veja o se você é gay ou não no fim do teste... (2) Usa robe de cetim CLASSIFICAÇÃO: zero ponto: até 5 pontos: de 6 a 8 pontos: de 9 a 10 pontos: de 10 a 12 pontos: de 13 a 15 pontos: de 15 a 20 pontos: acima de 20 pontos: Esse aí era o teste. Espero que vocês tenham achado engraçado. Quem gostou e não se sente com a masculinidade afetada, assim como eu, ótimo. Quem enfim percebeu que é gay, resta um conselho: aproveita pra soltar toda sua boiolagem que você ganha mais (em todos os sentidos, santa!). E antes de terminar, gostaria de deixar meus parabéns aos meus dois amigos Fernando Aguiar (Bledsoe) e ao Rodrigo Kosbiau (vulgo Kosbi) por terem passado no vestibular da Fuvest e por poderem ingressar na USP. Qualquer dúvida, sugestão, crítica etc. mande um e-mail para [email protected]. |