Na verdade não há apenas um tipo de transístor, mas sim vários, com funcionamentos diferentes uns dos outros. No entanto, o transístor que tornou este nome conhecido e que é aplicado no fabrico de outros circuitos muito usados em eletrônica (circuitos integrados) é o transístor bipolar.

O aspeto exterior do transístor bipolar pode variar, pois depende da potência e da aplicação.

A forma mais vulgar é de uma pequena caixa cilíndrica metálica ou uma pequena caixa plástica paralelepipédica, com cerca de 0,5 cm e com 3 fios (terminais). Os três terminais chamam-se, respetivamente, emissor, base e coletor e não podem ser ligados arbitrariamente num circuito eletrônico.

O verdadeiro transístor está no interior da caixa e é muito pequeno. Trata-se de uma pequena

pastilha quadrada com cerca de 1 mm de lado e uma espessura muito menor. O transístor tem dimensões minúsculas e a sua constituição só pode ser vista no microscópio. Na figura vê-se o transístor de cima, muito ampliado.

Distinguem-se 3 zonas claras, que correspondem às 3 camadas que constituem o transístor. Estas 3 camadas estão sobrepostas. Se cortássemos o transístor “de alto a baixo”, encontraríamos uma estrutura do tipo da figura seguinte.

O estudo do funcionamento do transístor é complexo. Para o compreender é preciso primeiro saber o que são materiais tipo p e tipo n. Em seguida é preciso estudar o funcionamento de um conjunto constituído por uma camada tipo p unida a uma camada tipo n (a chamada junção pn). Só depois é possível entender como funciona o transístor.

Pode, no entanto, adiantar-se resumidamente que uma corrente elétrica aplicada à entrada do transístor (corrente de base) dá origem a uma corrente elétrica na saída (corrente de coletor) muito maior, por exemplo, 100 ou 200 vezes maior.

Por isso se diz que o transístor é um amplificador de corrente.