Pergunta :


Como dimensionar meus equipamentos, motores elétricos, para comprar um gerador que venha atender a toda a minha demanda de consumo.







Resposta :


As cargas eléctricas usuais são de dois tipos : resistivas (aquecedores, etc.) e indutivas (motores, etc.).


Para as cargas resistivas a potência aparente é igual à potência ativa.


Para as cargas indutivas existe a relação P = U I cos φ. O cos φ é o fator de potência. Vem indicado nas chapas de caraterísticas dos motores. O valor deste varia com as máquinas, mas é cerca de 0,7 ou 0,8 para muitas delas. Este fato tem como consequência que é preciso ter uma potência aparente disponível com um valor superior ao valor numérico da potência ativa P.


Por exemplo, se um motor tiver 10 kW e um cos φ1 = 0,8, a potência aparente S1 = P1 / cos φ1 = 10 / 0,8 = 12,5 kVA.

Se tiver outro motor com P2 = 15 kW e cos φ2 = 0,7, a potência aparente é S2 = 15 / 0,7 = 21,4 kVA.

A potência ativa consumida pelos dois é P = P1 + P2 = 10 + 15 = 25 kW, mas a potência aparente NÃO é a soma das duas potências aparentes. Para determiná-la é preciso primeiro calcular as potências reativas Q1 e Q2 dos dois motores. Q1 = S1 sen φ1 = 12,5 x 0,6 = 7,5 kVAr e Q2 = S2 sen φ2 = 21,4 x 0,71 = 15,3 kVAr. A potência reativa total será Q = Q1 + Q2 = 7,5 + 15,3 = 22,8 kVAr. Agora já é possível calcular a potência aparente total


Se houver cargas resistivas, o seu valor é somado apenas à potência ativa. A sua potência reativa é zero.


Em resumo, primeiro calcula-se a potência ativa total, a seguir calcula-se a potência reativa total e, por fim, calcula-se a potência aparente total.


Estes cálculos são uma aplicação do chamado Teorema de Boucherot e a sua razão de ser tem a ver com as caraterísticas de funcionamento dos aparelhos em corrente alternada, em que surgem desfasagens entre as correntes e as tensões, o que não acontece em corrente contínua.





 

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