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Pergunta : Por favor, gostaria que me informasse, se possível, como se fazem placas de circuitos impressos. Resposta : Existem vários processos de fazer circuitos impressos mas o objectivo de todos é a montagem rígida dos componentes electrónicos e ao mesmo tempo garantir a ligação eléctrica entre algumas partes e o isolamento entre outras. Vejamos um processo artesanal. Como base é usada uma placa fina de material isolante coberta de um lado (ou dos dois, para circuitos mais complexos) por uma fina camada de cobre. É preciso preparar previamente um desenho com a distribuição prevista dos componentes, com base nas suas dimensões e nas distâncias entre terminais (Não esquecer espaço para os furos destinados a eventuais parafusos de fixação da placa). Em seguida desenham-se as linhas (pistas) por onde passará a corrente eléctrica e que ligam os terminais dos componentes. Este desenho deverá ser passado para a placa de cobre. A primeira operação (depois de limpar a placa) é assinalar os lugares dos furos onde os componentes serão montados. Em seguida pode desenhar a lápis as pistas. As operações seguintes têm como finalidade tapar as partes de cobre que devem ficar (as pistas e as anilhas em torno dos furos) e retirar o restante cobre. Para proteger as pistas de cobre usa-se uma caneta das utilizadas para escrever em acetatos (caneta de tinta indelével, tamanho M = médio) com a qual se deve desenhar o circuito no cobre com cerca de 1 mm. Em seguida mergulha-se a placa numa tina de plástico com uma solução de percloreto de ferro que irá reagir com o cobre, retirando-o da placa (onde não estiver pintada). O tempo depende da concentração do percloreto. São alguns minutos e poderá ir inspeccionando a placa agitando-a (convém uma pega de madeira ou plástico para não tocar com as mãos na placa). Se o tempo for excessivo, mesmo a parte do cobre protegida pela tinta será corroída e a placa ficará inutilizada. Terminada esta fase, lava-se a placa, fazem-se os furos, por exemplo, com um mini-berbequim, montam-se os componentes (do lado sem cobre), soldam-se os terminais e os condutores de ligação ao exterior com um ferro de soldar a estanho, cortam-se os fios em excesso e está pronta a placa. Todos os componentes são de fácil aquisição numa loja de componentes electrónicos. O berbequim poderá ainda ser adquirido numa drogaria assim como o alicate de corte ou num supermercado. As canetas também se vendem nalgumas papelarias. Existem outros processos mais práticos e mais perfeitos de fabricar circuitos impressos para quem pretende fazer muitas placas ou com melhor acabamento. Por exemplo, é possível usar um processo fotográfico que permite a cópia directa do desenho do circuito para a placa. Os desenhos com as pistas vêm em revistas ou são desenhados pelo próprio. Pode também socorrer-se do uso de um computador na preparação dos traçados. As figuras seguintes dão uma ideia de como poderia ficar o circuito impresso correspondente à primeira figura. As referências na placa servem apenas para facilitar a localização dos componentes e é preciso não esquecer que são condutoras, se forem feitas com o cobre da placa.
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