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Mural dos Laranjas

Bagaceira
Número 18 - 17/11/99 Por Fozzie

 

Falem! Depois de duas semanas sem escrever até me sinto um pouco enferrujado. Mas mesmo assim vou tentar. Antes, só uma pequena observação: para mim, não é problema nenhum escrever as bagaceiras pares, pois diferentemente de alguns outros colunistas dessa página eu não terei minha masculinidade afetada ao escrever a coluna de número 24... E se por insegurança ou qualquer outro motivo o Krusty não quer escrevê-la, eu o respeito...

Eu gostaria de tratar aqui de vários assuntos, incluindo algo do que já foi mencionado na coluna 17. Infelizmente, não domino como gostaria assuntos políticos. Eu queria ter a facilidade para chegar aqui poder escrever naturalmente sobre isso. Mas podem sair algumas besteiras. Porém, vou arriscar.

Concordo com o Krusty, "o revoltado", e também acho um problema gravíssimo o sucateamento das instituições públicas de ensino. É até meio paradoxal que o Brasil esteja querendo se desenvolver, mas deixando uma universidade subdesenvolvida. Na cabeça de muitas das pessoas que estão no poder, é mais fácil adquirir conhecimento científico e desenvolvimento tecnológico no exterior. Eles devem achar que não temos condições de competir ou mesmo reproduzir alta tecnologia. Sem investimento, realmente fica difícil. Seria mais econômico então importar a tecnologia ao invés de produzi-la? Eu, no fundo de minhas convicções, acho que não é.

Podemos fazer uma consideração importante, baseada na obra de David Ricardo (lembram-se dele?? Olha o vestibular, hein? hehe), no seu "teorema dos custos comparativos": Portugal pode produzir a unidade de vinho em 80 horas e a de tecido em 90, enquanto a Inglaterra produziria a primeira em 120 e a segunda em 100. Se cada pais fabricar uma unidade de cada produto, o dispêndio global de horas seria de 390 horas. Se entretanto a Inglaterra se especializasse em tecidos e Portugal em vinho, para a mesma produção seriam consumidas 360 horas, com um ganho de 30 horas".

Agora, poderíamos fazer algumas trocas no parágrafo anterior: substituímos "Inglaterra" por "Estado unidos" e "Portugal" por "Brasil". Mas não é só isso. Para deixar a situação mais real, podemos trocar "tecido" por "ciência e tecnologia" e "vinho" por "suco de laranja". Ficou certo agora? Creio que sim. Uma coisa é óbvia e acho que todos sabem: os ingleses se adaptariam a uma vida sem vinho, mas provavelmente, os portugueses passariam frio sem o tecido. Bom... vou deixar isso em aberto... pensem vocês...

Observação/ Curiosidade da Semana*

Os números , e, i e outros irracionais - parte 1*

Vocês já devem conhecer o número (pi, para quem não conhece). Mas "quanto vale o pi?" perguntariam vocês e meu ex-professor de Geometria, Anchieta. Eu respondo, ele vale é 3,14... Ele não é um número natural, ele não é racional. Mas ele é um número real irracional!.

Alguns de vocês podem não ter entendido patavina do que falei no parágrafo anterior (outros perceberam que eu apenas parafraseei a musiquinha do pi que o citado professor "criou").

Os números naturais são aqueles mais familiares a nós: 0, 1, 2, 3, 4... Além deles existem os inteiros, conjunto que inclui os números negativos -1, -2, -3 etc. Outro conjunto de números que existe são os racionais, que contém os conjuntos anteriores e os números que podem ser obtidos por uma razão, uma divisão de dois inteiros (exemplos: 5/2 = 2,5; 1/3 = 0,33333...). Mas existe um conjunto de números que inclui todos esses números citados e também um outro tipo de números (os irracionais): o conjunto dos Reais.**

Um número irracional, em palavras meio grosseiras, é aquele cujas casas decimais não podem ser exprimidas de um modo previsível e não existe um limite para o fim delas.

Então, o pode ser escrito com mais casas decimais: = 3,1415926535898

Mas e o que é o pi? Esse número é obtido dividindo-se o comprimento de uma circunferência pelo seu diâmetro, daí surge a relação: C = 2. . R (C é o comprimento da circunferência e o raio R é metade do diâmetro). Esse número pi também tem outras aplicações, principalmente na trigonometria. Ele é o número mais importante da matemática.

Esse número "mágico" aparece em tudo que se relaciona a circunferência, círculo e esfera. Sabe-se que a área do círculo é A = . R² e o volume da esfera é V = 4/3 R³. Arquimedes, o maior matemático, físico e inventor do mundo antigo, estudou vários problemas relacionados a essas figuras geométricas. Dentre várias coisas que fez, uma delas foi provar que a área de uma circunferência é igual a área de um triângulo de base igual ao comprimento da circunferência e altura igual ao raio R (veja figura)

Figura - Baga 18

A área de um triângulo é o produto da base pela altura dividio por dois e nesse caso é a área do círculo.

E para quê eu estou falando isso? Não sei... Talvez como diria uma professora de História que tive "cultura geral... se não, oh! Sorvete na testa...".

Bom, seja como for, existem algumas outras relações legais com o . ("legais?", alguns perguntarão idignados, "esse cara é louco!"... talvez...)

Essa é a fórmula de Leibniz.

Outra relação legal é o produto de Wallis:

Chega! Já enchi muito vocês...

Qualquer dúvida, crítica, sugestão, etc etc etc, manda um e-mail para [email protected]. E se tiver com preguiça de manda e-mail, pode mandar uma mensagem por ICQ (se você não me tiver na lista, o meu número é 23777394)

*Notifico que isso não será periódico na minha coluna. Só estou escrevendo essa sub-seção hoje porque achei legal e também por causa de umas mensagens via ICQ que recebi do nosso amigo Davi.

** Além desses conjuntos existe o conjunto dos complexos, ou imaginários, que serão abordados futuramente (se eu tiver paciência).


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