Ecologia Holística da Terra Viva
Maurício da Silva1

 

NOTA DO AUTOR.

A Terra é um planeta vivo do cosmo. Ela nasce, cresce, envelhece e morre, possuindo um ciclo vital semelhante ao nosso. Ela vive como todos nós e os demais seres vivos, possui um corpo físico tangível, um corpo vital, órgãos, sistemas, respira, alimenta, adoece, etc. Ela possui inteligência, agradece as atitudes de interferências positivas à natureza e repudia, rechaça as interferências negativas, revida as agressões violentas que o homemóide lhe impõe, com reações proporcionais à intensidade de agravo destas.

A Terra é uma célula viva do cosmos, por isso ela gera, sustenta e desenvolve a vida de todos os seres vivos. Ela possui um princípio, um meio e um fim, que foram previamente calculados, arquitetados e dirigidos pela inteligência divina, para servirem aos propósitos da vida existencial. Portanto, ela não surgiu a esmo do acaso, como apregoam os homemóides antiecológicos do antropocentrismo materialista.

A Terra é um planeta vivo do cosmo, que possui quase de tudo para seus filhos; importando apenas a energia solar, para transforma-la nos seres vivos e brutos, ao longo da trajetória de elaboração da Teia da vida da biomassa.

A Terra viva, Gaia, é um departamento de educação do cosmos. As essências dos seres vivos e os elementais dos quatro elementos que vem para cá para se educarem, ao longo dos seus processos de evolução-involução e revolução.

A viva Terra é apenas um elemento do conjunto de mundos mesocósmicos, que está a serviço da vida através da mecânica holística. Pela mecânica holística da Terra viva, os fenômenos naturais acontecem de maneira simultânea, harmônica e interdependentemente. Viva a vida da Terra Viva! Ela é holística!

A Terra tem sido agredida, degradada e violentada absurdamente pelo homemóide antiecológico do antropocentrismo filosófico, que poluiu o ar, a água, o solo e a alma. Por isso, ela está doente, está febril e pode morrer a qualquer momento, se não conseguirmos reverter esta marcha nefasta de destruição, imposta pelo homemóide antiecológico.

A paz da Terra está em nossas mãos. Chega de agressão e de violência nas escolas, no campo, na cidade, na sociedade e na ecologia. Nossa Mãe já não agüenta mais! Vem, vamos nos mobilizar articuladamente, para salvar a vida da Mãe Terra! Vamos formar o exército ecológico, para lutarmos pela paz na Terra! Não seja conivente com a violência que ai está, estude, reflita, pratique o conteúdo deste livro, que foi escrito para você, avante, lute conosco, para juntos ajudarmos erradicar a violência e construir a paz na Terra!

Vamos formar cidadãos holísticos que busquem novas formas mais modernas de governar as cidades, os estados e os países do mundo, pondo fim ao tão cacarejado neoliberalismo glabalizante. O mundo precisa de governantes que priorizem as questões sociais e ecológicas, para que possamos preservar a Terra viva.

Precisamos formar cidadãos holísticos que compreenda que os benefícios advindos da globalização, do fruto do trabalho, devem ser aproveitados por todos e não como um fator gerador de pobreza, de miséria, de violência e de destruição da raça humana, da maneira como quer o homemóide antiecológico do antropocentrismo.

Precisamos formar uma geração de governantes holísticos que entendam que todos os povos de todos os países possuem direito e acesso às inovações tecnológicas e adotem mecanismos de cooperação para erradicar a miséria, a fome, a violência, o desemprego, promovendo uma educação transformativa, maior coesão social e igualdade de direito, maior respeito aos direitos humanos e de oportunidade de segurança paz para todos.

1. PARADIGMA DA NOVA CONCEPÇÃO DE MUNDO.

Como professor de física tenho lido, refletido e ensinado aos meus alunos acerca da revolução que vem lentamente ocorrendo através das novas concepções da física; que vem mudando profundamente nossas visões de vida e do universo; passando da visão superficial de vida efêmera no mundo mecanicista de Descartes e de Newton para uma visão cosmológica de Einstein, de Huberto Rhoden e do Dr. Samael Aun Weor, muito mais profunda, holística e ecológica.

As mudanças de paradigmas, para Kuhn, ocorrem sob a forma de rupturas descontínuas e revolucionárias e representam uma transformação cultural. As mudanças de paradigmas ocorrem em todas áreas do conhecimento humano: nas ciências, na cultura, nos esportes, etc, e refletem em toda sociedade.

Um paradigma tem seu ponto de partida e de chegada e, quando vai chegando ao fim é porque vai sendo substituído por outro, após haver predominado por muito tempo. O paradigma cartesiano, que na física é newtoniano já vai se indo, após haver dominado a nossa cultura centenas de anos, aonde moldou a sociedade ocidental, influenciou o mundo inteiro. Esse paradigma é calcado no antropocentrismo centrífugo, que concebe o universo como sendo um sistema casual, automático, composto de sistemas fragmentados. Ele visualiza o micro, o meso e o macro-cosmo, como sendo máquinas, totalmente destituídos de qualquer princípio organizativo inteligente. A vida em sociedade é concebida como sendo uma luta competitiva pela existência e a crença no progresso material é ilimitado. Deve ser obtido por intermédio de um crescimento econômico, feito a custo do sacrifício dos desvalidos, em decorrência do mais valia.

O novo paradigma, que já vai substituindo gradativamente os princípios antropocêntricos, de natureza econcêntrica, é denominado de concepção holística do cosmos, por conceber o universo como uma totalidade integrada, onde as unidades funcionam simultânea, interdependente e integradamente e não como um conjunto desconexo de partes dissociadas.

Na visão ecocêntrica há o reconhecimento da independência fundamental de todos os fenômenos; onde há o encaixe e a dependência dos homens nos processos cíclicos da natureza. Aí os sistemas vivos possuem conexões vitais com o meio ambiente e se sustentam reciprocamente.

A Ecologia Profunda já é um movimento popular global, que vai sendo conhecido por muita gente e está rapidamente adquirindo preponderância. Arne Naess fundou escola filosófica ecocentrista, no início dos anos 70, dando distinção entre "Ecologia Rasa", a ecologia convenciona e "Ecologia Profunda", a ecologia revolucionária. Onde fica claro que a Ecologia Convencional é muito superficial e antropocêntrica, por estar centralizada no ser humano. Para ela os seres humanos estão situados acima ou fora da natureza, como sendo a fonte de onde emergem todos os valores, tendo no meio ambiente e nos demais seres vivos apenas um valor de objeto de uso.

Na Ecologia Profunda os seres humanos não se separam das outras coisas do meio ambiente natural, sejam elas de natureza vegetal, animal ou mineral. Para ela o mundo não se constitui numa coleção de objetos isolados, mas numa rede de fenômenos cósmicos interconexos, simultâneos e interdependentes.

A ecologia profunda compreende que cada ser vivo se constitui numa pérola muito valorosa engastada no colar da Teia da Vida da Terra Viva; reconhece o valo intrínseco de cada ser vivo e vê o ser humano apenas como um fio particular desta teia da vida.

Devemos nos reeducar convenientemente, para adquirir consciência ecológica profunda, o que significa experimentar e compreender a realidade da sensação de pertinência e de interconexidade com Unidade Absoluta do universo cósmico, ser diversidade na unidade, ser uno com o todo.

As escolas devem abordar em seus currículos a Ecologia Profunda, para construir a Cultura da Paz e Não Violência na Terra: paz ambiental, escolar e social, por intermédio do combate à violência na causa. Nossas escolas devem ensinar aspectos importantes do novo paradigma ecológico, fazendo suas abordagens dentro de uma visão ecológica coerente com o holismo cósmico.

Nossa natureza tem sido dramaticamente violentada por uma sociedade homemoidal fundamentalmente antiecológica, decorrentes de nossas estruturas sócio-econômicas estarem solidificadas no neocapitalismo que engendra sistemas ideológicos dominadores, que geram explorações antiecológicas, traduzidas no patriarcado, no imperialismo, no racismo, no escravagismo.

As mudanças de paradigmas só poderão se dar por meio da revolução da consciência ecológica, com base nos três fatores de revolução da consciência. Isto ampliará nossa capacidade de registro das nossas percepções do holismo do universo, mudando nossas maneiras de pensar e sentir a natureza.

Numa sociedade capitalista como a nossa, é amedontrador para maioria das pessoas conceber mudanças de paradigma, para atingir valores centrípetos mais equilibrados; principalmente aqui no Brasil, onde levar vantagem em tudo é a lei, o que reforça a competitividade, a individualidade e egoísmo, em detrimento da solidariedade e do altruísmo; onde muitos são favorecidos, privilegiados, recebem recompensas econômicas e poderio político.

A síndrome do medo exacerbado imposta pelo ego, leva o homemóide à aquisição de poder excessivo de dominação sobre os demais. Se as estruturas políticas, militares e corporativas fossem hierarquicamente organizadas para servir ao próximo seriam toleráveis; mas, para defender a ideologia da estrutura de poder, para manutenção de privilégios à camada dominante, se constitui em algo criminoso e absurdo. Ninguém desejaria poder para si mesmo, se não possuísse o germe egóico do medo da inferioridade. Para pessoas investidas de poder, as mudanças de paradigmas, de valores trazem em seu bojo o medo existencial.

Portanto, para o exercício do poder, mais apropriado para o novo paradigma, seria o poder como influência de outros. A estrutura ideal para exercitar esse tipo de poder não é a hierarquização das funções, mas uma rede intrincada de convergência ecocêntrica, que é também, ao mesmo tempo, a metáfora central da Ecologia Profunda. A mudança de paradigma passa também por uma mudança na organização social, mudando de hierarquias para redes; indo de uma relação de poder hierárquico para uma rede dialógica.


2. NOVO RENASCIMENTO ECOLÓGICO.

O homemóide antropocêntrico, antiecológico, de natureza egocêntrica, violentou a natureza e nos colocou num beco-sem-saída e nos deixou diante de uma série de problemas globais, por intermédio de violências múltiplas que prejudicam a biosfera e a vida microcósmica, de modo alarmante e quase irreversível.

A humanidade chegou a esse nefasto estágio de descosmificação em razão do hipertrofiamento do ego, causa do paradigma que configurou a sociedade ocidental com fundamento no antropocentrismo centrífugo, induzindo as pessoas do mundo inteiro a uma cultura de devastação ambiental e social.

O paradigma centrífugo - que deu base à desconexão entre microcosmo hominal e o mesocosmo terrestreal, tirando-lhe a compreensão do holismo transcendental dos cosmos - consubstancializa-se em idéias e valores periféricos que ofuscam a percepção da realidade e a visão do holismo univérsico, para conceber o universo como sendo um sistema mecânico, automático e casual.

Assim caminhou a humanidade através dos tempos, afastando cada vez mais do centro de si mesma, concebendo o micro e o mesocosmo como sendo uma máquina desprovida de valores transcendentais. O centrífugo antropocêntrico deu ao homemóide egocêntrico uma conformação egóica, uma visão da vida em sociedade com sendo uma luta competitiva pela existência, onde o lucro é que interessa e a crença num progresso material ilimitado a ser alcançado pelo crescimento econômico emergente de uma ciência desprovida de consciência.

Gradativamente, ainda que muito lento, os valores antiquados do velho paradigma do antropocentrismo vão perdendo força e um novo paradigma do despertar da consciência ecológica vai aparecendo, trazendo uma visão holística do cosmo, que concebe o mundo como um todo integrado e não como uma reunião de partes dissociadas. Esta percepção profunda dos fenômenos ecológicos está associada a uma escola filosófica, acoplada a um movimento global que é denominado Ecologia Profunda.

As ciências ambientalistas convencionais são superficiais, centrífugas e antropocêntricas. Vêem o homem como centro do cosmos, acima ou fora da natureza, como uma fonte de onde convergem todos os valores e concebe a natureza como sendo um objeto de uso, um instrumento de satisfação de seus prazeres. Por outro lado, a Ecologia Profunda não desconecta o Homem sapiens dos outros seres vivos e dos seres bruto do ambiente natural. Isto permite a ela enxergar o universo como sendo uma teia de fenômenos cósmicos inter-relacionados, simultâneos e interdependentemente, onde todos estes seres vivos e seres brutos estão inseridos nos processos cíclicos da natureza e dependem deles.

A ecologia Profunda é uma ciência de religação do homem ao cosmos, sabendo-se que os cosmos se reduzem aos universos relativo e absoluto, onde a diversidade se entrelaça com a unicidade, para configurar a uniciência, unipresença e a unipotência em todas as coisas. Portanto, a Ecologia Profunda se faz presente em todas as ordens religiosas, com sua esplendorosa gnosiologia, seja místicos cristãos, budistas, no islamismo, na filosofia, na cosmologia, no antropologismo, etc.

A Ecologia Profunda reconhece o valor inerente da vida que gira ao redor vida humana. Pois considera que todos os seres dos reinos: mineral, vegetal e animal são membros do mesmo Oikos, do mesmo Lar Terrenal, onde toda a comunidade se interliga numa rede de interdependências. Se os homens despertassem a consciência para esta realidade fenomenológica, uma nova ética ambiental e social de valores holísticos emergiria.

Há necessidade de uma completa revolução nas ciências convencionais, recheadas de materialismo centrifuguista se colocam a serviço da morte e não da vida, uma vez que a maior parte do trabalho dos cientistas e do povo em geral não é em função de promover e de preservar a vida, mas sim destruí-la. Desta forma os físicos trabalham a serviço da criação de sistemas bélicos, criando armas e artefatos belicistas o bastante para extinguir a vida do nosso planeta. Os químicos trabalham criando substâncias que contaminam o meio ambiente e matam a vida. Os biólogos e os engenheiros do geneticismo inconsciente estão criando novos e desconhecidos microorganismos sem a devida consciência desperta para saber das conseqüências. Biólogos, médicos, psicólogos e outros cientistas torturam animais cobaias, infringindo-lhes dores, desespero e todo tipo de sofrimento, cometendo o pior dos absurdos em nome de um pseudoprogresso cientifico.


3. ÉTICA ECOLÓGICA PROFUNDA.

Os valores éticos são fundamentais para a ecologia profunda, no sentido de revolucionarem a consciência ecológica do ente social, elevando-o do senso comum, traduzido pelo velho paradigma antropocêntrico da ecologia convencional, à consciência holística do novo paradigma da Ecologia Profunda. O velho paradigma está baseado em valores antropocêntricos, isto é, é centralizado no ser humano como sendo o centro do universo, o que deu sustentação às agressões e violência à natureza, levando o mesocosmo ao caos.

Por outro lado, a Ecologia Profunda está embasada no novo paradigma de valores ecocêntricos, isto é, centralizado na Terra, traduzido numa visão de mundo que reconhece o valor inerente da vida não só humana, mas também de todos os seres vivos e não vivos. Porque todos os seres vivos e os não vivos são membros de uma mesma casa, a Terra, espalhados através das comunidades ecológicas, que estão ligadas umas às outras numa rede de interdependências, interconexidade e simultaneidade.

Quando o ser humano despertar a consciência, para o holismo do mesocosmo, terá tido acesso à percepção ecológica profunda; o respeito à mãe natureza tornar-se-á parte de sua consciência cotidiana; e dai emergirá um novo sistema ético, revolucionário transcendental.

Faz-se urgente à emergência de uma ética ecológica profunda de uma ecoética, nos dias de hoje, fundamentalmente no campo das ciências físicas, químicas e biológicas, levando em consideração que a maior parte dos cientistas fazem ciência sem consciência, atuando a serviço da morte, destruindo a vida, como os físicos que projetam armamentos para eliminar a vida do planeta, como os químicos que estão contaminando o meio ambiente com os produtos químicos antiecológicos, como os biólogos que estão criando tipos desconhecidos de microorganismos e cruzando animais sem saber prever as conseqüências destes atos, como os filósofos, os psicólogos, políticos, juristas e outros cientistas que estão impondo sofrimento aos povos, torturando e matando animais em nome da evolução social e científica.

Naess propôs a Ecologia Profunda, em 1973, se inspirando nos pensamentos ecofilosóficos de Henry Thoreau e de Aldo Leopoldo, contidos na Ética Ambiental, numa resposta a visão dominante acerca do uso dos recursos naturais. Arne denominou de Ecologia Profunda por que esta demonstra profundamente a sua distinção frente ao paradigma dominante, traduzido na Ecologia Convenciona, de configuração muito superficial. A Ecologia Profunda concebe o homem em harmonia com os seres vivos e com a natureza, enquanto que Ecologia Convencional, vê o homem como um ser que domina os outros seres vivos e a natureza.

Na Ecologia Profunda, toda natureza possui um valor intrínseco transcendental. Para o paradigma convencional o ambiente natural tem valor enquanto fonte de recursos naturais para uso dos seres humanos. Para as ciências do paradigma convencional, os seres humanos são superiores aos demais seres vivos; enquanto que para as ciências do paradigma revolucionário da Ecologia Profunda, todos os seres humanos representam apenas uma das espécies de seres vivos, em total igualdade, na Teia da Vida, com todas as outras espécies de seres vivos.

O paradigma convencional materialista concebe o crescimento econômico e material como sendo base do crescimento humano; enquanto que as metas materiais estão a serviço de objetivos transcendentais de auto-realização do ser. O paradigma convencional apregoa a crença em amplas reservas de recursos naturais. Ao passo que para o paradigma revolucionário, o planeta possui recursos limitados.

O antropocentrismo centrífugo visualiza o progresso e soluções para problemas baseados em alta tecnologia, que demandam gastos de muita energia; já o novo paradigma concebe uma tecnologia apropriada, fruto de uma ciência com consciência. Do materialismo do paradigma convencional emanou o consumismo, que engendrou os descartáveis que, por sua vez, conduz à devastação da natureza. Já para a Ecologia Profunda o homem faz uso só daquilo que é necessário, reciclando sempre os recursos não-renováveis.


4. MENSAGEM DE AMOR À MÃE NATUREZA HOLÍSTICA.

Deixo minha homenagem para esta mãe doce e bondosa, que foi bem lembrada com a maior mensagem de amor já deixada para ela. Esta mensagem foi composta com cada ato, cada olhar e cada sentimento de um homem, que soube ver na criação o reflexo do seu Criador. Para este homem tudo, que compõe a natureza, era importante, desde o mais diminuto até o maior ser, fosse animado ou inanimado; e também os quatro elementos eram importantes: terra, água, ar e fogo. Pois seus olhos cintilavam, com uma beleza da alvorada e em suas veias corriam as águas limpas dos rios. Assim como seus ouvidos entendiam a linguagem dos pássaros, sua alma se exultava com cada crepúsculo. De modos, que possam os ventos levar a ti nossa gratidão, irmão Francisco; que fora de Assis. E que toda a humanidade apreenda com o teu exemplo: respeitar e amar verdadeiramente a mãe natureza. Que aprendamos a inspirarmos, cada manhã, quando os dedos mornos da aurora tocarem a nossa face e exclamarem: Oh, irmão Sol Não dito isto por sentimentalismo, mas, por conscientização de que precisamos da mãe natureza; porque somos parte dela e, mais ainda, que a natureza e nós somos uma só coisa!(Simone Silva Santos, minha esposa).


5. CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA ECOLÓGICA.

Culturalmente o homem altera o seu modo de vida por intermédio de sua inteligência criativa, que constrói capacidades de buscar soluções para seus problemas. Então ele busca maneiras de sobreviver aqui no planeta, se agrupando sempre, por tratar-se de um animal social. Entretanto, o mal em tudo isto foi que o homem não aprendeu a desenvolver a sua consciência paralelamente ao uso das ciências. E inteligência utilizada sem consciência, quase sempre se dirige para o mal, é empregada para destruir o planeta, a serviço da morte.

Temos que preparar uma sociedade ecológica de cidadãos holísticos, que possua consciência ecológica desenvolvida e a utilize na tecnologia do bem, para adaptar o ambiente as suas necessidades, sem degradação deste, usando para isto a sua inteligência criativa, para se apossar da cultura acumulada ao longo dos milhares de anos.

O homem holístico respeita e preserva as culturas de todos os povos, porque sabe que com isto está respeitando e preservando a própria natureza. Nossa vida em grupo requer cooperação, solidariedade e compreensão. Porém, devido ao capitalismo nossa sociedade se pauta pela competição, gerando antagonismo, individualismo e competição.

Precisamos preparar o homem do futuro, revesti-lo de cidadania ecológica, para que possa zelar pelo seu destino e da sua grande causa que é o planeta Terra. Devemos educa-lo com base nos fatores de revolução da consciência holística da Psicologia Revolucionária, para que venha ter uma ética de valores elevados, de respeito aos seres vivos, à natureza, ao seu semelhante e a si mesmo.

O homemóide do antropocentrismo destruiu muitas culturas, violentou muita gente, ao modificar seus hábitos, descaracterizando e exterminando muitos grupos humanos, com ajuda dos aparelhos ideológicos de estados, religiões, escolarizações, etc. Não bastasse isto, o homemóide destruiu a sua própria morada. Agora, o futuro da humanidade está nas mãos do homem holístico e não do homemóide antropocêntrico.

Certamente, por tudo isto, o homemóide continuará pertencendo ao gênero homo, à família dos hominídeos, à ordem dos primatas, à classe dos mamíferos, ao reino animal, como antes fora. Entretanto, este mamífero intelectual não pode mais ser classificado como espécie Homo sapiens, porque sapiens denota sabedoria, conhecimento, compreensão, etc; e como pode ser sábio, um ente antiecológico que destrói os seres vivos, a sua própria morada e a si mesmo? A maioria absoluta de seres humanos já não faz jus ao qualificativo de Humano, e sim, desumano, pois são violentos, fazem guerras, provocam a miséria, a fome, a desordem, a violência generalizada, etc.

Os componentes físicos, químicos e biológicos do planeta são gerados, interagem e transformam-se coordenados pelos princípios inteligentes da natureza, por intermédio da mecânica holística. Os princípios inteligentes da natureza utilizam-se de fatores determinantes das transformações da hidrosfera, da atmosfera e da litosfera para da origem à vida existencial e posteriormente distribuí-la na natureza, para composição dos ecossistemas, adotando para isto mecanismos de adaptação, evoluções e modificações ao longo dos tempos.

A inteligência organizativa da natureza construiu condições físicas, químicas, climáticas e nutricionais, através da mecânica holística, para geração, desenvolvimento, manutenção e perpetuação da vida existencial.

A humanidade retira da natureza os recursos que necessita para a sua existência. Só, que na atualidade, vem retirando muito, e repondo pouco ou quase nada, daquilo que sem dúvida desequilibra a natureza, empobrece-na gradativamente, agonizando-a até à morte.

Devemos formar uma sociedade holística que retire do solo somente aquilo que necessita, fazendo a as devidas reposições na mesma proporção da retirada, para que haja um desenvolvimento auto-sustentado, ao bem de todos nós e das gerações futuras.

A humanidade atual chegou ao ano 2000 com uma crise existencial total, trazendo em seu bojo a miséria, a desordem, a violência e o caos. A crise que vivenciamos, oriunda das ações centrífugas do homemóide antropocêntrico antiecológico, mostra-nos que há erros profundos no paradigma antropocêntrico, que separou o homem da sua mãe natureza, tornando-o órfão e imbecil.

Por outro lado, falando em construtivismo de Piaget, à luz da mecânica pendular, a crise de valores morais e espirituais que a humanidade atravessa, representa uma oportunidade para reconhecermos nossos erros e emendarmos deles, corrigirmos o desequilíbrio ecológico, construirmos um novo modelo de organização social, criando uma sociedade ecologicamente ambientalista, que avance em direção à humanização holística, sob os signos de um paradigma psicognóstico.


6. TEIA DA VIDA NA TERRA VIVA.

A Ecologia Holística nos coloca uma nova forma de compreender o mundo, como sendo uma extensão de nós mesmos. Ela possui uma visão sistêmica, que concebe o mundo como um todo, formado por partes interdependentes. É uma concepção que transcende a antiquada visão da ecologia convencional, que concebe o mundo como sendo um sistema mecânico, casual, automático, morto, aleatório e determinista.

A deusa grega Gaia, que simbolizava a Terra viva, emprestou seu nome à moderna Teoria de Gaia, que considera nosso planeta Terra como uma totalidade integrada, um organismo vivo, que gera e desenvolve a vida e processa matéria e energia para todos os seres vivos.

A Teoria de Gaia, que concebe nosso planeta como um verdadeiro sistema vivo resultante do acoplamento perfeito do meio ambiente com os seres vivos, formando uma unidade auto-reguladora; ela revoluciona o saber convencional que concebe a Terra como um planeta morto, constituído de seres brutos inanimados: solo, rochas, oceanos e atmosferas, automático e casualmente habitado pela vida.

A Ecologia Profunda tem por objetivo integrar homem e natureza; eles foram separados pelo centrifuguismo antropocêntrico. Ao entrarmos em contato com a natureza cósmica, constatamos que de seus locais virginais, emanam energias que mobilizam internamente as nossas capacidades de percepção, permitindo-nos um modo mais profundo de sentir, pensar e agir; estados internos mais profundos que nos permitem perceber o holismo e restabelecer o elo de ligação com a teia da vida do sistema Gaia.

Precisamos educar nossas crianças dentro dos princípios holísticos, para perceberem melhor a si mesmas e a perfeita conexão que há entre suas próprias vidas, os seres vivos microcósmicos e o mesocosmo telúrico.

A natureza viva organizou os organismos dos seres vivos e deu-lhes uma forma holística, de tal forma que os materiais ingeridos por eles sofrem transformações, para que haja um funcionamento harmonioso das células que formam os órgãos e sistemas, para tornar realidade à geração e desenvolvimento da vida existencial.

O princípio organizativo da natureza dotou os organismos dos seres vivos de receptores, para captação de estímulos externos, para percepção dos estímulos externos, dos fenômenos naturais e da própria existência. Os sentidos internos, dotados de receptores externos, se constituem num importante departamento de espionagem e vigilância para os seres vivos, destinados a mantê-los informados acerca das condições ambientais, situações de perigo, etc. Eles matem estes seres vivos informados acerca de tudo aquilo que está ao seu redor, prevenindo-os, inclusive, de certas substâncias nocivas e coisas venenosas. Os sentidos coordenados pela consciência informam aos animais e ao homem sobre tudo, preventivamente, a fim de que possam se ajustar às novas circunstâncias ambientais e interagir holisticamente com elas.

O homemóide antropocêntrico afastou-se muito de si mesmo ao desenvolver um progresso tecnológico destituído do desenvolvimento da consciência; gerou situações degradantes: agressões, degeneração moral, violência ambiental, explosão populacional desarticulada de métodos científicos de controle de concepção, sem planejamento adequado. Assim, a sociedade demanda uma grande quantidade de alimentos, vestimentas, remédios, energia, transportes, moradias, etc; coisas que exigem um alto consumo de matéria prima para manutenção das necessidades humanas, trazendo a devastação ambiental, que deixou a Terra desarrumada, doente, a caminho da morte.

Por isso devemos lutar incessantemente para construirmos uma sociedade de cidadania ecológica, para formação de uma sociedade holística formada de homens que tenham uma ética ambiental, cultural e social, como condição básica para se evitar morte definitiva do nosso Planeta Azul e, com ele, os seres vivos e nós também!

As ciências holísticas estão lutando para reintegrar o homem ao planeta, por intermédio de uma filosofia centrípeta e de uma psicologia revolucionária.

Cada ser vivo, esteja onde estiver no cosmos, se constitui numa pérola engastada no grande colar da Teia da Vida. Devemos ensinar aos nossos alunos fundamentarem suas opiniões acerca das questões relacionadas a desequilíbrio ambiental e suas conseqüências para dinâmica ambiental e para saúde pessoal, que está intimamente relacionada à saúde ambiental.

Nossas crianças precisam aprender que o meio ambiente se constitui em algo resultante da interatividade entre seus elementos constituintes. Esta interação holística se dá através dos ciclos da matéria e do trânsito da energia. O equilíbrio dinâmico do ambiente é devido à existência dos ciclos da matéria e do fluxo da energia, coisa que o homemóide não compreende e destrói a manutenção deste equilíbrio dinâmico da natureza, porque não entende que este equilíbrio holístico do ambiente significa saúde ambiental, que é base da saúde social.

O homemóide antiecológico não compreende que ruptura a qualquer ciclo da natureza resulta em desequilíbrio ambiental, comprometendo todas as espécies que vivem ali e conseqüentemente a saúde social que é o expoente da saúde ambiental.

Cada ser vivo, inclusive o ser humano, é um elemento importante para manutenção do equilíbrio ambiental da natureza. Cada ser vivo se constitui num elemento que capta, transforma e transmite energias cósmicas para geração e desenvolvimento da vida existencial na Terra.

Cada ser vivo capta, conforme nos ensina o Dr. Samael através de suas obras holísticas, energia do cosmos em determinadas freqüências, transforma-na integralmente e transmite-na à cápsula terrestre numa freqüência adequada à manutenção da vida da Terra Viva.

Então, cada ser vivo constitui-se num componente muito especial da Teia da Vida, por ser um fio de captação, transformação e transmissão de raios de energias cósmicas à cápsula terrestre.

Todo ser vivo, ao mesmo tempo, que vai transmitindo as energias recicladas a terra, vai absorvendo as energias degradadas e retransmitindo-as ao espaço cósmico, para reciclagem e posterior reintrodução ao solo, num eterno ciclo das radiações univérsicas, para geração, manutenção e desenvolvimento da vida existencial na Terra. O homemóide antropocêntrico degrada tudo isto ao destruir os fios da teia da vida, violentando a natureza, por não compreender que cada ser vivo, seja ele de que espécie for, inclusive o homem, é um precioso elemento de constituição da vida de Gaia.

O homemóide antiecológico não consegue compreender que cada ser vivo guarda estreitas relações de dependência com os demais seres vivos e com o meio ambiente em geral, de modo holístico, isto é, as relações ocorrem de maneira simultânea e interdependente. Assim, devemos engendrar esforços para formação de uma sociedade de cidadãos holísticos, que percebam a fragilidade da teia da vida e que a menor interferência nesta provoca ruptura no equilíbrio ambiental e compromete seriamente a vida de cada ser vivo, inclusive a do ser humano.

Em decorrência da hipertrofiação dos defeitos dos eus componentes do ego homemoidal, o homemóide já destruiu uma enorme quantidade de espécies de seres vivos, trazendo prejuízo a energização do planeta, à saúde humana, ao equilíbrio ambiental, agonizando a Terra, com sérias ameaças à continuidade da vida existencial.

7. SHOW DA BIODIVERSIDADE HOLÍSTICA.

Todos os dias há o silenciar das manhãs e também dos entardeceres, onde os ecossistemas revelam a sua harmonia holística e a sua biodiversidade, traduzidos pelos fenômenos simultâneos e interdependentes. A floresta exibe suas árvores, seus arbustos e herbáceas, que cintilam e bailam ao ressoar o vento, à luz do Sol brilhante, revelando um maravilhoso universo holístico de extraordinária variedade de seres vivos que compõem a unidade da vida. Aí os passarinhos cantam, voam e pulam nos ramos e nos galhos; há também os insetos que navegam pelo oceano das belas flores e os répteis que rastejam e toma sol sobre as pedras. Enquanto isto, lá pra aqueles cafundós piam o nambu chitão e o chororó, canta o sabiá nos galhos do jequitibá, as joaninhas coloridas que se movem através das folhas, o pica-pau vai cortando madeira, enquanto o João-de-barro constrói sua casa e o bem-te-vi diz estar vendo tudo, num grande show da biodiversidade!


8. NOSSO ENDEREÇO NO COSMOS.
Naturalmente todos nós moramos em uma casa que está inserida em uma rua, a rua pertence a um bairro, o bairro está contido na cidade que, por sua vez, pertence ao estado; o estado está contido no país; o país está contido no continente e o continente está dentro do planeta Terra. E o planeta Terra onde está? Nosso planeta pertence ao Sistema Solar de ORS. O Sistema Solar está contido na Galáxia de Gutemberg, que está contida na Via Láctea. A Via Láctea está contida no Universo. O Universo não é o fim de tudo. Como disse Einstein: Depois de cada Universo há um espaço vazio e, depois do espaço vazio, vem outro Universo e assim sucessivamente; e o conjunto de todos os universos compõe o cosmos. E o que são os cosmos? Conforme ensinamentos contidos nas obras científicas do Dr. Samael Aun Weor, que em sua cosmologia transcendental nos fala acerca de um universo extraordinário, composto por um conjunto de mundos emanantes e transcendentes, há sete cosmos: Protocosmos, Ayocosmos, Macrocosmos, Deuterocosmos, Mesocosmos, Microcosmos e Tritocosmos. O vocábulo grego cosmos tem o significado de beleza, ordem, etc. Por exemplo, quando uma mulher quer ficar bela utiliza cosmético. Por outro lado, na dialética dos contrários, caos é o oposto de cosmos, significa feiúra e desordem, etc.

A história da humanidade é construída com batalhas incansáveis para vencer os limites que a natureza lhe impõe. O homem se apropria de ciência e tecnologia para vencer os limites e decretar a sua independência, enquanto que os demais seres vivos são obrigados a viver onde o clima lhes é favoráveis. O grande problema para o homem é saber que a tecnologia constrói a sua independência dos fatores climáticos adversos da natureza, mas que o mesmo não acontece em relação aos fatores bióticos abióticos de constituição da vida. Apesar do avanço tecnológico, a humanidade ainda depende da natureza. Sua liberdade é restrita e complicada, porque evoluiu em ciência, retrocedeu em consciência e solidificando o caos por intermédio da violência.

Ao desenvolver em ciência e regredir em consciência o homem violentou a natureza, desequilibrou-a, colocando-a em perigo através dos impactos ambientais, da depredação descomedida, ameaçando a continuidade da vida no planeta: poluição da água, do ar, desmatamentos descomedidos, exploração irracional dos recursos naturais, degradação do solo, etc.

Como impedir que o homem programado para destruir a vida e o planeta consiga a sua meta? Como preservar a vida da agressão do seu violentador? Isto só seria possível se construíssemos um relacionamento holístico com planeta, calcado numa ética transcendental revestida de uma formação com valores da consciência. O que viria, por certo e permitir ao homem um desenvolvimento cultural, moral, espiritual, que se constitui em fatores básicos de preservação da natureza, condição fundamental à continuidade da vida no planeta.

Há necessidade urgente de uma educação transcendental para nossas crianças, para jovens e para os adultos também, revestida de uma pedagogia que lhes confira o despertar da consciência holística, construção da cidadania ecológica e de atitudes práticas em favor da sobrevivência do planeta Terra.

A luta pela preservação da natureza é uma guerra contínua contra a violência do homemóide inconsciente; que em nome da globalização promove a desagregação social, ao obrigar os habitantes das margens de um rio belo, piscoso, recreativo, etc., a morar nas cidades. Tudo isto para construção de usinas que alimenta indústrias de coca-cola e outros. Será que isto é desenvolvimento ou violência? Não seria violência generalizada o fato de marginalizar, despersonificar e massificar seres humanos, ao obrigá-los a abandonar sua pesca, seu artesanato, sua canoa, para habitar nas cidades, viver em favelas, passar fome, engrossar a violência urbana, etc?

A luta contra os homemóides antiecológicos, contra agressores que violentam a mãe natureza, contra os que praticam violência ao meio ambiente, é sustentada pelas pessoas que possuem uma consciência da importância da ecologia holística para continuidade de nossa existência no plano físico.


9. HOMEMÓIDE, HOMEM E SUPER-HOMEM.

Homemóide é o mamífero intelectual automaticamente deformado pela ortodoxia dos sistemas sociais institucionalizados. O homemóide é um mamífero intelectual equivocadamente chamado de homem como diz o Dr. Samael Aun Weor. O homemóide é um ente social antiecológico, adormecido, inconsciente, autômato, etc. Ele é um títere, um boneco de engonço, um indivíduo programado pelos sistemas sociais antropocêntricos, que se deixa ser manejado pelos componentes do seu ego.

A Pedagogia Revolucionária classifica o ente social, de acordo com a posição que ocupa na escala da consciência, em três grupos bem distintos: homemóide, homem e super homem. A Educação Revolucionária consiste em elevar o estudantado do grau de consciência homemoidal ao grau de consciência de super-homem, passando pela posição intermediária de homem. Homemóide é o mamífero racional, intelectual, modelado pela ortodoxia dos sistemas sociais centrífugos: escolar, político, econômico, etc.

Ao falarmos em homemóide, homem e super-homem, o fazemos com base na escala de seidade interna, isto é, com relação ao percentual de consciência desperta que cada um tem. De maneira grosseira podemos dizer que a consciência do homemóide fica aquém dos 3%, a do homem parte daí e chega até ao início do grau da consciência de super-homem, que possui a plenitude da consciência desperta.

O homemóide é a Fera, o ego, personificado no conto infantil de A Bela e a Fera. Entretanto, este possui uma Bela, sua essência, que poderá tirá-lo deste estado caótico e inseri-lo no universo hominal. Para tal precisa reconhecer a si mesmo, reconhecer a sua feiúra resultante da atuação dos defeitos do ego e do estado caótico que se encontra.

O filme A Bela e Fera, na versão francesa, mostra um diálogo entre a Bela e a Fera, em que a Fera pergunta à Bela: -Eu sou muito feio? -Você sabe que não sei mentir, respondeu-lhe a Bela. -Eu sei que sou feio e não tenho inteligência, reafirmo a Fera! -Você possui a inteligência de reconhecê-lo a si mesmo, da maneira como é, respondeu-lhe a Bela.

A inteligência da Besta é a maior inteligência que uma pessoa pode possuir, que permite reconhecer a si mesmo como é; reconhecer o mais cru realismo do estado caótico que nos encontramos, em razão do baixo percentual de consciência desperta que temos. Reconhecer este estado se constitui no ponto de partida para o trabalho sobre si mesmo, com o propósito de se emendar dos erros, morrer para os defeitos e nascer para as virtudes da alma e trabalhar gratuitamente ao bem do nosso semelhante, para que se torne um cidadão holístico na senda do despertar da consciência, indo do grau de homemóide do senso comum ao grau de super-homem de consciência total.

O homemóide é filho da dispersão, da fornicação, agente do ego; enquanto que o homem é fruto da autoconstrução, da revolução da consciencitiva, feita sobre os três fatores de revolução da consciência da Psicologia Revolucionária.

O homemóide é produto da reação dos defeitos psicológicos do ego, ao passo que o homem é agente das virtudes da essência. O físico Huberto Roden descreveu o Homem Integral como sendo um ser que já equilibra ego e consciência, numa proporção balanceada de 50% para cada. Outro físico, não menos extraordinário, Albert Einstein, também falou do homemóide e do homem em suas obras científicas e filosóficas, ao dizer que o homem tem um valor, diretamente proporcional à quantidade de ego liberada, isto é, à quantidade de defeitos erradicados de dentro de si mesmo.

Nietzsche fala muito acerca do Super-Homem, ao enunciar a doutrina do Super-homem, na sua magistral obra Assim Falava Zaratustra. Nietzsche concebeu a filosofia do Super-Homem e Hitler a usou, equivocadamente, a serviço da morte, no nefasto Facismo. A raça ariana de Nietzsche, formada de homens superiores, se constituía numa super raça, composta de homens de consciência desperta, portanto da paz, da liberdade e do amor e não do ódio e do terror e da violência, conforme entendeu o homemóide Hitler.

Os ensinamentos de Nietzsche são usados por psicólogos com jogadores de futebol e de outros esportes, em momentos difíceis, por intermédio da terapia de auto-superação. O Dr. Samael deixou-nos importantes ensinamentos acerca da doutrina do Super-homem, em seu livro do Homem ao Super-homem. Tendo nos deixado o modus operandi para se tornar também um Super-homem. Como exemplos vivos de Super-homens podemos citar: Zoroastro, Saint Germain, Pitágoras, Platão, Sócrates, São Francisco de Assis, Santo Agostinho, Krishna, Buda, Jesus Cristo, Samael Aun Weor, VM. Rabolu e muitos outros.

Homemóide é o mamífero intelectual automaticamente deformado pela ortodoxia dos sistemas sociais institucionalizados. O homemóide é o "mamífero intelectual equivocadamente chamado de homem" (Dr. Samael Aun Weor). O homemóide é um ente social antiecológico, adormecido, inconsciente, autômato, etc. Ele é um títere, um boneco de engonço, um indivíduo programado pelos sistemas sociais antropocêntricos, que se deixa ser manejado pelos eus componentes do seu ego.

O homemóide é um bonifrates desprovido de hominalidade e de consciência ecológica, características fundamentais dos agentes holísticos. A ausência de consciência, principalmente a ecológica, é uma constante no ente homemoidal que compõe a massa social do segundo milênio.

Homemóide, infelizmente, com esta palavra, ainda que na ausência de heteromorfismo e de heterofrasia, designa eficaz e literalmente o maior percentual de entes sociais componentes da sociedade moderna, equivocadamente chamada de humanidade.

Homemóide é qualquer um de nós que compõe a sociedade atual que, mais do que nunca, está recheada de desumanidade, de defeitos que afloram nas mais variadas formas de violências, que traduzem na destruição do holismo da Terra, ameaçando o planeta telúrico, impondo o desequilíbrio ecológico para a vastidão do cosmos.

Homemóide é todo agente social que possui o centro de gravidade, ou de inteligência, na periferia do universo psicológico, isto é, no ego. Por isso, ele se conduz pelos caminhos irracionais da razão subjetiva, gerando violência ecológica por onda passa.

O ente homemoidal é um fornicário, que extravasa a sua matéria seminal, dia após dia até se tornar impotente, que o leva a descosmificação total, conforme se comprova em Levítico 15:16. Não só Levítico, mas a Bíblia inteira está recheada de referenciais que atestam a descosmificação do ente homemoidal através do derramamento seminal, da fornicação. Esta é a causa que levou a humanidade e se destituir sua qualificação hominal, para transformar-se ao longo dos tempos em entes homemoidais e mergulhar no universo da violência, agentes ameaçador da biomassa, causador de desequilíbrio ecobiopsicossocial.

O homemóide é um ente social carente de poder temporal, que enaltece o culto à personalidade, por se tratar de um ente autólatra, que é revestido de vaidade, orgulho e de luxúria; ele é um elemento gastronômico, cheio de cobiça.

O homemóide é um ente social imanente do centrifuguismo antropocêntrico, que promove almoços, jantares, banquetes políticos e todo tipo de festas, como pretexto para tratar de assuntos econômicos de seu interesse. Todo homemóide se sente muito macho, é revestido de prepotência e está sempre se apoiando no substrato de sua força física, no seu poderio econômico, político, religioso, bélico, etc, para defender seus interesses unilaterais e disseminar a violência múltipla sobre o meio ambiental e social nos quatro cantos do mundo.

O mesocosmo telúrico está densamente povoado de machos homemodais, entretanto, está rarefeito de homens e super-homens. Há, por aqui, muitos machos e poucos homens! Uma diferença fundamental entre o macho homemoidal e o ente hominal, que está na prepotência do primeiro ante a humildade do segundo. O macho homemoidal está para o ego, agente dos defeitos geradores de violência, assim como o ente hominal está para as virtudes que engendram a paz.

O homemóide não preenche as condições ecopsicossocial para ser classificado na espécie dos Homo sapiens. Porque sapiência denota conhecimento, sabedoria, holismo. Portanto, somente o ente humano, revestido de hominalidade, deveria ser classificado na espécie Homem sapiens do sistema de classificação dos seres vivos do naturalista sueco Lineu (1707-1778).

Da mesma forma, não se pode confundir o ser homemoidal, em hipótese alguma, com o agente humanal da escala de Nietzsche, mesmo que se dê todo crédito à doutrina biológica do notável evolucionista inglês Charles Darvin (1809-1822). A propósito, ao bem da veracidade dos fatos, pode-se inferir que a doutrina biológica darwiniana - cuja exclusão extrema se fundamenta no parentesco fisiológico e na comunhão de origem em todos os seres vivos com formação de novas espécies, por um processo de seleção natural - não possui competência para identificação das distinções evidentes que existem entre o ente humanal e o ser humanoidal.

O ente humanoidal é revestido de todo tipo de temor. Tem medo da morte, tem medo da vida, tem medo dos outros, tem medo de si próprio, tem medo de tudo; por isso se arma contra tudo e contra todos e produz violência generalizada; enquanto que o agente hominal só tem medo de ter medo. Por isso o homemóide engendra o pseudonacionalismo por entre a sociedade, por causa medo que possui dos outros povos e para defender suas posses, coloca as fronteiras entre povos e nações.

O homemóide se arma até os dentes, armazena artefatos bélicos, cria muralhas em torno de suas propriedades e em torno de si mesmo, para defender o que expropriou, quase sempre de maneira indevida, dos demais. Devido a hipertrofiação do seu ego, este autômato jamais dividiria o que possui com o seu semelhante de modo a atender a justiça social.

O homemóide, o mamífero intelectual, erroneamente chamado de homem, é destituído de anelos espirituais e da verdade das coisas; não possui inquietudes que demandem o despertar de sua consciência, que está acondicionada pelo ego. Essa espécie de ser é internamente vazio e busca refúgio nas coisas materiais, exteriores e efêmeras, para preencher o vácuo do seu coração, para enriquecer a pobreza de seu espírito. Com isso, hipertrofia o seu eu da cobiça, da ambição, da inveja, da ira, que se transformam em violência, em antagonismo e beligerância.

O Homemóide beligerante, às vezes é condecorado pelos seus feitos heróicos nas lutas, nas guerras e se sente orgulhoso dos seus feitos antiecológicos contra vida, nas barbáries cometidas no matadouro humano. Entretanto, esta criatura, de baixo percentual de consciência desperta, não sabe que o seu heroísmo que emerge do temor é proporcional ao seu percentual de medo, que consiste num dos sentimentos mais inferiores do ser homemoidal.

O temor bloqueia a mente homemoidal, tira-lhe a inteligência, a felicidade, a liberdade e mergulha-o no oceano da escravidão. Todo agente homemoidal desconhece os sentimentos superiores como a paz, a liberdade e o amor, pois vive sempre no substrato do seu ego, no mundo dos sonhos e das ilusões, se projetando para fora de si mesmo as recordações do passado e os projetos do futuro, o que lhe tira a vivência do presente. Na sua ânsia maluca de poderes econômicos, temporais, religiosos, políticos, etc, comete violência, injustiça, desatino e todo tipo de barbárie, para consecução de seus objetivos.

Desta forma, a maioria do dos eventos planejados pelo o homemóide tende ao fracasso, porque este ente social não possui práxis, não consegue ligar suas intenções às realizações. O que podemos comprovar, por exemplo, no evento Eco-92, em que as intenções ali firmadas não conseguiram sair do papel até hoje, numa total desconexão entre plano e planificação.

O homemóide antiecológico perdeu o seu livre arbítrio e se transformou em autômato tiranete, à medida que se tornou escravo da luxúria, da sensualidade, da volúpia degenerada, da sodomia, etc. Daí, ele se encerra nos motéis, locais de baixa freqüência vibratória, onde habitam os íncubos e súcubos, elementos que se alimentam das secreções gonodais.

Para o homemóide degenerado o amor é sinônimo de saldo bancário, carros belos, de noitadas nos motéis, etc. Entretanto, no fundo, o homemóide não passa de uma criatura amedrontada, que precisa ser compreendida por todos, por não possuir capacidade de compreender ninguém. Pois é um ignorante, não conhece a si mesmo, desconhece a sua integridade psicológica, conseqüentemente desconhece o holismo cósmico, a filosofia univérsica, o cosmo, os deuses e seus mistérios.

Infelizmente, o vocábulo homemóide - aparentemente revestido de heterofrasia, ainda que na ausência de caracterização de heteromorfismo - designa literalmente a maioria dos entes sociais da nossa sociedade atual. Homemóide é o termo que objetivamente descreve, com precisão, cada um de nós, que direta ou indiretamente tomamos parte na destruição do mesocosmo telúrico e dos microcosmos animais e vegetais, impondo desequilíbrio ao meio ambiente.

O homemóide é um homúnculo que se prima pela irracionalidade e que na sua ação fornicária de extravasamento da energia seminal, dia após dia, chega à impureza total, tornando-se protagonista da violência generaliza nas escolas, na ecologia e na sociedade, com reflexos imediatos em todos acontecimentos da vida (Levítico 15:16-18). O homemóide é um ser que ama a autofilia, cultua a personalidade, adora ser homenageado, os elogios, as bajulações, se recheia de ira, de vaidade, de orgulho, de autolatria, de glutonaria, se transforma num glutão que vivencia verdadeiras maratonas gastronômicas.


10. RUMO À ECOLOGIA PROFUNDA.

A Ecologia Profunda traz em seu bojo uma concepção que não faz separação entre os homens e a natureza, por isso vai gradativamente ganhando relevância através das ciências ecocêntricas, ao enunciar uma nova visão da realidade da natureza e da vida.

À medida que o ano 2000 se desenrola, as preocupações com o meio ambiente vão adquirindo importância relevante. Vivenciamos a violência generalizada nas escolas, na sociedade e na ecologia, que nos traz uma série de problemas globais de destruição da biosfera e da vida humana, de modo espantoso, alarmante e irreversível.

Os inúmeros problemas de nossos tempos atuais não podem ser equacionados e nem solucionados isoladamente, por se tratarem de questões de natureza sistêmicas, por estarem interligados e serem interdependentes, o que podemos verificar, na citação de Fritjof Capra, que nos ensina que: Só será possível a estabilização da população quando a pobreza for reduzida em âmbito mundial. Dizendo que a extinção das espécies dos animais e dos vegetais, numa escala massiva, continuará enquanto o hemisfério meridional estiver sob o fardo das enormes dívidas. A escassez dos recursos e a degradação do meio ambiente combinam com populações em rápida expansão; o que leva ao colapso das comunidades locais, à violência étnica e tribal; o que se tornou característica mais importante da era pós-guerra fria. Em última análise, estes problemas precisarão ser vistos exatamente como sendo das diferentes facetas de uma única crise; que é, em grande medida, de percepção. Há solução sim para os principais problemas de nossos tempos! Mas isto requer uma mudança radical das nossas percepções, dos nossos pensamentos e dos nossos valores. E de fato, estamos agora no princípio dessa mudança fundamental de visão de mundo na ciência e na sociedade, uma mudança de paradigma, tão radical, como a revolução de Copérnico. Porém, esta compreensão ainda não despontou entre a maioria dos nossos líderes políticos. O reconhecimento de que é necessária uma profunda mudança de percepção e de pensamento para garantir a nossa sobrevivência ainda não atingiu a maioria dos líderes das nossas grandes universidades. Nossos líderes não só deixam de reconhecer como diferentes problemas estão inter-relacionados; eles também se recusam a reconhecer como suas assim chamadas soluções afetam as gerações futuras. A partir do ponto de vista sistêmico, as únicas soluções viáveis são as soluções sustentáveis. O conceito de sustentabilidade adquiriu importância chave no movimento ecológico e é realmente fundamental. Este, em resumo, é o grande desafio do nosso tempo proporcionar chances de vida existencial às gerações futuras.


11. VISÃO HOLÍSTICA DOS FENÔMENOS NATURAIS.

Devemos compreender que a natureza é uma só em todo o universo cósmico. No cosmos toda multiplicidade material e energética se reduz à unidade absoluta; toda unidade absoluta se converge para diversidade. É o princípio cósmico da unipresença, uniciência e unipotência também descrito nos livros alquímicos. Ao compreender que a integração entre os diversos ambientes se deve à constante movimentação da água, do ar, do solo, à transferência de matéria e de energia nas cadeias alimentares, estamos tendo uma visão holística da dinâmica cósmica.

O planeta Terra é um componente do Universo Relativo, onde a diversidade de ambientes e de seres vivos é garantida pela possibilidade dos elementos químicos formarem misturas homogêneas. Na Terra, o princípio de que a diversidade se reduz à unidade, fica garantida pelo fato de que os ambientes se relacionam uns com os outros, para formar uma só natureza holística.

Na dinâmica holística do nosso planeta, a gravidade é um fator fundamental. Ela é uma das 48 leis que estamos sujeitos. Graças a ela a água líquida está sempre se movimentando para potenciais mais baixos; ela sai das nuvens e vem para o chão e corre nos rios, indo para lagos, mares e oceanos. Em sua caminhada, a água dissolve, transporta e deposita substâncias diversas; com a sua evaporação fica realimentado o ciclo. Graças à evaporação e à movimentação da água, reinicia-se o eterno ciclo e ela é encontrada na maior parte do planeta.

Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma, tudo circula, tudo se movimenta e os ciclos eternizam a natureza, que fica integrada nos seus diversos ambientes, pela estratégia da movimentação e as transformações dos materiais. A água, o solo e o ar, tão necessários à vida, resultam da mistura de várias substâncias. Destes, o ar e a água circulam pelo interior dos seres vivos e pelo ambiente através da mecânica holística, para tornar a Terra um planeta vivo e belo!

Na dinâmica da mecânica holística do planeta Terra, a circulação da água se dá nos estados líquidos e de vapor; de repente a água se torna estática, na forma sólida; porém, quando derrete, volta a circular novamente. A água vira vapor pela ação do calor e sobe; lá no alto esfria, vira líquido e cai na forma de chuva, atraída pela gravidade.

Esta dinâmica de subida e de descida da água garante a distribuição desta para toda a Terra, possibilitando a existência da vida em quase todas as partes. A circulação garante a dissolução de substâncias, permitindo acumulação de materiais necessários à vida. Devemos lutar para preservar a água, esta é uma tarefa fundamental de todos nós. A água é usada por todos, para tudo: nas fábricas, nas escolas, nas casas, pelos seres vivos, etc. Na mecânica holística do planeta, a vida, tanto na terra como na água, usa o mesmo mecanismo, uma vez que os seres vivos apresentam as mesmas necessidades.

Os participantes de uma cadeia ecológica mudam no espaço e no tempo, porém o mecanismo de passagem de matéria e energia é sempre o mesmo. Neste mecanismo estão sempre presentes os produtores, os consumidores e os decompositores. Ai os produtores transformam a matéria inorgânica em orgânica e os decompositores transformam a matéria orgânica em inorgânica, onde o alimento passa de um organismo vivo ao outro, possibilitando a continuidade da vida. Nesta mecânica os seres clorofilados produzem a matéria orgânica, por meio da fotossíntese, por serem os produtores na cadeia ecológica, utilizando as moléculas mães que constituem o corpo de todos os seres vivos. Para continuidade da existência da vida no planeta é de extrema importância a ação dos decompositores na transformação da matéria orgânica em inorgânica, utilizável pelos autótrofos produtores. Desta forma os ciclos se completam.

Não seria possível a continuidade da vida existencial no planeta, se os cadáveres e os restos dos seres vivos não se decompusessem pela ação dos decompositores, transformando os restos de seres vivos em substâncias minerais; não haveria materiais para a formação de novos seres, uma vez que pela lei da conservação da energia nada se cria. Dai, é de fundamental importância a criação de uma consciência ecológica, para se respeitar o equilíbrio da natureza. Com ignorância, sem compreensão, não há respeito à ecologia; o que há é violência à natureza. É preciso compreender que a mecânica da natureza é dinâmica e esse dinamismo é o fator responsável pela manutenção da vida existencial no planeta.

Não podemos ser fanáticos, a ponto de conceber a idéia de que a natureza é intocável. Não é assim! A natureza deve ser explorada com cuidado, com conhecimento de sua mecânica holística e com consciência, para não causar violência ao equilíbrio ecológico.

Para que não haja mais violência à natureza, gerando mais desequilíbrio ecológico, é preciso levar aos estudantes uma formação adequada para que eles, como homem, venham interferir positivamente na natureza, com conhecimento e compreensão da dinâmica de um ecossistema, dos mecanismos das cadeias alimentares, dos processos de reciclagem, do dinamismo dos ciclos naturais, etc.


12. ECOLOGIA PROFUNDA DO UNIVERSO HOLÍSTICO.

Hoje os ecologistas de todo o planeta estão adotando uma nova abordagem holística em seus estudos, que denominam de Ecologia Profunda. A Ecologia Profunda vai além dos trabalhos científicos tradicionais, para incorporação de um maior nível de consciência cósmica do nosso planeta. É a ciência que mergulha para o âmago das células, para dentro das partículas subatômicas, para estudar as grandes verdades cósmicas, sob um novo paradigma do despertar da consciência ecológica, levando em consideração que o progresso científico tecnológico, só é salutar, na medida que contempla a existência de todos os seres vivos em beneficio da totalidade dos seres humanos.

A Ecologia Profunda é baseada na visão holística de um mundo cósmico concebido como um todo integrado e não como uma coleção de partes fragmentadas, isoladas. A Ecologia Profunda ou Holística é fundamentada numa percepção ecológica de muito profundidade, de muito maior amplidão que a usual. Ela reconhece a interdependência fundamental de todos os fenômenos cósmicos e possui a compreensão do fato de que somos elementos do conjunto de seres vivos e estamos todos encaixados nos processos cíclicos da natureza e somos dependentes desses processos.

Há uma grande diferença entre a visão ecológica convencional, que é bem superficial e a visão da ecológica holística, que é muito profunda. A primeira é fundamentada no antropocentrismo, isto é, está centralizada no ser humano. Ela concebe os seres humanos, como centro do mundo, situados acima ou fora da natureza, como a fonte emergente de todos os valores. Para este tipo de homemóide a natureza só serve para servi-lo, deve estar a seu serviço, não há a recíproca, atribui apenas um. A natureza na visão antropocêntrica é apenas instrumento de uso, um objeto descartável.

A Ecologia Profunda não fragmenta nada. Para ela os seres humanos estão contidos nos seres vivos e unidos aos seres brutos e a todas as outras coisas do cosmos. Para ela o mundo não se resume a uma coleção de objetos isolados, mas como uma rede de fenômenos cósmicos interconectados e interdependentes. Para a Ecologia Holística há o valor intrínseco de todos os seres vivos, onde o Homo sapiens é concebido como sendo apenas um fio particular nesta teia da vida.

A Ecologia Holística possui uma percepção real da mecânica holística; onde os fenômenos univérsicos simultâneos e interdependentes têm implicações em todos os níveis dos sistemas vivos, dos sistemas sociais e dos ecossistemas.

A Ecologia Profunda possui a virtude de realizar uma mudança de paradigmas em todas as ciências e conseqüentemente no homem; levando-os do senso comum à consciência ecológico, saindo de uma visão antropocêntrica para uma óptica centrípeta. A ecologia Profunda pode ser colocada em prática em todos os ramos de atividades, é aplicável nos mais diferentes contextos: na educação formal e informal, nas ciências sociais e exatas, na filosofia, nas atividades comerciais, na política, na assistência à saúde e na vida cotidiana.

Na óptica holística, concebe-se o universo como um todo integrado; onde há ordem, beleza e interatividade cósmica. Na visão holística, as partes interdependentes não estão dissociadas. Esta visão holística pode ser denominada também de ecológica, se o vocábulo ecologia for empregado num sentido mais profundo que o convencional.

A natureza cósmica é cíclica, todos os seres vivos possuem seu ciclo vital, enquanto que os seres brutos se encaixam nos ciclos naturais. Nós, os seres humanos, enquanto pertencentes aos seres vivos, dependemos dos ciclos da natureza; muito embora o ser homemoidal violenta-os, por sua absoluta inconsciência ecológica, em achar que independe dos ciclos naturais e do holismo univérsico.

A Ecologia Profunda é a ciência que mergulha para o âmago das células e para dentro das partículas subatômicas, para estudar e descobrir as grandes verdades cósmicas, sob um novo paradigma do despertar da consciência ecológica, levando em consideração que o progresso científico tecnológico só é salutar, na medida em que contempla a existência de todos os seres vivos em beneficio da totalidade dos seres humanos.

A Ecologia Profunda é baseada na visão holística de um mundo cósmico, concebido como um todo vivo, integrado e não como uma coleção de partes fragmentadas, isoladas, sem vidas. A Ecologia Profunda ou Holística é fundamentada numa percepção ecológica de muita profundidade, de muito maior amplidão que a ecologia convencional. Ela reconhece a interdependência fundamental de todos os fenômenos cósmicos e possui a compreensão do fato de que somos apenas elementos do conjunto de seres vivos e que juntamente com estes estamos todos encaixados nos processos cíclicos da natureza e somos inteiramente dependentes destes processos.

Há uma grande diferença entre a visão ecológica convencional, superficial e a visão da ecológica holística, profunda. A primeira é fundamentada no antropocentrismo, isto é, está centralizada no ser humano. Ela concebe os seres humanos, como centro do mundo, situados acima ou fora da natureza, como sendo a fonte emergente de todos os valores. Para este tipo de homemóide a natureza só serve para servi-lo, deve estar a seu serviço, não há a recíproca, atribui apenas um valor material a esta. A natureza na visão antropocêntrica é apenas instrumento de uso, um objeto descartável.

A Ecologia Profunda não fragmenta nada, integra tudo. Para ela os seres humanos estão contidos nos seres vivos e unidos aos seres brutos e a todas as outras coisas do cosmos. Para ela o mundo não se resume a uma coleção de objetos isolados, mas como uma rede de fenômenos cósmicos interconectados e interdependentes. Para a Ecologia Holística há o valor intrínseco de todos os seres vivos, onde o Homo sapiens é concebido como sendo apenas um fio particular nesta teia da vida.

A Ecologia Holística possui uma percepção da realidade da mecânica holística, onde os fenômenos univérsicos simultâneos e interdependentes têm implicações em todos os níveis dos sistemas vivos, dos organismos, dos sistemas sociais e dos ecossistemas.

A Ecologia Profunda possui a virtude de realizar uma mudança de paradigmas em todas as ciências e no homem, levando-os do senso comum à consciência ecológica profunda, levando-os de uma visão antropocêntrica para uma óptica centrípeta. A ecologia Profunda pode ser colocada em prática em todos os ramos de atividades, é aplicável nos mais diferentes contextos: na educação formal e informal, nas ciências sociais e exatas, na filosofia, nas atividades comerciais, na política, na assistência à saúde a vida cotidiana.

Na óptica holística concebe-se o universo como um todo integrado, onde há ordem, beleza e interatividade cósmica. Na visão holística, as partes interdependentes não estão dissociadas. Esta visão do paradigma holístico pode ser denominada também de ecológica, se o vocábulo ecologia for empregado como uma ciência mais profunda que a convencional ecologia que estuda as relações entre os seres vivos e o meio ambiente apenas.

A natureza cósmica é cíclica e todos os seres vivos possuem seu ciclo vital, enquanto que os seres brutos se encaixam nos ciclos naturais. Os seres humanos, enquanto seres vivos, dependem dos ciclos da natureza; muito embora o ser homemoidal violenta-os, por sua inconsciência ecológica em achar que independem destes ciclos naturais e do holismo univérsico.

O homemóide revestido de uma visão antropocêntrica que o coloca como centro do universo, possui uma visão fragmentada das coisas da natureza, uma inconsciência ecológica e uma prática de vida egoística de individualização na sociedade, sem alteridade, sem empatia, sem paz e sem amor. Os problemas sociais, a miséria, a fome e a violência dos dias atuais são frutos decorrentes desta visão fragmentada de vida. Os entes sociais detentores desta concepção de vida não compreendem a totalidade cósmica que se expressa através do holismo univérsico. Assim, pensam que a natureza é morta, destituída de vida, em que os fenômenos naturais são coisas mecânicas, que ocorrem automaticamente, aleatoriamente ao princípio da inteligência organizativa, de modo casual.

Desta forma, políticos, cientistas, religiosos, educadores, governadores e todo tipo de pessoas influentes concebem o mundo como uma coisa morta, destituída de vitalidade. Pessoas assim, não possuem visão da realidade, não percebem a interdependência dos processos sistêmicos, não percebem que estão inter-relacionados com este, com interdependência e simultaneidade.

O homemóide antropocêntrico é detentor da idéia de que todo o cosmo é uma grande máquina, destituída de vida ou de qualquer sentido. A despeito disto vejamos o que nos ensinam Antônio Fragoso Guimarães, com base no filósofo Arne Naess, no físico Fritjof Capra e outros, conforme texto a seguir, na íntegra: O homemóide compreende a natureza de uma forma automática, como um sistema mecânico similar ao das máquinas feitas pelo homem, por isso, dentro do fugaz período de tempo a que se resume uma vida humana, é perfeitamente lícito, dentro desta concepção filosófica, que o indivíduo procure extrair o máximo deste sistema morto, a fim de dar um significado ao que, em última análise, e de acordo com esta visão, não parece igualmente ter significado algum: a existência humana. Daí o conjunto de caracteres típicos de nossa sociedade industrial e capitalista: a visão da vida em sociedade como uma luta competitiva pela existência, a ênfase na sobrevivência mais que na vivência e na melhoria real da qualidade de vida a partir do enriquecimento interpessoal, a crença num progresso material ilimitado, num contínuo crescimento econômico explorador de recursos naturais limitados, o patriarcalismo com suas várias facetas e formas de dominação, etc.

Muita gente, desde o século passado, vem criticando contundentemente a marginalização, a alienação e o automatismo humano, decorrentes da revolução industrial do capitalismo ideologizante, embasada na concepção antropocêntrica, que infelizmente, ainda compõe os ideais dos cientistas, educadores, políticos e instituições das filosofias, ciências e letras convencionais.

A ideologia do capitalismo, veiculada pelos meios de comunicação de massa, pelas instituições econômicas, educacionais, religiosas e políticas, detentoras de uma gigantesca mídia, que agem no sentido de abafar o despertar das consciências, impedindo, por entropia, a formação de uma compreensão da grandiosidade da mecânica holística e a ampliação da consciência ecológica.

Os aparelhos ideológicos de estado, apontados pelo filósofo francês Altosser: religiões, família, escola, política, etc, impõem uma ideologia dominante para mascarar e distorcer a capacidade de percepção da realidade dos fatos e impor e perpetuar mecanismos legislativos e de ações ideológicas favoráveis aos seus ideais, aos seus objetivos gananciosos.

A ideologia dominante do homemóide antiecológico promove o embotamento das consciências dos entes sociais, a atrofiação da compreensão e o hipertrofiamento do ego, para camuflar a verdade através de uma pseudo-realidade, fictícia e alienativa, que embota o senso crítico das pessoas, a fim de acentuar seus laços de domínio e a perpetuação da estrutura de poder que lhe é mais conveniente.

Já não se pode mais ficar de olhos fechados ante a violência nas escolas, na ecologia, nos esportes, nas cidades e na sociedade. É grande a degradação social, ambiental e dos valores éticos morais e espirituais. Desta forma, a sociedade, calcada no paradigma da ideologia dominante, agressivamente violenta o sistema vivo Terra, colocando nosso planeta em agonia.

Se acharmos que somos civilizados e que nosso moderno mundo industrial tem promovido só bem, é porque o grau de alienação já chegou a tal ponto que embotou as nossas consciências, nos impedindo de aperceber-se até mesmo da dor que a violência de nossa civilização tecnicista causa à natureza, aos seres vivos e aos homens em geral.

Nos quatro cantos do planeta impera os efeitos nocivos do modo capitalista que neoliberal, proporcionado pelo eu hipertrofiado da ambição materialista, onde o sistema dominante tem engendrado uma ideologia de consumismo desenfreado, vetor de violência ao mesocosmo. O sistema dominante engendra filosofia altamente calcada nas ciências convencionais, para impor hábitos de consumo à população mundial, fazendo com os seres humanos consumam o que lhes impõem e não o que realmente se necessita.

"O crescimento desordenado da população mundial, especialmente nos países pobres, entre os quais está o Brasil da era neoliberal do vaidoso neoimperador FHC, é a resultante direta do crescimento das dificuldades sociais que impedem a educação básica, que muito auxiliaria no planejamento familiar; aliás, problema que aponta para o descaso que nossos políticos têm de pensar em termos sistêmicos a longos prazos; e fazem da educação, como um todo, na prática uma temática supérflua diante do ideal, basicamente industrial, de que o crescimento e riqueza de uma nação são medidos pelo crescimento linear da economia, que se concentra nas mãos de poucos, e de que um alto PIB é sinônimo de bem-estar social. Ora, sendo assim basta que a educação básica inculque os valores e os hábitos de um mundo industrial" (Carlos Antônio F. Guimarães).

"A escassez de recursos, a bizarra e surreal distribuição de renda e a degradação do meio ambiente a fim de saciar a ânsia de crescimento econômico dos empresários, e/ou - por meio da exploração irracional dos recursos humanos e naturais - para o pagamento da dívida externa ou para cobrir o rombo de instituições financeiras incompetentes, parasitárias ou corruptas que é combinada com uma crescente miséria moral e física de nosso povo, numa alienação política de causar dó, e a uma completa falta de senso crítico e valores humanistas que levam ao colapso das comunidades locais e à violência urbana que se tornou uma característica básica de nossos tempos. E toda a máquina da ideologia de consumo e do crescimento de lucros se põe, de forma drástica, contra tudo e todos que se levantem para questioná-la" (Carlos Antônio Fragoso Guimarães).

Devemos orientar nossos educandos a se educarem convenientemente com a Psicologia Revolucionária, para mudanças das suas concepções individualistas, egoístas, consumistas e dos valores burgueses que herdam das gerações mais velhas, para promoverem as bases de um desenvolvimento sustentável, o que colide com a ideologia dos sistemas dominantes da maioria dos países, como nos países capitalistas, como a do Brasil, por exemplo, onde as desigualdades sociais são gritantes, em que os sistemas dominantes garantes os seus privilégios a custa do sacrifício da grande maioria de miseráveis, através dos sistemas institucionais, que deveriam ser projetados para o bem do povo.

Nos quatro cantos do mundo há transformações gradativas, através das comunidades de bases, por meio das pessoas comuns da sociedade e estudantes em geral, nos paradigmas, nas ciências, nas filosofias, na psicologia, etc. As transformações ocorrem à revelia das autoridades dos sistemas dominantes. Precisamos mudar nossa prática de vida embasada no antropocentrismo, para que possamos garantir a sobrevivência de nossa espécie e dos demais seres vivos, que juntamente conosco, vem compartilhando um mesocosmo degradado.

Quanto aos governantes, aos empresários, aos cientistas e o homemóide em geral, pode-se dizer que eles até sabem que os diferentes problemas estão inter-relacionados, entretanto não querem reconhecer e adotar um modelo de desenvolvimento auto-sustentável; eles fecham os olhos para não verem as conseqüências nefastas de suas atividades para as gerações futuras.

Há que educar a futura geração com uma filosofia centrípeta, para que compreenda a visão sistêmica e encontre soluções viáveis, são as soluções sustentáveis, onde a sociedade possa satisfazer suas necessidades básicas sem prejudicar as perspectivas das gerações futuras, norteando pelos exemplos das chamadas sociedades primitivas, como as indígenas, que ainda foi poluída pela egóica civilização branca.


Nossa civilização que pauta pela racionalidade, se esconde por detrás de comportamentos irracionais, comete erros históricos de agressão à natureza, violências múltiplas aos cosmos, principalmente ao microcosmo hominal e ao microcosmo animal em geral. Basta fazermos uma retrospectiva histórica para constatarmos a irracionalidade humana, revestindo as pessoas físicas e jurídicas, principalmente as instituições dos aparelhos ideológicos de estado, como o catolicismo, por exemplo, que já matou, torturou, injustiçou, ameaçou, etc, tanta gente quanto todas guerras mundiais juntas, através da Santa Inquisição e outras.

As nações industriais, que desenvolveram altas técnicas, tornando-se mecanicistas e hipertrofiadas de agentes materialistas e egóicos, por embasarem sua pseudoevolução numa filosofia antropocêntrica, que permite o desenvolvimento de uma alta tecnologia emergente de uma ciência destituída de consciência, para auxiliar o homemóide a se afastar definitivamente de si mesmo, por um eterno centrifuguismo materialista.

Há uma movimentação articulando e mobilizando as pessoas para o despertar da consciência ecológica no sentido de que compreendam que as ações industriais, técnicas, mecanicistas está violentando a natureza mesocósmica, degradando a ecologia microcósmica e engendrando má qualidade de vida os homens e aos demais seres vivos que componentes da biosfera. Esta mobilização tem estado presente através de movimentos organizados de organizações como Green Peace, partidos ecológicos e de muitas outras organizações para assuntos ecológicos, como Rio-Eco-92 e outras.

Para reversão de sentido da marcha nefasta de destruição do meso e do microcósmico imposta pelo ente homemoidal, há necessidade de uma de educarmos as gerações pregressas com uma Psicologia Revolucionária, para formação de uma consciência ecológica, que nos permite perceber que todos nós fazemos parte do holismo cósmico, de uma teia frágil no momento devido à violência homemoidal, mas, muito bela, inigmática e profundamante significativa.

O homemóide de formação centrífuga, oriunda do antropocentrismo não possui uma consciência ecológica que lhe permita perceber que somos parte da teia da vida, organizada sistemicamente pela mecânica holística do universo para se constituir num enorme organismo vivo, que hoje está, seriamente ameaçado pela violência de degradação do ambiente, imposta através do egoísmo, por meio da ganância e sede de poder dos agentes que fazem parte dos aparelhos ideológicos de estados empenhados na conquista e manutenção do poder material, temporal, ideológico, todos de configuração ilusória: órgãos econômicos, industriais, políticos, científicos e religiosos.

"Mas há uma movimentação interna visível contra tudo isso; afinal somos células e nervos de Gaia, a Terra viva, e esta nova percepção Holística, sistêmica ou inter-relacional entre todas as coisas que nos cercam, é chamada de Ecologia Profunda".(Carlos A. Fragoso G.).

Ecologia profunda, por estar amplamente embasada na Filosofia Centrípeta, fundamentada numa visão holística, questiona exaustivamente os fundamentos que sustentam a visão antropocêntrica da sociedade homemoidal, do seu modo equivocado de vida orientado para o consumismo materialista, que engendra a violência e destruição da vida cósmica.

Ela faz indagações acerca da trajetória nefasta que a humanidade tem percorrido, rumo a destruição total de si mesma e do mesocosmo. Ela aponta caminhos para um novo devir para comunidade sistêmica, baseada numa esperança ecológica, a partir da perspectiva da empatia, da alteridade, na fraternidade solidária, para substrato de melhores relacionamentos com os nossos semelhantes, com o mesocosmos, com as gerações futuras de seres humanos, de seres vivos em geral e com a teia da vida na qual estamos contidos.


13. ECOLOGIA SOCIAL PARA PAZ E NÃO VIOLÊNCIA.

A Ecologia Profunda, a Psicologia Revolucionária, Cosmognose, a Antropognose, a Holística e outras ciências sociais possuem uma configuração centrípeta capaz de promover o despertar da consciência ecológica no ente humano, propiciando-lhe uma percepção ecossistêmica da dinâmica social e uma percepção de relações entre partes da dinâmica holística. Com estas ciências centrípetas pode-se demonstrar aos estudantes de bem que os padrões culturais e a organização social do homemóide antropocêntrico, de conformação antiecológica, produziram a super crise que estamos vivenciando.

A psicologia convencional conjuntamente com a filosofia centrífuga e outras ciências antropocêntricas produziu, ao longo da história da humanidade, uma sociedade violenta e uma estrutura social mecanicista, alienante, profundamente antiecológica, com instituições econômicas e sociais estruturadas no substrato do sistema de dominação social do capitalismo.

Uma formação centrípeta permitiria aos nossos alunos a percepção dos diferentes padrões de dominação social, impostos à cultura e à sociedade sob a forma de ideologia, amplamente veiculada através dos meios de comunicação de massa, que são usados para propagação dos ideais políticos e econômicos da camada dominadora da sociedade.

"Tudo o que diz respeito à percepção humana da realidade e conseqüentemente os valores humanos que estão enlaçados com esta percepção é de fundamental importância para a Ecologia Profunda. Já não podemos acreditar que nossas teorias e pesquisas científicas são isentas de valores, pois a própria escolha de como e o que devemos estudar e levar em consideração já é uma ação que se alinha com uma determinada forma ou maneira de fazer ciência, subjetivamente aceita como a mais verdadeira". (C.A. Fragoso).

As ciências centrípetas de abordagens das ideologias dominantes têm como objetivo inculcar formas antropocêntricas de formação de homens centrífugos sob o signo de um paradigma convencional extremamente nocivo à humanidade. Por outro lado, surgem as ciências centrípetas de oposição ao centrifuguismo que conduziu o homem para fora de si mesmo. Entre estas ciências figura a ecologia profunda, fundamentada em valores centrípetos da holística cósmica de enfoque do mesocosmo como um sistema vivo, Gaia.

Demos compreender que não somos centro do universo como reza a filosofia antropocêntrica. Todos nós e os demais seres vivos somos membros de uma mesma comunidade ecológica, que se diversificou em teias complexas, que permanecem ligadas umas às outras, numa rede de interdependências, formando uma rede de vida muito bela, dinâmica e consistente.

O Homo sapiens é apenas uma das espécies componentes da intricada rede de vida microcósmica do nosso mesocosmo. Precisamos compreender que somos apenas um elemento do maravilhoso conjunto das espécies de seres vivos. Não estamos acima e nem abaixo dos outros seres vivos. Embora sejamos um componente fundamental desta rede, devemos compreender que somos gerados, mantidos e influenciados por ela e que temos o poder de interferir positiva ou negativamente no holismo do ambiente; enquanto que este reage com efeitos diretos, segundo as nossas ações a ele impostas.

Como diz C. A. Fragoso: Somos meros nódulos da rede da vida, que tecemos juntamente com todas as outras espécies vivas, tendo a única diferença de sermos complexamente racionais, o que nos faz quase sempre nos identificarmos apenas com esta qualidade, esquecendo-nos de que o organismo como um todo, possui uma racionalidade ainda mais sábia que a racionalidade intelectual. Assim, quando pisamos em algo pontudo, não ficamos a "analisar" se somos agredidos por um espinho, um prego ou uma agulha, nem nas origens deste incômodo, como o objeto foi parar ali ou quais as suas conseqüências; mas, sabiamente, retiramos imediatamente o pé, graças a uma sabedoria instintiva mais profunda e que é comum a todos os seres vivos, isso sem falar no sentimento humano.

"Quando esta percepção holística, profunda, torna-se parte de nossa vivência e de nossa consciência cotidiana, emerge um sistema de relacionamento transpessoal mais maduro e uma ética radicalmente nova". Esta ética de pertinência e de co-responsabilidade vivencial é extremamente necessária nos dias de hoje uma vez que a maior parte do que fazemos quer seja tecnicamente ou não, especialmente entre os sacerdotes do saber, não parece promover a vida e nem preservá-la, mas sim de coisificar, banalizar e destruí-la cada vez mais, sob a égide de um paradigma mecanicista, com o pretexto de crescimento econômico, travestido de pseudovalores antropocêntricos (como se o homem fosse um ser à parte da natureza complexa que o sustenta). Os cientistas mecanicistas, que crêem num universo tipo máquina, projetam sistemas de armamentos com a capacidade de destruir, inúmeras vezes, toda a vida do planeta, desenvolvem novos produtos químicos que contaminam o meio ambiente global sem nenhum respeito ético pela vida, ou desenvolvem mutações em microorganismos vivos que podem ser soltos por ai sem muito pensarem nas conseqüências de seu mister, isso sem falar de psicólogos que torturam animais e acabam por acreditar que o homem pode ser manipulado da mesma forma, além do mecanicismo econômico, que descarta qualquer possibilidade de se incluir valores e/ou qualidade de vida em seus gráficos de oferta e procura''(Fragoso).

A Ecologia Profunda, a Filosofia Univérsica do Prof. Humberto Roden, a Cosmognose, a Antropognose e a Psicologia Revolucionária do Dr. Samael e outras ciências gnosiológicas, que possuem uma mensagem revolucionária consubstancializadas nos fatores de revolução da consciência ecológica, poderão nos ensinar que a natureza é viva, que a Terra vive, que a natureza mesocósmica e os seres microcósmicos e todos nós são um só, milimétrica e matemáticamente ordenados pelos princípios organizativos inteligente do cosmos.

Uma formação centrípeta nos dará a percepção de que pertencemos a um mesocosmo vivo, de que somos parte de um todo sistêmico, da mesma forma como percebem intuitivamente as crianças, os índios, como podemos verificar na Carta do Chefe Indígena de Seattle, por exemplo. Devemos compreender que proteção à natureza mesocósmica significa proteção a nós mesmos, uma vez que fazemos parte da teia da vida. Temos o direito de cuidar e de defender toda a natureza viva, colocando em prática os ensinamentos que nos deu um dos maiores poetas e místicos da humanidade, Padroeiro da Ecologia Holística, São Francisco de Assis.

Precisamos desenvolver ciência com consciência, para que possamos compreender a vida, acelerar a mudança de paradigma; para sairmos do centrifuguismo e irmos para o centripetismo, o que por certo nos apontará um norte a seguir; para sairmos do beco sem-saída que nos impôs o antropocentrismo, que deu muita ênfase às ciências centrifuguistas que manipulam o mundo como uma coisa morta, sem vida, sem inteligência e sem importância.

Homemóide é o mamífero intelectual automaticamente deformado pela ortodoxia dos sistemas sociais institucionalizados. O homemóide é o mamífero intelectual equivocadamente chamado de homem, como diz o Dr. Samael Aun Weor. O homemóide é um ente social antiecológico, adormecido, inconsciente, autômato, etc. Ele é um títere, um boneco de engonço, um indivíduo programado pelos sistemas sociais antropocêntricos, que se deixa ser manejado pelos componentes do seu ego.

O homemóide está revestido de uma visão antropocêntrica que o coloca como centro do universo, impõe-lhe uma visão fragmentada das coisas da natureza, uma inconsciência ecológica e uma prática de vida egoística em sociedade, sem alteridade, sem empatia, sem paz e sem amor. Os problemas sociais, a miséria, a fome e a violência dos dias atuais são frutos decorrentes desta visão fragmentada de vida. Os entes sociais detentores desta concepção de vida não compreendem a totalidade cósmica que se expressa através do holismo univérsico. Assim, pensam que a natureza é morta, destituída de vida e que os fenômenos naturais são coisas mecânicas, que ocorrem automaticamente, aleatoriamente, casualmente. Desta forma, políticos, cientistas, religiosos, educadores, governadores e todo tipo de pessoas influentes concebem o mundo como uma coisa morta, destituída de vitalidade. Pessoas assim, não possuem visão da realidade, não percebem a interdependência dos processos sistêmicos, não percebem que estão inter-relacionados, interconectados, entrelaçados com todas as coisas do universo.

O homemóide antropocêntrico é detentor da idéia de que todo o cosmo é uma grande máquina, destituída de vida ou de qualquer sentido. A despeito disto vejamos o que nos ensinam Antônio Fragoso Guimarães, baseado no filósofo Arne Naess, no físico Fritjof Capra e outros, conforme texto a seguir, na íntegra:

O homemóide compreende a natureza de uma forma automática, como um sistema mecânico similar ao das máquinas feitas pelo homem, por isso, dentro do fugaz período de tempo a que se resume uma vida humana, é perfeitamente lícito, dentro desta concepção filosófica, que o indivíduo procure extrair o máximo deste sistema morto, a fim de dar um significado ao que, em última análise, e de acordo com esta visão, não parece igualmente ter significado algum: a existência humana. Daí o conjunto de caracteres típicos de nossa sociedade industrial e capitalista: a visão da vida em sociedade como uma luta competitiva pela existência, a ênfase na sobrevivência mais que na vivência e na melhoria real da qualidade de vida a partir do enriquecimento interpessoal, a crença num progresso material ilimitado, num contínuo crescimento econômico explorador de recursos naturais limitados, o patriarcalismo com suas várias facetas e formas de dominação, etc.

Muita gente de visão holística, desde o século passado, vem criticando contundentemente a marginalização, a alienação e o automatismo humano decorrentes da revolução industrial do capitalismo ideologizante embasado na concepção antropocêntrica, que infelizmente ainda compõe os ideais dos cientistas, dos educadores, dos políticos, das instituições convencionais das filosofias, ciências e letras convencionais.

A ideologia do capitalismo veiculada pelos meios de comunicação de massa, pelas instituições econômicas, educacionais, religiosas e políticas, detentoras de uma gigantesca mídia, age no sentido de abafar o despertar das consciências, impedindo por entropia a formação de uma compreensão da mecânica holística e a ampliação da consciência ecológica.

Os aparelhos ideológicos de estado, apontados pelo filósofo francês Altosser: religiões, família, escola, política, etc, impõem uma ideologia dominante para mascarar e distorcer a capacidade de percepção da realidade dos fatos; impõem e perpetuam mecanismos legislativos e de ações ideológicas, favoráveis aos seus ideais, aos seus interesses e objetivos gananciosos.

A ideologia dominante do homemóide antiecológico promove o embotamento das consciências dos entes sociais, a atrofiação da compreensão e o hipertrofiamento do ego, para camuflar a verdade através de uma pseudo-realidade, fictícia e alienativa, que embota o senso crítico das pessoas, a fim de acentuar seus laços de domínio e a perpetuação da estrutura de poder que lhe é mais conveniente.

Já não se pode mais ficar de olhos fechados ante a violência nas escolas, na ecologia, nos esportes, nas cidades e na sociedade em geral. É grande a degradação social, ambiental e dos valores éticos, morais e espirituais. Desta forma a sociedade, calcada no paradigma da ideologia dominante, agressivamente, violentou o sistema vivo Terra, colocando-o nosso em agonia.

Se acharmos que somos civilizados e que nosso moderno mundo industrial tem promovido só o bem, é porque o grau de alienação já chegou a tal ponto que embotou as nossas consciências, nos impedindo de apercebermos até mesmo da dor que a violência de nossa civilização tecnicista causa à natureza, aos seres vivos e aos homens em geral.


14. VIVA VIDA COM CIÊNCIAS HOLÍSTICAS.

Devemos compreender como o ambiente se organiza e como funciona; por organização funcional do ambiente compreendem suas interações e suas transformações; e neste contexto estão inseridos os seres vivos, entre eles figuram as plantas, em perfeita conexão holística com os demais componentes do meio.

No nosso Planeta encontramos muitas formas de vida, desde seres microscópicos até gigantescas árvores e animais de organismos complexos. Estes seres interagem com os fatores dos ambientes em que vivem. Ao conjunto formado pelo ambiente e pelos seres vivos nele encontrados damos o nome de Ecossistema. Nosso planeta, ao abrigar as plantas, os animais e os diversos os fatores abióticos, se constitui em um enorme ecossistema vagando pelo espaço junto com outros astros do Sistema Solar de ORS. Daí é muito importante para todos nós conhecermos O Sistema Solar, a Terra e os ecossistemas que ela contém.

Ao interagirmos com o ambiente através dos sentidos, percebemos que tudo ao nosso redor acontecem simultaneamente e de maneira sincronizada: vemos a água e sua ação, enxergamos relâmpagos, sentimos o ar e a transferência de calor de um corpo a outro. Na natureza, os fenômenos naturais, os componentes da natureza e os seres vivos atuam simultaneamente de maneira holística, onde não há divisões em nada, onde as unidades se convertem em totalidade e vive-versa.

Desde muito tempo que o homem se interessa pelo estudo dos astros que vê no céu. Primeiramente observou-os a olho nu. Posteriormente, estudou-os com instrumentos ópticos primitivos; e hoje os estuda com modernos e possantes telescópios que facilitam a identificação dos astros, dando-nos oportunidades para se conhecermos um pouco mais do universo cósmico.

Devemos enfatizar a grandiosidade do universo holístico, não só pelos infinitos corpos celestes existentes, mas também pela vida que ele gera, sustenta e desenvolve. Tudo isto podemos observar olhando para o céu em noite sem lua, perguntando se somos capazes de contar com facilidade o número de pontos brilhantes no céu, dizendo que cada ponto brilhante daqueles é vivo, possui ordem, beleza e inteligência! O Universo é vivo!

É importante sabermos que estes corpos se movimentam e, por este motivo, suas posições variam. Como os movimentos são periódicos, de tempo em tempo, voltam às posições originais, pois a natureza. A rotação da Terra determina a sucessão de dias e noites, enquanto que o movimento de translação, os anos e as mudanças de estação.

A história da humanidade é construída com batalhas incansáveis para vencer os limites que a natureza impõe. O homem se apropria de ciência e tecnologia para vencer os limites e decretar a sua independência, enquanto que os demais seres vivos obrigados a viver onde os climas lhes são favoráveis. O grande problema para o homem é saber que a tecnologia constrói a sua independência dos fatores climáticos adversos da natureza, mas o mesmo não acontece em relação aos fatores bióticos abióticos de constituição da vida. Apesar do avanço tecnológico, a humanidade ainda depende da natureza. Sua liberdade é restrita e complicada, porque evoluiu em ciência e retrocedeu em consciência, solidificando o caos por intermédio da violência.

Ao desenvolver em ciência e regredir em consciência o homem violentou a natureza, desequilibrou-a, colocando-a em perigo, através dos impactos ambientais, da depredação descomedida, ameaçando a continuidade da vida no Planeta: poluição da água, do ar, desmatamentos descomedidos, exploração irracional dos recursos naturais, degradação do solo, etc.

Como impedir que o homem programado para destruir a vida e o Planeta consiga a sua meta? Como preservar a vida da agressão do seu violentador? Isto só seria possível se construíssemos um relacionamento holístico com Planeta calcado numa ética transcendental, revestida de uma formação com valores da consciência. O que viria permitir ao homem um desenvolvimento cultural, moral, espiritual, fatores básicos de preservação da natureza, como condição fundamental à continuidade da vida no Planeta.

Há necessidade urgente de uma educação transcendental para nossas crianças, para os jovens e adultos, revestida de uma pedagogia que confira um despertar de consciência para construção de atitudes práticas em favor da sobrevivência do planeta Terra.

A luta pela preservação da natureza é uma guerra contínua contra a violência do homem criminoso, que em nome da globalização promove a desagregação social, ao obrigar os habitantes das margens de um rio belo, piscoso, recreativo, etc., a morar nas cidades.

Tudo isto para construção de usinas que alimenta indústrias de coca-cola. Será que isto é desenvolvimento ou violência? Não seria violência generalizada, o fato de marginalizar, despersonalizar e massificar seres humanos, ao obrigá-los a abandonarem sua pesca, seu artesanato, sua canoa, etc, para habitar nas cidades, viver em favelas, passar fome, engrossar a violência urbana, etc?

A luta contra os violentadores da mãe natureza, contra os que praticam violência ao meio ambiente, é sustentada pelas pessoas que possuem uma consciência da importância da Ecologia Profunda para continuidade de nossa existência no plano físico.


15. ORGANIZAÇÃO HOLÍSTICA DO AMBIENTE.

Devemos compreender como o ambiente se organiza e como funciona. Por organização funcional do ambiente, entendemos as suas origens, suas interações e suas transformações; e neste contexto, estão inseridos os seres vivos e entre eles as plantas, em perfeita conexão holística com os demais componentes do meio.


No nosso planeta encontramos muitas formas de vida, desde seres microscópicos até gigantescas árvores e animais de organismos complexos. Estes seres interagem com os fatores dos ambientes em que vivem. Ao conjunto formado pelo ambiente e pelos seres vivos nele encontrados damos o nome de ecossistema. Nosso planeta, ao abrigar as plantas, os animais e os diversos e os fatores abióticos, se constitui em enorme ecossistema vagando pelo espaço, junto com outros astros do Sistema Solar de ORS. Daí é muito importante para todos nós conhecermos os ecossistemas, a constituição do sistema solar, os movimentos da Terra e os seres vivos.

Ao interagirmos com o ambiente através dos sentidos percebemos que tudo ao nosso redor acontecem simultaneamente de maneira sincronizada, vemos a água e sua ação, enxergamos relâmpagos, sentimos o ar e a transferência de calor de um corpo a outro, enxergamos os vegetais verdes, seres autótrofos, estabelecendo conexão da energia luminosa entre o Sol e os seres heterótrofos. Na natureza, nos ecossistemas, os fenômenos, os componentes abióticos e os seres vivos atuam simultânea, interdependentemente, de maneira holística, onde não há divisões.

Há muito tempo que o homem se interessa pelo estudo dos astros que vê no céu. Primeiramente observou-os a olho nu. Posteriormente, estudou-os com instrumentos ópticos primitivos, e hoje os estuda com modernos e possantes telescópios que facilitam a identificação dos astros, dando oportunidade para se conhecer um pouco mais do universo. Devemos enfatizar a grandiosidade do universo, não só pelos infinitos corpos celestes existentes. Tudo isto podemos observar olhando para o céu em noite sem lua, perguntando se somos capazes de contar com facilidade o número de pontos brilhantes no céu. É importante sabermos que estes corpos se movimentam e, por este motivo, suas posições variam. Como os movimentos são periódicos, de tempo em tempo, voltam às posições originais. A rotação da Terra determina a sucessão de dias e noites, enquanto que o movimento de translação, os anos, as mudanças de estação. Devemos destacar o fato de que as gigantescas distâncias explicam por que corpos maiores do que outros podem nos parecer menores, conforme os ensinamentos do Prof. Paulo Maurício Fontinha, através de suas obras de Ciências Físicas e Biológicas.


16. HOLISMO DOS CICLOS DA NATUREZA.

A expressão meio ambiente tem um significado que vai além de florestas, campos, qualquer um ecossistema que possua uma fauna e uma flora. Meio ambiente para a Ecologia Profunda significa qualquer lugar que um ser vivo possa se desenvolver. A Ecologia Profunda considera que há uma interação muito grande entre os seres vivos e o meio ambiente, o que propicia uma transformação de ambos.

Os seres humanos se diferenciam dos demais seres vivos por possuírem um espaço sócio cultural, além do biológico e do físico. Portanto, onde trabalhamos, onde estudamos e onde residimos formam o nosso meio ambiente, que detidamente é estudado pela Ecologia Social, uma vertente da Ecologia Profunda.

Em realidade, há muita conversa, boas intenções acerca de ecologia, entretanto há pouca ação ecológica prática, que reverta em benefício para amenizar o impacto ambiental sobre a natureza. Poucas pessoas agem ecologicamente, possuem uma consciência ecológica. Por outro lado, a maioria dos seres humanos não passa de agentes antiecológicos, inimigos da natureza, construtor de todo tipo de violência social e ambiental.

O biólogo Haeckel propôs o termo ecologia em 1866 o termo Ecologia, que etimologicamente significa conhecimento do habitat dos seres vivos. Eikos, quer dizer moradas e logos significa conhecimento. Portanto, ao estudar ecologia estamos obtendo conhecimento, compreensão da morada, da casa, do local onde todos nós e os seres vivos moramos. Esta grande morada onde todos nós moramos é o chamado mesocosmos na cosmognose.

O grande desafio da sociedade atual é de educar a geração de crianças, livrando-a da herança cultural antiecológica deixada pelos mais velhos e prepará-las para que promovam o desenvolvimento sustentado, como se idealizou a Eco-92. Há que se educar a humanidade para a construção de uma consciência ecológica capaz de engendrar um desenvolvimento que satisfaça as nossas necessidades do presente sem comprometer as necessidades das gerações do futuro.

Um dos objetivos principais deste livro é tentar demonstrar à humanidade que o homem educado com o paradigma antropocêntrico não deu muito certo, e, a partir daí, apontar um novo caminho a percorrer em direção em direção à consciência ecológica profunda, por intermédio de uma educação centrípeta fundamentada no holismo univérsico e nos princípios de transformação radical do ser humano, contidos na Psicologia Revolucionária do Dr. Samael Aun Weor. Pela Ecologia Profunda é possível compreender que os sistemas da natureza funcionam holisticamente, isto é, são interdependente, simultâneos, em perfeita sincronização cósmica. Holisticamente, na natureza tudo se movimenta intermitentemente, nada está fixo, tudo tem um começo, um meio e um fim.

Se conseguirmos educar as futuras gerações para preservação dos ciclos da natureza, estaremos contribuindo decisivamente para o equilíbrio dos ecossistemas naturais no holismo dos cosmos. Os ciclos naturais se organizam funcionalmente para a reciclagem dos materiais, em conjunto de partes que se integram holisticamente nu todo, para promoção do equilíbrio cósmico.

Holisticamente, o solo o ar, o ar, a água, coordenados elo fogo solar formam uma só natureza, para manutenção do equilíbrio ambiental, por intermédio da estratégia dos ciclos. Os ciclos da natureza existem estrategicamente para reciclar os materiais, se eternizam e reciclam tudo. Dai podemos dizer que a natureza transforma e reaproveita tudo para recriar a totalidade da vida. Ela não desperdiça nada! Assim, a água possui o seu ciclo natural: hoje ela está num ribeirão, por exemplo, amanhã estará num rio, em seguida no mar ou dentro de nós ou de um ser vivo qualquer.

Como na natureza-nada se perde, nada se cria, tudo se recria através do reaproveitamento dos restos de seres vivos, a partir da transformação de algo pré-existente, que é resto para alguns é alimento e matéria prima para outros seres vivos. Precisamos ajudar as gerações futuras a compreenderem que o segredo da preservação ambiental está no equilíbrio das relações holísticas entre os seres vivos e o meio ambiente.

No holismo univérsico da Terra pode-se observar uma variedade incrível de seres vivos e de ecossistemas, a biodiversidade, que possuem na diversidade a garantia de continuidade de suas vidas. Como a grande diversidade de seres vivos de um lago, por exemplo, possui uma aparência muito tranqüila e é muito bela! Lagos, rios, mares e oceanos se constituem em ambientes semelhantes, que abrigam indivíduos semelhantes. Os ecossistemas terrestres são muitos diversificados, assim como são diferentes os seres vivos que neles se encontram.

Na dinâmica holística do mesocosmo terrestre, a matéria vegetal vai se formando a partir das substâncias presentes no solo, na água e no ar, coordenados pelo fogo solar. A matéria vegetal alimenta os animais, por isso os vegetais são chamados de produtores de energia, enquanto que os animais são chamados de consumidores.


17. HOLÍSTICA UNIVÉRSICA DA NATUREZA.

Holisticamente há uma perfeita interconexão entre os fenômenos ecobiopsicológicos do microcosmo hominal, o que se passa no interior do nosso organismo microcósmico e o que se passa no mesocosmo terreal. Os fenômenos micro e mesocósmico vão se processando simultaneamente e de modo interdependente através da mecânica holística. Dentro de cada um de nós há 12 as faculdades para percepção do universo holístico. Destas algumas estão totalmente atrofiadas no homemóide antropocêntrico, que chega a possuir, no máximo cinco, mesmo assim, em estado deplorável, enquanto que o ente hominal holístico percebe além dos cinco sentidos. O registro desta percepção é efetuado pela consciência, proporcionalmente ao grau que cada um possui, que no agente homemoidal fica aquém dos 3%. Portanto, a compreensão do holismo cósmico está diretamente associada ao percentual de consciência ecológica desperta de cada indivíduo. Para cada indivíduo em particular, o mundo univérsico vai só até onde sua consciência permite registrar. O universo conhecido por cada indivíduo homemoidal é infinitamente diminuto, do tamanho de sua consciência ecológica desperta, enquanto o que o seu mundo desconhecido é imensamente grande, do tamanho de sua ignorância.

Independentemente do registro ou não que a consciência de cada indivíduo possa efetuar das profundidades ecológicas, da amplidão cósmica dos fenômenos holísticos e da vastidão do universo, eles existem e acontecem simultânea e interdependentemente, coordenados pelos princípios inteligentes de Deus que é a vida. Deus é a vida essencial que habita, palpita, anima e sustenta a existência de cada elemento dos cinco reinos de seres vivos (animal, vegetal, protista, monera e fungos) pertencentes ao conjunto de mundos microcósmicos. Deus está manifesto no holismo quântico do interior atômico, coordenando as partículas subatômicas que se movimentam eternamente de modo contínuo, simultâneo e interdependentemente. Por isso os religiosos dizem, com muita sabedoria, que Deus é unipotente, uniciente e uniconsciente. E cada um de nós vê tudo isto se manifestando, de acordo com a capacidade particular de cada um de registro de tais fenômenos, por intermédio do nosso quantum de consciência, que para o homemóide antiecológico é muito milimetricamente reduzido e opacidado.

Quando olhamos o ambiente ao nosso redor, podemos sentir ou ver através da luz que impressiona e sensibiliza a retina dos nossos olhos na formação de imagens, na proporção de nossa consciência ecológica desperta, com simultaneidade e interdependência: a ordem e a beleza da água que bebemos, correndo pelas cachoeiras, rios, lagos, mares e oceanos; o ar que respiramos se movimentando na forma de vento; a transferência de calor através do tato; os relâmpagos riscando os céus; os arco-íres abraçando os rios; o Sol iluminado o horizonte; a Lua prateada, as estrelas cintilantes, etc. Tudo isto nos permite dizer que a natureza é holística, é muito bela! E é coordenada pela inteligência cosmocrática a favor da geração e manutenção da vida! Pois aí, ao sabor da mecânica holística, os seres vivos, os seres brutos, os fenômenos naturais e os ciclos da natureza interativamente ocorrem ao mesmo tempo, perfeitamente interconectados ao todo univérsico. Onde a unicidade cósmica se fragmenta na diversidade univérsica, para se integrar à unidade absoluta, como se pode observar experimentalmente através da decomposição da luz num prisma, com convergência para o disco de Newton, que as recompõe, formando novamente luz branca, a unidade.

Na mecânica holística do universo tudo é dinâmico, tudo se movimenta incessantemente, nada está parado. A água que está circulando hoje na forma líquida nos córregos, nos rios, nos mares e nos oceanos, poderá amanhã, subir à atmosfera e lá circular na forma de vapor, cair na forma de chuva, dar uma parada sob forma sólida, derreter-se sob a ação do fogo solar e voltar a circular novamente como líquido, reiniciando mais um dos infinitos ciclos hidrológicos.

Devemos formar homens holísticos, que compreendam a holística cósmica e atuem no sentido de preservar os ciclos naturais, como condição básica para garantir o equilíbrio do nosso planeta. Os sistemas holísticos da natureza trabalham incessantemente a favor da teia da vida e para nutri-la condignamente não desperdiça nada, reutiliza tudo, por intermédio da estratégia dos ciclos naturais. Aí, a teia da vida formada na biomassa pela interatividade entre os ecossistemas e os seres vivos, que trocam matéria e energia incessantemente. Daí, ela integra aos ciclos da natureza, para formar um conjunto de partes, que não se isolam; mas que sim, se integram num equilíbrio cósmico maravilhoso, ao mesmo tempo muito delicado, que se denomina equilíbrio ecológico, para se constituir no instrumento da vitalidade do micro e do mesocosmo. Por isto podemos gritar veementemente aos quatro cantos do mundo: Nossa Terra é viva! Viva a vida da do nosso planeta holístico!


18. VIVA VIDA HOLÍSTICA DA TERRA!

É funamental conscientizarmos acerca da importância de se adquirir informações sobre a holística dos componentes do ambiente, saber das suas funções e das necessidades da Terra para manutenção da vida existencial. Água, ar, o solo, os sistemas, as propriedades da matéria, os fenômenos luminosos, o calor, as descargas elétricas, a gravidade, a massa, a energia e as leis mesocósmicas se constituem em importantes elementos da mecânica holística; responsáveis pelo holismo determinante da vida existencial.

A água é um componente dinâmico da mecânica holística da natureza; ela possui um dinamismo extraordinário no seu ciclo hidrológico. Ora ela se apresenta no estado líquido, outrora como vapor, que às vezes se apresenta como sólido e quando se funde volta a ser volátil, se pondo a circular a partir da forma líquida e depois na forma de vapor, após ser transformada pelo calor do sol. Uma vez estando no ar, se resfria, condensa-se, transforma-se em líquido que atraído pela gravidade, cai sob a forma de chuva. Nesta movimentação a água se distribui por todo o planeta, que por sua vez vai permitir a existência da vida em diversos lugares.

Nesta intensa movimentação, a água vai dissolvendo partículas, transformando-as em matérias necessários à vida. A água possui utilidade universal, é usada em quase tudo. Ora ela está no meio ambiente, nos clubes, nas fábricas, nas escolas, nas casas, nos rios, lagos, mares e oceanos e ora está nos seres vivos, nos organismos animais ou vegetais.

Devemos desenvolver a consciência ecológica de preservação ambiental para preservarmos a água. Pois ninguém tem o direito de poluí-la e de torna-la imprestável, porque ninguém sabe construí-la potavelmente.

Na mecânica holística da natureza, o solo é o substrato para os seres vivos, por se constituir num sistema que não se move tanto quanto a água e o ar. O solo dá origem, manutenção e desenvolvimento aos seres vivos e constitui reserva importante de materiais necessários à vida existencial dos seres vivo e para produção de objetos para o ser humano.

O homemóide antropocêntrico vem retirando cada vez mais materiais do solo e do subsolo, sem compreender que muito destes não são renováveis. Dai, precisamos formar o uma geração de homens holísticos, que venha ter zelo e cuidado com a preservação do solo.

Na mecânica holística da natureza, a atmosfera constitui-se numa importante camada de ar que se locomove juntamente com as camadas hidrosfera e litosfera na movimentação da Terra. Ela é um grande reservatório de materiais e exerce a função de filtro solar, comportando-se como um capote natural, que contribui para a vida existencial dos seres vivos e meio para dispersão das sementes e grãos de pólen e vôo dos animais.

O homemóide antropocêntrico piora a qualidade do ar, sem compreender que isto implica na deterioração da qualidade de vida. Assim, devemos formar homens holísticos que compreendam que preservar a qualidade do ar é um dever fundamental.

A espaçonave Terra só importa do exterior cósmico a energia solar; no mais, ela possui de tudo que a natureza holística precisa para gerar e sustentar a vida existencial de todos os seres vivos através da estratégia dos ciclos. Coisa que o homemóide antropocêntrico não compreende. Já o homem holístico, devido à consciência ecológica que possui, compreende a ciclo dos materiais da nossa Terra; o que permite a durabilidade infinita destes através da estratégia de reciclagem de suas substâncias.

Precisamos educar as gerações futuras para viverem em sintonia com holismo cósmico da Terra, pois isto significa verdadeira saúde. Viver em sintonia com a holística do planeta é construir uma vida saudável. E possuir uma vida saudável vai muito além do tradicional estar sem-doenças. Ser saudável é possuir saúde, é estar bem física, mental, socialmente, estar em paz consigo mesmo, com os semelhantes e com a natureza. É estar num estado de plena paz e não violência, com amor e liberdade. Estados da consciência que só se experimenta na ausência de atuação do ego. É quando se atinge um estágio holístico de equilíbrio cósmico e do desabrochar da consciência ecológica, para percepção da dinâmica holística da mecânica cósmica.

A saúde individual ou pública não advém do nada, não é fruto do acaso, mas é resultante do processo de construção contínua, da mobilização articulada em prol da qualidade de vida para todos e da mesma forma que se constrói tudo aquilo que vem existir para o mundo da realidade.

Holisticamente falando, pode-se afirmar que a saúde emerge do equilíbrio interativo entre os organismos micro e macrocósmicos. A liberdade, a saúde, a paz e o amor não combinam com miséria, escravidão, violência e doenças, que estão aí, espalhadas pelos os quatro cantos do mundo. Liberdade, saúde, paz e amor se constituem em estados que emergem da consciência, para nos conduzir à plenitude da holística ecológica; enquanto que a escravidão imposta pelas condições econômicas e sociais injustas, nos trazem miséria, doenças e violência e nos conduz ao caos social, moral e ecológico.


19. TERRA VIVA COMO NÓS.

Devemos educar nossas futuras gerações com as ciências holísticas revolucionárias do gnosticismo do Dr. Samael Aun Weor, para que venhamos ter cientistas, políticos e pessoas comuns com cidadania ecológica conquistada, para se colocarem a serviço da construção da tecnologia voltada para teia viva da vida e não para sua morte. Devemos assim, formar cidadãos que construam uma tecnologia que esteja embasada numa ciência revestida de consciência ecológica, a fim de que se faça utilização racional e inteligente das diversas formas de energia em benefício da vida, provendo um progresso com base no desenvolvimento auto-sustentável, que não ameace o futuro da humanidade.

Devido à entropia, com o passar do tempo, o nosso planeta foi enfraquecendo, agravado pela violência generalizada que o homemóide antropocêntrico lhe impôs. De forma que hoje, nosso planeta já não é mais o mesmo de tempos passados.

James Lovelock nos dá ensinamentos maravilhosos a respeito da Terra, colocando-a como um planeta vivo, capaz de se transformar, da mesma forma que qualquer organismo vivo do universo holístico se transforma. Na verdade a Terra é viva porque possui um corpo vital, um organismo de quarta coordenada Einsteiana, de quarta dimensão que se conecta, penetra e compenetra, com as demais dimensões do universo cósmico para gerar e sustentar a vida existencial, coordenada pelo princípio organizativo inteligente da holística do cosmos.


As transformações de nosso planeta mesocósmico são resultantes das interações dos seus componentes holísticos, traduzidos pelos fatores bióticos e abióticos presentes nos diversos ecossistemas do planeta. A organização funcional do nosso organismo microcósmico se assemelha à organização funcional dos demais seres vivos e também do nosso planeta. Todos são constituídos por partes cujo funcionamento harmonioso e integrado se dá, sincronizadamente, de modo simultâneo e interdependentemente. Como exemplo disto, podemos citar o caso do nosso aparelho digestivo que se constitui num conjunto de partes integradas, que funcionam ao mesmo tempo e interdependentemente para processar a digestão.

Os organismos dos seres vivos ao trabalharem na decomposição dos açucares, das gorduras e das proteínas, liberam gás carbônico, produzem ácido úrico e amônia ou uréia, que são substâncias tóxicas que contém nitrogênio em sua composição química.

As substâncias nitrogenadas são transformadas em nitrato e nitritos por intermédio de determinados tipos de bactérias. As plantas utilizam os nitritos e nitratos na produção de proteínas, que se constitui numa transformação fantástica dentro da mecânica holística da natureza, consubstancializada no fenômeno dos ciclos naturais; onde o que é resto para uns seres vivos, se transforma e se constitui em material que é reaproveitado por outros; o que equivale dizer que a natureza é holisticamente cíclica!

Há necessidade de se formar as gerações futuras, calcadas nos fatores de revolução da consciência ecológica, a fim de que se possa criar em cidadania ecológica, uma ética ambiental e uma conduta holística em relação ao meio ambiente, para retirá-lo da rota de destruição total. As futuras gerações merecem respeito e dignidade; toca a todos nós formá-las convenientemente em cidadãos ecológicos e deixar para elas uma Terra equilibrada ecologicamente. Para isso, temos que aprender a usar os recursos naturais com racionalidade e consciência holística, para que ela possa ser usada sempre. Cabe lembrarmos sempre que o planeta gera e sustenta a vida, oferecendo-nos tudo o que precisamos gratuitamente; e nós, em contrapartida, não temos lhe oferecido nada, a não ser devastação, agressão de todo tipo, violência generalizada, etc; temos agido no sentido de levá-la, sem piedade, à morte, por não sermos holísticos e não sabermos ainda construir o progresso sem poluir a natureza.

O princípio inteligente da natureza viva arranjou uma forma de passar matéria e energia de um ser vivo a outro através das teias alimentares pela estratégia da alimentação. Os homemóides do capitalismo comem muito, num claro prenúncio de desequilíbrio do antropocentrismo, por possuírem o ego da gula hipertrofiado em sua psique anormal. Por outro lado, os pobres, vítimas do capitalismo, comem pouco e são violentados pela miséria que lhes é imposta pela injustiça social. Entretanto, estão doentes tanto os ricos que comem muito, quanto o pobre que comem pouco; porque o equilíbrio, a saúde está no caminho do meio, numa alimentação balanceada.

Quem começa compreender a organização e o funcionamento holístico da Terra viva, já encontrou o seu motivo para construção de uma atitude de respeito a tudo isto e de uma ética ambiental. Isto acontece com o homem holístico, ser que percebe gnosticamente, que está intimamente relacionado com o meio ambiente e com os outros seres vivos deste; e aí, se verifica a holisticidade profunda entre eles, onde todos trocam matéria e energia entre si e com o meio ambiente, num verdadeiro show de interatividade da vida holística, respeitando os princípios da simultaneidade e interdependência. Assim, o homem holístico se sente uno com a natureza, parte dela; diferentemente do homemóide antropocêntrico, que imagina ser um ente separado da natureza, superior a ela e que por isto tenta tirar o maior proveito possível dela, violentando a sua beleza e a harmonia holística que há entre os seus componentes, agredindo-a com violências múltiplas, levando-a a agonia.

Na atualidade, fala-se muito em preservação ambiental. Cresce a preocupação em garantir a continuidade da vida existencial na Terra. Para tanto, há necessidade de criar condições para educar as crianças e jovens com base nos fatores do despertar da consciência ecológica profunda, a fim de criar cidadãos ecológicos, homens holísticos que saberão usar racionalmente o solo; homens que não lançarão restos de industriais na água, no solo e no ar; homens que com certeza não farão crescimento desordenado das cidades, nem desmatamento sem planejamento; homens que farão reflorestamento planejado de áreas devastadas, que criarão condições para tornar melhor a qualidade de vida para todos e não farão como o homemóide que fazem uso irracional do solo, lançam poluente no ar, no solo e na água, promovem crescimento desorganizado das cidades, desmato e violentam a natureza, piorando a qualidade de vida para todos, comprometendo a continuidade da vida existencial no planeta.

Muitas espécies de animais e vegetais só existem ainda por causa da interferência positiva de alguns poucos homens iluminados, defensores da natureza que criarão algumas poucas áreas de preservação como, por exemplos, os parques, hortos e reservas florestais. Entretanto, há homemóides inescrupulosos que invadem estas áreas preservadas, protegidas por legislação, para usurparem dali bens materiais preservados a custo de grande sacrifício.

Precisamos criar cidadãos ecológicos, homens que tenham conduta holística e atitudes favoráveis ao ambiente, para que se evite a sua destruição total, para que possamos deixá-lo holisticamente equilibrado às gerações futuras.

O progresso das ciências, desatrelado da consciência, traz o bem-estar a poucos e sofrimento a muitos; traz conforto para alguns poucos, com melhores condições de saúde, grande quantidade de bens matérias, que dão transportes rápidos, conservantes de alimentos, etc. Entretanto, tudo isto vem acompanhado de poluição da água, degradação do meio ambiente, devastação das matas, etc. Somente o homem holístico pode construir o progresso para todos, sem poluição, sem devastação, sem agressão e sem qualquer tipo de violência ao meio ambiente.

O homemóide antropocêntrico hipertrofiou os agregados psicológicos da ambição e impôs violência à natureza, agredindo a vida, para buscar poderio econômico, político e social. Para tudo isto lançou mão dos conhecimentos científicos, acumulados pela humanidade, para produção de armas e todo tipo de material bélico que engendram a morte, para aumentar o seu lucro e degradar o meio ambiente. Tudo isso acontece porque o homemóide de ambição descomedida se apropria de uma ciência destituída de consciência, que gera uma tecnologia voltada para dominação, violência e morte e não para vida. Por outro lado, a ciência do homem holístico produz tecnologia para o conforto, solidariedade e confraternização dos povos.


20. INTERATIVIDADE HOLÍSTICA DOS SERES VIVOS.


Precisamos compreender que somos apenas um elemento do maravilhoso conjunto das espécies dos seres vivos. Não estamos acima e nem abaixo dos outros seres vivos. Embora sejamos um componente fundamental desta rede, devemos compreender que somos gerados, mantidos e influenciados por ela e que temos o poder de interferir positiva ou negativamente no holismo do ambiente. E assim, este reage com efeitos diretos, segundo as nossas ações a ele impostas. Como diz C. A. Fragoso: "somos meros nódulos da rede da vida, juntamente com todas as outras espécies vivas, tendo a única diferença de sermos complexamente racionais, o que nos faz quase sempre nos identificarmos apenas com esta qualidade, esquecendo-nos de que o organismo, como um todo, possui uma racionalidade ainda mais sábia que a racionalidade intelectual. Assim, quando pisamos em algo pontudo, não ficamos a analisar se somos agredidos por um espinho, um prego ou uma agulha, nem nas origens deste incômodo, como o objeto foi parar ali ou quais as suas conseqüências, mas, sabiamente, retiramos imediatamente o pé, graças a uma sabedoria instintiva mais profunda e que é comum a todos os seres vivos, isso sem falar no sentimento humano".

Quando possuirmos uma percepção holística, mais profunda, a cidadania ecológica fará parte da nossa vivência cotidiana, emergirá de dentro de cada um de nós, sentimentos de fraternidade, de cooperação, de cordialidade, amor e uma nova ética bi-cultural. É extremamente necessária nos dias de hoje possuir uma ética, bi-cultural, de pertinência e de co-responsabilidade uma vez que a maior parte do que fazemos privilegia a morte.

A maioria de detentores do saber convencional está a favor da morte, por possuir uma formação antropocêntrica, agride, banaliza e destrói cada vez mais a vida, ao violentar a natureza, embasada num paradigma mecanicista, sob o pretexto de um crescimento econômico revestido de valores antropocêntricos; age como se o homemóide fosse um ser à parte da natureza holística que o sustenta.

"Os cientistas mecanicistas que crêem num universo tipo máquina projetam sistemas de armamentos com a capacidade de destruir, inúmeras vezes, toda a vida do nosso planeta, desenvolvem novos produtos químicos que contaminam o meio ambiente global, sem nenhum respeito ético pela vida, ou desenvolvem mutações em microorganismos vivos que podem ser soltos por aí, sem muito pensarem nas conseqüências de seu mister, isso sem falar de psicólogos que torturam animais e acabam por acreditar que o homem pode ser manipulado da mesma forma; além do mecanicismo econômico, que descarta qualquer possibilidade de se incluir valores e/ou qualidade de vida em seus gráficos de oferta e procura". (C. A. Fragoso).

A Ecologia Profunda dos cientistas holísticos, a Filosofia Univérsica do Prof. Humberto Roden, a Cosmognose, a Antropognose, a Psicologia Revolucionária do Dr. Samael e outras ciências gnosiológicas possuem uma mensagem revolucionária consubstancializadas nos fatores de revolução da consciência ecológica e poderão nos ensinar a compreender definitivamente que a natureza é viva, que a Terra vive, que a natureza mesocósmica, os seres microcósmicos e todos nós são um só, milimétrica e matematicamente ordenados pelos princípios organizativos inteligentes do cosmos.

Uma formação centrípeta nos dará a percepção de que pertencemos a um mesocosmo vivo, de que somos parte de um todo sistêmico, assim como percebem intuitivamente as crianças e os índios, como podemos verificar na Carta do chefe indígena de Seattle, por exemplo.

Devemos compreender que proteção à natureza mesocósmica, significa proteção a nós mesmos; uma vez que somos uma parte integrante da teia da vida. Temos o direito de cuidar, de defender toda a natureza viva, colocando em prática os ensinamentos que nos deu um dos maiores poetas e místicos da humanidade, Padroeiro da Ecologia Holística, São Francisco de Assis.

Precisamos desenvolver ciência com consciência, para que possamos compreender a vida, acelerar a mudança de paradigma, para sair do centrifuguismo e ir ao centripetismo, o que, por certo nos apontará um norte a seguir, para sairmos do beco sem-saída que nos impôs o antropocentrismo; que deu muita ênfase às ciências centrifuguistas que manipulam o mundo como uma coisa morta, sem vida, sem inteligência e sem importância.


21. NATUREZA É CÓSMICA E CÍCLICA.

É a Terra um importante departamento de educação do cosmos. Todos os seres que aqui estão vieram para aprender, educar-se e aperfeiçoar-se. Todos possuem uma partícula elementar chamada de mônada na filosofia leibnitziana, um elemento primordial na sua natureza intrínseca, capaz de desencadear-se em essência, que por sua vez se torna o substrato da compreensão, através da experienciação da mecânica holística por meio de evolução-involução e revolução da consciência.

A Terra se constitui numa grande espaçonave que possui tudo que precisamos, é auto-suficiente em si mesma, possui tudo que precisamos, todos os materiais necessários à geração e manutenção da vida e do equilíbrio da natureza. Entretanto, ela precisa importar a energia solar como fonte de combustível para suas atividades. Para economizar a energia, da qual não é produtora, a natureza recicla todos os seus materiais, numa grande estratégia de fazer com que estes materiais durem infinitamente.

Nossa espaçonave Terra ao conduzir os seres vivos na sua trajetória dinâmica, no Sistema Solar de Ors, não pára para abastecimento em nenhum posto ao longo do caminho. Para isso tudo que consumimos aqui terá que ser refeito por intermédio da reciclagem, com ajuda da luz solar importada.
O Sol se constitui numa grande fonte de energia para nosso planeta. A energia que obtemos nos alimentos é a energia química advinda do Sol. A energia que libera da queima da lenha num forno de pizzaria, por exemplo, é a energia advinda do Sol. Portanto, quando se queima a madeira, em síntese, o homem está utilizando a energia do Sol.

O Sol também é apenas um dos elementos do conjunto de sóis deuterocósmicos do cosmos. É uma peça do cosmo que teve um nascimento, um crescimento, conseqüentemente terá envelhecimento e morte. Quando vemos uma estrela cadente, estamos vendo um Sol que morreu. O Sol não recicla os elementos que geram a sua energia. Ele está queimando constantemente combustível atômico e não está fazendo a sua reciclagem, para reposição. Certamente, esta energia chegará ao fim e o Sol acabará um dia no tempo.

A energia que vem do Sol passa de um ser vivo para outro por intermédio dos alimentos, o que se constitui numa grande estratégia da natureza. A energia solar transformada nos alimentos, passa de um ser vivo a outro, continuamente em eternos ciclos.

O homem depende muito de energia. Então, ele precisa compreender que as fontes de energia vão se acabar muito em breve. O homem moderno passou a consumir muita energia; em quase tudo ele a usa com intensidade e é grande a sua dependência dela. Daí é fundamental ensinarmos às crianças que, apesar das legislações de proteção ao meio ambiente existentes, é quase impossível ao homem reconstituir a natureza degradada, reconstituindo os ecossistemas naturais. Além do mais há quase que total desrespeito, por parte dos homemóides, às leis de proteção da natureza. Então, é preciso educar o estudantado para a formação de uma compreensão da natureza holística, para um despertar da consciência ecológica profunda, para uma cidadania ecológica que lhe permita respeitar e amar a natureza como a si mesmo.

As leis são criadas para proteger algo que está sendo desrespeitado por alguém. Então, elas são criadas para os homemóides violadores da ordem correta das coisas, para aqueles que ainda não possuem uma consciência desperta e, por isso, desobedecem aos princípios corretos. Para aqueles que possuem consciência ecológica formada se torna dispensável as normas de proteção da natureza e de qualquer coisa, pois o seu amor e compreensão das coisas éticas lhes ditam princípios correto para um reto pensar, para um reto agir. Daí, estes entes sociais possuem uma preocupação imediata com as coisas da natureza, zelam por ela, lutam por ela, defendem-na!

É preciso passar ao estudante a idéia da necessidade de desenvolvermos ciências, tecnologia e consciência na mesma intensidade, até que venhamos, um dia, utilizar diretamente a luz do Sol e o éter da atmosfera como fontes de energia.


22. PRESERVANDO FLORESTAS TROPICAIS.

Devemos lutar pela preservação das florestas tropicais, porque elas se constituem um ecossistema de maior biodiversidade holística existente no planeta. É preciso que façamos algumas coisas concretas em favor das florestas; devemos desenvolver atitudes corretas, com ações unidas às intenções, ao bem da natureza.

É questão de sobrevivência para nós seres humanos preservar as florestas. Somos nós que precisamos delas para nossa vida e não elas que dependem de nós! As florestas nos conferem enormes benefícios, além dos vegetais produzirem beleza, riqueza e a alimentação que precisamos.Podemos ajudar a preservar as matas de muitas formas, plantando uma árvore, por exemplo. Porém, a maior contribuição que devemos dar à natureza é estudá-la para compreendê-la, tomarmos consciência de sua importância no equilíbrio ecológico do planeta e socializar esta compreensão com os nossos semelhantes na forma de ensinamentos, de sensibilização e nas atitudes corretas em prol das árvores, dos arbustos, das herbáceas, etc.

Devemos aprender e ensinar, enquanto aprendemos acerca do holismo de uma floresta, que as plantas são extremamente necessárias à nossa sobrevivência, trazem muitos benefícios para nós, para uma imensa multidão de animais e para o ambiente em geral, ao fornecerem abrigos e alimentos para os animais, amenizarem a temperatura ao umedecer o ar, ao reciclar o ar, controlar a poluição e evitar a erosão, ao propiciar a infiltração das águas da chuva no solo, ao diminuir a poluição sonora, ao embelezar a natureza com suas flores, encantado a todos nós com os seus aromas e extraordinária beleza, etc.

Podemos tomar atitudes práticas de preservação ao aprendermos a aprender sobre as florestas e, ao mesmo tempo, ensinarmos as pessoas, colegas, família, etc., acerca de: tomar atitudes concretas para se evitar a destruição das espécies vegetais; plantar uma árvore, colaborando com a arborização; fazer visitas a ecossistemas variados, como Jardins Botânicos, Parques e Reservas, Campos, Cerrados Florestas, etc; fazê-las não só para lazer, mas também para estudos, para conhecimento, compreensão e conscientização acerca da importância, para continuidade das nossas existências, a preservação desses santuários da vida.

Uma floresta revela: um grande número de espécies diferentes; um ecossistema com a maior biodiversidade do planeta; e adaptações que permitem a sobrevivência dos animais; Devemos ressaltar que há um erro, que se tornou clássico, de admitir a floresta como sendo o "pulmão do planeta". Devemos dizer que isto não é verdade, porque apesar da fantástica produção de oxigênio, o consumo desse gás na respiração dos próprios vegetais é, também, extraordinariamente grande. Na realidade, produção e consumo praticamente se igualam.

O grande papel das florestas tropicais, isto sim é verdadeiro, é o de impedir a livre evaporação da água do solo, protegendo-o da desidratação e conseqüentemente da desertificação. Há uma outra lenda consagrada de que o solo da floresta é rico. Ora, a fantástica biomassa vegetal presente na floresta nada mais é do que o resultado da transferência de materiais do solo e do ar, que permanecem "estacionados", já que a maioria das espécies tem vida longa e a perda de flores é irrisória.

Uma floresta não é só um aglomerado de árvores. Uma floresta é um conjunto de espécies de animais e vegetais que se relacionam holisticamente entre si e com os fatores do ambiente. Uma floresta ou qualquer outro conjunto formado por seres vivos que se relacionam entre si e com os fatores do ambiente constitui o que se denomina de ecossistema.

Numa floresta há os fatores abióticos e bióticos, que através da mecânica holística formam o ecossistema. Então podemos definir ecossistema como sendo um conjunto de seres vivos, animais e vegetais que se constituem nos fatores bióticos e seres brutos, não vivos, como ar, luz, temperatura, sais minerais, etc, que são os fatores abióticos. Nas florestas há espécies raras de vegetais e de animais. As folhagens de uma floresta atuam como um filtro, o que podemos constatar, à medida que vamos adentrando nela, ao perceber que a claridade do sol vai diminuindo.


23. HOLISMO DA CARTA INDIGÍNA DE SEATTLE.

O Presidente Americano F. Pierce, em 1854, quando tentava comprar as terras dos indígenas de Seattle, obteve como resposta esta magnífica carta, revestida de uma enorme consciência ecológica, de ima profunda compreensão da mecânica holística do cosmos.
Ela traduz-se num sublime exemplo de amor, de interatividade cósmica e de uma Ecologia Profunda do Universo Holístico, a serem seguidos por todos nós a favor da consciência holística de preservação do nosso mesocosmo telúrico.
Ela denuncia o egoísmo, à ganância exacerbada do homemóide branco, equivocado na sua intenção e cioso de seu intelecto devastador. Representa um apelo à consciência, à mobilização articulada de todos nós na luta contra os inimigos da ecologia, contra a injustiça dos homemóides inconscientes e que supõem possuir o direito sobre a terra, excluindo seus semelhantes e outros seres vivos.
Precisamos educar nossas crianças com o conteúdo humanístico e holístico desta carta, a fim de torná-las agentes conscientes do holismo cósmico, capacitados a interferirem construtiva e positivamente a favor da vida existencial sobre o mesocosmo vivo.
Eis, abaixo, a carta, para refletirmos profundamente sobre o seu conteúdo holístico:
O ar é muito precioso para o homem vermelho porque todas as coisas compartilham o mesmo sopro: o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro.
Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao seu próprio mau cheiro. Portanto vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se nós decidirmos aceitar, imporemos uma condição: O homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos. O que é o homem sem os animais? Se os animais fossem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois, o que ocorre com os animais breve acontece com o homem.
Há uma lição em tudo. Tudo está ligado! Vocês devem ensinar às suas crianças, dizendo a elas que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para elas respeitem a terra e digam a seus filhos que ela foi enriquecida com a vida de nosso povo. Ensinem as suas crianças o que ensinamos às nossas: que a terra é nossa mãe.
Tudo o que acontecer com a Terra, acontecerá também aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos. Disto nós sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem é que pertence a terra.Já sabemos disto, que todas as coisas então ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo. O que ocorre com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não teceu ainda a teia da vida: ele é simplesmente um de seus fios.
Tudo aquilo que fizermos ao tecido, fará o homem a si mesmo. Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala como ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum. É possível que sejamos irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos certos e o homem branco poderá vir a descobrir um dia: Deus é um Só, qualquer que seja o nome que lhe dêem. Vocês podem pensar que O possuem, como desejam possuir nossa terra; mas não é possível. Ele é o Deus do homem e sua compaixão é igual para o homem branco e para o homem vermelho.
A terra lhe é preciosa e feri-la é desprezar o seu Criador. Os homens brancos também passarão; talvez mais cedo do que todas as outras tribos. Contaminem suas camas e uma noite qualquer serão sufocados pelos próprios dejetos. Mas, quando de sua desaparição vocês brilharão, intensamente iluminados pela força do Deus; Sol que os trouxe a esta terra e que por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre ela e sobre o homem vermelho.
Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos porque todos os búfalos são exterminados; porque os cavalos bravios devem ser todos domados; porque os recantos secretos das florestas densas são impregnados do cheiro de muitos homens; porque a visão dos morros é obstruída por fios que falam. Onde está aquele arvoredo? Desapareceu. Onde está a água? Desapareceu! É o final da vida e o inicio da sobrevivência.
Como é que se pode comprar ou vender o céu, comprar ou vender o calor da terra? Essa Idéia nos parece um pouco estranha. Se nós não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como é possível comprá-los? Cada pedaço de terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência do meu povo.
A seiva, que percorre o corpo das árvores, carrega consigo, as lembranças do homem vermelho...Essa água brilhante, que escorre nos riachos e rios, não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar sempre de que ela é sagrada; e devem ensinar às suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo.
O murmúrio das águas é a voz de meus ancestrais. Os rios são nossos irmãos e saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos as nossas terras, vocês devem lembrar sempre e ensinar para seus filhos que os rios são nossos irmãos e seus também. E, portanto, vocês deverão dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão. Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes.
Uma porção de terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra tudo que necessita. A terra, para ele, não é sua irmã, mas sua inimiga e, quando ele a conquista, extrai dela o que deseja e prossegue seu caminho; e deixa para traz os túmulos de seus antepassados e não se incomoda; e rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa... O seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto.
Eu não sei, mas os nossos costumes são diferentes dos seus. A visão das suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez porque o homem vermelho seja um selvagem e não compreenda.Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar, onde se possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou o bater de asas de um inseto.
Mas, talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído de lá parece somente insultar os ouvidos. E o que resta de um homem, se não pode ouvir o choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa à noite? Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmuro do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros.


24. UNIVERSO HOLÍSTICO.

Este livro constitui-se em um pequeno tratado das causas da violência generalizada do homemóide sobre a natureza. Ele denuncia contundentemente as agressões descomedidas ao planeta, chamando a humanidade à reflexão, com uma mensagem dirigida ao despertar da consciência, para ampliação da compreensão das questões ecológicas, por meio dos fatores de revolução da consciência da Psicologia Revolucionária do Dr. Samael. Entretanto, o grande objetivo deste trabalho é mostrar que no cosmos tudo é dinâmico, nada é estático, tudo se movimenta dinâmica e holisticamente. Da água que cai da chuva, uma parte vai formar rios e lagos; logo após, ela está no mar, nos oceanos, nos no interior dos seres vivos, no ar, no solo, etc; e nada impede que vote ao mar novamente, num eterno ciclo. O mesmo ocorre com o oxigênio, com o hidrogênio, com o carbono, etc, que um dia estão no ar, em outro dia fazem parte de uma planta ou de um animal; contudo, acabam, certamente, voltando ao meio ambiente, recomeçando o ciclo infinito.

O ser humano precisa desenvolver a sua consciência, para não interferir negativamente nos ciclos naturais, porque a natureza aproveita tudo, não desperdiça nada! Nos ciclos que não acabam nunca, tudo é reaproveitado e formam um conjunto de partes isoladas, nos ciclos intermináveis, que se integram num equilíbrio delicado, cósmico, holístico, maravilhoso, que precisa ser compreendido e respeitado, para existir sempre.

Amigo estudante vem, vamos ler, estudar e praticar o conteúdo deste livro; para desenvolvermos uma compreensão do holismo do planeta, expandir nossa consciência ecológica, participarmos da preservação dos ciclos da natureza e contribuir para preservar o equilíbrio em nosso planeta. Vamos todos nós trabalharmos para salvação de nossa casa, que ela é linda! A Terra é viva! Viva a vida da Terra!

Precisamos conhecer e vivenciar os diversos ambientes do nosso planeta, bem como seus constituintes e seus habitantes; para compreendermos que o segredo da natureza está no equilíbrio das relações entre os seres vivos e o meio ambiente. Este equilíbrio depende da reciclagem dos materiais e do reaproveitamento de todos os restos orgânicos. O que está em defunção, é resto para uns e está como matéria prima para as funções de outros, porque tudo se aproveita em infindáveis ciclos; a natureza não desperdiça nada. Nela, "nada se perde, nada se cria, tudo se transforma".

Ao desenvolvermos nossa consciência ecológica, compreendemos a formação da Terra com diversos ambientes e sua incrível biodiversidade. Teremos condições de raciocinar acerca do surgimento desta, juntamente com outras partes do cosmos. A Terra foi se transformando, com o passar dos tempos surgiram os seres vivos, porque ela é um planeta vivo e a sua biodiversidade é a maior ferramenta de manutenção do seu equilíbrio holístico.

Nos ecossistemas do planeta, a matéria circula e a energia flui, constantemente. A cadeia alimentar é uma estratégia importante, usada pela natureza para passar a matéria e a energia de um ser vivo para o outro. Toda cadeia alimentar se constitui sempre em um ciclo de reciclagem da matéria.

A energia adentra no planeta na forma de luz e parte dela sai sob a forma de calor, não sendo, portanto, reciclável. Então, como a energia flui e a matéria circula na natureza, é muito importante conhecermos esta movimentação de energia e da matéria na natureza.

É importante a compreensão de que todos os seres vivos são formados pelos mesmos materiais: glicídios, protídeos, lipídios, ácidos nucléicos, etc. Desta forma, um ser vivo pode servir de alimento para outro, numa estratégia importante de reciclagem de materiais. Devemos saber que toda cadeia alimentar consta de três elos importantes: produtores, consumidores e decompositores. Também é importante saber que a energia entra na vida, sob a forma de luz, por meio dos seres clorofilados e sai sob a forma de calor, enquanto uma outra parte se transforma em matéria orgânica. Como os seres vivos não possuem a capacidade de transformar calor em energia, nossa vida na Terra fica na dependência do Sol.

É importante observarmos e comprovarmos que tudo que nós e os seres vivos retiramos do meio ambiente é devolvido a ele, mais cedo ou mais tarde. Como diz a Bíblia: "Do pó viemos ao pó retornaremos". Essa é a estratégia dos ciclos da natureza. Nesta estratégia, para existência de vida no nosso Sistema Solar de ORS, o Sol gera e fornece energia para Terra, para que haja os seres vivos, os materiais, etc.

As plantas absorvem o gás carbônico do ar e retiram água e sais minerais do solo. Com esses ingredientes, na presença da luz solar, fazem fotossíntese, para produzirem o seu próprio alimento, aumentar seu corpo, crescer e executar as suas funções vitais; por isso os seres autótrofos, que ocupam o primeiro elo da cadeia ecológica, são chamados de produtores. Os animais não fazem fotossíntese, são consumidores chamados heterótrofos e o segundo elo da cadeia ecológica. Os micróbios são decompositores, o terceiro elo da cadeia ecológica.

Todo ser vivo precisa de materiais para promover o crescimento do seu corpo e renovar as partes desgastadas. Por meio da fotossíntese, os vegetais transformam substâncias minerais simples encontradas no ambiente, em substâncias orgânicas mais complexas. Se não houvesse os seres vivos não haveria renovação, reciclagem das substâncias em nosso planeta, como disse o sábio francês Lavoisier (1743 a 1794): "Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma". No nosso planeta tudo circula, tudo se movimenta constantemente. As inter-relações dos diversos ambientes se dão graças a esta dinâmica. A Terra é um organismo vivo, possui uma parte vital, que permite a existência dos seres vivos sobre si, devido ao intercâmbio de energia que há e à sua constante movimentação.

Devemos compreender que a natureza é uma só no universo cosmos. No cosmo toda multiplicidade material e energética se reduz à unidade absoluta e toda unidade absoluta se converge para diversidade. É o princípio cósmico da unipresença, uniciência e unipotência, também descrito nos livros alquímicos das religiões. Se compreendermos que a integração entre os diversos ambientes se deve à constante movimentação da água, do ar, do solo e à transferência de matéria e energia nas cadeias alimentares, estaremos tendo uma visão holística da dinâmica cósmica.

O planeta Terra é um componente do Universo Relativo, onde a diversidade de ambientes e de seres vivos é garantida pela possibilidade dos elementos químicos formarem misturas homogêneas. Na Terra, o princípio de que a diversidade se reduz à unidade, fica garantida pelo fato de que os ambientes se relacionam uns com os outros, para formarem uma só natureza holística.

Na dinâmica holística do nosso planeta, a gravidade é um fator fundamental. Ela é uma das 48 leis que estamos sujeitos. Graças a ela, a água líquida está sempre se movimentando para potenciais mais baixos; ela sai das nuvens e vem para o chão e corre nos rios, indo para lagos, mares e oceanos. Em sua caminhada a água dissolve, transporta e deposita substâncias diversas. Com a evaporação desta água, fica realimentado o ciclo. Graças à evaporação e à movimentação da água, reinicia-se o eterno ciclo e ela é encontrada na maior parte do planeta sob seus três estados físicos.

Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma, tudo circula, tudo se movimenta incessantemente e os ciclos eternizam a natureza, que fica integrada pelos seus diversos ambientes, pela estratégia da movimentação e as transformações dos materiais. A água, o solo e o ar, necessários à vida, resultam da mistura de várias substâncias. Destes, o ar e a água circulam pelo interior dos seres vivos e pelo ambiente através da mecânica holística, para tornar a Terra um planeta vivo, dinâmico e belo!

Na dinâmica da mecânica holística do planeta Terra, a circulação da água vai se dando nos estados líquidos e de vapor. Ai, de repente a água se torna estática, na forma sólida; porém, quando derrete, volta a circular novamente. A água vira vapor pela ação do calor e sobe. Lá no alto esfria, vira líquido e cai novamente, na forma de chuva, atraída pela gravidade.

Esta dinâmica de subida e de decida da água garante a distribuição desta para toda a Terra, possibilitando a existência da vida em quase todas as partes desta. A circulação garante a dissolução de substâncias, permitindo acumulação de materiais necessários à vida. Devemos lutar para preservar a água; isto é uma tarefa fundamental de todos nós. A água é usada por todos e para tudo: nas fábricas, nas escolas, nas casas, pelos seres vivos, etc. Na mecânica holística do planeta, a vida, tanto na terra como na água, usa o mesmo mecanismo, uma vez que os seres vivos apresentam as mesmas necessidades.

Os participantes de uma cadeia ecológica mudam no espaço e no tempo, porém o mecanismo de passagem de matéria e energia é sempre o mesmo eternamente. Neste mecanismo estão, sempre presentes, os produtores, os consumidores e os decompositores. Aí, os produtores transformam a matéria inorgânica em orgânica; então, os decompositores transformam a matéria orgânica em inorgânica; daí, o alimento passa de um organismo vivo ao outro, possibilitando assim a continuidade da vida. Nesta mecânica, os seres clorofilados produzem a matéria orgânica, por meio da fotossíntese, por serem os produtores na cadeia ecológica, utilizando as moléculas mães que constituem o corpo de todos os seres vivos. Para continuidade da existência da vida no planeta, é de extrema importância a ação dos decompositores na transformação da matéria orgânica em inorgânica utilizável pelos autótrofos produtores. Desta forma os ciclos se completam.

Não seria possível a continuidade da vida existencial no planeta, se os cadáveres e os restos dos seres vivos não se decompusessem pela ação dos decompositores; se não fossem transformados, os restos de seres vivos, em substâncias minerais, não haveria materiais para a formação de novos seres, uma vez que pela lei da conservação da energia nada se cria. Dai, é de fundamental importância a criação de uma consciência ecológica, para se respeitar o equilíbrio da natureza. Com ignorância, sem compreensão, não há respeito à ecologia; o que há é violência à natureza. É preciso compreender que a mecânica da natureza é dinâmica e esse dinamismo é o fator responsável pela manutenção da vida existencial no planeta.

Não podemos ser fanáticos a ponto de conceber a idéia de que a natureza é intocável. Não é assim! A natureza deve ser explorada com cuidado, com conhecimento de sua mecânica holística e com consciência, para não causar violência ao equilíbrio ecológico. Para que não haja mais violência à natureza, gerando mais desequilíbrio ecológico, é preciso levar aos estudantes uma formação adequada, para que eles, como homens holísticos, venham interferir positivamente na natureza, com conhecimento e compreensão da dinâmica de um ecossistema, dos mecanismos das cadeias alimentares, dos processos de reciclagem, do dinamismo dos ciclos naturais, etc.


25. COMPONENTES HOLISTICOS DA NATUREZA.

Nos ecossistemas há o fenômeno holístico da troca de matéria e energia entre o meio e os seres vivos que ali vivem.Aí os fatores abióticos e bióticos, desde de minúsculos seres microcósmicos a gigantes seres macrocósmicos, se relacionam interativamente, resguardando os princípios da interdependência e simultaneidade, para gerar e coordenar a vida existencial. Nossa Terra se constitui num mesocosmo imenso, num colossal ecossistema que abriga uma infinidade de seres vivos em suas viagem pelo espaço deuterocósmico. O nosso colossal mundo mesocósmico interconecta aos mundos deuterocósmicos formados pelos sós, que por sua vez se acoplam ao universo das galáxias macrocósmica contidas nos mundo ayocósmicos emergentes do protocosmos, no mais extraordinário show holístico do universo, regido pela maestria dos princípios interativos inteligentes sincrônicos da interdependência e simultaneidade univérsicas.

O homem, desde tempos remotos se esforça para compreender o cosmos. Começou observando-o a olho nu, foi construindo instrumentos primitivos, evolui-se muito até aos gigantes e modernos telescópios, que conduzem-nos ao conhecimento do imenso universo cósmico, para tentarmos descobrir de onde viemos, por estamos aqui e para onde vamos. Entretanto, esta é uma maneira científica, mas limitada de se conhecer o universo holístico.

Se realmente desejamos conhecer o universo cósmico, a sua totalidade holística e a inteireza da vida gerada e sustentada por ele, temos que primeiramente conhecer a nós próprios, em consonância com a descritiva inigmática fincada no Templo de Delfhos na Grécia: "Homo nosce te ipsum", que traduzido significa: "Homem conhece-te a ti mesmo, que conhecerás o universo e os seus deuses".

O conhecimento do universo, de maneira gradativa, se dá em nós, concomitantemente ao despertar da consciência ecológica profunda, por intermédio dos fatores de revolução da consciência, magistralmente ensinado pelo Dr. Samael Aun Weor em suas obras cosmológicas. Porque, na realidade, os instrumentos científicos permitem-nos a comprovação e a demonstração dos fatos científicos, enquanto que a consciência holística desperta permite a nós a autocomprovação da totalidade dos fenômenos cósmicos.

O princípio inteligente da natureza dotou-nos de sentidos para percepção dos fenômenos holísticos que ocorrem na interação entre os diversos componentes do ambiente: como na descarga elétrica que provoca o fenômeno termológico de aquecimento do ar, por exemplo, que se expande provocando o fenômeno ondulatório do som através da trovoada; e também há ai o fenômeno ondulatório de propagação da luz na forma de relâmpago, num verdadeiro show holístico de interatividade fenomenológica.

O princípio de inteligência organizativa da natureza adota estratégias extraordinárias na tarefa de organização e do funcionamento dos organismos dos seres vivos, constituindo-os de partes interdependentes, mas que funcionam harmônica e sincronizadamente e ao mesmo tempo. Onde cada parte ou sistema possui o seu papel fundamental na garantia do sucesso da vida existencial, assegurado na interatividade de suas células, dos tecidos, dos órgãos e sistemas.

Um outro belo exemplo de integração holística pode-se ver no fenômeno do transporte de substâncias absorvidas através do sangue pelo sistema circulatório. Aí, a parede interna do intestino configura dobras microscópicas que possuem formato de dedos; no interior de cada dobra circulam capilares sangüíneos. Então, as dobras aumentam a capacidade de absorção dos alimentos digeridos, quando ali o sangue já se encontra apto a transportar o que está sendo absorvido.

Precisamos dotar as gerações futuras de cidadania ecológica, para que possam tecer posição de luta constante em defesa do equilíbrio ecológico de nosso planeta, em prol de uma Terra holisticamente viva! Precisamos despertar a consciência ecológica em cada cidadão, para que perceba na hidrosfera, na atmosfera e na litosfera a constituição, através do princípio inteligente da natureza, de imensos reservatórios de substâncias necessárias à geração e manutenção de vidas existenciais do homem e de todos os demais seres vivos e zele por eles carinhosamente.

É fundamental despertarmos a consciência ecológica para percebermos que ao alterarmos a constituição natural de um ecossistema, com resíduos poluentes, estaremos alterando o equilíbrio holístico ali existente, interrompendo os ciclos das substâncias na natureza, piorando a qualidade de vida para todos nós, violentando a vida dos cinco reinos de seres vivos da natureza holística. Sem consciência holística o homemóide não consegue se aperceber que a violência que ele impõe a Terra, que ameaça a vida dos seres vivos e a si próprio, representa o produto de sua absoluta ignorância holística, por sua inconsciência ecológica, que se traduz nos desconhecimento de si mesmo e do holismo da natureza.

O homem holístico compreende que ele não pode se afastar da natureza, da mesma maneira que fez o homemóide antropocêntrico; pois ele é apenas um ser vivo, como todos os outros, pertencente à grande teia da vida, que usa materiais do meio ambiente para viver interativamente com os fenômenos bióticos e abióticos da mecânica holística.

O homemóide antropocêntrico está levando o meio ambiente para um grande desastre ecológico, se não houver reversão da trajetória de devastação que está percorrendo. Temos que educar os nossos jovens para o despertar da consciência ecológica profunda para paz e não violência na Terra, para a conquista definitiva de uma verdadeira cidadania ecológica.


26. IRMÃ ÁGUA GRANDIOSA!

Na mecânica holística do nosso universo mesocósmico, os diferentes ambientes se relacionam uns com os outros, interativamente, para constituírem-se numa única natureza. As águas dos rios, lagos, mares e oceanos, coordenados pelo fogo solar, evaporam e vão formar, lá nas alturas, as nuvens que esfriam e caem na forma de chuvas e daí, todo começa de novo, num eterno ciclo. O relacionamento entre os diversos ecossistemas do mesocosmo terrestre fica garantido através a interatividade dos fenômenos holísticos dos ciclos e cadeia ecológicas dos seres vivos.

Nosso planta azul é muito lindo! Ele é chamado equivocadamente de Terra; pois é constituído, em sua maior parte, de água que originou das atividades vulcânicas, para posteriormente cair na terra sobre a forma de chuva, escorrer encostas para formar os rios, lagos, mares e oceanos, após haver acumulado nos vales. Nossa Terra possui água em abundância, entretanto, não se consegue conserva-la convenientemente e muitos povos poderão perecer de sede, dentro em breve.

Na mecânica holística da Terra, a água foi muito importante para o surgimento da Vida. Na teia alimentar, a energia extraída dos alimentos se transfere de um ser vivo ao outro, num ciclo interminável, para sustentação da vida existencial. Assim, os seres autótrofos produzem alimentos para os seres heterótrofos. As bactérias transformam os restos de organismos mortos em substâncias minerais, para que a vida possa continuar.

Se o homemóide tivesse a consciência ecológica desperta, teria aprendido a explorar comedidamente o que a natureza produz, não teria violentado a Terra, provocado o desequilíbrio ecológico. Na continuidade da existência holística as substâncias constituídas por moléculas de átomos iguais ou diferentes vão se organizando através do princípio organizativo da mecânica holística.

Para cumprir a sua função holística na mecânica univérsica, a água existe em três estados físicos: sólido, líquido e gasoso. Quando ela ganha energia, passa de sólido para líquido e vapor e quando perde energia, passa de vapor a líquido e de liquido a sólido. No holismo univérsico, a natureza utiliza a evaporação para purificar a água, tirando as suas impurezas, dentro de um ciclo eterno.

A água da natureza passa ao estado de vapor pela estratégia do fenômeno holístico da evaporação, por intermédio do calor do sol que aquece suave e progressivamente as águas dos poços, dos córregos, dos rios, ribeirões, lagos, mares e oceanos. A evaporação provocada pelo vento e pelo calor, dessaliniza as águas do mar.

A água está presente na composição de todos os seres vivos e se mistura a quase tudo que existe na natureza. Ele existe abundantemente na natureza, entretanto, já está faltando água potável, pois nem toda água é própria para beber. Por outro lado, o homemóide com o seu pseudoprogresso tecnológico polui aceleradamente as águas da natureza.

O homemóide, ao poluir as águas, não compreende que a água limpa se constitui numa das melhores maneiras de se preservar a saúde. Por isso devemos lutar para não deixar faltar água, proteger os mananciais e evitar a destruição das matas.

Fica cada vez mais complicado satisfazer as necessidades de água para o uso da humanidade. A espécie humana, por inconsciência absoluta, tem colocado em perigo a quantidade de água na Terra, levando uma grande ameaça aos demais seres vivos da biosfera. A água potável do planeta caminha para o fim, em conseqüência da violência do homemóide à natureza, na forma de derrubada de florestas inteiras, poluição dos rios e mananciais, utilização corrosiva dos solos, etc.

O progresso tecnológico inconsciente polui as águas, o solo e o ar. Como resolver o problema? Há uma necessidade urgentíssima de educar o estudantado para aprender a compatibilizar adequadamente progresso com preservação dos recursos hídricos do nosso planeta. Para tal façanha é necessário expandir a consciência, na mesma proporção das ciências. Pois assim o homem compreenderá que a água é um bem precioso para si e para todos os seres vivos e que ninguém possui o direito de poluí-la. É possível conciliar progresso científico e tecnológico sem poluição; desde que haja expansão da consciência ecológica, na mesma proporção destes.

A água limpa se constitui num dos melhores modos de evitar doenças e preservar a saúde. Também é importante o saneamento básico. Investir em tratamento de água e dos esgotos é diminuir o número de doentes nos hospitais. É preciso que o estudante se conscientize de que os mananciais sejam preservados para continuarem fornecendo água potável.

É doloroso ver um povo inconsciente chamando de progresso à produção de celulose em uma fábrica, por exemplo, num processo altamente poluente, pois ali os rejeitos são lançados nos rios, agredindo o meio ambiente, violentando a própria vida. Como pode, alguns homemóides inconscientes, poluírem os rios, mares e oceanos que pertencem a todos nós, em nome do progresso?


27. MÃE TERRA POSSUI QUASE TUDO PARA NÓS.

Na mecânica holística da natureza, o magma foi se solidificando através do resfriamento, para dar origem às rochas magmáticas, que por sua vez deram origem aos outros tipos de rocha como sedimentares, metamórficas, etc. A natureza saturou-se, durante milhões de anos, de organismos de seres vivos para formar os combustíveis.

Estrategicamente, os agentes holísticos da natureza espalharam a vida vegetal, para todos os lados do planeta, através da movimentação de grandes massas de ar, que carregam substâncias e partículas diversas.

A nossa espaçonave Terra tem a bordo tudo que necessitamos para viver, com exceção do fogo solar. O Sol é um elemento importante do conjunto de mundos deuterocósmicos; representa uma fonte inesgotável de energia para o mesocosmos.

O princípio organizativo da mecânica holística organizou ema grande estratégia para manter o equilíbrio ecológico da natureza: reciclar todos os seus materiais para que durem eternamente. A energia que vem do Sol está sempre disponível na Terra. Assim as árvores podem produzir alimentos e madeiras continuamente.

Os seres clorofilados, holisticamente, produzem alimentos através da energia solar que acumulam. E a energia solar contida nos alimentos vai passando de um ser vivo a outro, num ciclo eterno, que renova a natureza incessantemente.
Vamos respeitar, reverenciar e extasiar-se com a beleza e a ordem da nossa natureza holística! A viva vida está sempre presente no holismo terrestre.

O homem aprendeu a aproveitar a energia dos rios e dos ventos para realizar trabalho em seu benefício. O vento e a água são garantidos pelos seus ciclos naturais que nunca acabam, não causam poluição e podem sempre ser usados como fonte alternativa de energia. Precisamos atentar para o fato de que o carvão e o petróleo só são encontrados em determinados locais e não se formam nunca mais. E quando acabarem?

A humanidade, até hoje, sentiu-se centro do universo, sustentada pela filosofia antropocêntrica. Assim, entrou na era do descartável e da devastação acelerada da natureza, jogando fora quase tudo que usa, não reaproveita nada! Nossa sociedade não se educou holisticamente e se transformou em vítima do consumismo descomedido, em agente de consumo desenfreado, produtora de lixo, de imundície, de miséria, de violência, desordem e caos!

Precisamos aprender a viver holisticamente como a natureza vive. Vamos imitar a natureza em tudo, reciclar o que usamos, reaproveitar tudo o que pudermos, consumir só o que necessitamos e não o que o sistema antropocêntrico quer que consumamos. Devemos cooperar com o holismo telúrico, compreendendo que tudo que não é renovável deve ser reciclado e agirmos neste sentido. Também devemos compreender que tudo aquilo que se constitui em matéria prima abundante hoje, amanhã poderá não existir mais.

Da mesma forma devemos ter a compreensão de que a saúde resulta do equilíbrio pleno de nosso organismo microcósmico e deste com a holística da natureza mesocósmica. O dia em que tivermos uma saúde plena, seremos felizes! Por isso devemos construir a nossa felicidade e a de nosso semelhante, lutando sempre para erradicar as causas das doenças, que se encontram consubstanciadas no ego. E, quanto mais nos auto-educarmos, através dos três fatores de revolução da consciência, compreensão mais elevada teremos; teremos menos doenças, seremos mais felizes e conseqüentemente precisaremos de menos hospitais e de menos presídios.

Além das doenças hereditárias, as quais não dependem das condições econômicas dos indivíduos, há o envelhecimento natural de todos nós, que transcorrido sem condições econômicas pode ser a causa de muitas doenças. Por outro lado, a má alimentação que é o vetor mestre das causas das doenças, é um problema da nossa cultura, da nossa prática de vida e não só da pobreza como se pensa.

Uma das melhores maneiras de combatermos as doenças, se constitui em combater as suas causas, com medidas preventivas que resultem em melhorias da qualidade de vida, que se constituem em poderosas armas contra a injustiça social. Todos nós não necessitamos tanto de medicamento, precisamos, sim, é de alimentação adequada.

As pessoas obesas também são doentes, não se alimentam adequadamente. A má nutrição resulta da injustiça social, em sua maior parte, enquanto que para alguns decorre de um problema cultural. Em geral o homemóide desequilibra o seu microcosmo, está sempre diante da questão da falta ou do excesso de alimentação, por se tratar de pessoa que não possui consciência ecológica desperta. Devemos ensinar aos nossos alunos que comer bem não significa possuir boa qualidade de vida. Qualidade de vida resulta da somatória das saúdes individuais e coletivas.


28. ECOLOGIA DO SOLO E DA VIDA.

Enquanto o ar e a água são voláteis, o solo é quase estático, quase não se movimenta e se constitui num bom substrato para as plantas e para locomoção dos animais. O solo se constitui numa imensa reserva de materiais úteis à vida existencial de todos os seres vivos. É preciso orientar o estudante para o fato de que, grande parte dos materiais que se retira do solo, não está sendo reposto e por não ser renovável, se esgota e se acaba. É preciso incutir na cabeça do estudante o fato de que preservar o solo é tarefa nobre de todos nós. Ao educar o estudante deve-se dar a ele condições de compreender que o solo é um imenso reservatório para a vida existencial. A escola deve ensinar ao estudante que a melhor opção para o uso adequado do solo e dos recursos naturais consiste em desenvolver a consciência ecológica de respeito à vida e ao meio ambiente.

A ação devastadora do homemóide antiecológico, que ao procurar riquezas, tem provocado degradação ambiental no planeta, destruindo as florestas nativas, poluição nos rios através do mercúrio das garimpagens, etc. Sabemos que os recursos minerais não são renováveis, entretanto podem ser recicláveis. A sociedade moderna, na sua etapa apocalíptica, chegou a um nível de consumo tal que não pode mais ser sustentado pelos recursos naturais do planeta, por muito tempo. Os recursos minerais se esgotam e acabam definitivamente.

O homem pode se independentizar-se, deixar de ser escravo do sistema e de si mesmo, através da prática dos fatores de revolução da consciência; porém, nuca pela ciência materialista e pela tecnologia, inconscientes que ai estão. Uma vez que, à medida que a ciência e tecnologia avançam, a consciência atrofia e o homem se torna dependente da natureza; por isso está preso às suas necessidades egoístas e à sua fragilidade. Tecnologia avançada, no moldes do planeta Terra, demandam grande quantidade de energia e minerais raros, o que certamente amplia a dependência do homem acerca da natureza.

Na natureza, é renovável tudo aquilo que ela produz para vida existencial e é reciclável tudo aquilo que ela reaproveita para geração de novos materiais, para sustentação de novas vidas. Aí, é bom que se tenha consciência das dimensões da devastação, e do agravo ao meio ambiente, provocados por violentadores da natureza à procura de minérios, como a devastação de Serra Pelada, por exemplo. Ali houve poluição de rios, intoxicação de garimpeiros, por intermédio de mercúrio usado no tratamento do minério na obtenção do ouro. Nestes ambientes, além da violência à natureza, há a violência generalizada entre os seres humanos: prostituição, brigas, drogas, mortes, ambição, etc.

O carvão mineral e o petróleo são transformações, ao longo de milhões de anos, de restos de seres vivos. É bom sabermos que, holisticamente falando, a terra não é produtora de energia original. Então, em última instância, a energia contida nos combustíveis fósseis e nas estruturas que geram e sustentam a vida, foram produzidas no Sol. É certo que a vida moderna está totalmente dependente do petróleo, porem, onde se encontrará energia, assim que esgotarmos os combustíveis fósseis? Os combustíveis fósseis levaram milhões de anos para serem formados, a partir de restos de organismos soterrados.

Cientificamente sabemos que tudo que tem um começo, também tem um meio e possui um fim. Os combustíveis também terão o seu fim! A Terra não está renovando-os, nem os reciclando e nem os produzindo, por não possuir esta função em sua mecânica holística. Então, como será as nossas vidas sem esses combustíveis primordiais?

Holisticamente, as plantas brotam de sementes, que num primeiro estágio, possuem suas reservas nutritivas. Depois, a luz, o ar e o solo garantem o crescimento das destas, após o secarem das sementes.

O homemóide destrói o solo porque não compreende que sua formação foi muito lenta, a partir da transformação das rochas matrizes que levaram anos para se configurarem. Lamentavelmente o homemóide corta as árvores das florestas e deixa o solo desprotegido. Daí, o solo é arrancado pelo vento e pela água, gerando a erosão. No rastro da erosão, outro solo saudável só será formado depois de muitos anos.

Devemos ensinar para as nossas crianças o princípio de externar gratidão ao irmão solo, por ser ele o sustentáculo de nossas vidas, o substrato que nos apóia, por gerar as plantas que produzem nosso alimento e por tudo mais que nos oferece. Por tudo isso, holisticamente falando, o nosso irmão solo, juntamente com a irmã água, o irmão ar e o irmão fogo são agentes holísticos indispensáveis às nossas vidas, às vidas de nossos irmãos vegetais, bem como às vidas dos nossos irmãos animais.

Nossa ação sobre o solo favorece a agricultura, mas devemos ter cuidado porque também modifica a natureza. Se continuarmos fazendo agricultura sem os devidos cuidados científicos o solo continuará se empobrecendo continuadamente. Vamos ensinar nossas crianças como proteger sempre a vegetação natural, pois ela mantém o solo rico e bonito.

Preservar a qualidade do ar, da água e do solo é uma tarefa nobre de todos nós. Pois eles são elementos de extrema importância para o holismo da natureza, por se constituírem em substrato e reservatório de substâncias necessárias aos seres vivos.

Se o homemóide possuísse consciência desperta jamais poluiria o ar, o solo e a água, pois eles possuem substâncias importantes para a vida dos seres vivos. A atmosfera em particular, constitui-se numa importante camada de ar, que exerce o papel de filtração dos raios solares, além disso, impede a saída de calor armazenado no solo.

Através dos tempos o homem utilizou-se dos produtos da natureza, agredindo-a. Assim, modificou seus hábitos, desenvolveu sua cultura e melhorou sua qualidade de vida. Agora precisamos colaborar com a natureza, reciclando os seus materiais, tais como metais velhos, papéis, garrafas, etc.

Enquanto o ar e a água são voláteis, o solo é quase estático, quase não se movimenta e se constitui num bom substrato para as plantas e para locomoção dos animais. O solo se constitui numa imensa reserva de materiais úteis à vida existencial de todos os seres vivos. É preciso orientar o estudante para o fato de que, grande parte dos materiais que se retira do solo, não está sendo reposto e por não ser renovável, se esgota e se acaba. É preciso incutir na cabeça do estudante o fato de que preservar o solo é tarefa nobre de todos nós. Ao educar o estudante deve-se dar a ele condições de compreender que o solo é um imenso reservatório para a vida existencial. A escola deve ensinar ao estudante que a melhor opção para o uso adequado do solo e dos recursos naturais consiste em desenvolver a consciência ecológica de respeito à vida e ao meio ambiente.

A ação devastadora do homemóide antiecológico, que ao procurar riquezas, tem provocado degradação ambiental no planeta, destruindo as florestas nativas, poluição nos rios através do mercúrio das garimpagens, etc. Sabemos que os recursos minerais não são renováveis, entretanto podem ser recicláveis. A sociedade moderna, na sua etapa apocalíptica, chegou a um nível de consumo tal que não pode mais ser sustentado pelos recursos naturais do planeta, por muito tempo. Os recursos minerais se esgotam e acabam definitivamente.

O homem pode se independentizar-se, deixar de ser escravo do sistema e de si mesmo, através da prática dos fatores de revolução da consciência; porém, nuca pela ciência materialista e pela tecnologia, inconscientes que ai estão. Uma vez que, à medida que a ciência e tecnologia avançam, a consciência atrofia e o homem se torna dependente da natureza; por isso está preso às suas necessidades egoístas e à sua fragilidade. Tecnologia avançada, no moldes do planeta Terra, demandam grande quantidade de energia e minerais raros, o que certamente amplia a dependência do homem acerca da natureza.

Na natureza, é renovável tudo aquilo que ela produz para vida existencial e é reciclável tudo aquilo que ela reaproveita para geração de novos materiais, para sustentação de novas vidas. Aí, é bom que se tenha consciência das dimensões da devastação, e do agravo ao meio ambiente, provocados por violentadores da natureza à procura de minérios, como a devastação de Serra Pelada, por exemplo. Ali houve poluição de rios, intoxicação de garimpeiros, por intermédio de mercúrio usado no tratamento do minério na obtenção do ouro. Nestes ambientes, além da violência à natureza, há a violência generalizada entre os seres humanos: prostituição, brigas, drogas, mortes, ambição, etc.

O carvão mineral e o petróleo são transformações, ao longo de milhões de anos, de restos de seres vivos. É bom sabermos que, holisticamente falando, a terra não é produtora de energia original. Então, em última instância, a energia contida nos combustíveis fósseis e nas estruturas que geram e sustentam a vida, foram produzidas no Sol. É certo que a vida moderna está totalmente dependente do petróleo, porem, onde se encontrará energia, assim que esgotarmos os combustíveis fósseis?

Os combustíveis fósseis levaram milhões de anos para serem formados, a partir de restos de organismos soterrados.
Cientificamente sabemos que tudo que tem um começo, também tem um meio e possui um fim. Os combustíveis também terão o seu fim! A Terra não está renovando-os, nem os reciclando e nem os produzindo, por não possuir esta função em sua mecânica holística. Então, como será as nossas vidas sem esses combustíveis primordiais?


29. DINÂMICA HOLÍSTICA DA ATMOSFERA.

Na dinâmica holística do planeta, a atmosfera acompanha a Terra na sua movimentação. A atmosfera é uma parte viva da Terra e sem ela não haveria vida existencial sobre o planeta. Ela é formada pelas camadas da estratosfera, mesosfera, troposfera, ionosfera e exosfera. Ela contribuiu para vida existencial, filtrando o ar, como se fosse uma capa natural, um meio para dispersão dos agentes de polinização e vôo dos pássaros.

Preservar a atmosfera é um dever fundamental de todos nós seres humanos, bem como zelar pela qualidade do ar, que significa qualidade de nossas próprias vidas, e mobilizar a sociedade para o combate às causas da poluição atmosférica.

O ar é um das coisas mais importantes do nosso planeta. É parte da atmosfera que, holisticamente, está contida num sistema integrado à totalidade do universo. Temos que tomar cuidado com alguns homemóides que querem destruir a atmosfera por meio de artifícios bélicos, por não possuírem uma consciência de suas próprias existências holísticas e uma consciência ecológica que lhes permita compreender que sem a atmosfera não há vida.

Preservar a qualidade do ar é uma tarefa primordial de todos nós. Entretanto, há homemóides inconscientes que exercem atividade que interferem no equilíbrio da atmosfera, holisticamente afetando a interação entre ar, água e solo.

Os homemóides não possuem consciência de que o ar poluído é prejudicial a todos os seres vivos, inclusive a eles próprios. A atmosfera não é estática e no seu dinamismo ela se integra ao equilíbrio holístico da Terra. Os meios de comunicação noticiam exaustivamente os fatos acerca da poluição atmosférica alterarem a composição do ar, mudando suas características físico-químicas, poluindo-o.

O ar constitui-se numa mistura de gases, com componentes fundamentais à vida. Holisticamente o ar, a água e o solo integram e se tornam importantes reservatórios de materiais para vida. Na dinâmica holística do planeta, há uma perfeita interação entre ar, água, solo e os seres vivos. A Mãe Natureza sem poluição, integrada pelo ar, água, solo e os seres vivos é muito linda!

O homemóide, ao alterar o equilíbrio da atmosfera, dificulta as condições de vida para todos os seres. Pois todos nós e os seres vivos em geral estamos adaptados à atmosfera natural, como ela é. Precisamos ficar vigilantes, de olho nos homemóides, para que não provoquem mais violência à atmosfera, que já está muito danificada, a ponto de tornar a vida impossível para todos os seres vivos.

A atmosfera funciona como um filtro natural e se o homemóide destruí-lo, como chegará a radiação solar à superfície do Planeta? A vida na Terra se transformará num caos total! Não é mesmo? Este ente humanóide está empenhado em destruir a atmosfera, permitindo assim que toda energia luminosa se transforma em calorífica, o que se dissipará rapidamente, transformando a Terra em gelo. Da mesma forma, o homemóide tem colocado muito CO2 e outros gases na atmosfera, impedindo a dissipação do calor, em conseqüência o aumentando da temperatura.

Precisamos ensinar às crianças, guardiãs do planeta, que a atmosfera filtra os raios solares, além de dificultar a saída do calor. O homemóide antiecológico não tem consciência, não possui luz, ele é a própria treva em si mesmo e polui a atmosfera, para deixá-la também em trevas. Pois todos nós sabemos, que se a atmosfera for destruída, o céu ficará completamente negro, mesmo em pleno dia, por ausência de dispersão da luz através das partículas sólidas em suspensão na atmosfera.

Ao refletirmos acerca da beleza do vôo dos pássaros, dos insetos, dos balões, das asas deltas, dos aviões e da dispersão das sementes, chegamos à triste conclusão de que tudo isto pode acabar, se o homemóide destruir a atmosfera, poluir o ar, etc. É essencial ensinarmos às crianças a importância do deslocamento dos ventos para dispersão dos poluentes, das sementes, dos odores, do pólen e para e para o vôo das aves e dos insetos. O vento é um ótimo meio de transporte de substâncias, de sementes, de pequenos seres vivos, de esporos, de pólen, etc., mas que está sendo ameaçado pela ação destrutiva do homemóide antiecológico, violentador da natureza.


30. JARDINS DAS PRAIAS DE SANTOS.

Aqui segue parte do roteiro de uma das aulas dadas aos meus alunos, ao ar livro, nas belas praias de Santos, em 1999. ROTEIRO: Os alunos foram divididos em grupos, em partes iguais e cada grupo foi acompanhado de um professor, para desenvolver as seguintes atividades: Observar, analisar, refletir, sensibilizar e conscientizar acerca do holismo ambiental. Nossa ida aos jardins das praias de santos se constituiu numa pesquisa de campo, que teve o objetivo de observar, na pratica, os conteúdos estudados e os que ainda iríamos estudar. Esta visita foi a primeira de uma série de outras que faríamos naquele ano, dentro do Projeto Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, desenvolvido pela Unicamp, para observação, estudo e pesquisa das plantas em diversos ecossistemas.

Trata-se de excelente oportunidade de aprendizagem, sobre a holística das plantas e da natureza em geral, para todos nós. Para isso devemos estar atentos na arte de observar, analisar e refletir. Ao entrarmos em contato com a natureza devemos aproveitar para harmonizar-se com esta. Harmonizar significa vibrar na mesma freqüência. Então devemos ser silenciosos, observadores de tudo que nos cerca e de nós mesmos; devemos ser reflexivos, generosos e solidários com as plantas, pois elas colocam a suas vidas e produção a serviço da criação. Não devemos retirar nada da natureza, que não possamos repor, e nem deixar nada lá que não sirva para os propósitos de reciclagem dos seres vivos e da natureza.

Muitas pessoas, ao entrarem em contato com a natureza, perdem esta oportunidade de harmonização com o meio ambiente ao ligarem aparelhagem de som, ao conversarem alto, ao batucarem, ao fazerem algazarras, etc. Quando procedemos assim espantamos os passarinhos, os insetos e os bichos em geral, que se assustam e fogem; e aí perderemos a oportunidade de observá-los em ação interativa com o ecossistema, no cumprimento de seu nicho ecológico, de maneira holística, em as coisas ali vão acontecendo ao mesmo tempo, de modo interdependente e se não estivermos atentos não desfrutamos de sua beleza, do seu encanto, etc.


31. VIOLÊNCIA ECOLÓGICA DESAFIA PAZ NA TERRA.

A degradação da natureza se constitui numa das formas de violência que nos aflige e nos preocupa, desafia a nossa paz e tira a nossa felicidade. As pessoas do senso comum não percebem que a degradação ambiental, a miséria, a má distribuição de rendas, a má qualidade de vida e todo tipo de sofrimento no planeta são constituídos por causas intrínsecas ao ser humano. O ego é o agente causador destes componentes da violência, que trazem infelicidade e conseqüências desastrosas à humanidade.

O homemóide inconsciente, com os seus agregados psíquicos hipertrofiados, desenvolveu o capitalismo antiecológico, degradou a sociedade e o meio ambiente; ao desenvolver o capitalismo, ao longo da história, impôs a deterioração às pessoas e ao meio ambiente, ao expulsar camponeses de suas terras, privando-os de sua cultura e de seu modo de vida, ao promover o desmatamento, a especulação fundiária, contaminar a água, o solo, o ar, inviabilizando a continuidade da vida de muitas espécies animais e vegetais, dificultando a pesca artesanal, o extrativismo vegetal, provocando o êxodo rural, hipertrofiando as cidades, aumentando a violência urbana e do campo, concentrando riquezas e impondo pobreza às populações marginalizadas.

Devemos dar às nossas crianças uma verdadeira educação ambiental, dizendo a elas que há necessidade de construção de mecanismos que reduzam o impacto ambiental, promovam o equilíbrio da natureza, que meçam a ação negativa do homem sobre a natureza, para interferências positivas nesta.

Precisamos colocar em prática os ideais de preservação da natureza, mobilizando a sociedade para uma ação coletiva, pois certamente sozinhos não poderemos fazer quase nada. Precisamos, além de proteger o solo, a água, as plantas, os animais, etc, não poluir mais os rios, as matas, os bosques e os campos e efetuarmos ações concretas contra as grandes ameaças ao mesocosmos. Para isso dependemos de ações coletivas, o que necessita de muita articulação e mobilização para o engajamento da sociedade em geral.

É preciso expandir a consciência para equacionar e resolver as questões ambientais; e desenvolver uma nova postura acerca do meio ambiente, embasada nos valores éticos de empatia, de solidariedade, de eqüidade social, etc. É de grande necessidade educarmos as nossas crianças com uma didática concreta de transformação radical, embasada na Psicologia Revolucionária, que modernamente foi restaurada pelo Dr. Samel Aun Weor. Assim, teremos consciência para construirmos coletivamente mecanismos de preservação que permitam a sobrevivência, a ordem e a beleza do nosso mesocosmos.


32. CONSUMISMO VIOLENTA NATUREZA.

Nos quatro cantos do planeta impera efeitos nocivos do modo de vida capitalista, proporcionado pelo eu hipertrofiado da ambição materialista; onde o sistema dominante tem engendrado uma ideologia de consumismo desenfreado, vetor de violência ao mesocosmo. O sistema dominante engendra uma filosofia, altamente calcada nas ciências antropocêntricas convencionais, para impor hábitos de consumo à população mundial, fazendo com que os seres humanos consumam o que lhes impõem os homemóides e não o que realmente se necessita.

Devemos orientar nossos educandos a se educarem convenientemente com a Psicologia Revolucionária, para mudanças das suas concepções individualistas, egoístas, consumistas e dos valores burgueses que herdam das gerações mais velhas, para promoverem as bases de um desenvolvimento sustentável, o que colide com a ideologia dos sistemas dominantes da maioria dos países, como nos países capitalistas, como a do Brasil, por exemplo, onde as desigualdades sociais são gritantes; aí os sistemas dominantes garantem os seus privilégios a custa do sacrifício da grande maioria de miseráveis, através dos sistemas institucionais, que deveriam ser projetados para o bem do povo.

Nos quatro cantos do mundo há transformações gradativas, através das comunidades de bases, por meio das pessoas comuns da sociedade e estudantes em geral, nos paradigmas, nas ciências, nas filosofias, na psicologia etc. As transformações ocorrem à revelia das autoridades dos sistemas dominantes. Precisamos mudar nossa prática de vida embasada no antropocentrismo, para que possamos garantir a sobrevivência de nossa espécie e dos demais seres vivos, que juntamente conosco, vem compartilhando um mesocosmo degradado.

Quanto aos governantes, aos empresários, aos cientistas e o homemóide em geral, pode-se dizer que eles até sabem que os diferentes problemas estão inter-relacionados, entretanto não querem reconhecer e adotar sustentáveis; fecham-se os olhos para não ver as conseqüências nefastas de suas atividades para as gerações futuras.

Há que educar a futura geração com uma filosofia centrípeta, para que compreenda a visão sistêmica e encontre soluções viáveis, são as soluções sustentáveis, onde a sociedade possa satisfazer suas necessidades básicas sem prejudicar as perspectivas das gerações futuras, norteando pelos exemplos das chamadas sociedades primitivas, como as indígenas, que ainda foi poluída pela egóica civilização branca.

Nossa civilização que pauta pela racionalidade, se esconde por detrás de comportamentos irracionais, comete erros históricos de agressão à natureza, violências múltiplas aos cosmos, principalmente ao microcosmo hominal e ao microcosmo animal em geral. Basta fazer uma retrospectiva histórica, para constatar a irracionalidade humana, revestindo as pessoas físicas e jurídicas, principalmente as instituições dos aparelhos ideológicos de estado, como o catolicismo, por exemplo, que já matou, torturou, injustiçou e ameaçou tanta gente quanto as grandes guerras mundiais juntas, através da Santa Inquisição e outras.

Há nações industrias desenvolveram altas técnicas, tornando-se mecanicistas e hipertrofiadas de agentes materialistas e egóicos, por embasarem sua pseudoevolução numa filosofia antropocêntrica, que permite o desenvolvimento de uma alta tecnologia emergente de uma ciência destituída de consciência, para auxiliar o homemóide a se afastar definitivamente de si mesmo, por um eterno centrifuguismo materialista.

Há uma movimentação articulando e mobilizando as pessoas para o despertar da consciência ecológica no sentido de que compreendam que as ações industriais, técnicas, mecanicistas estão violentando a natureza mesocósmica, degradando a ecologia microcósmica e engendrando má qualidade de vida os homens e aos demais seres vivos que componentes da biosfera. Esta mobilização tem estado presente através de movimentos organizados, de organizações como Green Peace, Partidos Ecológicos e de muitas outras organizações para assuntos ecológicos, como Rio-Eco 92 e outras.

Para reversão de sentido da marcha nefasta de destruição do meso e microcósmica imposta pelo ente homemoidal, há necessidade de educarmos as gerações pregressas com uma Psicologia Revolucionária, para formação de uma consciência ecológica, que nos permite perceber que todos nós fazemos parte do holismo cósmico, de uma teia fragilizada no momento pela violência homemoidal, mas, muito bela, muito inigmática e profundamante significativa.

O homemóide, de formação centrífuga oriunda do antropocentrismo, não possui uma consciência ecológica que lhe permita perceber que somos parte da teia da vida, organizada sistemicamente pela mecânica holística do universo para se constituir num enorme organismo vivo, que hoje está, seriamente ameaçado pela violência de degradação do ambiente, imposta através do egoísmo, por meio da ganância e sede de poder dos agentes que fazem parte dos aparelhos ideológicos de estados, empenhados na conquista e manutenção do poder material, temporal, ideológico, todos de configuração ilusória: órgãos econômicos, industriais, políticos, científicos e religiosos. "Mas há uma movimentação interna visível contra tudo isso; afinal somos células e nervos de Gaia, a Terra viva, e esta nova percepção Holística, sistêmica ou inter-relacional entre todas as coisas que nos cercam, é chamada de Ecologia Profunda" (Carlos A. Fragoso G.).
Ecologia profunda, por estar amplamente embasada na Filosofia Centrípeta e fundamentada numa visão holística, questiona exaustivamente os fundamentos que sustentam a visão antropocêntrica da sociedade homemoidal, do seu modo equivocado de vida orientado para o consumismo materialista, que engendra a violência e destruição da vida cósmica.

Ela faz indagações acerca da trajetória nefasta que a humanidade tem percorrido, rumo a destruição total de si mesma e do mesocosmo. Ela aponta caminhos para um novo devir para comunidade sistêmica, baseada numa esperança ecológica, a partir da perspectiva da empatia, da alteridade, na fraternidade solidária, para substrato de melhores relacionamentos com os nossos semelhantes, com o mesocosmos, com as gerações futuras de seres humanos, de seres vivos em geral e com a teia da vida na qual estamos contidos.


33. CIÊNCIA SEM CONSCIÊNCIA NA GLOBALIZAÇÃO.

A ciência e a consciência resultam de um trabalho de construção, com os fatores que determinam a inteligência. Ciência e consciência devem caminhar juntas, sincronizadamente. Se ciência e consciência não caminharem juntas, em perfeita conexão, acontece o que vem ocorrendo nos tempos atuais, no mundo da globalização. Estamos à beira do Terceiro Milênio e a sociedade se apresenta num caos total, apesar do progresso das ciências.

Como ciência e consciência não vem caminhando juntas, temos hoje frondosos edifícios, cada vez mais altos e mais sofisticados. Entretanto, somos cada vez mais altos de explosividade e de pavios curtos.Com ciência e tecnologia constrói-se estradas mais largas, mais pujantes; mas por falta de consciência o nosso ponto de vista fica cada vez mais estreito.

Ambicionamos muito, gastamos mais, consumimos em demasia; entretanto, temos cada vez menos de tudo aquilo que mais precisamos, que é a paz. Os carros, as casas, são cada vez mais possantes; entretanto, seus ocupantes se rarefazem por causa da individualização ao invés da solidariedade. Cada vez temos mais conhecimentos externos e menos sabedoria interna.

A medicina evoluiu muito, mas a saúde tem diminuído bastante e as doenças se alastram por todos os lados. A paz se escasseia e a violência se amplia nos quatro cantos do mundo. A sociedade está mergulhada no mar das drogas e da violência, bebemos muito, fumamos demais, investimos demasiadamente no prazer e temos cada vez monos felicidade. Anda-se depressa demais, dirigi-se muito rápido, mas não se chega a tão sonhada paz e à felicidade. Fala-se muito em direitos humanos, mas está faltando limite aos estudantes, às crianças, etc, que desrespeitam seus pais, seus professores e as autoridades em geral. Não se segue às leis da natureza, come-se muito, bebe-se demais e dormimos pouco, desgastando muito o nosso centro instintivos.

Com o nosso egoísmo exacerbado, apoiados no capitalismo globalizante do neoliberalismo; ampliamos as nossas posses com aquilo que faz falta aos outros; enquanto reduzimos nossos valores éticos, morais e espirituais. Queremos acumular para viver várias vidas, quando na realidade só temos uma e a vivemos mal. Para garantir o nosso pseudoprogresso poluímos as águas, solo, o e a alma.

Escrevemos muito, ampliamos a comunicação, mas diminuímos os níveis de compreensão. Fala-se em qualidade de vida, mas diminui-se o padrão moral. Almejamos muito, planejamos em demasia, mais realizamos pouco, porque por aqui, por estarmos bem perto do inferno dantesco, há muita intenção e pouca ação. No mundo globalizado da ciência sem consciência, encurta-se as distâncias e o caráter também. Há muitos lucros fáceis e relacionamentos difíceis. Rola-se a ambição, a morte, o ódio e outras formas de violência generalizada, que apresentam muitas causas e uma só conseqüência: a ausência da paz para todos nós.


34.VIOLÊNCIA AOS CICLOS NATURAIS DO PLANETA.

Vivemos um momento de intensa violência à natureza, de grande depredação do ambiente, mas também de muita preocupação com a vida do planeta e a preservação do meio ambiente. Há destruição da Amazônia, do Pantanal, poluição dos elementos terra, ar e água e o desaparecimento de enorme variedade de espécies animais e vegetais da face do planeta. Como dizia o filosofo Francis Bacon no século dezesseis: "É sabido que para dominar natureza é preciso ser obediente a ela". Como o homem tem desobedecido às leis desta, violando os ciclos naturais, violentando a ecologia do holismo cósmico, a reação à ação devastadora tem vindo à altura desta; quanta degradação ambiental: gases, fumaças, resíduos tóxicos resultantes do uso do petróleo, que contaminam o meio ambiente, excesso de calor resultante do uso da energia nas casas, veículos, indústrias, coisas que elevam a temperatura do ambiente; bolha de calor como dizem os cientistas, formadas pelo resíduo energético. Conseqüentemente altera-se o clima nas cidades, a qualidade do ar, da água, do solo e da vida, etc.

O ambiente urbano, que modernamente tem se constituído em palco da violência generalizada, é um grande concentrador de energia de entropia, de materiais poluentes, de resíduos indesejáveis, que expulsam animais e vegetais úteis para fora dali, para posteriormente propiciar a proliferação de ratos, insetos e todo tipo de animais nocivos ao homem.

Apesar da preocupação ecológica de algumas poucas pessoas de consciência ecológica desperta, há uma destruição progressiva dos manguezais, das florestas, dos cerrados, dos campos, por meio de queimadas, causando desequilíbrios ecológicos imensuráveis.

Os ecossistemas se constituem em ambientes naturais que caracterizam pela auto-suficiência energética, produzindo tudo aquilo que necessita para si. Não há necessidade de se introduzir nada de fora num ecossistema completo. Porém, o homem interfere neste equilíbrio em nome do pseudoprogresso, para provocar poluição e envenenar a natureza.

Um bom exemplo do caos ecológico se verifica nas cidades: excesso de ruídos que causam stress, tira a tranqüilidade das pessoas, há os desperdícios de energia que causa aumento de calor nas casas; há os animais transmissores de doenças, como rato, inseto, etc; há transmissão de doenças pelos os esgotos, pela água, etc; há a erosão causada pela ausência de vegetação; há o problema da grande concentração de radiações ou ondas eletromagnéticas, que causam grandes danos à saúde e são imperceptíveis; há grande quantidade de ruídos que obrigam o uso de protetores para evitar surdez; há os cheiros desagradáveis, os efeitos tóxicos e irritações, gás carbônico em excesso, provocando o efeito estufa; há fuligem, poeiras e fumaças de chaminés que incomodam as pessoas; há os rios que costumam transbordar freqüentemente em revide aos maus tratos.

Das agressões que o homem impõe à natureza resultam a ampliação das ocorrências de terremotos, inundações, secas e todo tipo de catástrofes. As conseqüências nefastas da intervenção humana na natureza, alterando o equilíbrio ecológico do planeta, se constituem em efeitos da violência do homem. Há que se esforçar para educar o estudante a desenvolver uma consciência ecológica e respeitar as leis básicas da natureza; isto constitui em questões fundamentais.

A natureza é capaz de reciclar os recursos essenciais à vida no planeta, ao repetir os processos do ciclo vital: nascimento, crescimento, envelhecimentos, morte, decomposição e, daí, um novo nascimento, outra nova existência, porém com a mesma vida e assim por diante.

Os seres humanos, por absoluta falta de consciência, violam as leis da natureza, colocando em cheque o percurso natural da reciclagem, deixando em risco este delicado equilíbrio que comanda a reciclagem, levando à extinção muitas espécies de animais e vegetais. É preciso educar nosso estudantado para o conhecimento dos mecanismos do processo de reciclagem da natureza, para se evitar que estes ciclos continuem sendo afetados drasticamente pelas atividades humanas.

Se assim agirmos, estaremos contribuindo para descobrir as causas que provocam efeitos danosos aos ciclos da natureza, através da interferência negativa do homemóide antiecológico, que leva perigo aos animais e vegetais da Terra.


35. CAUSA DA VIOLÊNCIA ECOLÓGICA.

Onde estão as reais causas da violência ecológica, escolar, da violência familiar e da violência social como um todo? Há quem atribua os mais diversos fatores como causa da violência: ignorância, pobreza material, carência cultural, desigualdade social, regime capitalista, etc. Entretanto, ao nosso ver, tudo isso são fatores emergentes da violência, que se constituem em efeito da mesma e não em sua causa. A verdadeira causa da violência não é veiculada pelo saber convencional; mas sim ocultada por este, por motivos ideológicos de interesses dos sistemas sociais dominantes em obscurecer a verdade. A verdadeira causa da violência é tácita à segunda natureza do ser humano; ela reside no subconsciente do seu universo psíquico, e foi denominada por Freud de ego. Ninguém pode saber das reais causas da violência, sem conhecer e compreender os mecanismos de ação do Ego. Então, o que é o ego, com o seu complexo mecanismo de ação?

Sigmund Freud não é o descobridor do ego, nem tampouco foi a primeira pessoa a falar deste, pois ele é tão antigo quanto o ser humano na face da Terra. Freud foi o primeiro homem a usar o vocábulo ego para denominar um conjunto de agentes psíquicos constituintes do subconsciente, a causa dos defeitos psicológicos, intelectuais e emocionais, que constituem a estrutura das neuroses e psicoses. Freud analisou tudo isto por meio de uma investigação psicológica profunda dos processos engendram a violência e a inconsciência no ente humano. Em sua Psicanálise, método de tratamento criado por ele para diagnosticar e tratar as desordens emocionais e mentais.

Freud dá o nome de ego para um conjunto de elementos psíquicos de valores positivos ou negativos, manifestos na psique do homem. Tudo que possuímos, no universo relativo, se apresenta sob a forma de matéria, de energia e de luz. A matéria, segundo Einstein, é a energia que perde temperatura e se apassiva, pois o movimento de seus átomos se torna mais lento. A energia por sua vez é a luz condensada, apassivada. E, por último, a luz resulta da superativação da energia advinda da matéria ativada.

A luz é a mais alta fonte de atividade da dinâmica subatômica; ela é a mais alta realidade de forma de energia do universo relativo. O ego é uma forma de energia apassivada a partir da essência. Portanto o ego é a luz da essência cósmica numa freqüência vibratória diminuída. Na realidade, o ego é uma forma de energia psíquica grosseira, que impede a manifestação da essência na forma de consciência. Em síntese, o ego é a treva, antítese da luz da essência, sintetizada a partir do rebaixamento da freqüência vibratória desta para ofuscar a consciência.

Einstein se referiu a esta forma absurda de energia ao dizer: "O valor do homem é determinado, em primeiro lugar, pelo grau e pelo sentido em que ele se libertou de seu ego". No universo relativo, todas as coisas se manifestam em dualidades bipolares: positivos e negativos, masculinos e femininos, altos e baixos, tristezas e alegrias, prazeres e dores, evolução e involução, existência e morte, amor e ódio, essência e ego, etc.

No universo Hominal, de modo análogo, esta bipolaridade se faz presente, em seu mundo psicológico, nas formas de energias, que são denominadas pela Filosofia Moderna de: Seidade e Egocentrismo, Essência e Ego.
Na Filosofia Oriental, a manifestação da essência é chamada de Atman e a do ego, Aham. O cientista Humberto Rodhen descreve a essência como sendo o Uni do Universo e o Ego, o Verso deste.

O Dr. Samael Aun Weor, nascido na Colômbia, em 3 de Março de 1.917, foi um homem de notável saber que, com suas profundas inquietudes, promoveu intensas investigações no campo das ciências sociais, das ciências naturais, da antropologia e da psicologia. Ele deixou-nos um vastíssimo conhecimento dialético acerca do ego, da essência e da consciência, registrado em mais de 100 obras, que foram traduzidas em diferentes idiomas. Também, o Sr. Joaquim Enrique Amortegui Valbuena, Mestre Rabolu, discípulo de Samael Aun Weor, sintetizou o ensinamento sobre o ego, sobre a essência e a consciência, usando uma linguagem mais simples, clara e concisa, para facilitar nossos estudos.

O ego é um conjunto formado por agentes que geram os defeitos, enquanto que a essência produz as virtudes através do ente humano. A doutrina dos agentes do ego, dos eus componentes do ego, foi estudada na Filosofia Tibetana, na Egípcia e no Cristianismo Ocidental. No Tibet Oriental, os eus, componentes do ego, são chamados de agregados psíquicos, ou simplesmente valores, conforme ensinamentos do Dr. Samael. No Egito os agregados psíquicos, os eus, os valores, o ego, são chamados de Demônios Vermelhos de Seth, conforme está escrito nas obras de Psicologia Revolucionária do Dr. Samael. No Cristianismo os eus componentes do ego recebem a denominação de Legião e os efeitos resultantes destes são chamados de pecados. Aí o conjunto dos elementos psíquicos compõe um universo de sete Legiões: Cobiça, Gula, Luxúria, Inveja, Ira, Orgulho e Preguiça.

Sabemos que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo, lei da inércia. Da mesma forma, no nosso espaço psicológico, não podem atuar ao mesmo tempo a essência (consciência) e o ego (subconsciência). Na realidade, a essência age, porque é pró-ativa, e o ego reage ante os acontecimentos, porque é reativo.

A psicologia revolucionária, criada pelo Mestre Samael, diz que o homem moderno possui tão somente 3% de essência livre produtora de virtudes, de qualidades, contra 97% de essência engarrafadas nos eus, germes do ego, geradores de defeitos. Então, o pobre ser humano, mecanizado como está, produz 97% de defeitos, entre eles, todo tipo de violência, de agressividade, de depredações, etc; e, por outro lado, produz apenas 3% de virtudes, em suas relações interpessoais e, também, nas relações intrapessoais, isto é, nas suas relações com o próximo, com o cosmo e consigo mesmo.

Devido ao ego o homemóide não possui individualidade definida e sim uma multiplicidade de comportamentos que se alternam entre si, de instante a instante, através da personalidade. Amarguras, dificuldades, etc., são efeitos da falta de unidade psicológica em nós. Há uma falta de organização psíquica em cada um de nós, decorrente da atuação dos múltiplos agregados psíquicos, dos eus.

Dentro de cada um de nós vivem milhares de eus que podem ser evidenciados através da prática da auto-observação, conforme asseverou o Dr. Samael; o que pode ser comprovado por cada um de nós, ao percebermos as inumeráveis mudanças de comportamento, reações e contradições que se dão em nosso interior.

Nossa mente é como um palco e os eus são os seus atores que aí atuam; e, cada um, ao cumprir o seu papel cósmico de dramacidade, de comédia ou de tragédia, é destronado pelo seguinte que entra em cena, o que podemos comprovar, na prática, através da auto-observação e nos ensinamentos que nos deixou o Dr. Samael. Da mesma forma não possuímos um eu permanente, mas, muitos eus, que geram comportamentos efêmeros; é uma legião de eus diabólicos, uma multidão de elementos infra-humanos, que nos tornam seres agressivos, depredadores da natureza, usuários de drogas, violentos e absurdos.

Do ensinamento dado pelo mestre Samael e que pode ser comprovado por nós, conclui-se que também é um absurdo a teoria do Eu Superior e Eu Inferior conforme se apregoa a psicologia convencional; porque estes são partes da mesma coisa, assim como o ponto de partida e o ponto de chegada de um móvel pertencem a uma mesma trajetória de movimento. Assim como o ponto inicial e o ponto final de um segmento de reta formam duas secções de uma mesma coisa, a inferior e a superior, o Eu Superior e o Eu Inferior em nós são dois aspectos do mesmo ego pluralizado, tenebroso e absurdo.

O Eu Divino ou Eu Superior é um disfarce, ideologicamente formulado pelos inimigos da paz e da justiça social. Certamente é uma evasiva, uma escapatória, para manter a sociedade na obscuridade, na ignorância e na violência generalizada. Dentro de nossa personalidade persona em castelhano, que em grego significa máscara, vivem muitíssimas personagens diferentes entre si; algumas boas, outras más, umas melhores, outras piores, algumas gulosas que nos levam a comer excessivamente, outras beberronas que nos levam aos bares e outras luxuriosas que nos levam ao abuso sexual, ao adultério e à fornicação; há aquelas iradas que nos levam ao desentendimento, à agressividade, à briga, à morte; há outras cobiçosas que nos levam a trabalhar compulsivamente, outras preguiçosas que nos conduzem à inércia total, etc.

Cada agente psicológico luta por sua hegemonia no espaço psicológico; querem exclusividade e tentam controlar o centro intelectual por meio de pensamentos, o centro emocional através de sentimentos, o centro motriz por meio de movimentos, o centro sexual através do sexo desenfreado e o centro instintivo pelo automatismo da mecânica do reino animal, conforme nos ensina a Psicologia Revolucionária do Dr. Samael.


36. PSICOLOGIA DA VIOLÊNCIA ECOLÓGICA.

Todo defeito do ente humano tem sua origem no ego. O ego é a causa de todo mal. É responsável por toda amargura, tristeza e fracasso da raça humana. Portanto, a causa da depredação, da pichação, do uso das drogas e da violência generalizada, na escola, na família, nos campos de futebol, no trânsito, na ecologia e na sociedade em geral, está inserida no ego, na forma de agregados psíquicos inumano, em suas múltiplas formas mentais.

Os elementos psicológicos da ambição são os responsáveis pelo desequilíbrio que há no homemóide materialista, que tendo todo um aparato ideológico amparado pelo sistema, passa a acumular riquezas materiais, razão do desequilíbrio financeiro e da injustiça social. Pois tudo aquilo que é acumulado de um lado por alguns, é exatamente o que faltará do outro lado para os demais.

O Dr. Samael dizia que o homem sempre esteve diante de dois monstros que queriam devorá-lo: de um lado o capitalismo e do outro, o socialismo. Hoje, já desapareceu o socialismo do Leste Europeu. Entretanto sobrevive o monstro do capitalismo, sob a forma moderna do neoliberalismo.

A economia global leva a riqueza produzida por todos, a se concentrar nas mãos de poucos. Dentro em breve, teremos o capital concentrado nas mãos de algumas poucas pessoas; enquanto que a grande maioria da massa de seres humanos estará descapitalizada, pobre, sem emprego, sem teto, sem educação, sem saúde, sem alimento, sem nada e completamente escrava daqueles que detém o capital.

Só que, como a dinâmica é pendular, pela dialética dos fenômenos, tudo volta à origem, no incessante movimento de vai-e-vem; daí, que não haverá segurança para ninguém aqui na Terra; nem para o violento acumulador de capital, que se aquartela em sua própria casa, com muros altos, com cachorros de guarda, com alarmes e todo tipo de dispositivo de segurança e nem para o sem-nada que, para sobreviver, hipertrofia e coloca em ação o eu do roubo, do seqüestro, do latrocínio, etc.

O sem-nada, vitimado pela violência da injustiça social, robustece dentro de si o eu da ira; e, ao hipertrofiar este eu, eclode-se nas mais variadas formas de violências pluralizadas; coisa que escola nenhuma ensinou até hoje; por isso a educação do ente humano é um fracasso em todos os quadrantes da terra.


37. INCONSCIÊNCIA ECOLÓGICA.

Nós, seres humanos, somos responsáveis direta e indiretamente pelo caos na ecologia do planeta, ao colocá-lo em profunda agonia por meio da violência generalizada ao meio ambiente.

Nós, seres humanos, distinguimos dos demais animais pela capacidade de agir sobre a natureza, com um nicho ecológico diferente dos outros nichos dos demais seres vivos. Nós somos capazes de agir sobre os meios naturais, para criarmos o nosso próprio meio. Assim, além de adaptar-se às condições do meio natural, o ser humano adapta os meios naturais às suas necessidades.

A ação de transformar o ambiente está diretamente relacionada com o desenvolvimento das nossas funções orgânicas e habilidades, que caracterizam a nossa condição humana. Com efeito, podemos concluir que o ser humano é inteiramente responsável pelo impacto catastrófico que vem impondo ao planeta; é autor e vítima das conseqüências nefastas deste caos para a continuidade da vida existencial aqui na Terra.

O ser humano se desenvolveu bastante em ciência, mas regrediu em consciência. Tecnologia como expoente da ciência, sem que a base da potência esteja sobre o substrato da consciência, é o caminho mais curto de se chegar ao caos e à morte da vida sobre a Terra.

O ser humano possui atualmente apenas 3% de seu potencial consciencitivo desenvolvido. Com apenas 3% de consciência, onde os alicerces da essência ecológica se apóiam e convergem os homens para as atitudes de preservação da natureza. Entretanto, os 3% de consciência desperta é muito pouco para percepção holística do cosmo, da beleza do universo, da dinâmica sincronizada do nosso planeta.

Para os seres de consciência, a Terra é bela! É parte de si mesmo, se e se encantam com os encantos da natureza telúrica. Os indivíduos de consciência ecológica desenvolvida são altamente sensíveis à beleza cósmica de nosso planeta, possuem uma relação de empatia com a Terra; eles sentem-se parte dela, integrados a ela pelo fio da vida, que congrega os diversos para formar o universo. Os indivíduos com apenas 3% de consciência não possuem uma relação dialógica com a mãe natureza. Estes se acham dono da Terra, não percebem a sua inteireza e agem no sentido de destruí-la, subjugá-la em benefício próprio, etc.

É preciso educar o homem do presente, para subsistir no futuro, de maneira integrada à natureza; para se sentir extensão dela e esta, parte de si mesmo, na mecânica holística do cosmos. É preciso educar o homem do presente, para expandir o seu percentual de consciência ecológica e amar mais, e muito mais a mãe natureza. Inculcar no estudante a idéia de que a nossa luta para mobilização articulada em favor da preservação do planeta Terra, se integra à luta pela própria realização da condição humana sobre a superfície do nosso planeta.

As escolas devem proporcionar uma educação revolucionária aos homens do presente, para que estes atuem concretamente no sentido de conciliar progresso e preservação do planeta, evitando assim uma catástrofe apocalíptica. Nossos alunos devem ser educados com uma didática fundamental, que lhes garanta o exercício da cidadania plena e solidária e a aquisição de um conhecimento transcendental, revestido de valores éticos e morais que lhes garanta a formação de uma consciência ecológica da mecânica holística do planeta Terra, embasada na Psicologia Revolucionária que nos deixou o Dr. Samael Aun Weor, um dos maiores ecologistas de todos os tempos, ao lado de São Francisco de Assis e outros tantos.


38. PROGRESSO TECNOLÓGICOA, RETROCESSO ÉTICO.

O homemóide, ao poluir as águas dos rios, dos mares e oceanos, está impondo morte as águas, que é a morte do nosso próprio planeta. Uma vez que é ali nas águas que encontramos os plânctons, as algas diatomáceas principalmente, que são grandes fornecedores de oxigênio para a atmosfera, base da vida existencial dentro e fora da água.

O homemóide antiecológico, violentador da natureza, coloca grande quantidade de pesticidas nas plantações, sem saber que estes possuem densidade menor que a água; daí flutuam exatamente ali onde a vida se concentra; pois os seres clorofilados realizam a fotossíntese nas camadas superficiais da água, onde há fácil penetração de grande quantidade de luz. Nos ecossistemas da Terra, a vida existencial é a síntese de uma longa trajetória de adaptações e transformações. Ai sem oxigênio não haveria vida. E mesmo assim, o homemóide polui as águas limpas dos rios e dos córregos, que descem das montanhas cheias de oxigênio e matéria orgânica.

Fica cada vez mais complicado satisfazer as necessidades de água para o uso da humanidade. A espécie de homemóide antiecológico, por inconsciência absoluta, tem colocado em perigo a quantidade de água na Terra, levando uma grande ameaça aos demais seres vivos da biosfera. A água potável do planeta caminha para o fim, em conseqüência da violência do homemóide à natureza na forma de derrubada de florestas inteiras, poluição dos rios e mananciais, utilização corrosiva dos solos, etc.

O progresso tecnológico do homemóide inconsciente polui as águas, o solo e o ar. Como resolver o problema? Há uma necessidade urgentíssima de educar o estudantado para que se aprenda a compatibilizar adequadamente progresso com preservação dos recursos hídricos do nosso planeta. Para tal façanha é necessário expandir a consciência, na mesma proporção das ciências. Pois assim o homem compreenderá que a água é um bem precioso para si e para todos os seres vivos e que ninguém possui o direito de poluí-la. É possível conciliar progresso científico e tecnológico sem poluição, desde que haja expansão da consciência ecológica e na mesma proporção destes.

A água limpa é um dos melhores modos de evitar doenças e preservar a saúde. Também é importante o saneamento básico. Investir em tratamento de água e dos esgotos é diminuir o número de doentes nos hospitais. É preciso que o estudante se conscientize de que os mananciais precisam ser preservados, para continuarem fornecendo água potável.

É doloroso ver um povo antiecológico chamando de progresso a uma produção de celulose, em uma fábrica, por exemplo, com um processo altamente poluidor, onde os rejeitos são lançados nos rios, agredindo o meio ambiente, violentando a própria vida. Como pode os homemóides antiecológicos, inconscientes, poluírem os rios, mares e os oceanos, que pertencem a todos nós, em nome do progresso?


39. SOCIEDADE CONSUMISTA.

Fazemos parte de uma sociedade consumista. Consumimos o que o que o sistema quer que consumamos e não aquilo que precisamos consumir. O consumo exacerbado do homem atual tem conseqüências drásticas para o meio ambiente: esgotamentos dos recursos naturais, poluição, lixo, consumo excessivo de energia, etc.

O consumismo é a conseqüência nefasta de uma causa intrínseca ao ente humano. É o resultado da atuação do agente da ambição, elemento componente do ego, calcado no espaço psicológico do homemóide antiecológico. É preciso saber que apenas uma parte da humanidade se beneficia do progresso científico, tecnológico e econômico, a grande maioria fica às margens dele. É muito grande a desigualdade dos entes sociais, quanto aos níveis de consumo. Os sistemas sociais injustos permitem que alguns expropriem aquilo que falta aos demais. Além do mais, a sociedade adentrou loucamente na era dos descartáveis, jogando fora coisas que poderiam ser reaproveitadas, sem levar em consideração que a natureza não está reproduzindo-os mais. Assim, não haverá energia suficiente para suprir este modelo equivocado de consumo.

Se a humanidade fosse consciente, teria aprendido a consumir somente aquilo que necessitasse, não se tornando assim vítima do consumo descomedido. Se a humanidade tivesse, ao longo de sua história, aprendido a consumir apenas aquilo que precisasse, teria criado um modelo econômico viável, solidário e ecologicamente equilibrado. Pois o modelo econômico que ai está não é viável para todos e nem para a ecologia profunda do planeta. Quanto mais pessoas aderirem a ele, maior será o consumo de energia, Maier será a quantidade de coisas jogadas fora, não reaproveitadas, maior será a velocidade de esgotamento dos recursos naturais e de desgaste do nosso planeta.

Uma vez que este modelo econômico não é viável para todos, fica instalada a violência estrutural, sistêmica e a guerra entre os povos da Terra, para os privilégios dos ricos à custa dos sacrifícios dos pobres, que é a pior das violências no nosso planeta. O que fazer para reverter esta trajetória nefasta de consumismo descomedido? Seria prudente e ético continuar vivendo com este absurdo, continuar vivendo com este modelo de consumo absurdo, onde uma pequena minoria de privilegiado consome o que não precisa e uma imensa maioria não possui, se quer, o que precisa?

Teríamos que viabilizar uma educação revolucionária ao estudantado, com uma didática fundamental, que o conduza a erradicar-se de dentro de si mesmo os agentes psicológicos causadores do consumismo egoísta; para isso, teríamos que ensiná-lo com uma pedagogia concreta de dissolução do ego por intermédio dos fatores de revolução da consciência, veiculada pela Psicologia Revolucionária. Ou você acha que é lícito continuarmos vivendo deste modo, onde uns têm demais, outros têm de menos e muitos não tem nada?

Para vivermos a plenitude da cidadania ecológica e compreendermos a mecânica holística do universo, precisamos nos preparar melhor, nos reeducarmos adequadamente, para revertermos esta marcha violenta de destruição imposta à natureza.

O homem é um animal produtor de lixo; devido ao seu modo de existência produz restos que contaminam e poluem o ambiente, diferentemente dos outros animais, que apesar de produzirem restos, não poluem por serem dispersos em enormes áreas, além de estarem disponíveis à reciclagem.

O homem até hoje tem buscado maneiras de solucionar as questões de degradação ambiental, buscando encontrar soluções para preservação do planeta, entretanto tem buscado-as nas conseqüências e não nas causas dos problemas. Assim, tem montado um esquema de preservação paliativo, em que sorrateiramente o planeta vai sendo violentado e decomposto pelo inconsciente homemóide antiecológico.

É preciso conscientizar o estudante acerca da necessidade possuímos de energia. As fontes convencionais vão se esgotando muito rapidamente e a importância do uso de fontes alternativas destas se torna evidente. É preciso conscientizar o educando de que não é mais possível a manutenção do atual nível de consumo de energia, levando-se em consideração que quase todos os recursos naturais tem seu limite de uso, o que o consumismo desconsidera.

É nosso dever conscientizar o educando de que temos o dever fundamental de preservarmos o nosso planeta, pois vamos necessitar ainda de muitos materiais, que originam de recursos naturais. É fundamental desenvolvermos a nossa consciência juntamente com as ciências e as tecnologias, equilibradamente, para se explorar fontes alternativas de energia geotérmica, produção de biogás, etc.

É preciso conscientizar o estudantado acerca dos recursos naturais renováveis e não-renováveis, considerando-se que pendularmente tudo aquilo que é abundante hoje, poderá não mais existir amanhã. É grande a nossa responsabilidade em preservar o planeta, desenvolver a ética e a vivência da plena cidadania ecológica, para deixarmos como herança, às gerações do futuro, um planeta cosmificado, isto é, revestido de beleza, ordem e ecologicamente equilibrado. Devemos conscientizar o educando de que precisamos usar os recursos da natureza para nossa sobrevivência; porém, com consciência e racionalidade. E isto só poderá ser feito se houver desenvolvimento da consciência.


40. CAUSAS DO MODELO ECONÔMICO INSUSTENTÁVEL.

O hipertrofiamento dos agentes psíquicos da ambição do ser humano foi causa das ações que deram origem ao modelo econômico de desenvolvimento insustentável; que se embasou no capitalismo predador, devastou a natureza, que teve como conseqüência violência que colocou nossa Terra em agonia através da poluição, desmatamento, exploração irracional de recursos naturais, degradação dos solos e corrosão dos valores éticos, colocando em cheque a vida do nosso belo planeta.

É preciso educar as nossas crianças, para que promovam a reversibilidade da marcha de destruição do planeta. O homemóide, desprovido de uma consciência ecológica, violenta a natureza; só que esta revida à altura da agressão, com grandes catástrofes, impondo sofrimento e desolação ao ente humano. É preciso deter o homemóide em sua trajetória nefasta de destruição da vida existencial e degradação do ambiente, que já é tão intensa, que nos deixa num beco-sem-saída e já ameaça a continuidade da própria vida no planeta.

Já lotamos a capacidade de suporte do planeta. Não há lugar para mais ninguém aqui na Terra, entretanto continuamos crescendo em progressão geométrica e no ano 2020, seremos, segundo projeções, oito milhões de pessoas. Isto é alarmante, pois há cerca de três mil anos atrás éramos seis milhões de pessoas. Para se chegar a três bilhões de pessoas, levamos 30 mil anos e em apenas 30 anos este número se duplicou. Este crescimento populacional em PG não foi acompanhado pelos sistemas sociais vigentes no que se diz respeito à qualidade de vida para todos, educação, saúde, etc.

Se os sistemas sociais tivessem cumprido as suas funções com êxito, nós teríamos, a esta altura do ano 2000, uma humanidade altamente fraternal, solidária, propagadora da paz por intermédio da empatia. Entretanto, os sistemas sociais não conseguiram promover a elevação do nível de consciência do ente humano, que permanece estacionária nos aproximadamente 3%. Com apenas 3% de virtude, o ente humano mergulhou no universo dos defeitos e a conseqüência disto apareceu na forma de violência à natureza, miséria, decomposição social, etc.

Este aumento estrondoso da massa humana, desacompanhada da expansão da consciência, reforçou o hipertrofiamento do egoísmo; e este, o consumismo, que teve como conseqüências má distribuição de rendas, a expropriação de riquezas dos pobres por parte dos ricos; pondo o homem com uma grande ameaça aos demais seres do planeta; homemóide este, que é fruto do antropocentrismo, que para sobreviver, sem planejamento e sem consciência, está dizimando a biosfera do planeta.

Sem compreensão desenvolvida, recheado de elementos dos defeitos, o ente humano equivoca-se ao entender que desenvolvimento significa acúmulos de riquezas a qualquer custo. Agora precisamos nos conscientizar da gravidade da situação que a violência à ecologia nos impõe; precisamos refletir muito e engendrarmos atitudes concretas para reverter marcha de destruição do nosso mesocosmo telúrico. Há necessidade da formação de uma consciência ecológica a nível global, acerca das questões da violência à ecologia, que pôs o nosso planeta em agonia.

O homemóide sempre agrediu a natureza, porém nos últimos cem anos ele intensificou muito o seu poderio de degradação e quer por um fim nela: destruindo florestas naturais, poluindo o meio ambiente, etc. O Brasil é o campeão mundial de destruição das florestas. Por absoluta falta de consciência, o homemóide se equivoca e acha que bicho é para matar, floresta, capoeira e mato para serem derrubados, para se conseguir o desenvolvimento a qualquer preço, com acúmulo de riquezas e nada se faz para reverter marcha de devastação do nosso mesocosmos.

Os violentadores da natureza, os homemóides equivocados, no auge de sua inconsciência ecológica, dizem que preservação é coisa de ecologistas. Então, é necessário adquirirmos a compreensão de que zelar pela natureza significa construirmos uma vida melhor para todos, com um desenvolvimento conciliado com a preservação ecológica. Apesar do homemóide estar conseguindo o seu intento de destruir o planeta, de haver expectativas poucos animadoras para a continuidade da espécie humana no planeta, vale a pena lutarmos pela preservação deste belo paraíso mesocósmico que a natureza levou milhões de anos para construí-lo.

Com a consciência ecológica atrofiada, o homemóide não consegue conciliar desenvolvimento com preservação. Montou um sistema sócio-econômico e político que contribuiu de maneira decisiva para o uso irracional dos recursos naturais e a degradação do planeta. O homemóide hipertrofiou o ego da ambição, marchou em direção à acumulação de riquezas, expropriou recursos dos mais pobres, acelerou o processo de extração de recursos naturais, engendrou o consumismo nefasto, criou uma sociedade industrial com os seus produtos descartáveis. O homemóide, para garantir a posse dos seus bens, montou um aparato bélico e institucional e os sistemas sociais de domínio e de reprodução das desigualdades, criando uma máquina complexa de devastação da natureza e de extinção da vida existencial.

Precisamos educar o homem, elevando o seu grau de seidade, do nível de inconsciência homemoidal à consciência hominal; o que se traduz num meio eficaz para assegurar o equilíbrio do meio ambiente, conciliando desenvolvimento com preservação; o que é plenamente possível, mesmo levando-se em consideração que os recursos materiais do planeta são esgotáveis.

Nesta corrida maluca de destruição do mesocosmo, há lugares no mundo em que o homemóide inconsciente já se tornou campeão de violência ao planeta, transformando o seu potencial bélico em arsenais nucleares, que são capazes de destruir todo o planeta, produzindo milhões de toneladas de poluentes, pondo fim ao meio ambiente. É coisa de louco! Não?

Devido ao empenho do homemóide em pôr fim ao planeta Terra, a nossa situação não é boa. Homemóides desmatam e acabam com as florestas naturais; rios, terra e ar vão sendo poluídos e sua fauna e flora, se desaparecendo. A velocidade de destruição é grande demais! Em nome do pseudocrescimento econômico cada vez se destrói mais, levando a Terra à agonia, sem a menor preocupação com a ecologia!

A miséria, a fome, a violência, a exclusão social, a permissão do modelo econômico para expropriação dos recursos dos pobres pelos ricos, a injustiça na distribuição de rendas, etc, são alguns dos fatores que dificultam a educação da juventude, com formação de uma consciência ecológica. Pois excluído está fora, não é dono, não tem responsabilidade sobre aquilo que é seu. Só somos responsáveis e cuidamos bem daquilo que é nosso. Como se pode criar consciência ecológica num povo que passa fome, que vive em favelas na mais absoluta miséria, que é injustiçado? Como convencer uma gente assim de que o planeta está em agonia, se tem a agonia como sua eterna companhia?


41. MORTE DA TERRA.

O nosso planeta, apesar das legislações existentes e dos avanços científicos tecnológicos alcançados, continua sendo progressivamente devastado. Os homemóides continuam explorando os recursos naturais descomedidamente, ocupando e devastando extensas áreas sem o menor planejamento, de tal forma que em breve restará na Terra somente ambientes impróprios para vida existencial, sem a menor chance de recuperação.

Devemos informar às nossas crianças de que nossa espécie foi capaz de magníficas realizações no campo das ciências, da tecnologia, da filosofia, das artes, etc, entretanto falhou na capacidade de preservação de sua própria vida, ao violentar o planeta, por ausência de consciência desenvolvida. Precisamos aplicar às nossas crianças uma educação fundamentada nos três fatores de revolução da consciência da Psicologia Revolucionária do Dr. Samael Aun Weor, para elevação do seu nível de seidade, objetivando capacitá-las ao exercício de atitudes práticas de reversão do estado de agonia em que Terra está submetida; devemos instrumentalizá-las com uma consciência ecológica desenvolvida, para que possam organizar uma estratégia que permita encontrar soluções adequadas de preservacionismo, para garantia de sua permanência aqui na Terra.

A juventude precisa se preparar convenientemente para reconstruir o mundo já bastante decomposto pelos homemóides inconseqüentes. Precisamos de uma juventude comprometida com a preservação da ordem e beleza holística da Terra, que participe concretamente das atividades de proteção ao meio ambiente. Para isso, há necessidade de aprender a conhecer-se a si mesmo, para podermos compreender o mesocosmo terrenal e as diversas relações e integrações entre os seus componentes na sua dinâmica holística.

É preciso treinar as crianças para serem agentes modificadores das condições ambientais desfavoráveis ao homem, através de construção de interferências positivas na ecologia holística do planeta. Os componentes vivos do planeta, chamados bióticos interagem, num determinado ambiente, com os não vivos, chamados abióticos, para sustentação equilibrada de um ecossistema. Entretanto, os homemóides com suas atividades desastrosas de desmatamento, descarga de poluentes e exploração descomedida dos recursos naturais, para sustentação do consumismo, destroem esta harmonia de beleza mesocósmica, com suas interferências negativas e todo tipo de violência.

O homemóide pratica violência aos seres vivos, ao interferir negativamente no meio ambiente, praticando queimadas, pulverizando lavouras com produtos químicos nocivos, provocando a chuva ácida, produzindo o efeito estufa e a destruição da camada de ozônio. A violência do homemóide ao meio ambiente colocou nosso mesocosmo em agonia. A Terra está morrendo! É grande a dor e a agonia do planeta! E, além disto, esta violência que colocou o nosso planeta agonizante à beira da morte, provocará o derretimento do gelo polar através do aquecimento da atmosfera, elevando o nível das águas dos oceanos, acarretando inundações das terras costeiras, morte das pessoas do litoral e o desaparecimento de suas cidades litorâneas.


42. ENTROPIA NA PSIQUE HUMANA.

Define-se convencionalmente entropia como sendo a quantidade energia de um sistema que não pode ser convertida em trabalho de natureza mecânica, sem comunicação de calor a algum outro corpo, ou sem alteração do volume. A entropia se amplia em todos os processos irreversíveis e permanece constante nos processos reversíveis.

Se tivéssemos desenvolvido tecnologia, ciência e consciência, em pleno segundo milênio, já poderíamos alimentar os famintos, abrigar os sem-teto, os sem-terra, os sem nada, proteger, criar e educar nossos filhos; transmitindo às gerações futuras oportunidades, para que tornassem cidadãos ecológicos, herdeiros e contribuintes da nossa herança humana, biológica e cultural.

"Acredito que a resposta explanatória mais plausível para o cenário que temos diante de nós resida num fenômeno entrópico, de base comportamental e causa política, tanto individual como coletivo. De fato, vivemos um tempo de grande entropia biocultural. Mas o que isso quer dizer?" (José Maria G. de Almeida Jr.).

O ego de cada indivíduo que compõe a sociedade se constitui no canal para atuação do fenômeno da entropia; e esta leva todo universo físico para o equilíbrio estático de energia e matéria, rumo à desestruturação, à degeneração, à dissipação, à estagnação e ao caos, consoante aos princípios termodinâmicos da física.

Erwin Schrödinger, mostrou em 1944, que os seres vivos não resistem a entropia física. E a sociedade humana é composta de Homo sapiens, elemento reino animal, componente do conjunto dos seres vivos.

"Se o atributo humano singular da educabilidade permite melhor compreender o comportamento social da humanidade, o que esperar da sua aplicabilidade na solução de problemas individuais ou coletivos, locais ou globais? Como, por exemplo, lutar contra a tendência política prevalecente no nosso tempo, de escolher sistematicamente o caminho para vencer a entropia biocultural, da miséria da condição humana, da degradação ambiental, manifestos nos quadros de decaimento generalizado do mundo de hoje? Como, enfim, aprimorar o homem, elevar a condição humana e preservar o planeta com desenvolvimento ecologicamente auto-sustentável?" (José Maria G. de Almeida Jr.).

Precisamos nos educar para viver em meio ao caos, com equilíbrio e serenidade. Temos que nos constituirmos em células positivas do mesocosmos; aqueles, que mesmo em meio à barbárie e ao caos, repensam suas trajetória para construção de um mundo melhor com um homem de perfil ecológico.

Se educarmos as gerações do futuro com fundamentos na Psicologia Revolucionária, com certeza se abrirá a cada pessoa à possibilidade de autotransformação em direção a escalada luminosa de elevação do nível de seidade. A partir daí poderemos construir uma sociedade dialógica, com uma consciência ecológica desenvolvida, para gerir holisticamente um planeta auto-sustentável.

O combate ao centrifuguismo antropocêntrico com uma educação centrípeta representa a chave capaz de abrir o universo psicológico do homem e apontar caminhos para um mundo ético, social, moral, ecologicamente aceitável e para destruição da entropia biocultural.

"Biologicamente, o homem de hoje é muito semelhante aos seus ancestrais de dez mil, cem mil e até de um milhão de anos atrás. Culturalmente, porém, as diferenças do presente em relação ao passado são tão fantásticas que são auto-evidentes. Mas o que dizer sobre mudanças na natureza psicossocial do homem, diante do quadro de grande entropia biocultural do mundo contemporâneo?" (José Maria G. de Almeida Jr.).

O pobre homemóide se vangloria do seu domínio sobre a natureza e sobre o ambiente; graças ao conhecimento e à tecnologia chegou ao ponto que está hoje: viagens extraterrestres, máquinas inteligentes e clonagem humana, coisas artificiais que representam um pseudoprogresso. O homemóide não levou em conta a sua absoluta ignorância de que tudo isto representou um afastamento da ordem natural das coisas, devido à atuação da entropia que atuou a serviço do caos.

A natureza psicossocial humana pouco ou nada mudou ao longo da nossa trajetória evolucionária como espécie humana, apesar das riquezas materiais acumuladas e de todo o progresso técnico-científico alcançado até agora, e nunca mudará; pois mudanças radicais nesta não são possíveis com evolução e só com revolução da consciência, através dos três fatores que a revolucionam a consciência.

Nosso homem saiu do planeta, foi à Lua, quer chegar a Marte, mas ainda não conseguiu sair de uma condição de escravidão e miséria e nunca sairá enquanto persistir o ego, fator que embaça a consciência, engendra os defeitos que casam a violência social e ambiental.

Graças a uma nova percepção sobre a vida e o ambiente da Terra, introduzidos pelas ciências centrípetas nos últimos 50 anos, o homem vem, gradativamente, redescobrindo o holismo univérsico, o todo, a interdependência de cada parte do todo, a transitoriedade e a finitude de todas as coisas do cosmo. "A consciência ecológica começa e termina no indivíduo, mas, passa pelo outro, tornando-se assim social e dialógica. Trata-se de um processo necessariamente ético e estético. Daí o verdadeiro ato educativo - não importa se escolar ou não escolar, formal ou não formal, em qualquer nível, para qualquer idade - ser a autotransformação que ocorre no contexto social da pantransformação".(José Maria G.).

Devemos nos educar convenientemente para compreender e lutar pela erradicação da entropia biocultural, criar resistência a toda e qualquer forma de desordenação social que represente decaimento na escala de seidade. Pela capacidade do livre arbítrio podemos escolher e até fazer caminhos rumo à educabilidade, e daí, escolhemos e fizemos o mundo que se nos apresenta hoje. Assim, também poderemos fazer no futuro um mundo diferente, onde haja a justiça, a paz, o bem-estar comum, o mutualismo na alteridade e a sustentabilidade planetária.

É por demais sombria a natureza homemoidal dos nossos tempos. Tempos de escândalos de todos os tipos, tempos de violência permanentemente violência à natureza, tempos de caos. A entropia nos arrastou bem para o fundo de poço, onde há obscuridade e desesperança e, daí só sairá aquele que revolucionar a consciência. Isto demanda, do lado iluminado da consciência, constante vigilância, discernimento moral, etc.

Há uma profunda dor em minha alma por causa dos navios de petróleo que derramam no mar, matando os seres vivos; por causa fogo que queima incessantemente a mata da Amazônia; por conta das crianças que tombam nas escolas, nas ruas, nas casas, que dormem nas calçadas, etc, vitimadas pela violência generalizada, por causa do descaso político e da injustiça social.

43.ENTROPIA NOS SISTEMAS.

A Segunda lei da termodinâmica diz que todo processo natural gera a entropia, uma medida de desordem. A entropia é a medida da desordem molecular. A entropia é uma lei de desorganização progressiva, do desaparecimento completo das leis iniciais que regem os corpos ou substâncias. Em qualquer sistema ordenado, aberto ou fechado, há uma tendência para a desorganização, para desintegração que só pode ser interrompida ou invertida através de uma fonte de energia dirigida para tal.(Lei das Oitavas).

Todas as coisas que foram criadas um dia, se ordenaram a partir do caos, que é a desordem, em direção ao cosmo, que é a ordem e coordenadas pelo princípio organizativo inteligente. Daí seguem novamente a trajetória do caos, caminhando agora para a desordem, em direção ao caótico, para num determinado dia, novamente seguirem o caminho da ordem, e assim infinitamente, em eternos ciclos da dialética pendular da mecânica holística.

Define-se convencionalmente entropia como sendo a quantidade energia de um sistema que não pode ser convertida em trabalho de natureza mecânica, sem comunicação de calor a algum outro corpo, ou sem alteração do volume. A entropia se amplia em todos os processos irreversíveis e permanece constante nos processos reversíveis.

Hoje, aplicam-se as leis da física na análise de problemas sócio-econômicos pela sensação de segurança que elas dão, por pertencerem a uma ciência exata. As leis da física são discutidas pelas melhores inteligências e colocadas a serviço da tecnologia. A segunda Lei da Termodinâmica, a Lei da Entropia, se apresentou com muita resistência, ao longo dos anos, entretanto está é amplamente acatada e usada em outras áreas de conhecimento, como nas ciências sociais: na Psicologia, na Sociologia, na antropologia, na Teoria da Comunicação, etc. As leis e os métodos da Física podem ser aplicados plenamente à psicologia humana, pois esta é holisticamente constituída de energias também, pois está justaposta nos interior de um organismo humano, pertencente ao um ser vivo.

O homem precisa reavaliar a tendência das ciências centrífugas do antropocentrismo, que tanta nocividade trouxeram à ecologia humana e reorganizar métodos amortecedores dos efeitos destas na desorganização da sociedade, para que possa impor novos rumos à economia mundial e traçar novos modos de enfretamento dos desafios que temos no presente: violência, globalização da economia, desemprego estrutural, etc.

O modelo atual de desenvolvimento embasado no antropocentrismo possui sistema de produção, calcado num conjunto de coisas automáticas: máquinas, instalações, insumos de comunicação e transportes, etc; e que possuem objetivos de produzir para os seres humanos bens que a natureza não produz, e conseqüentemente acaba devastando o meio ambiente, produzindo violência, injustiça e caos. No novo paradigma holístico de formação do homem univérsico, integrado à mecânica holística, o sistema produtivo não é isolado do restante do universo, pois a matéria prima e as energias necessárias são extraídas da natureza viva, que é uma extensão de todos nós. Pois a energia que é usada na produção e os sistemas que transformam a energia contida nos combustíveis bem como a eletricidade em trabalho, necessário para transformar, extrair, movimentar, beneficiar, e separara a matéria prima, ao longo dos diversos estágios da produção, distribuir produtos e movimentar os rejeitos, provém dos seres vivos e dos seres brutos da natureza holística.

As ciências centrifuguistas convencionais conduziram a sociedade ao exercício de atividades econômicas não racionalizadas, provocando desequilíbrios sociais, ambientais e psicológico, cujos resultados negativos já se fazem sentir na forma de desemprego, ampliação das desigualdades sociais, redução forçada da capacidade de consumo do trabalhador e na globalização que trouxe em seu bojo a desnacionalização da economia que acarretou mais sacrifícios para os marginalizados e pobres. À luz das ciências centrípetas a maior parte destes desequilíbrios ambientais e sociais advém do consumismo, que representa uma doença da sociedade humana ou de sua parte mais favorecida. Se o ente humano não conseguir detectar as causas que lhe engendram a ambição, a cobiça, não terá como erradicar este vetor de desequilíbrio ambiental e social.

A compreensão de que os princípios da entropia também se aplicam aos fenômenos que ocorrem no interior psíquico do homem, no seio da sociedade humana e na interação do homem com o ambiente indica-nos que devemos estabelecer inteligentemente limites para o consumismo, para pormos um fim nas desigualdades que há entre os seres humanos.

O consumo descomedido de alimentos não melhora a qualidade de vida, nem traz a felicidade, conduz as pessoas à obesidade e à degeneração. A obesidade é uma doença resultante do consumismo e se dá a custa da subnutrição de muitos. Devemos lutar para construirmos uma sociedade mais justa, mais solidária, mais racional, mais consciente e com mais qualidade de vida.

Cientificamente até hoje na Calorimetria não foi observado nenhum caso em que o corpo o mais quente tenha ficado ainda mais quente e o outro ainda mais frio durante a troca de calor, em decorrência do fato da conservação da energia. Até hoje não se pôde comprovar a impossibilidade de o calor passar do corpo frio para o quente, indo do potencial energético menor para o maior, apesar disto nunca ter sido observado; assim, o fenômeno da entropia se constitui num dos postulados que possuem credibilidade entre os cientistas.

No universo relativo tudo que existe se resume a duas coisas: matéria e energia, que na verdade resultam na mesma coisa; pois matéria e energia efetuam interconversões. Na mecânica holística, o que é matéria agora, daqui a pouco será energia, que depois volta ser meteria novamente, pois a matéria se transforma em energia e vice-versa; na dialética cósmica tudo é dual, se manifesta pela complementariedade, que na física chamamos de relatividade, enquanto que no universo absoluto tudo é uno.

O princípio organizacional do cosmos, para controlar a diversidade das coisas do universo relativo, que emana do universo absoluto, aqui no mesocosmo conta com 48 leis, conforme nos ensina o Dr. Samael em sua Cosmognose. Então, dialeticamente temos: ação-reação; evolução-involução; entropia-sacrifício ou lei das oitavas.

Quando estou dando aulas de física para meus alunos, explico que a entropia é lei de igualação energética. Para tal cito o exemplo de que se misturarmos meio copo de água quente a 100C com meio copo de água fria a 20C, iremos obter uma mistura de água morna, a 60C. Como a entropia é um fenômeno de equilibração para baixo, a energia fluiu do corpo de maior para o de menor temperatura, não ao contrário. Nunca a energia térmica fluirá do potencial menor para o maior, sempre ao contrário, pela entropia.


44. ENTROPIA DAIXA HOMEMÓIDE IMBECIL.

Da mesma forma, se colocarmos uma laranja podre em meio a laranjas boas, estas se tornarão podres. Ao contrário, se colocarmos uma laranja boa em meio às podres o que acontecerá?

Quando eu trabalhava de Conselheiro Psicológico da Portuguesa Santista, antes de jogo, na preleção aos jogadores eu dizia sempre para que ficassem atentos ao fenômeno da entropia, dizendo-lhes que se um jogador atuar bem numa partida de futebol, isto se constituirá numa corrente de energia positiva que se transmitirá a todos, fortalecendo o conjunto e em conseqüência, coletivamente todos atuarão bem. Entretanto, se alguém estiver atuando mal, tem que ser substituído de imediato, antes que a corrente negativa de energia atinja os demais jogadores e acabe desanimando a todos, o que virá resultar numa má atuação de toda a equipe.

A entropia está presente em todas as partes do cosmo relativo: no macrocosmo, no mesocosmo, e no microcosmo, tanto ao nível de matéria grosseira como em energia sutil. No nosso microcosmo, a entropia atua tanto no corpo físico quanto na psique, degenerando-os gradativamente.

A maior parte da humanidade está sucumbida pela lei da entropia e não faz nada para melhorar a si mesma, para elevar o seu nível de seidade, para adquirir compreensão e despertar a consciência ecológica. Assim, a cada dia que se passa, a massa homemoidal vai se deteriorando, ficando mais degenerada, muito mais agressiva e violenta.

O Dr. Samael nos ensina, em sua Psicologia Revolucionária, que as mentes das pessoas, que estão sob entropia, vão se degenerando progressivamente, vão se atrofiando, partes do cérebro vão deixando de funcionar e as pessoas vão se tornado cada vez mais imbecis.

O fenômeno da entropia, progressivamente, acaba igualando a todos em níveis mais subalternos. Pobres e ricos, negros, amarelos e brancos, homens e mulheres, todos acabam se imolando pelo fenômeno da entropia em suas sepulturas. Podem ser enterrados em bonitas e luxuosas sepulturas, belos caixões ornamentados, ou em covas grosseiras de feias sepulturas, que ambos ficarão iguais pela entropia, após decomposição através das bactérias.

Já sabemos que cosmos é ordem, é beleza, que dialeticamente se contrasta com caos, que é desordem, é tristeza e feiúra. O fenômeno da entropia leva todas as coisas ao caos, à feiúra, ao desequilíbrio, etc, se não houver a sua oponente dialética, o fenômeno do sacrifício, atuando em sentido contrário. A lei das oitavas ou dos sacrifícios conduz tudo à beleza, à organização, ao equilíbrio, enquanto que a entropia age no sentido contrário.

Numa estratégia espetacular da natureza, os agentes decompositores, fungos e bactérias exercem um papel importante para o fenômeno da entropia, na reciclagem dos materiais da natureza, ao transformarem seres vivos em seres brutos. Como a entropia, gradativa e progressivamente, produz desordem, definha, desestrutura tudo, ela acaba se constituindo numa força desordenadora a serviço da mecânica holística; é pode ser visto em ação na tarefa de decomposição dos seres vivos através dos fungos e bactérias que destroem os átomos e moléculas dos organismos em defunção, no final de suas existências.

Por outro lado, há nos seres vivos autótrofos e heterótrofos a capacidades de transformação de seres brutos em massas vivas, para complemento da dialética da natureza transformativa no universo holístico. É extraordinário o poder do fenômeno holístico das transformações. Por isso a palavra transformação pode ser substituída por uma sinônima, chamada magia. É mágica a transformação que a mecânica holística produz a nível atômico, molecular, sistêmica e cósmica no universo para assegurar a ordem, a beleza e o equilíbrio na natureza. Em qualquer átomo, molécula e sistema do universo está presente a ordem. Nas raízes, nos caules, nas flores e nas demais estruturas de uma planta está presente a ordem. Nos átomos, moléculas, órgãos e sistemas dos organismos microcósmicos está presente uma ordem. Se há ordem nos cosmos, nas partículas atômicas e moleculares, como conseqüência, é porque há ordem nas estruturas subatômicas, nos íons, nos elétrons, nos prótons e nêutrons, como efeito, é porque é emanada de um princípio ordenador como causa de toda a mecânica holística dos cosmos. "Eu não poderia conceber ordem em uma molécula de cobre ou de amido sem uma força ordenadora".(Dr. Samael).

Podemos concordar com o Dr. Samael de que há uma força ordenadora e inteligente bem visível à consciência holística; e que uma força ordenadora se constitui em algo que é revestida de inteligência organizativa, pois ela não poderá vir do acaso como querem os ateus materialistas. É impossível para uma mente sadia chegar a pensar que uma força organizadora, que é capaz de organizar átomos, moléculas e sistemas micro e macrocósmicos, pudesse advir do acaso. Como pode uma força ordenadora vir do acaso, se o acaso não possui inteligência? Se o acaso tivesse condição de produzir uma força ordenadora inteligente, não deixaria de ser acaso para converter-se num extraordinário princípio inteligente?

Qual seria este princípio inteligente, diretor, ordenador, coordenador, maravilhoso que a tudo ordena no cosmo, e que através deste princípio organizacional deu existência à vida e a tudo que há no universo, mantendo-o em expansão, involução, evolução e revolução contínua, para toda a eternidade? Deus não joga dado, disse Einstein. Com isso queria dizer que o universo não foi criado aleatoriamente, casualmente, como querem os ateus materialistas, mas sim, divinamente arquitetado pelo Criador do Princípio Organizador, pela Inteligência Cósmica, que é Deus.

No cosmos tudo, que se coloca em consonância com esta força ordenadora, se cosmifica; tudo que se coloca contra, se torna caótico, incorporando à entropia, para ir, gradativamente, produzindo a desordem nos átomos, nas moléculas, nos sistemas, nos seres vivos e nos seres brutos, mas que também faz parte da Inteligência Cósmica de um mesmo Deus.

A entropia é degenerativa, quando ela pega nosso organismo físico, vai deteriorando até levá-los ao caos. Mas, o mais grave é que quando a entropia atinge o nosso universo psicológico vai deteriorando nossa mente, degradando nossas virtudes, transformando-as em defeitos, destruindo os nossos valores, para transformar-nos em seres homemóides antiecológicos, agentes destruidores do meio ambiente e engendradores de violência múltipla a nossa Terra.

Devido à entropia, à medida que a atmosfera vai se tornando mais rara, se torna menos eficaz na tarefa de análise e decomposição dos raios solares, para transformá-los em luz e calor. Da atuação da entropia no microcosmo hominal, especificamente na psique do ente humano, resultou, ao longo dos tempos, a degradação dos valores morais, a violência e o caos social. Devido à atuação da entropia no microcosmo hominal, a sociedade humana já é, no segundo milênio, um corpo doentio, que está em decomposição progressiva a caminho da desordem, em direção ao caos.

Em decorrência da hipertrofiação do ego no homemóide humanoidal, a sociedade se igualou entropicamente para baixo; já é notória a estas alturas a sua configuração violenta, sua feiúra e sua inércia; está despojada de solidariedade, fraternidade, alteridade e outros valores transcendentais da escala de seidade. Como pode uma sociedade como a nossa, que habita um paraíso mesocósmico como a Terra, decair tanto na escala de seidade, rebaixando o seu nível moral, espiritual, ético, destituindo-se das virtudes da solidariedade, da fraternidade, afastando-se definitivamente da paz e do amor?

A entropia é um fenômeno universal, é uma lei univérsica, que atua em todas as coisas do micro, do meso e do macrocosmo. Os homemóides converteram os nossos rios, lagos, mares e oceanos em lixeiras, onde depositam lixos convencionais e atômicos, derramam petróleo e resíduos das experiências nucleares, etc. Assim, assassinam os peixes, poluem o "Berçário da Vida", os manguezais, destruindo seus habitantes. O agente homemóide está destruindo a atmosfera, contaminando os frutos da terra e as verduras também; está adulterando animais e vegetais através de enxertos, de clonagem, etc; o homemóide antiecológico vem fusionando átomos, descosmificando-os, desorganizando-os para o caos da matéria e Terra.

Pela entropia se chegou aos enlatados de laranjas e frutos sem sementes e um amontoado de alimentos artificiais que aí estão, se distanciando da ordem natural das coisas. Tudo isto, por tentar construir progresso com uma ciência destituída de consciência. Como pode chamar de progresso tecnológico, ao processo de produção, que degenera os vegetais, os animais e os minerais, impulsionando-os pela trajetória da entropia, conduzindo a Terra à agonia, ao caos?

Nossa amada Terra já está em processo de agonia, está ficando muito doente, com febre e está se tornando estéril, em decorrência da violência que lhes é imposta pelo homemóide inconsciente; deste modo certamente a Terra será queimada pelas mil umas explosões atômicas, que fazem à custa de energia nuclear; assim, a Terra certamente se imolará para se converter em mais uma Lua do espaço deuterocósmico, em algo morto, totalmente destituído de força vital.


45. FENÔMENO DAS OITAVAS.

O Fenômeno das Oitavas, Corrente do Som ou Lei do Sacrifício, constitui-se na lei que complementa dialeticamente a lei da entropia, completa o binário das transformações, traduzido pelo par entropia/sacrifício. O fenômeno da entropia atua em nossa psique por intermédio do desânimo, da preguiça, etc e nos conduz á inércia, ao ócio, ao imobilismo. Por outro lado, o fenômeno das oitavas nos leva ao dinamismo à ordem, à operosidade, a cosmificação, à beleza, etc, através da lei do sacrifício.

A entropia age mecanicamente em nós, enquanto que o sacrifício só pode ser causado e coordenado pela nossa consciência e modo voluntário da queda que nos impõe a entropia, mediante um sacrifício voluntário e consciente. Tudo se comporta como um móvel, estacionado no ponto mais alto de uma trajetória. Se soltarmos os freios destes, descerá aceleradamente pela ação da gravidade, até atingir o ponto mais baixo da trajetória.Daí, para arrastá-lo novamente até o ponto mais alto, teremos que impor uma força extra através do sacrifício muscular ou do sacrifício de algum combustível.

Qualquer coisa que queremos fazer seja num empreendimento material ou espiritual, temos que estar atentos ao fenômeno da entropia, porque no início da trajetória tudo vai muito bem; no ponto médio, mais ou menos e, no final, de mal a pior. Por isso, em todo empreendimento que fizermos, seja psicológico ou físico, temos que provocar choques contínuos, por intermédio do sacrifício, para evitarmos a estagnação e o fracasso total seja no namoro, no casamento, no trabalho, nos negócios, etc.

Para vencermos a entropia veiculada através da preguiça e que nos leva ao desânimo, impondo-nos a inércia e a ociosidade, temos que nos sacrificarmos muito após um almoço, por exemplo, e nos colocarmos em movimento, mantendo-se de pé, para não ser levado para cama e dormir excessivamente, de modo mecânico. Assim se depreende que podemos vencer a força da entropia, antepondo-lhe uma outra força de oposição chamada sacrifício. Quando sacrificarmos os desejos que nos levam ao hipertrofiamento dos nossos defeitos por intermédio dos prazeres, construiremos as virtudes da alma e despertaremos a consciência. As virtudes não nascem do acaso, pois é causada por intermédio do processo de construção da consciência, através dos três fatores de revolução da consciência da Psicologia Revolucionária.

Para construirmos infra-sexuais degenerados; para construirmos virtude do altruísmo, temos que sacrificar o defeito da cobiça, a abominável ânsia da ambição materialista; para construirmos a virtude da filantropia, temos que sacrificar o defeito da inveja, que tanto nos impede de ajudarmos o próximo; para construirmos o amor e a alegria pela felicidade alheia, temos que sacrificar a ira, o ódio, a indiferença, a aversão, etc, e trabalharmos gratuitamente, sem nada receber, pelo bem do nosso semelhante.

Assim, podemos depreender que qualquer tipo de movimento seja físico ou metafísico, depende do sacrifício de alguma coisa. Desta forma, se não houver o sacrifício de todos nós em favor da natureza que está se deteriorando por meio do fenômeno da entropia, o seu tempo está se encurtando e ela poderá chegar ao fim em breve!

Se nós que os seres mais importantes do holismo da Terra, nada fizermos em prol do nosso mesocosmos, certamente a entropia o imolará. A entropia estudada pela física, que é propriamente a segunda lei da termodinâmica, é uma das 48 leis mesocósmicas. A palavra entropia vem do grego e significa transformação para níveis mais baixos, para igualação em níveis inferiores de energia.

Fala-se que por causa da entropia, a Terra está girando mais lentamente, em torno do seu próprio eixo, sua rotação vai ficando cada vez mais lenta. Desta forma, a Lua irá se afastando gradativamente em decorrência da diminuição da verticalidade de rotação e assim, pela entropia, a Terra se converterá, um dia, em mais uma rocha dura no espaço, destituída de beleza, sem vida e totalmente descosmificada. Assim, vimos um exemplo de entropia mesocósmica.


46. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.

O modelo atual de desenvolvimento violenta a natureza, gerando enormes desequilíbrios no meso e no microcosmo, ao permitir, a uma pequena minoria acúmulo de muita riqueza e a miséria para grande maioria, degradação ambiental e violência generalizada. Se houvesse um pouco mais de consciência entre os homens, seria possível o tal desenvolvimento sustentável: conciliação de desenvolvimento econômico com a preservação ambiental, pondo fim à pobreza, à miséria e à violência generalizada. E já teríamos um povo solidário, fraternal, promovendo o desenvolvimento para todos, com atendimento das necessidades básicas da sociedade atual, sem ameaçar a satisfação das necessidades das gerações futuras.

Qual a verdadeira causa deste desenvolvimento insustentável que ai está? Seria o consumismo, o socialismo ou o capitalismo? Não. O consumismo, que provoca injustiça e desequilibra o mesocosmo, é conseqüência da ação egóica do homemóide equivocado. A verdadeira causa está no universo psicológico do ente humano, sob a forma de agregado da ambição, componente do ego freudiano.

É preciso educar as nossas crianças, com uma formação revolucionária que lhes permita identificar e erradicar os agentes egóicos do consumismo, que engendram o mecanismo da dominação e produzem as disparidades através dos sistemas de reprodução das desigualdades sociais existentes. A ideologia do sistema que sustenta o modelo desenvolvimentista, baseado no consumismo desenfreado, camufla a realidade, para que não sejam questionados os verdadeiros pressupostos econômicos do sistema que provoca a miséria, a fome, a degradação micromesocósmica e a violência generalizada.

É preciso que os estudantes compreendam que há necessidade de expandir a consciência, para se perceber que desenvolvimento sustentável só é possível através da dissolução dos agentes psicológicos, que engendram as relações de dominação na sociedade, promovem a discórdia entre os homens e entre os países. Para preservarmos a beleza cósmica do nosso planeta, temos que extirpar, de dentro de cada um de nós, os agentes que engendram a sua destruição, passando pela eliminação dos elementos psicológicos que causam nos homens as relações de dominação entre as pessoas.


47. EDUCAR PARA PRESESVAR AMBIENTE.

Devemos educar o estudante para utilização racional e inteligente dos recursos naturais, ampliando a capacidade de produção que possui o meio ambiente, em favor da massa social, com equilíbrio, sem degradação deste.

Devemos conscientizar o estudantado acerca da crise ambiental e da necessidade de sobrevivência do planeta, para continuação da nossa existência. Há que se achar uma fórmula equilibrada que concilie crescimento econômico com preservação ambiental. Há necessidade de disseminar, entre os nossos estudantes, uma educação revolucionária para expansão da consciência ecológica que lhes permita tomar atitudes favoráveis ao meio ambiente.

É preciso articular a mobilização da sociedade em direção à conquista da cidadania ecológica. É preciso articular a mobilização social, promover a participação da sociedade nos movimentos ecológicos. Precisamos de educação para transformação, para enfrentamento dos graves problemas que a humanidade atravessa, tais como a violência à ecologia urbana, traduzida na forma de seqüestros, roubos, mortes nas ruas, nas escolas, etc. Há a miséria, a corrupção, as drogas, degradação dos valores morais, etc. Meu Deus, o que causa o ego?

Devido à entropia, a maioria dos seres humanos já não acredita em mais nada, não acredita na possibilidade de transformação, não trabalho sobre si mesma, não trabalha para elevar o grau de consciência ecológica do seu semelhante, não transmite às novas gerações os valores que esta precisa para cultura da paz e não-violência. Devemos formar homem consciente, para participação decisiva nas decisões acerca dos destinos do planeta. Vem, vamos combater a inércia, a passividade, o imobilismo! Vamos tomar atitudes favoráveis em defesa do mesocosmos.

Assim, o homemóide tem degradado o meio ambiente, ameaçado a sobrevivência dos homens e dos outros seres vivos do planeta. O modelo desenvolvimentista do capitalismo selvagem que engendrou o consumismo exacerbado, não permitiu a difusão das propriedades entre os povos, além de haver acentuado as desigualdades sociais entre os homens, entre os países ricos e pobres, ampliando a miséria, o sofrimento, a cultura do desperdício e degradação do meio ambiente; sem falar na acentuação dos efeitos nocivos à holística mesocósmica, como a poluição dos mares, destruição da camada de ozônio, etc.

O homemóide colocou a vida do planeta em cheque, ao poluí-lo, ao desmatá-lo, ao explorar irracionalmente os recursos naturais, degradar o solo, poluir o ar, levando o planeta à agonia. Agora a Terra está doentia!

Em reação à violência homemoidal, o mesocosmo revida com inúmeras catástrofes, secas, inundações, el niño, alterações nas condições atmosféricas e nas estações do ano, matando milhões de pessoas, vitimadas por desnutrição, ingestão de água não potável, radiação atômica, agrotóxicos, etc.

O homemóide acelera cada vez mais a degradação do meio ambiente, ao provocar o crescimento econômico, sem o crescimento da consciência. A maioria dos cientistas e dos trabalhadores em geral do mundo todo, trabalham a serviço da violência e da morte: constroem as guerras, produzem as drogas, as bebidas alcoólicas, os cigarros, etc. São homens que dedicam seu tempo, gastam sua energia e talentos para o desenvolvimento de armas, de bebidas nocivas, cigarros e todo tipo de drogas.

Com 10% de consciência desperta, nenhuma pessoa trabalharia a serviço guerra, das drogas, da morte. Se houvesse pelo menos uns 10% entre as pessoas, elas teriam compreendido a lei maior da empatia, passada pelo mestre dos mestres: "Faça aos outros aquilo que queres que façam a ti". Então, o cientista, o homemóide em geral, ao desenvolver uma bomba, uma arma, uma droga, etc, deveria, primeiramente experimentar em si mesmo. Amarrando a bomba em seu próprio pé, explodindo-a. Se fosse gostoso, fosse bom, passaria aos demais.

Nesta maratona dos inconscientes, os homemóides confeccionaram armas para destruir nosso planeta dezenas de vezes. Destruindo-a apenas uma vez já não seria suficiente? Se não fosse a psicologia equivocada do homemóide não se gastaria recurso, 60 vezes mais, com a formação de um soldado, do que para educar uma criança ao longo de toda a sua vida. Enquanto se gasta 1,3 milhão de dólares, por minuto com o militarismo, com a belicosidade, 30 crianças morrem desnutridas, com fome, nos países pobres. Nenhuma evolução científica tecnológica, nenhum sucesso econômico, militar, desenvolvimentista, compensa a violência homemoidal, imposta ao micro e mesocosmo, aos seres vivos e aos seres humanos, através de uma ciência, desprovida de consciência.

Se o homemóide possuísse um percentual maior de consciência desperta, ao invés de gastar grande quantidade de dinheiro em tecnologia sofisticada de guerra, trabalharia a serviço do bem-estar da humanidade, combatendo a fome, a miséria, a violência, etc. O homemóide destituído de compreensão e consciência impôs um modelo de desenvolvimento predatório; com sua violência generalizada, deixa rastro de destruição ambiental por onde passa. Há que se ter um pouco mais de consciência ecológica, para lutar contra a destruição das florestas, dos peixes, de outros animais e do próprio homem.


48. TÉCNICA PARA ERRADICAR VIOLÊNCIA ECOLÓGICA.

Não se pode erradicar a violência da sociedade, da forma como se tentou até hoje, atacando-a no efeito. É preciso atacá-la no seu nascedouro, na origem, na causa. E, para isso, precisamos saber onde ela nasce; coisa que a escola convencional não ensina às crianças. Não ensina porque não sabe nada. E não sabe nada porque não quer saber a verdade acerca da crua realidade dos fatos.

E por incrível que pareça, qualquer indivíduo pode erradicar de dentro de si mesmo os germes da violência; para isto, basta saber o como. E o saber como, até hoje, a escola não ousou ensinar, porque não aprendeu ainda. E, para ensinar isto ao ente humano, a escola precisaria ter uma didática concreta, que orientasse o estudantado a maneira correta de combater a violência na causa por meio da dissolução dos seus eus inumanos do seu ego.

Para acabar com a violência social é preciso que a escola ensine aos seus alunos, crianças e adolescentes - e entre estes aqueles que ainda não se tornaram demasiadamente violentos - a maneira como não se prostituírem socialmente com a violência generalizada do mundo adulto; a não se tornarem violentos, como mais uma das vítimas do sistema.

E, é preciso ensinar a quem já se contaminou com os vírus da violência, com os eus da ira, da ambição, da inveja, da preguiça, da gula, da luxúria, do orgulho, etc., a técnica de erradicação destes defeitos, por intermédio do sistema de revolução da consciência, que começa com a prática de auto-observação de si mesmo. É preciso ter a coragem de ensinar às crianças que a violência de concentrar bens materiais, no modelo econômico injusto do neoliberalismo, é responsável pela violência escolar, pela violência infanto-juvenil, pela violência senil, pela violência social, pela violência familiar, racial, etc; e, mostrar onde ela inicia, no interior de cada um de nós mesmo, através dos agentes componentes do ego.

Para estancar a violência vigente seria necessário promover a transformação do modelo econômico que aí está. Mas, para transformar este modelo vigente, promotor da violência ecológica, seria preciso transformar o homem que o dirige. E, este não se transforma sem a erradicação do ego de dentro de si mesmo. Uma verdadeira educação para elevação do homemóide e da sociedade em geral ao grau de humano, começa por ensinar o aluno a destruir dentro de si mesmo os aspectos animalescos que possui, o ego, o germe de todos os males, raiz da violência generalizada.

É preciso ter uma didática concreta de dissolução destes eus geradores de defeitos, para ensinar ao homem a erradicar do interior de si mesmo o germe da ambição e todos os outros eus engendradores de todo tipo de violência. É preciso educá-lo com aquela educação que possui a inteligência vegetal, da árvore produz frutos para alimentar não só a si mesma, mas a todos os demais seres vivos da biomassa.

E o homemóide cria um sistema econômico violento, que lhe permite usar o trabalho de outros homens em benefício próprio; assim, o homemóide consegue ajuntar só para si, por possuir em seu interior os agentes danosos da ambição, tudo aquilo que a árvore produz universalmente para todos os demais seres vivos. E depois dizem que o indivíduo de hoje, concentrador do grande capital, é moderno, evoluído, coisa e tal!

49. EDUCAÇÃO QUE EVITA VIOLÊNCIA ECOLÓGICA.

Pitágoras já dizia há 2.500 anos: "Eduquem as crianças de hoje que não será preciso castigar os homens de amanhã". Porém, a ação de educar não se vingou, a partir de Pitágoras, até hoje. No nosso mundo atual, pseudoevoluído, as preocupações econômicas e financeiras absorveram completamente os 3% de inteligência da raça humana, tanto dos que governam o país quanto dos que são governados. Na escola convencional de qualquer grau só se trata da instrução e da adestração. Esqueceu-se por completo da Maiêutica Socrática, geratriz da verdadeira educação.

Uma verdadeira educação deve fazer presente na escola, em todos os momentos, principalmente no ensino fundamental, que é o alicerce formativo; esta deve ser completamente desarticulada da questão econômica e voltada para os valores éticos. Quem forma o caráter de um indivíduo que, por sua vez, vai compor a sociedade, é a educação que ele recebe quando ainda é criança ou jovem. O destino das criaturas humanas que compõem a sociedade está em conexão com os princípios educacionais que lhes foram inculcados na infância e na adolescência. Daí pode-se dizer que a horrorosa violência, que ronda os quatro cantos do mundo, possui suas raízes no fracasso dos sistemas educacionais.

A famigerada violência, crescente em suas múltiplas formas, nos dias de hoje, está estritamente relacionada à inegável falta da educação, no sentido real da palavra.
Como o povo, tanto o rico como o pobre, não se auto-educou ao longo da existência humana, hoje a sociedade é um caos. Segurança, na atualidade, é questão de vida ou de morte. Porque a violência atinge a todas as pessoas de qualquer nível social. Ninguém é feliz, ninguém tem paz! O desespero e o medo atingem a todos. Pois, ninguém tem tranqüilidade nas ruas, em casa, nos campos de futebol, nas praças de esportes, no aglomerados de pessoas, nos templos, nos carros, nos ônibus, nos aviões, dentro ou fora da cidade, etc. Todo mundo vive desassossegado, de dia e de noite, a qualquer hora. É uma situação caótica, deplorável, a que chegou o ser humano!

A violência representou o fracasso da sociedade em seu processo de humanização. Esta violência criou um quadro imbatível, imprevisível e absurdo, com os assaltos a bancos, às residências e a estabelecimentos comerciais que se verificam freqüentemente nos dias de hoje no meio social, o que por si só comprovam a veracidade dos fatos. A população vive atemorizada com os assaltos às pessoas nas cidades e nos campo, como mostram os noticiários de violência de todo tipo, agressões e crimes, que já tomam a maior parte da televisão, do rádio, dos jornais, das revistas, etc.

A raça humana tornou-se vítima de si mesma e está num beco sem saída! Ao sair à noite pelas ruas, a pé, é agir imprudentemente, pois é grande a possibilidade de ser assaltado lá. Ficar em casa também corre o mesmo risco. As estatísticas dos crimes contra a ecologia, contra as pessoas, o vandalismo, o bandidismo, a corrupção, a sodomia, a depravação e a degeneração humana, crescem assustadoramente todos os dias. Isto está nos noticiários, nas páginas dos jornais e é do conhecimento de todos. É a realidade atual do nosso COSMOS que virou CAOS.

As medidas que os governos vem adotando não têm conseguido resolver os problemas e nem remediá-los. Porque qualquer solução acerca do processo de violência crescente, passa pela transformação da sociedade através da educação. Mas, como não há educação para transformar a massa social, a questão da violência fica insolúvel. Jogamos a culpa nos políticos, nos governos, etc. pela violência descomedida; mas quem é o governo? Nada mais é do que o expoente que sai de uma base (sociedade). Se a base é suja, é corrupta, é violenta, etc., produz, conseqüentemente, expoentes sujos, como os que ai estão. Se não há transformação através da educação da base, o expoente sai sujo e deplorável, ainda que sua aparência externa seja revestida de uma pseudobeleza.

Como transformar base suja em expoentes limpos, se esqueceu completamente do papel da educação? Expoente, não transformado pelo filtro da educação, reproduz com fidelidade a base impura. Se não se coloca a escola como filtro transformador de bases sujas em expoentes limpos, a superação da violência múltipla, dessa verdadeira calamidade pública, que tanto infelicita os países, não encontrará solução no nosso mundo.

Uma educação eficaz certamente seria uma grande força para transformação das bases sujas em expoentes limpos e imaculados; o que resultaria na diminuição da violência. É irrefutável que a prática da educação para a modificação do caráter do cidadão, propicia-lhe insumos para uma vida equilibrada na sociedade. Uma educação verdadeiramente formativa transforma bases sujas em expoentes limpos. Da mesma maneira que se formam os políticos, se formam os médicos, os dentistas, os engenheiros, etc. Daí, que se os políticos são sujos, estes profissionais também são.

O sistema escolar convencional que ai está é um fracasso total, enquanto agente transformador da massa social; porque este só ousa instruir, adestrar, segundo o modelo econômico vigente, para as coisas materiais, o que é muito pouco no caminho da transformação. Porque é preciso educar os jovens, inculcando-lhes princípios morais e éticos, norteadores de suas vidas; dirigindo-os para o espírito de cooperação mútua, ao invés da competição egocêntrica que lhes é imposta pelo sistema escolar adestrador.

A violência, a indisciplina e a desordem caótica são os frutos da sub educação, da permissividade dos pais, da despersonalização da culpabilidade, etc. Os pais e a escola, ausentes, têm produzido cidadãos delinqüentes; uma legião de seres desajustados, esquizofrênicos, irresponsáveis, etc. É preciso que os governos e a sociedade em geral acreditem no que Pitágoras disse há cerca de 2.000 anos a respeito da educação: "Educar as crianças de hoje, para não ser preciso castigar os homens de amanhã". Por que os jovens não nascem delinqüentes. Os germes da delinqüência, que residem em sua psique, ao invés de serem germinados por falta de educação, como geralmente ocorre, podem ser transformados pelo filtro da mesma. Porque todos são educáveis, sem distinção de raça, sexo, cor, classe social e de faixa etária. Basta, para que isso ocorra, que haja priorização da educação, como meio de elevação dos parâmetros éticos do ente social. Tratem-se de fazer a educação na escola, nos meios de comunicação, nos sindicatos, na família, etc., que os resultados serão altamente positivos. Todos poderão ver isto ocorrer! Podes crer!

Nunca se viu tanta violência ecológica, urbana, no campo, na escola, no futebol, no Brasil, em outros países, etc., o que se tem constituído em verdadeiras guerras civis disfarçadas. Isto é o resultado da ausência de educação para formação moral, espiritual e ética do ente humano. Desta maneira esta sociedade não logrou avançar na escala de valores da seidade interna; o que se agravou com a falta da noção de cidadania ecológica, espelhada na repetência e na evasão escolar, no fracasso escolar, no desemprego maciço, nos salários irrisórios, etc., frutos da injustiça social, propiciada pelo monstro do capitalismo.

Para dar fim a este estado de coisas, é preciso investimento no social, na criança, no homem, etc., educando-os, formando-os com valores morais, espirituais e éticos. A experiência demonstra que investir no cidadão e na criança é o melhor caminho para se controlar a violência. Então, é preciso que a sociedade comunitária e o governo, como um todo, trabalhem conjuntamente, para combater as drogas, vetor da violência, para reduzir a miséria, para retirar os sem nada da rua, dá-los abrigo e assistência condizentes com a dignidade do ente humano.

É necessário montar um sistema embasado nos valores educacionais, onde o aluno deve ser levado a conhecer a verdade acerca de todas as coisas e de si mesmo. Então, a escola deve informar ao aluno que a violência tem origem no ego e que este foi quem engendrou o modelo econômico que ai está, para propiciar uma distribuição injusta de renda. Ego, que por sua vez, dá origem à miséria, ao desemprego, à favela dos sem nada e à violência em geral. Também deve ser ensinado que, por outro lado, o modelo econômico vigente, na forma de neocapitalismo voraz, na sua etapa apocalíptica, e que é o grande responsável pelo desequilíbrio social, tem sua origem na hipertrofiação do ego.

Portanto, se desintegrarmos este ente gerador de defeitos, por meio de uma didática concreta, que nos ensine o caminho da revolução da consciência, a transformação do homem será um evento certo; o que por sua vez demandará a transformação da sociedade e do modelo econômico desumano que ai está, etc. Então, a miséria, a injustiça social, a violência, etc., serão erradicadas, como conseqüência direta da transformação da humanidade. Desta forma estaremos combatendo estes males, vetores da violência generalizada, onde eles nascem, nas causas, ao erradicar do interior de cada estudante os eus da ambição descomedida.

Esta mudança é radical e representa a última esperança para o homem telúrico. Por este motivo, a educação genuína do ente humano não poderá estar atrelada ao modelo econômico. Não se pode fazer um projeto de educação do ente humano, atrelado ao modelo, como se fez até hoje. Temos que conectar a educação do homem a valores virtuosos da essência: éticos, espirituais, morais, etc. Porque se o educando permear-se destes valores, a transformação da sociedade estará garantida; pois que este é o meio mais eficaz de se combater a violência generalizada, na causa. Mas, do combate da violência no efeito, sem a transformação da sociedade pelo filtro escolar que transforme defeitos em virtudes, nada resultará.

Porém, se o ente humano for transformado pelo filtro da educação, dialeticamente à luz da ética, se tornará em uma poderosa força motriz, agente de todas as outras transformações que virão em decorrência. Considera-se como educação para erradicação da violência, aquela que se veicula ao estudante para o alongamento de sua inteligência, para ampliar a sua compreensão e revolucionar a sua consciência, levando-o a conhecer-se a si mesmo, por intermédio de técnica da auto-observação, prática que permite ao estudante visualizar os elementos psicológicos atuando na construção dos defeitos e da violência generalizada, o que tanto infelicita os povos da nossa sociedade.

Os sistemas de ensino, ao elaborarem os seus projeto educacionais, devem ter como objetivo o sucesso do homem, da escola e da sociedade. E, nenhum sucesso econômico, tecnológico, material, etc., compensa o fracasso da massa social, aqui no planeta Terra. E, todos nós sabemos que este fracasso vem na forma de globalização econômica, neoliberalismo econômico, destruição familiar, desemprego, trabalho infantil, fome, injusta distribuição de renda, ausência de política concreta de reforma agrária, imoralidade generalizada, perdas de parâmetros éticos da sociedade, mortalidade infantil, epidemias, discriminação social e racial, torturas, guerras entre os povos, agressividade, drogas nas escolas, pichação, depredação escolar, criminalidade exacerbada e violência geral, coisas que exterminam a raça humana e põe um fim à espécie Homo sapiens no Planeta Terra.

É preciso levar em conta ao planejar o ensino, a perda de parâmetros éticos do ente social, em quase todos os setores da vida. Nossa sociedade evolucionou tecnologicamente, sem que houvesse expansão da sua consciência. Daí perdeu-se os referenciais éticos na família, nos aglomerados sociais, na política, na televisão, no rádio, na dança, na música, na Internet, nos esportes, nas escolas, no comércio, nos serviços públicos, etc. Devido ao hipertrofiamento do ego, levar vantagem em tudo é a lei do homemóide atual, torpe, antiecológico e egoísta em sua totalidade.


50. EDUCAÇÃO REVOLUCIONÁRIA.

Ao falarmos em educação centrípeta, educação genuína, educação verdadeira, etc., ao longo deste livro, referíamos à Educação Revolucionária. Educação Revolucionária é emanante da Pedagogia da Antiviolência, que promove a revolução da nossa consciência. E a verdadeira revolução é aquela que nos leva a romper definitivamente com o passado e conectar ao futuro através do presente.

Então, para a Educação Revolucionária, o importante é a vida do estudantado no presente. Enquanto que a Escola Convencional tem preparado o alunado para um futuro tão distante, que chega ser irreal, ilusório, fantasioso. Pois a vida moderna, num mundo globalizado, é tão dinâmica, as coisas mudam tão rapidamente, que se torna quase impossível prever o futuro. Quando o futuro real chega, quase toda preparação, que o aluno recebera no passado, já se encontra desatualizada, desfigurada, descontextualizada, etc. O importante é fixar-se firmemente ao estreito presente, que é a síntese entre o passado antitético e ates do futuro emanante.

A Educação Revolucionária é aquela que se sustenta firmemente sobre o alicerce sólido da Psicologia Revolucionária do Dr. Samael; e esta psicologia deve ser estudada profundamente e vivenciada por todos os dirigentes de ensino, por professores, estudantes e comunidade escolar em geral. A Psicologia Revolucionaria sempre esteve presente entre os seres humanos, desde o princípio dos tempos. Portanto, ela não é uma ciência contemporânea como se supõem; pois é uma ciência antiqüíssima que remonta às velhas escolas dos mistérios arcaicos.

O Dr. Samael disse que: "é impossível definir isso que se conhece como psicologia porque, exceto nesta época contemporânea, ela já mais existiu sob seu próprio nome, devido a que por tais e quais motivos, sempre foi suspeita de tendências subversivas de caráter político ou religioso. Por isso, viu-se na necessidade de se disfarçar com múltiplas roupagens".

O Dr. Samael também nos ensina que desde a antiguidade, nos mais diferentes lugares do mundo, a psicologia experimental, que se apresentava sob o nome Philokalia, sempre representou inteligentemente o seu papel, disfarçada com as vestimentas da filosofia. A Philokalia dos antigos tempos, que sempre esteve ligada à arte, à ciência, à religião e a filosofia, que hora se apresentava, hora se ocultava da massa social, foi restaurada na sua plenitude, em 1950, pelo Dr. Samael, com a denominação de Psicologia Revolucionária. Esta psicologia experimental é uma Psicologia Revolucionária, que estuda o homem com profundidade do ponto de vista da revolução da consciência.

A Psicologia Revolucionária do Dr. Samael, que dá base ao nosso presente tratado de Educação Revolucionária, espalhou-se pelo mundo todo através das muitas obras que ele escreveu, aproximadamente cem, entre estas temos por exemplos: Educação Fundamental; "Tempo, Espaço e Consciência"; Antropologia Gnóstica; Dialética da Razão Objetiva; De Lábios a Ouvidos; Conferências Extraordinárias; A grande Rebelião, Transformação Social da Humanidade; Revolução da Dialética; o Tratado de Psicologia Revolucionária e muitos outros.

A educação escolar da forma como está aí, embasada na psicologia do ego, não serve para tirar o estudantado e a humanidade do mar de violência, do caos que estamos submetidos. Porque esta psicologia convencional se degenerou ao longo dos tempos. Esta psicologia degenerada, da escola convencional, conseguiu o seu objetivo: de manter a ignorância, a violência e o caos entre a massa humana.

A psicologia da escola convencional, além de ser retrógrada e reacionária, perdeu o seu sentido de ser, e todo contato com a Philokalia, com a verdadeira Psicologia de Revolução da Consciência. Uma verdadeira Educação Revolucionária leva-nos a compreender a importância da formação do homem ético, destituído de qualquer resido da violência, habilitado a promover a paz.

A Educação Radical forma o estudantado com base na revolução de sua consciência. Para tal está embasada na Psicologia Revolucionária, que ensina ao estudantado os princípios, leis e fatos intimamente relacionados com a transformação definitiva e radical deste. É preciso que os agentes do ensino, professores, dirigentes, estudantes e comunidade escolar, dêem conta do momento crítico que estamos vivendo, em meio à pichação, à depredação às drogas e à violência generalizada e proporcionem uma nova maneira de formar o alunado, baseada na Educação Revolucionária, que possui a capacidade de erradicar tais males das gerações do futuro.

É preciso que a escola aprenda a conduzir a nova geração através da Educação Revolucionária, para erradicar de dentro de estudante a semente do individualismo, que foi plantada pela sociedade ancestral: a semente do egoísmo, das agressões acirradas, da violência generalizada, etc; atacando estes males na causa e promovendo o espírito de coletivismo, a paz, a cidadania e a solidariedade.

A escola do Terceiro Milênio poderá direcionar a instrução que dá ao ente humano atrelada à economia, com base na competição egóica, para uma educação holística, para uma formação centrípeta, sustentada na Psicologia Revolucionária. Então, esta escola possuirá um Ensino Revolucionário, totalmente objetivo, prático e real. Daí, o estudantado aprenderá a aprender a ler o mundo, tendo a vida como centro. Aí, a Pedagogia Revolucionária transmitirá ao alunado, métodos para despertar as suas potencialidades internas e, através da leitura da vida e do mundo, conquistar seu próprio conhecimento, adquirir sabedoria e expandir a consciência.

51. EDUCAÇÃO PARA CIDADANIA ECOLÓGICA.

Os homemóides são responsáveis pelo caos na ecologia do planeta, ao colocar a Terra em agonia, por meio da violência generalizada. Os seres humanos distinguem dos outros seres vivos, pela capacidade de agirem sobre a natureza com um nicho ecológico diferente de todas as outras formas de vida, para construírem sua próprias formas de existências. Eles são capazes de agirem sobre o meio natural para criarem o seu próprio meio. Assim, além de adaptar-se ao meio natural, o ser humano adapta o meio natural às suas necessidades.

A ação de transformar o planeta está diretamente relacionada com o desenvolvimento das funções e habilidades que caracterizam a condição humana. Daí, conclui-se que o ser humano é responsável pelo impacto que causou à natureza e pelas conseqüências disto para a sociedade humana.

O ente humano atual, segundo a Psicologia Revolucionária do Mestre Samael Aun Weor, possui apenas 3% de consciência, o que é muito pouco para efeito de construção da paz e para sua própria preservação aqui no planeta. Pó isso é preciso educar o ente humano para expandir seu coeficiente de consciência além dos 3%, elevando conseqüentemente seu grau de consciência ecológica, sua compreensão ambiental, sua ética social, etc. Devemos conscientizar o estudantado de que a luta pela proteção à natureza se associa à luta pela realização da condição humana.

As escolas devem colocar para os estudantes uma educação revolucionária, induzindo-lhes ações concretas, que possibilitem ao estudantado a aquisição de conhecimentos e valores éticos e de atitudes que sustentem o exercício da cidadania solidária.

Este livro constitui-se num pequeno tratado das causas da violência generalizada do homem sobre a natureza. Ele denuncia contundentemente as agressões criminosas e o consumismo descomedido do homemóide sobre o planeta, chamando a humanidade à reflexão, com uma mensagem dirigida ao despertar da consciência, para ampliação da compreensão das questões ecológicas, por meio dos fatores de revolução da consciência da Psicologia Revolucionária. Entretanto, o grande objetivo deste trabalho é mostrar que no cosmos tudo é dinâmico, nada é estático, tudo se movimenta dinâmica e holisticamente, como podemos ver no caso da água que cai da chuva, uma parte vai formar rios, lagos e logo após, está no mar, nos no interior dos seres vivos, no ar, no solo, etc; e nada impede que vote ao mar novamente, num eterno ciclo. O mesmo ocorre com o oxigênio, com o hidrogênio, com o carbono, etc, que num dia estão no ar, noutro dia fazem parte de uma planta ou de um animal; contudo, acabam, certamente, voltando ao meio ambiente, meio ambiente, recomeçando o ciclo infinito.

O ser humano precisa desenvolver a sua consciência, para não interferir negativamente nos ciclos naturais, porque a natureza aproveita tudo, não desperdiça nada! Nos ciclos que não acabam nunca, tudo é reaproveitado e formam um conjunto de partes isoladas, nos ciclos intermináveis, que se integram num equilíbrio delicado, cósmico, holístico, maravilhoso, que precisa ser compreendido e respeitado, para existir sempre.

Amigo estudante leia, estude e pratique o conteúdo deste livro, para desenvolver uma compreensão do holismo do planeta, expandir nossa consciência ecológica e participarmos da preservação dos ciclos da natureza e contribuir para preservar o equilíbrio em nosso planeta. Vamos todos nós, trabalharmos para salvação de nossa casa, que ela é linda; a Terra é viva! Viva vida na Terra!

Precisamos conhecer e vivenciar os diversos ambientes do nosso planeta, seus constituintes e seus habitantes, para compreendermos que o segredo da natureza está no equilíbrio das relações entre os seres vivos e o meio ambiente. Este equilíbrio depende da reciclagem dos materiais e do reaproveitamento de todos os restos orgânicos. O que está em defunção, que é resto para uns, está como matéria prima para as funções de outros. Tudo se aproveita em infindáveis ciclos; a natureza não desperdiça nada. Nela, "nada se perde, nada se cria, tudo se transforma".

Ao desenvolvermos nossa consciência ecológica, compreenderemos a formação da Terra com diversos ambientes e sua incrível biodiversidade. Teremos condições de raciocinar acerca do surgimento desta, juntamente com outras partes do cosmos. A Terra foi se transformando com o passar dos tempos, e dai surgiram os seres vivos, porque este é um planeta vivo e a sua biodiversidade é a sua maior ferramenta de manutenção do seu equilíbrio holístico.

Nos ecossistemas do planeta a matéria circula e energia flui constantemente. A cadeia alimentar é uma estratégia importante, usada pela natureza para passar a matéria e a energia de um ser vivo para o outro. Toda cadeia alimentar se constitui sempre em um importante ciclo de reciclagem da matéria.

A energia adentra no planeta na forma de luz e boa parte desta sai sob a forma de calor; portanto, se perde pela entropia, não é reciclável. Então a energia flui e a matéria circula holisticamente na natureza. É importante conhecermos a movimentação da energia e da matéria na natureza.

É importante a compreensão de que todos os seres vivos são formados pelos mesmos materiais: glicídios, protídeos, lipídios, ácidos nucléicos, etc. Desta forma, um ser vivo pode servir de alimento para outro, numa estratégia importante de reciclagem de materiais. Devemos saber que toda cadeia alimentar consta sempre de três elos importantes: produtores, consumidores e decompositores. Também é importante saber que a energia entra na vida sob a forma de luz, por meio dos seres clorofilados e sai sob a forma de calor, enquanto outra parte se transforma em matéria orgânica. Como os seres vivos não possuem a capacidade de transformar calor em energia, nossa vida na Terra fica na dependência do Sol.

É importante observarmos e comprovarmos que tudo que nós e os seres vivos retiram do meio ambiente é devolvido a ele, mais cedo ou mais tarde. Como diz a Bíblia: "Do pó viemos ao pó retornaremos". Essa é a estratégia dos ciclos da natureza. Nesta estratégia para existência de vida no nosso sistema solar de ORS, o Sol gera e fornece energia para Terra, para que haja os seres vivos, os materiais, etc.

As plantas absorvem o gás carbônico do ar e do solo, retiram água e sais minerais do solo. Com esses ingredientes, na presença da luz solar, fazem fotossíntese, para produzirem o seu próprio alimento, aumentarem seu corpo, crescer e executar as suas funções vitais; por isso os seres autótrofos, que ocupam o primeiro elo da cadeia ecológica, são chamados de produtores. Os animais não fazem fotossíntese, são consumidores chamados heterótrofos; eles são o segundo elo da cadeia ecológica. Os micróbios são decompositores, terceiro elo da cadeia ecológica.

Todo ser vivo precisa de materiais para promover o crescimento do seu corpo e renovar as partes desgastadas. Por meio da fotossíntese os vegetais transformam substâncias minerais simples, encontradas no ambiente em substâncias orgânicas mais complexas. Se não houvesse os seres vivos não haveria renovação dos materiais, reciclagem das substâncias em nosso planeta, como disse o sábio francês Lavoisier (1743 a 1794): "Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma". No nosso planeta tudo circula, tudo se movimenta constantemente. As inter-relações dos diversos ambientes se dão graças a esta dinâmica. A Terra é um organismo vivo, possui uma parte vital, que permite a existência dos seres vivos sobre si mesma, devido ao intercâmbio de energia que há, entre eles e à sua constante movimentação.

52. VERDADEIRA SAÚDE.

A Saúde individual e coletiva não advém do nada gratuitamente, ela precisa ser construída por todos nós gradativa e solidariamente. Ter saúde é se sentir bem física, mental e socialmente, estar com paz, alegria e felicidade. A saúde completa envolve estar em paz consigo mesmo, impermeável à violência generalizada dos dias de hoje. Saúde é o inverso do consumismo, não é privilégio de poucos, mas um direito de todos os cidadãos. O consumismo é uma doença psíquica, causada pelos os elementos do ego da ambição.

Não podemos gozar de plena saúde em nosso organismo microcósmico se possuirmos um mesocosmo doente, vitimado pela imprudência do homemóide. Pois há uma conexão perfeita entre a saúde da Terra e a nossa saúde. A questão da saúde depende de construirmos a paz através do combate às causas da violência. A saúde preventiva é mais eficaz do que o tratamento das doenças. A saúde é uma questão política, que deve ser levada a sério, combatendo as causas da violência e não os seus efeitos somente.

Temos que encorajar os povos a lutarem pelo direito à saúde, ceifado pela ideologia dominante dos sistemas vigentes. A saúde é um direito de todos, assim como a educação e o acesso aos bens de produção. A felicidade, a paz, a saúde e a liberdade resultam de construção coletiva por meio de lutas articuladas.

No universo cósmico, a Terra é o 5º cosmo, chamado Mesocosmo. Para se manter vivo, em equilíbrio, nosso mesocosmo utiliza-se dos ciclos do carbono, do oxigênio, da água, etc. Ciclos que mantém o potencial vital da Terra, bem como o seu equilíbrio ecológico, pois funcionam sincronizadamente e de maneira integrada. Da mesma forma, o homem é o 6º cosmo do universo, chamado microcosmo, que só está em equilíbrio biopsicológico, isto é, com saúde, quando seus órgãos estão bem e trabalham sincronizadamente e de modo integral.

Qualquer alteração que se faz nos órgãos do ente humano, compromete completamente o seu funcionamento, causa desequilíbrio, caos, colapso. Da mesma maneira acontece com o mesocosmo, ao ser violentado pelo homemóide. A maior beleza do microcosmo hominal é a singularidade que cada um possui, é parecer-se consigo mesmo. Ser saudável é possuir corpo e mente funcionando harmoniosamente, quando integrado holisticamente o meso com microcosmo.

Preservar o micro e o mesocosmo é uma evidência forte de gostarmos de nós mesmos, termos amor pela natureza e sensibilidade pela beleza e ordem dos cosmos. A violência generalizada do homemóide sobre o mesocosmos deteriora o meio ambiente e este reage, ceifando com os fenômenos catastróficos, vidas humanas; trazendo caos e sofrimento a todos! A violência humana na ecologia deteriora o meio ambiente e ameaça à vida existencial no planeta.

É preciso educar o estudante em direção à compreensão de que o bem-estar da massa social microcósmica é diretamente proporcional ao equilíbrio ecológico do mesocosmo. Vivemos num universo de causa e efeito, ação-reação, em sânscrito quer dizer karma. Isto significa que a cada ação violenta que impomos à natureza, esta reage, revida, na mesma intensidade da causa, e nos castiga, trazendo-nos o caos e a tristeza. Então, somos autores e vítimas das nossas próprias desgraças, aqui no planeta. A nossa saúde e o equilíbrio ecológico possui uma dependência recíproca.

Como provocarmos equilíbrio ecológico no nosso mesocosmo, impondo desequilíbrio no nosso microcosmo? Bilhões de pessoas sofrem atualmente de enfermidades relacionadas com a falta de saneamento básico, com contaminação das águas, do solo e da atmosfera. O homemóide violento já colocou nosso planeta em agonia. A Terra já quase não agüenta mais nada! Em reação a tudo isto estão aí os efeitos estufas, desencadeando novas epidemias. As zonas da Terra, que estão livres da malária e da filariose, poderão desenvolvê-las também, devido à influência climática sobre os mosquitos transmissores de tais doenças.

O homemóide, ao violentar a Terra, provoca desequilíbrio (ação) e esta revida (reação) à altura, como a redistribuição das doenças transmissíveis entre os povos da Terra, por exemplo, como conseqüência do aquecimento atmosférico e o aparecimento de e o aparecimento de novas doenças horríveis. O homemóide, ao expandir as ciências sem o despertar da consciência, violenta o mesocosmo, trazendo a tristeza, a agonia e morte sobre si mesmo. As nossas doenças se constituem em resposta, revide dos 5º e 6º cosmos às nossas más ações sobre estes. As doenças não surgem do nada, por acaso. Elas são em si mesmas, efeitos que possuem uma causa, o que é sempre o reflexo de um desequilíbrio orgânico, psíquico, social, ecológico, etc.

As doenças hereditárias, que afetam a qualquer camada da população, indistintamente, poderiam ser evitadas se os casais portadores de tais genes, doentes em potenciais, em perspectivas, se conscientizassem da possibilidade de geração de filhos portadores de determinadas anomalias e os evitassem.

Hemofilia, daltonismo, miopia, albinismo, etc, são anomalias genéticas que deixariam de ser transmitida hereditariamente, se os seus geradores em potencial conhecessem a sexualidade científica, detidamente ensinada pelo Dr. Samael Aun Weor através de suas inúmeras obras. As anomalias hereditárias estão diretamente relacionadas à nossa inconsciência e não às condições econômicas e sociais.

EM países pobres como o Brasil, as pessoas não possuem direito a um envelhecimento com dignidade, vivenciado com alegria, pois morrem cedo. Aqui a média de vida é de 60 anos; e ainda os homemóides do poder colocam a estes desventurados, uma aposentadoria aos 65 anos, inaceitadamente!

Num regime capitalista, de consumismo exacerbado, que vivemos, somo expostos às doenças, por consumirmos não que necessitamos para uma boa saúde física e mental, mas sim, aquilo nos é imposto pela mídia. Às vezes não se come o que mais gosta, mas aquilo que esteja de acordo com os grandes interesses comerciais.

Devemos conscientizar que a má alimentação, que gera doenças, não é decorrente somente de pobreza, mas sim de desinformação. Devemos despertar em nossos estudantes a consciência de que a mobilização articulada, da sociedade na exigência de seus direitos, poderá garantir melhores condições de saúde. Pois este direito de todos nós depende, para o seu comprimento por parte dos governantes, muito mais da vontade política do que de técnica.

Devemos despertar a consciência de nossos estudantes para o fato de que as medidas preventivas são muitos eficientes no combate às causas das doenças. O homemóide, ao impor a má distribuição de renda, comete a violência de aumentar a pobreza, a prostituição, a dissimulação das DST, a violência generalizada, etc. Na injustiça da má distribuição de rendas, reside a violência de se privar a liberdade e a saúde às pessoas pobres, ampliando o universo da escravidão e o leque das doenças entre os povos.

É bom que nossos estudantes saibam que o nosso organismo se torna potente na defesa contra doenças quando suprido dos nutrientes fundamentais, ao alimentarmos deles nas quantidades adequadas. Ai o papel da alimentação é fundamental, ao organizarmos alimentos que contenham as quantidades essências de nutrientes.

As melhores vitaminas naturais estão nos vegetais. Não precisamos dos anúncios e publicidade dos fabricantes de vitaminas, se alimentarmos corretamente. As vitaminas como medicamento, só devem ser tomadas quando, por alguma razão, não estão sendo absorvidas e retidas pelo nosso organismo. Só um médico pode prescrevê-las. É muito perigoso tomar vitaminas em excesso. A melhor fonte de vitaminas não está nas bonitas embalagens que a mídia apresenta, mas na alimentação adequada que ingerimos.

Muitas das doenças como raquitismos, bócio, anemia e muitas outras podem ser corrigidas e evitadas com uma alimentação adequada. Precisamos oferecer condições aos nossos alunos para que compreendam que a melhor estratégia de combater as doenças é a prevenção.


53. MEDICINA PREVENTIVA.

As ciências e a tecnologia da medicina desenvolveram muito, de modo inverso ao desenvolvimento da consciência médica. Se a consciência médica houvesse desenvolvido, na mesma proporção das ciências, a medicina no terceiro milênio seria totalmente preventiva e nenhum ser humano morreria por falta de dinheiro para fazer alguma operação ou tratamento complicado, que demandassem tamanha cifra. A vida humana teria muito mais valor do que o dinheiro. Se a consciência dos médicos houvesse expandido aos níveis de Hipócrates, Galeno, Paracelso, Hermes Trismegisto e outros, a medicina atual, do Terceiro Milênio, já seria inteiramente preventiva. Esse imenso contingente de médicos e paramédicos da medicina convencional, que trabalha nos efeitos da doença, curando os doentes, estaria trabalhando nas causas das doenças, de modo preventivo, impedindo que os seres humanos saudáveis se tornassem doentes.

Precisamos compreender que, todos nós temos o direito a uma boa qualidade de vida. Devemos aprender o caminho de fraternidade, da solidariedade e os meios de mobilização articulada em favor da paz e da liberdade. A qualidade de vida é resultante de vários fatores, principalmente do desenvolvimento do nosso percentual de consciência, que permite reconhecermos os nossos direitos e deveres. A verdadeira cidadania consiste na capacidade de um povo construir e vivenciar a saúde, a paz, a liberdade, etc, por esforços individuais e coletivos.

A humanidade inconsciente, ao deteriorar o meio ambiente, compromete a vida dos seres vivos e cobra um enorme tributo, ceifando vidas humanas e dos seres vivos, em geral. Uma das maiores violências causadas pelos homemóides é a deterioração do meio ambiente, que coloca a morte prematura a milhões de seres humanos e ameaça os seres vivos em geral. Devemos dar condições aos nossos estudantes de compreender que suas vidas precisam de proteção contra as investidas dos homemóides à natureza holística do nosso planeta.

Precisamos marcar, sobre pressão, os homemóides, investigando sempre como eles exploram os recursos materiais, colocando perigo às bases ambientais, das quais dependem nossa saúde, nossa sobrevivência e nossa paz. Se prepararmos melhor nossa juventude, com formação de uma consciência ecológica, teremos uma melhor administração do nosso meio ambiente, no futuro, e uma vida melhor para todos os seres vivos.

Temos que desenvolver nossas consciências paralelamente ao desenvolvimento das ciências, para agirmos mundialmente em favor da melhoria da saúde, da qualidade de vida, de paz, etc. Precisamos estimular, por meios pedagógicos eficazes, os nossos estudantes a buscarem um meio Ambiente equilibrado, são e vivo. Isto se constitui em tarefa obrigatória para todos nós, onde quer que vivamos.

É preciso capacitar nossos alunos a promoverem a reversibilidade da agressão humana ao meio ambiente, restabelecendo um novo relacionamento com o ar que respiramos o éter da vida; com a água que bebemos para viver e com a terra que pisamos e tiramos os alimentos que mantêm as nossas vidas. Tudo isso só é possível se avançarmos em consciência, à medida que se avança em ciência, para benefício de todos nós e para proteção da biomassa terrestre.


54. QUALIDADE DE VIDA PARA TODOS.

Não há como falar em qualidade de vida, em meio à violência e sem paz. A violência generalizada, que paira sobre os quatro cantos do mundo, é uma ameaça à qualidade de vida aqui no nosso planeta. A violência é um indicativo de morte, de sofrimento, de desespero, que frustra a esperança de paz dos seres humanos. Ela rouba a qualidade de vida e desafia a nossa paz, como podemos ler em meus livros Violência, O Desafio da Paz e Violência nas Escolas, Caos na Sociedade.

Qualidade de vida individual e coletiva vai muito mais além de comer bem. Constitui-se em um somatório de bem estar individual: transporte, saneamento, moradia, esporte, lazer, trabalho para todos, segurança para todos, paz, etc. Em síntese, qualidade vida se traduz na adição de vários fatores, somados à paz social. A qualidade de vida é uma construção coletiva de todos nós, onde há uma perfeita conexão entre o indivíduo e sua comunidade, traduzida pelos direitos e deveres que cada um possui aí. A qualidade de vida resulta da integração entre as ações individuais, coletivas e governamentais, articuladas em prol da cidadania.

De nada adianta a saúde individual, sem a saúde coletiva. Não é muito ético garantir direito à saúde para alguns poucos, enquanto a maioria da coletividade amarga as dores das doenças. Devido às injustiças sociais, a massa social se tornou um corpo doentio. A deterioração do meio ambiente traz má qualidade de vida para todos e indica que o homemóide está desequilibrado e doente.

O homemóide, ao se relacionar com os demais seres vivos e agir sobre o meio ambiente, se torna um animal destrutivo: violenta a Terra, traz ameaça à vida existencial, destrói ambiente. Dai, é necessário expandir a consciência ecológica do estudante, para que aprenda a encontrar o equilíbrio entre os riscos para o meio ambiente, ao usá-lo e as possíveis soluções de preservação.

É preciso lutar para expandir a consciência ecológica de nossas crianças para que aprendam a lutar pela qualidade de vida, de maneira positiva e articulada em favor da preservação da natureza; levando-se em consideração que, devido à inconsciência proporcionada pela natureza egoísta, o homemóide degradou muito o meio ambiente, com poluição da água, do solo e do ar, ao permitir o crescimento desorganizado das cidades e um modelo econômico que explora a natureza, com lucros rápidos como objetivo principal, sem que se importe em violentar a natureza.

A nossa mãe Terra é um ecossistema perfeito, onde os seres vivos se relacionam com os não vivos e se interagem. Devemos conscientizar as nossas crianças de que nenhuma espécie de ser vivo pode viver independentemente de uma outra espécie, dentro da mecânica holística em que qualquer relação visa a obtenção de energia, via alimento. E o homemóide, sem consciência, altera tudo isto, por meio da violência da degradação que impõe a Terra.

Devemos ensinar nossas crianças a encontrarem o caminho do meio, evitando os extremos, ao exercerem atividades de uso do meio ambiente e ao relacionarem com os demais seres vivos. Devemos aprender a desenvolver com equilíbrio as atividades de urbanização, de agropecuária, etc, sem devastar e sem alterar as espécies biológicas. Deve-se agir com consciência, além de tecnologia e da ciência, com planejamentos adequados, sem agredir o meio ambiente, provocando ema interferência mínima no ecossistema.

Devemos ensinar nossas crianças a combaterem o modelo inconsciente de exploração, vigente, que agride o meio ambiente, para enriquecimento de alguns e aviltamento da grande maioria de seres humanos. Por caso da inconsciência reinante, o homemóide tem eliminado inúmeras espécies da natureza, violentando a biodiversidade para obter riquezas ilícitas. Devido à inconsciência, o homemóide tem afetado os seres vivos através da poluição. Ao poluir o meio ambiente, o homemóide está violentando a natureza, alterando a sua estética, destruindo a beleza cósmica das paisagens naturais do planeta, alterando a natureza biofisicoquimica que interfere nas suas características ecológicas. É preciso conscientizar nossas crianças para a necessidade de se evitar a violência à natureza, para preservá-la como fonte de vida e bem-estar ao homem e ao demais seres vivos.


55. FORMAÇÃO DO EXÉRCITO ECOLÓGICO.

Devemos ensinar nossa juventude e nossas crianças no sentido de buscarem as energias para luta por uma distribuição de recursos mais justa, através da didática da dissolução dos agentes psicológicos, causas da ambição descomedida. A trajetória de formação da consciência ecológica, parte da constatação de que há uma violência muito grande à ecologia, que colocou a terra em agonia passando pela capacitação acerca dos problemas de degradação ambiental, indo para frente de batalha, articulando, mobilizando, principalmente as pessoas do censo comum, para que conscientizem da devastação que agoniza o nosso planeta, coisa que passa desapercebida à massa humana do antropocentrismo. Daí, denunciar, vigiar e propor soluções aos movimentos de defesa da Terra.

Toda pessoa que engaja no exército de proteção ecológica do mesocosmo é comprometida com o seu semelhante e com os demais seres vivos, através da alteridade e da empatia. Este movimento de defesa da Terra, em seu dinamismo, luta para que haja reversão da marcha funesta em direção a destruição total do nosso planeta. Luta pela despoluição dos rios, dos mares, dos oceanos, da terra e do ar e para tirar nosso planeta do caos que se encontra.

É preciso ampliar o exército de defesa da Terra, articulá-lo e mobilizá-lo para erradicar as causas da violência generalizada, da miséria, da destruição dos ecossistemas, da miséria dos povos, das más condições de vida dos favelados, dos excluídos, etc. O exército de salvação da Terra deve lutar por uma pedagogia holística, para que haja uma educação revolucionária, que mude a maneira equivocada de se conceber o homem como centro da criação veiculada pela visão antropocêntrica, que deu origem à formação de homens violentos, antiecológicos, de atitudes negativas contra a natureza, etc.

O homemóide, moldado na visão antropocêntrica e desprovido de consciência, possui a falsa idéia de que tudo que existe na natureza é só para servir a si próprio, dar satisfação a seus prazeres efêmeros. Este ente desumano não tem compromisso com a ecologia, pois não possui uma consciência ecológica e não percebe a integração e a interatividade dos seres bióticos e abióticos na holística da Terra. Com esta visão antropocêntrica, o inconsciente homemóide acha que foi criado por Deus para dominar tudo e a todos. Conseqüentemente, este abominável da espécie humana violentou a natureza, deixando-a em agonia, agredindo-a dia após dia, no decorrer dos tempos.

O ente homemoidal é totalmente insensível às questões ambientais, pois só o que lhe interessa são as questões financeiras; então ele, busca na materialidade o preenchimento do grande vazio deixado pela ausência de ética, da moral e da espiritualidade; então, ele busca o lucro exacerbado, a acumulação de riquezas a qualquer custo bem como o consumismo torpe.

Devemos preparar as nossas crianças e a nossa juventude para buscarem num futuro imediato, maneiras eficazes de resolução dos graves problemas urbanos: poluição, enchentes, lixo urbano, falta de saneamento básico, miséria, favelas, violência generalizadas, etc. Para deixarmos de poluir a natureza, de destruir os ecossistemas, diminuir os níveis de poluentes das cidades, garantir a preservação do meio ambiente e uma boa qualidade de vida para todos, precisamos mudar as nossas atitudes. E para erradicarmos as nossas atitudes homemoidais, passando para um comportamento hominal, precisamos despertar a nossa consciência ecológica, por intermédio dos três fatores de revolução da consciência, exaustivamente ensinados pelo Dr. Samel Aun Weor, em sua Psicologia Revolucionária.

Fazer com que os nossos alunos aprendam a aprender, para que percebam a necessidade de expandirem a consciência ecológica. Para tal precisamos educá-los com os valores de preservação da natureza, para criação de uma compreensão preservacionista, a fim de que compreendam por si mesmo que horizonte deve ser seguido em defesa do nosso mesocosmos telúrico.

Falamos em educar crianças e jovens, para formarmos uma nova consciência ecológica, pois estes ainda não são totalmente pervertidos pelos defeitos da geração mais velha; nestes se depositam as esperanças de um devir melhor, temos que aprender a viver em harmonia com a mecânica holística da natureza, para garantirmos a nossa sobrevivência e todos os seres vivos do planeta agonizante. A favela também é um meio ambiente, que está em desequilíbrio, devido à exclusão que os homemóides da economia neoliberal lhe impôs, ao expropriar de seus habitantes montantes e dividendos econômicos astronômicos, por intermédio do mais valia. É um compromisso social impostergável, que todos nós possuímos de atuar incansavelmente na mobilização das classes desfavorecidas, articulando-as na luta pela melhora de sua qualidade de vida e na ampliação de sua consciência ecológica.

Devemos engajar nos movimentos ecológicos, para defender a Terra agonizada, organizar passeatas de protestos, distribuir panfletos de preservacionismo, plantarmos árvores, denunciar interferências negativas na natureza, etc. Entretanto, o maior trabalho, que podemos e devemos fazer para nossa geração vindoura é educá-la para cidadania ecológica, com base nos fatores determinantes da consciência ecológica, sintetizados nos três fatores de revolução da consciência da Psicologia Revolucionária do Dr. Samael; para que aprenda compreender o holismo cósmico da Terra e a construir dentro de si mesmo o respeito pelas coisas da natureza; para mudar atitudes antiecológicas, tornando-se soldados do poderoso exército de salvação do nosso mesocosmo telúrico.

A maior contribuição que se pode dar a quem tem fome, não é o peixe para comer, e, sim, o ensinamento de como pescar o seu próprio peixe, para que possa exercitar a sua autonomia de construção e efetuar o resgate de sua auto-estima. Neste sentido, a maior contribuição que podemos dar à geração do futuro, é ensiná-la a aprender desenvolver atitudes práticas de preservação da natureza, levando-se em conta que a Terra já está em agonia, já foi drasticamente violentada, não pelos que moram no meio das florestas, nem pelos operários fabris, mas sim pelos homemóides antiecológicos de egoísmo hipertrofiado, detentores do poderio político e econômico; homemóides que se constituem em seres obsoletos, inertes, omissos, coniventes, que lá de cima do muro de sua psique equivocada pensam, que pelo fato de não estarem diretamente envolvidos na devastação da natureza, estão isentos de qualquer culpa e lavam as mãos como Pôncio Pilatos. Estes tipos de homemóides não possuem compromisso com a dinâmica cósmica de Terra, nem com ninguém, a não ser com os seus interesses financeiros; sentem-se independentes do holismo telúrico; sentem-se senhores absolutos de si mesmos. Devemos tomar cuidados para não nos tornarmos mais um deles, cairmos no imobilismo mortal, na nefasta conivência, nos tornarmos inimigos mortais da mãe natureza e permitirmos a violência da destruição total dos ecossistemas do planeta e de nossas próprias vidas. Desta forma, temos que lutar arduamente para tentar fazer o possível para que os homemóides compreendam que ao destruirmos o planeta estamos nos destruindo a nós mesmos!

Uma formação centrípeta nos dará a percepção de que pertencemos a um mesocosmo vivo, de que somos parte de um todo sistêmico, da mesma forma que percebem intuitivamente as crianças, os índios, como podemos verificar na Carta do chefe indígena de Seattle, por exemplo.

Devemos compreender que proteção à natureza mesocósmica significa proteção a nós mesmos; sendo que somos parte integral da teia da vida. Temos o direito de cuidar, de defender toda a natureza viva, colocando em prática os ensinamentos que nos deu um dos maiores poetas e místicos da humanidade, São Francisco de Assis, Padroeiro da Ecologia Holística.

Precisamos desenvolver ciência com consciência, para que possamos compreender a vida, acelerar a mudança de paradigma, para sair do centrifuguismo e ir para o centripetismo, o que por certo nos apontará um norte a seguir, para sairmos do beco sem-saída que nos impôs o antropocentrismo antiecológico, que deu muita ênfase às ciências centrifuguistas; antropocentrismo que manipula o mundo como uma coisa morta, sem vida, sem inteligência e sem importância.


56. CIDADANIA ECOLÓGICA.

Culturalmente o homem altera o seu modo de vida por intermédio de sua inteligência criativa, que constrói capacidades de buscar soluções para seus problemas. Então ele busca maneiras de sobreviver aqui no planeta, se agrupando sempre, por tratar-se de um animal social. Entretanto, o mal em tudo isto foi que o homem não aprendeu a desenvolver a sua consciência paralelamente ao uso das ciências. E inteligência utilizada sem consciência, quase sempre se dirige para o mal, é empregada para destruir o planeta, a serviço da morte.

Temos que preparar uma sociedade ecológica de cidadãos holísticos, que possua consciência ecológica desenvolvida e a utilize na tecnologia do bem, para adaptar o ambiente as suas necessidades, sem degradação deste, usando para isto a sua inteligência criativa, para se apossar da cultura acumulada ao longo dos milhares de anos.

O homem holístico respeita e preserva as culturas de todos os povos, porque sabe que com isto está respeitando e preservando a própria natureza. Nossa vida em grupo requer cooperação, solidariedade e compreensão. Porém, devido ao capitalismo nossa sociedade se pauta pela competição, gerando antagonismo, individualismo e competição.

Precisamos preparar o homem do futuro, revesti-lo de cidadania ecológica, para que possa zelar pelo seu destino e da sua grande causa que é o planeta Terra. Devemos educa-lo com base nos fatores de revolução da consciência holística da Psicologia Revolucionária, para que venha ter uma ética de valores elevados, de respeito aos seres vivos, à natureza, ao seu semelhante e a si mesmo.

O homemóide do antropocentrismo destruiu muitas culturas, violentou muita gente, ao modificar seus hábitos, descaracterizando e exterminando muitos grupos humanos, com ajuda dos aparelhos ideológicos de estados, religiões, escolarizações, etc. Não bastasse isto, o homemóide destruiu a sua própria morada. Agora, o futuro da humanidade está nas mãos do homem holístico e não do homemóide antropocêntrico.

Certamente, por tudo isto, o homemóide continuará pertencendo ao gênero homo, à família dos hominídeos, à ordem dos primatas, à classe dos mamíferos, ao reino animal, como antes fora. Entretanto, este mamífero intelectual não pode mais ser classificado como espécie Homo sapiens, porque sapiens denota sabedoria, conhecimento, compreensão, etc; e como pode ser sábio, um ente antiecológico que destrói os seres vivos, a sua própria morada e a si mesmo? A maioria absoluta de seres humanos já não faz jus ao qualificativo de Humano, e sim, desumano, pois são violentos, fazem guerras, provocam a miséria, a fome, a desordem, a violência generalizada, etc.

Os componentes físicos, químicos e biológicos do planeta são gerados, interagem e transformam-se coordenados pelos princípios inteligentes da natureza, por intermédio da mecânica holística. Os princípios inteligentes da natureza utilizam-se de fatores determinantes das transformações da hidrosfera, da atmosfera e da litosfera para da origem à vida existencial e posteriormente distribuí-la na natureza, para composição dos ecossistemas, adotando para isto mecanismos de adaptação, evoluções e modificações ao longo dos tempos.

A inteligência organizativa da natureza construiu condições físicas, químicas, climáticas e nutricionais, através da mecânica holística, para geração, desenvolvimento, manutenção e perpetuação da vida existencial.

A humanidade retira da natureza os recursos que necessita para a sua existência. Só, que na atualidade, vem retirando muito, e repondo pouco ou quase nada, daquilo que sem dúvida desequilibra a natureza, empobrece-na gradativamente, agonizando-a até à morte.

Devemos formar uma sociedade holística que retire do solo somente aquilo que necessita, fazendo a as devidas reposições na mesma proporção da retirada, para que haja um desenvolvimento auto-sustentado, ao bem de todos nós e das gerações futuras.

A humanidade atual chegou ao ano 2000 com uma crise existencial total, trazendo em seu bojo a miséria, a desordem, a violência e o caos. A crise que vivenciamos, oriunda das ações centrífugas do homemóide antropocêntrico antiecológico, mostra-nos que há erros profundos no paradigma antropocêntrico, que separou o homem da sua mãe natureza, tornando-o órfão e imbecil.

Por outro lado, falando em construtivismo piagetano, à luz da mecânica pendular, a crise de valores morais e espirituais que a humanidade atravessa, representa uma oportunidade para reconhecermos nossos erros e emendarmos deles, corrigirmos o desequilíbrio ecológico, construirmos um novo modelo de organização social, criando uma sociedade ecologicamente ambientalista, que avance em direção à humanização holística, sob os signos de um novo paradigma gnóstico.


57. EGO: CAUSA DA VIOLÊNCIA ECOLÓGICA.

Onde estão as reais causas da violência ecológica, escolar, da violência familiar e da violência social como um todo? Há quem atribua os mais diversos fatores como causa da violência: ignorância, pobreza material, carência cultural, desigualdade social, regime capitalista, etc. Entretanto, ao nosso ver, tudo isso são fatores emergentes da violência, que se constituem em efeito da mesma e não em sua causa. A verdadeira causa da violência não é veiculada pelo saber convencional; mas sim ocultada por este, por motivos ideológicos de interesses dos sistemas sociais dominantes em obscurecer a verdade. A verdadeira causa da violência é tácita à segunda natureza do ser humano; ela reside no subconsciente do seu universo psíquico, e foi denominada por Freud de ego. Ninguém pode saber das reais causas da violência, sem conhecer e compreender os mecanismos de ação do Ego. Então, o que é o ego, com o seu complexo mecanismo de ação?

Sigmund Freud não é o descobridor do ego, nem tampouco foi a primeira pessoa a falar deste, pois ele é tão antigo quanto o ser humano na face da Terra. Freud foi o primeiro homem a usar o vocábulo ego para denominar um conjunto de agentes psíquicos constituintes do subconsciente, a causa dos defeitos psicológicos, intelectuais e emocionais, que constituem a estrutura das neuroses e psicoses. Freud analisou tudo isto por meio de uma investigação psicológica profunda dos processos engendram a violência e a inconsciência no ente humano. Em sua Psicanálise, método de tratamento criado por ele para diagnosticar e tratar as desordens emocionais e mentais.

Freud dá o nome de ego para um conjunto de elementos psíquicos de valores positivos ou negativos, manifestos na psique do homem. Tudo que possuímos, no universo relativo, se apresenta sob a forma de matéria, de energia e de luz. A matéria, segundo Einstein, é a energia que perde temperatura e se apassiva, pois o movimento de seus átomos se torna mais lento. A energia por sua vez é a luz condensada, apassivada. E, por último, a luz resulta da superativação da energia advinda da matéria ativada.

A luz é a mais alta fonte de atividade da dinâmica subatômica; ela é a mais alta realidade de forma de energia do universo relativo. O ego é uma forma de energia apassivada a partir da essência. Portanto o ego é a luz da essência cósmica numa freqüência vibratória diminuída. Na realidade, o ego é uma forma de energia psíquica grosseira, que impede a manifestação da essência na forma de consciência. Em síntese, o ego é a treva, antítese da luz da essência, sintetizada a partir do rebaixamento da freqüência vibratória desta para ofuscar a consciência.

Einstein se referiu a esta forma absurda de energia ao dizer: "O valor do homem é determinado, em primeiro lugar, pelo grau e pelo sentido em que ele se libertou de seu ego". No universo relativo, todas as coisas se manifestam em dualidades bipolares: positivos e negativos, masculinos e femininos, altos e baixos, tristezas e alegrias, prazeres e dores, evolução e involução, existência e morte, amor e ódio, essência e ego, etc.

No universo Hominal, de modo análogo, esta bipolaridade se faz presente, em seu mundo psicológico, nas formas de energias, que são denominadas pela Filosofia Moderna de: Seidade e Egocentrismo, Essência e Ego.
Na Filosofia Oriental, a manifestação da essência é chamada de Atman e a do ego, Aham. O cientista Humberto Rodhen descreve a essência como sendo o Uni do Universo e o Ego, o Verso deste.

O Dr. Samael Aun Weor, nascido na Colômbia, em 3 de Março de 1.917, foi um homem de notável saber que, com suas profundas inquietudes, promoveu intensas investigações no campo das ciências sociais, das ciências naturais, da antropologia e da psicologia. Ele deixou-nos um vastíssimo conhecimento dialético acerca do ego, da essência e da consciência, registrado em mais de 100 obras, que foram traduzidas em diferentes idiomas. Também, o Sr. Joaquim Enrique Amortegui Valbuena, Mestre Rabolu, discípulo de Samael Aun Weor, sintetizou o ensinamento sobre o ego, sobre a essência e a consciência, usando uma linguagem mais simples, clara e concisa, para facilitar nossos estudos.

O ego é um conjunto formado por agentes que geram os defeitos, enquanto que a essência produz as virtudes através do ente humano. A doutrina dos agentes do ego, dos eus componentes do ego, foi estudada na Filosofia Tibetana, na Egípcia e no Cristianismo Ocidental. No Tibet Oriental, os eus, componentes do ego, são chamados de agregados psíquicos, ou simplesmente valores, conforme ensinamentos do Dr. Samael. No Egito os agregados psíquicos, os eus, os valores, o ego, são chamados de Demônios Vermelhos de Seth, conforme está escrito nas obras de Psicologia Revolucionária do Dr. Samael. No Cristianismo os eus componentes do ego recebem a denominação de Legião e os efeitos resultantes destes são chamados de pecados. Aí o conjunto dos elementos psíquicos compõe um universo de sete Legiões: Cobiça, Gula, Luxúria, Inveja, Ira, Orgulho e Preguiça.

Sabemos que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo, lei da inércia. Da mesma forma, no nosso espaço psicológico, não podem atuar ao mesmo tempo a essência (consciência) e o ego (subconsciência). Na realidade, a essência age, porque é pró-ativa, e o ego reage ante os acontecimentos, porque é reativo.

A psicologia revolucionária, criada pelo Mestre Samael, diz que o homem moderno possui tão somente 3% de essência livre produtora de virtudes, de qualidades, contra 97% de essência engarrafadas nos eus, germes do ego, geradores de defeitos. Então, o pobre ser humano, mecanizado como está, produz 97% de defeitos, entre eles, todo tipo de violência, de agressividade, de depredações, etc; e, por outro lado, produz apenas 3% de virtudes, em suas relações interpessoais e, também, nas relações intrapessoais, isto é, nas suas relações com o próximo, com o cosmo e consigo mesmo.

Devido ao ego o homemóide não possui individualidade definida e sim uma multiplicidade de comportamentos que se alternam entre si, de instante a instante, através da personalidade. Amarguras, dificuldades, etc., são efeitos da falta de unidade psicológica em nós. Há uma falta de organização psíquica em cada um de nós, decorrente da atuação dos múltiplos agregados psíquicos, dos eus.

Dentro de cada um de nós vivem milhares de eus que podem ser evidenciados através da prática da auto-observação, conforme asseverou o Dr. Samael; o que pode ser comprovado por cada um de nós, ao percebermos as inumeráveis mudanças de comportamento, reações e contradições que se dão em nosso interior.

Nossa mente é como um palco e os eus são os seus atores que aí atuam; e, cada um, ao cumprir o seu papel cósmico de dramacidade, de comédia ou de tragédia, é destronado pelo seguinte que entra em cena, o que podemos comprovar, na prática, através da auto-observação e nos ensinamentos que nos deixou o Dr. Samael. Da mesma forma não possuímos um eu permanente, mas, muitos eus, que geram comportamentos efêmeros; é uma legião de eus diabólicos, uma multidão de elementos infra-humanos, que nos tornam seres agressivos, depredadores da natureza, usuários de drogas, violentos e absurdos.

Do ensinamento dado pelo mestre Samael e que pode ser comprovado por nós, conclui-se que também é um absurdo a teoria do Eu Superior e Eu Inferior conforme se apregoa a psicologia convencional; porque estes são partes da mesma coisa, assim como o ponto de partida e o ponto de chegada de um móvel pertencem a uma mesma trajetória de movimento. Assim como o ponto inicial e o ponto final de um segmento de reta formam duas secções de uma mesma coisa, a inferior e a superior, o Eu Superior e o Eu Inferior em nós são dois aspectos do mesmo ego pluralizado, tenebroso e absurdo.

O Eu Divino ou Eu Superior é um disfarce, ideologicamente formulado pelos inimigos da paz e da justiça social. Certamente é uma evasiva, uma escapatória, para manter a sociedade na obscuridade, na ignorância e na violência generalizada. Dentro de nossa personalidade persona em castelhano, que em grego significa máscara, vivem muitíssimas personagens diferentes entre si; algumas boas, outras más, umas melhores, outras piores, algumas gulosas que nos levam a comer excessivamente, outras beberronas que nos levam aos bares e outras luxuriosas que nos levam ao abuso sexual, ao adultério e à fornicação; há aquelas iradas que nos levam ao desentendimento, à agressividade, à briga, à morte; há outras cobiçosas que nos levam a trabalhar compulsivamente, outras preguiçosas que nos conduzem à inércia total, etc.

Cada agente psicológico luta por sua hegemonia no espaço psicológico; querem exclusividade e tentam controlar o centro intelectual por meio de pensamentos, o centro emocional através de sentimentos, o centro motriz por meio de movimentos, o centro sexual através do sexo desenfreado e o centro instintivo pelo automatismo da mecânica do reino animal, conforme nos ensina a Psicologia Revolucionária do Dr. Samael.


58. HORA DA MOBILIZAÇÃO.

Prezados amigos, eis que é chegada à hora da nossa mobilização articulada na luta contra a violência. Abram o seu coração, nos dê as mãos. Vem! Vamos construir uma ponte para a paz? A violência urbana devastadora, dos dias de hoje, é uma componente da violência generalizada, que tornou tão horrorosa a cacarejada civilização moderna, Deixando-a espantosamente feia, destituída dos valores morais, espirituais e éticos.

Esta civilização já não reúne mais as qualidades transcendentais de urbanidade, por isso está totalmente descosmificada, destituída da beleza interior. Já não faz mais jus ao qualificativo de humana. Deveria ser qualificada de sociedade desumana, devido ao hipertrofiamento do seu ego e ao grau de violência que alcançou.

Enquanto uma pequena parte da sociedade se envaidece com a tecnologia de ponta produzida pela ciência, há por toda parte milhões de pessoas montadas na infelicidade, na fome, na miséria, na desnutrição, no desemprego, no empobrecimento progressivo, provocados pela economia globalizante.

A sociedade se tornou espantosamente cruel e feia. A caridade encolheu, o amor murchou e ninguém sente mais pena de ninguém. Os mendigos, os drogados, os desempregados, os sem-terra, os sem-teto, os sem-nada, se amontoam pelas calçadas das ruas, pelas praças, pelas praias, etc. e ninguém os nota, ninguém se sensibiliza com eles, ninguém se apieda deles. Os corações endureceram, as pessoas perderam a sensibilidade e a capacidade de assombro. Não importamos mais com o nosso semelhante, por que perdemos os sentimentos da alteridade e da empatia!

Há os carros do ano, os televisores, os computadores, os bens e insumos da tecnologia de ponta expostos nas lojas; há os mostruários, as vitrines dos luxuosos shoppings, que definitivamente estão fora do alcance dos deserdados pela sorte. Isto é desequilíbrio social, é violência generalizada, calcados na injustiça social.

As pessoas dos centros urbanos destes tristes tempos tornaram-se agressivas, desassossegadas, ansiosas, tensas, estressadas, demasiadamente grosseiras. A amizade, a sinceridade, a solidariedade, a preocupação com o semelhante e a empatia, etc, são valores que se tornaram perdidos pela sociedade urbana.

Gemem os famintos desnutridos, os doentes sem assistência médica e hospitalar. Da mesma forma, murmuram as multidões, impregnadas de encargos sociais: impostos exorbitantes de todos os tipos, pesados aluguéis, etc. As dívidas e a inadimplência pegam a todos indistintamente; da mesma forma que nos devem, devemos aos outros, como dizia o Dr. Samael. Ninguém vive com tranqüilidade, todos estão mergulhados nas preocupações que estão despedaçando o cérebro e ninguém mais tem felicidade.

A maior parte dos políticos, dos detentores do poderio econômico, revestidos de ostentação, brinca com a diplomacia e se apóia na burocracia, faz malabarismo político, sem importar um pouco com a dor dos povos, com o sofrimento dos pobres, a multidão de famintos.

Se os pobres não são felizes por estes tempos de dificuldades, os ricos também não são e muito menos, a classe média que fica entre a cruz e a espada. Como disse o Dr. Samael: "ricos e pobres, crentes e descrentes, comerciantes e mendigos, sapateiros e funileiros, vivem porque têm que viver; afogam no vinho suas torturas até se converterem em drogados para escapar de si mesmos".

As pessoas das cidades tornaram-se agressivas, tensas, stressadas, maliciosas, receosas, descosmificadas, astutas, perversas, etc. Todo mundo engana todo mundo. Ninguém acredita mais em ninguém. A burocracia (desconfiança) aumenta escandalosamente, dia após dia. Impõem-se registros de todas as espécies, fichas de controles de presenças, relógios-de-ponto, certificados, documentos, etc., tanto nas instituições produtivas, que ainda é admissível, quantos nas instituições religiosas e esotéricas, que a meu ver é um absurdo.

Já não há mais empregos para todos. Já não há mais felicidades para a maioria dos seres humanos. Com a inversão de valores, perdeu-se o verdadeiro sentido da convivência coletiva, da solidariedade, da amizade, do amor, etc. A televisão, o cinema, os meios de comunicação em massa banalizaram intensivamente o sexo, tornando-o animalesco, selvagem, desprovido do romantismo e do amor. Casam-se hoje, separam-se amanhã. Em média, os casamentos estão durando cerca de dois ou três anos, aproximadamente. A infrassexualidade: homossexualismo, lesbianismo, sadismo, masoquismo e todo tipo de sexo deturpado, tornaram-se comuns e normais nesta época de valores invertidos.

Boa parte da internet está desvirtuada, comprometida com os ideais da infrassexualidade, está sendo instrumentalizada a serviço do mal, usada para propagação ideológica ou comercial de idéias e produtos nocivos à sociedade.
Infelizmente, a Internet com sua extraordinária capacidade de comunicação, possui inúmeros escritos, inúmeras páginas preenchidas por ideais macabros, por mentes distorcidas e criminosas, que estão interessadas em disseminar a violência sob as mais variadas formas: erotização, banalização do sexo, anomalias sexuais, como a pedofilia, onanismo, lesbianismo, homossexualismo e muitos outros tipos de sexos antinaturais, pervertidos, etc; há aí também venda de drogas, armas e instruções para fabricação de bombas, etc.

Há crimes hediondos, seqüestros, guerras e mais guerras, revoltas e mais revoltas, guerrilhas e mais guerrilhas, atropelamentos no trânsito, batalhas violentas nos campos de futebol, nos clubes sociais, nas grandes aglomerações, etc. Onde quer que haja concentração de pessoas reside o perigo. Há roubo, assaltos e execuções de todos os tipos, há muita confusão nas cabeças das pessoas; é o caos instalado! E o caos é o beco-sem-saída, deixado pelo rastro da violência. No caos há muita perda de energia e de esforço, porém não aparecem soluções para os problemas. Caos é caos, é razão de ser da desordem, comandado pela entropia.

Para vivermos equilibradamente em meio ao caos, buscando a paz, permanentemente, e a felicidade, precisamos conhecer e aplicar a Psicologia Revolucionária do Dr. Samael. Com a vivência da Psicologia Revolucionária, certamente pensaríamos e agiríamos diferentemente.

Muitas pessoas desta época confundem prazer com felicidade. Apesar de existirem realmente momentos prazerosos, muito bons e etc, entretanto isto não é felicidade. Orgias, erotização, glutonaria, etc, não trazem felicidade. Se não conhecermos a prática da Psicologia Revolucionária, passamos a vida toda atrás da felicidade por todos os lados e chegamos à morte sem tê-la encontrado. Não há neste mundo cruel, que vivemos, pessoas realmente felizes; toda massa humana é muito infeliz, seja constituída de pobre, miserável ou de rico.

Há muitos ambiciosos cheios de dinheiro e carregados de problemas, de medo de seqüestro, de assalto, etc. Conclusão: não são felizes! De que adianta ser rico de coisas materiais, se espiritualmente for desprovido de amor, de paz, de felicidade, etc? Estes pobres magnatas são mais desgraçados do que os pobres mendigos da rua. A verdadeira paz, a verdadeira felicidade está diretamente ligada às coisas internas, não têm conexão com as coisas materiais externas, efêmeras, com as coisas que passam com o tempo e que dependam do dinheiro.

Em busca da tão propalada paz, muitos se perdem pelo caminho, tentam escapar da rota da infelicidade através das drogas, do alcoolismo; porém colidem frontalmente com a violência e ficam presos definitivamente no submundo das drogas, dos vícios, etc.

Ao estudar e aplicar a Psicologia Revolucionária do Dr. Samael descobre-se as reais causas da violência, da miséria, do desemprego, da fome, da dor, das amarguras, da infelicidade, etc. E só quando descobrirmos as causas verdadeiras de tanta amargura, de tanta violência, de tanta infelicidade, é que podemos traçar estratégias para erradicá-las.

A unidade dos lares se perdeu definitivamente, a família se decompôs e as escolas desviaram as suas funções, se transformaram em depósitos de gente, com objetivos assistencialistas, já não possuem uma didática transformativa calcada em objetivos educacionais. A escola está apenas adestrando a parte animalesca do ente humano, ao rechear o ego e hipertrofiar o intelectualismo, sem se que tocar na sua essência transformativa, para promove-lo à cidadania ecológica.

Para erradicar a violência urbana já não serve mais as teorias desprovidas da prática vivenciada, as promessas de campanhas de políticos, as demagogias, as boas intenções e os discursos distanciados da ação; precisamos de atos concretos, de todos nós, articulados através da mobilização da sociedade como um todo.

Para erradicarmos a violência, precisamos conhecer as leis universais de causa e efeito, a dialética da dualidade. Precisamos com urgência saber de fato qual é a real causa da violência. Saber o que se esconde ideologicamente por detrás de tudo isto. Precisamos compreender que as causas da violência, do nosso sofrimento individual e da dor universal do coletivo humano, têm origem no ego.


A unidade dos lares se perdeu definitivamente, a família se decompôs e as escolas desviaram as suas funções, se transformaram em depósitos de gente, com objetivos assistencialistas, já não possuem uma didática transformativa calcada em objetivos educacionais. A escola está apenas adestrando a parte animalesca do ente humano, ao rechear o ego e hipertrofiar o intelectualismo, sem se que tocar na sua essência transformativa, para promove-lo à cidadania ecológica.

O Dr. Samael apresenta um caminho para todos nós conhecermos todas as coisas caóticas que se encontram em nosso interior, para identificarmos as causas de toda esta podridão, para buscarmos e questionarmos o porquê de tudo isto, no livro GRANDE REBELIÃO, da editora gnose e outras.


59. MOBILIZAÇÃO CONTRA VIOLÊNCIA.

Felizmente, a sociedade está se mobilizando e se articulando para combater a violência. Devemos nos animar e intensificar os atos de construção da paz, porque se atuarmos na causa, até poderemos mudar o efeito, as conseqüências da violência e evitar o caos social que está por vir.

A violência urbana tem crescido assustadoramente por conta de uma série de fatores decorrentes da hipertrofiação dos agentes do ego, apoiada na falta de perspectiva dos jovens, no desemprego dos pais, etc. Os interesses econômicos se sobrepõem à fome, a miséria, etc, que saltam aos nossos olhos em quase todas as esquinas, ruas e avenidas, em hospitais, presídios, etc, da maioria das nossas cidades. Segundo estimativa da Unicef, cerca de dois milhões de crianças morreram em conflitos armados nos últimos 10 anos, como vítimas indeléveis da violência generalizada.

Nossas crianças, adolescentes e os desempregados são vítimas de uma violência não declarada, que é magistralmente ofuscada pela ideologia neoliberal da camada dominante. A imprensa tem divulgado com muita propriedade, o que acompanhamos com muita tristeza: denúncias, relatos de maus tratos, assassinatos, impunidades, corrupção, etc., mostrando as vítimas e os atores da violência. Porém, os verdadeiros autores e as verdadeiras causas da violência, a imprensa não ousa mostrar.

A camada dominante da sociedade, dos setores conservadores, esconde a verdadeira violência, que é a concentração de renda e a injustiça da má distribuição desta, o desemprego, a ausência de política habitacional, a má assistência à saúde e à educação da massa social majoritária. Portanto, todas as pessoas de bem, que ainda não estão corrompidas pela violência exacerbada da concentração de renda, que têm consciência do beco-sem-saída que a violência nos colocou, devem lutar pela construção da paz das crianças e dos adolescentes e promoverem atos, passeatas, etc, em defesa da vida.


60. CONSTRUÇÃO COLETIVA DA PAZ SOCIAL

A paz social deve constituir-se em objetivo mundial, a ser construído coletivamente pelo conjunto das nações, através de todo os povos. A paz social não advém casualmente do nada, a esmo, gratuitamente. Ela só pode ser construída coletivamente, com a participação ativa de todos segmentos da sociedade, através de ações concretas de cada um de nós cidadãos, com muito sacrifício. Para isso, precisamos aprender a aprender como construí-la.

Dialeticamente sabemos que só se constrói a paz erradicando a violência e reconquistando os valores éticos, morais e espirituais, perdidos pelos seres humanos.

A violência generalizada está crescendo em PG. Se hoje, cinco pessoas são vitimadas por ela, amanhã serão 25, depois de amanhã, 625, etc, até que se cumpram as previsões de que a terceira quarta parte da humanidade seja extinta, aproximadamente 4,5 bilhões de pessoas, que serão dizimadas pelas diversas formas de violência! Se nada fizermos para reversão das causas da violência, enquanto ainda há um pouquinho de tempo, as conseqüências serão catastróficas para o destino da humanidade.

Vivemos num universo de causa e efeito, onde todos nós somos co-autores e vítimas da violência. Se não combatermos as causas desta, a ocorrência de seus efeitos se constituirá num dado certo. Nos nossos dias atuais faz necessário repensar a trajetória da humanidade, no momento em que sua continuidade se vê ameaçada pelo crescimento da violência generalizada na ecologia, nos esportes, na família, nas escolas, nos shows, nas aglomerações, na sociedade, etc.

O corpo social da humanidade está em decomposição pela corrupção dos dirigentes públicos, pela erotização dos meios de comunicação, pela deturpação na Internet, pela guerrilhas nas cidades, no campo, pelos seqüestros, pelas chacinas, pela banalização da vida, etc. Os valores morais, éticos e espirituais do ente humano foram invertidos e este se tornou desumano.

Reconquistar os valores éticos, morais e espirituais dos entes sociais, constitui-se em objetivo geral do PROJETO MUNDIAL DECOMBATE À VIOLÊNCIA, que deverá ser levado adiante através da família, das escolas, das religiões, dos sindicatos e dos diferentes segmentos sociais, no mundo todo.


61. GLOBALIZAÇÃO NEOLIBERALISTA DESAFIA A PAZ.

A globalização econômica, o pseudoprogresso humano, o empobrecimento e o caos social de onde originam? Qual é a raiz de tudo isto? Será que há priorização do econômico, ou do social nas administrações e na construção da existência aqui no Planeta? Multidões de pessoas já estão morrendo de fome, de miséria, por falta das mínimas condições de dignidade humana, em meio à apocalíptica globalização econômica. A etapa neoliberal do capitalismo comete o erro de priorizar o econômico em detrimento do social. Daí vem violência social, o desequilíbrio do ambiente e muita miserabilidade.

Como não há prioridade pela vida, pelo o humano, pelo social, já a esta altura dos acontecimentos, só há globalização do econômico. Por que não há globalização da justiça social e na distribuição econômica para o bem estar do ser humano? Como o interesse pelo o econômico sobrepõe o social, a alimentação do ser humano está contaminada por todo tipo de agrotóxico, hormônios, inseticidas, etc, etc., que trazem todo tipo de doenças e mutações genéticas aos entes sociais.

Como na tarefa de construção da existência humana sobre a terra há mais interesse pela morte do que pela vida, aproximadamente 3/4 da população dos trabalhadores trabalham a favor da morte, contrário à vida, fabricando bombas, na industrialização de artefatos e insumos bélicos, bombas atômicas, bombas microbianas e na composição e execução de tarefas inerentes aos enormes contingentes militares que guarnecem as nações da Terra.

Há um enorme contingente militar por todas as nações do mundo, em estado de alerta, prontos a destruir tudo aquilo que a maquinaria egóica edificou. Há muita gente que trabalha na sustentação deste poderoso contingente militar: cientistas, profissionais de diversas áreas, donas de casa, crianças, etc.

Como a política de construção da existência humana não prioriza a vida, estão morrendo milhões de pessoas de fome, de pestes, de drogas, de guerras, etc., vitimadas pela violência econômica imposta pelo violento homem moderno, detentor do poderio econômico, político e militar. Os violentos gananciosos construíram industrias em bosque, devastaram áreas de enorme importância para preservação dos ecossistemas terrestres, cometeram e cometem crimes bárbaros contra a natureza, contra a vida e contra a humanidade e ao explorarem madeiras, petróleo e outros minérios indiscriminadamente, convertem o planeta em algo que caminha a passos largos para a desertificação.

O dióxido de carbono se multiplicou, formando uma grossa camada, uma capa na atmosfera. Tal capa está como filtro das fatalidades. O clima da Terra já está mais quente do que o normal, o calor já está fundindo o gelo dos pólos e o nível dos oceanos já está subindo avassaladoramente, a ponto de se constituir numa ameaça para as cidades costeiras do mundo inteiro. Um novo Dilúvio universal de águas pastosas, muito quentes, um verdadeiro melado ígneo, um fogo escaldante das lavas vulcânicas do fundo do mar, está às portas. Devido às inclinações dos eixos da Terra, decorrente das violências aplicadas à ecologia, das alterações provocadas pelo homem à natureza, os pólos já estão se transformando em equador e vice-versa.

Estranhas enfermidades estão aparecendo, impossíveis de serem curadas e os médicos estão atônitos. Ocorrem graves desordens na atmosfera, em decorrência do impedimento da entrada da luz solar e dos raios ultravioletas pelo smog e outros. Estamos já vivenciando as alterações climáticas, ciclones espantosos, furacões, tufões, terremotos, grandes catástrofes, movimentação do gelo polar para o equador, etc. E o pior de tudo, apesar das campanhas de conscientização e da legislação ambiental existente, o violento homem moderno continua destruindo a flora e fauna, contaminando o solo, o ar e os mares, os mananciais de água potável, destruindo os manguezais, destruindo o plâncton, etc., estamos assistindo uma tragédia mundial sem precedente.

A quantidade de oxigênio produzida vai diminuindo gradativamente, devido à diminuição da quantidade de radiação solar, indispensável à fotossíntese, em decorrência das atividades industriais descomedidas. As reservas de oxigênio estão se esgotando muito rapidamente, em decorrência da a contaminação dos mares e oceanos e à destruição do plâncton. Como conseqüência imediata de tudo isto estão morrendo os vegetais, os animais e os seres humanos. As pessoas estão morrendo de sede, porque a água está contaminada, já não existem água potável para todas pessoas, devido às contaminações industriais, devido à exploração descomedida dos poços de petróleo e outros tipos de poluição.

Mesmo nas ditas águas potáveis reaproveitadas, tratadas, etc, os cientistas têm encontrado vírus de todos os tipos, microrganismos patogênicos, bactérias de tuberculose, tifo, varíola, larvas, etc. As epidemias se fazem presentes e quase todos os tipos delas estão voltando atualmente. Há investigação científica que assegura que grande parte das águas do pacífico e do atlântico já está contaminada com resíduos radioativos, em decorrência das explosões atômicas.

O homem comete uma das piores violências ao aniquilar as aves, os animais e os plânctons marinhos que produzem 70% do oxigênio terrestre. O violento homem moderno está aniquilando todas as espécies viventes, com a devastação desmedida da natureza, ao colocar nela grandes quantidades de petróleo, de inseticidas de toda espécie, múltiplas substâncias químicas, gases venenosos, gases neurotóxicos, detergentes, lixos que estão indo para os mares, etc. Os mares e oceanos foram convertidos em uma grande lixeira do mundo dito civilizado e evoluído.

O violento homem moderno está resolutamente empenhado em destruir o Planeta. Quer destruir a natureza e a vida que nela existe. Quer ampliar a violência e acabar com a paz, transformar terra num grande deserto inabitável. E a questão toda é que está conseguindo o seu propósito.

Lamentavelmente a humanidade caminha para um beco-sem-saída, para o caos, para o fim de si mesma, pois o homemóide apocalipticamente está destruindo os ecossistemas e a vida com velocidade espantosa.

O Violento homemóide moderno está conseguindo o seu objetivo de acabar com a vida no Planeta, ao contaminar os oceanos, os mares e os lagos e o ar com tanta imundice, ao envenená-los com a fumaça dos carros e os poluentes das indústrias. O violento homemóide moderno está destruindo o mundo com violentas explosões atômicas subterrâneas e cometendo todo tipo de abuso à crosta terrestre com elementos prejudiciais. O homemóide que está destruindo a si próprio, submeteu o planeta Terra a um longo estado de dor profunda. O Planeta está em agonia! As causas da destruição já estão postas a termo; os efeitos logo advirão e as conseqüências serão drásticas para os seres humanos e para todo ser vivo. Se nada fizermos para reversão destes fatos, irreversivelmente haverá de acontecer uma grande catástrofe apocalíptica na Terra.

O liberalismo, modernamente neoliberalismo, está exaurido ao representar a condenação da humanidade, leva-la ao fracasso, à miséria, à pobreza, à violência, etc. Ai os homemóides mais fortes continuam a engolir os mais fracos, num perverso processo de autofagia humana, inconseqüente, irresponsável e antiecológico, numa total oposição aos princípios holísticos da Ecologia Profunda.

Já há uma compreensão mundial construída acerca da perversidade da globalização econômica imposta pela truculência intransigente do capitalismo "selvagem" neoliberalista. A camada consciente da sociedade sabe que a maioria das políticas neoliberalistas, utilizadas nas últimas décadas, ao invés do combate à pobreza, que deveria ser a sua real função, promoveu uma diferença uma diferença cada vez maior entre o desenvolvimento dos pises ricos e pobres, aumentando a exclusão social, a miséria, a pobreza e a violência generalizada entre os povos. E por causa das políticas equivocadas de homemóides neoliberalistas do antropocentrismo, a violência à ecologia deverá continuar aumentando.


62. PROJETO CULTURA DA PAZ E NÃO VIOLÊNCIA NA TERRA.

As pessoas que não são coniventes com a violência compreendem que para formarmos uma cultura de paz, precisamos construir uma cidadania ecológica. Devemos lutar pela não exclusão social, por uma sociedade mais igualitária, em que a educação seja uma prioridade de fato entre as políticas públicas.

Para eliminar a possibilidade de um fracasso total da sociedade humana, certamente deve-se tomar muitas medidas acerca do bem, em todas as instâncias do sistema social: família, igreja, sindicatos, sociedades de melhoramentos de bairros, escolas, etc. A cultura da paz deve se constituir em algo a ser assumido como um projeto de vida por todos nós. O sucesso da humanidade atual dependerá do sucesso da paz nas escolas, nos esportes, na ecologia e na consciência. Por isso, o sucesso da paz entre os seres humanos deve se constituir em objetivo maior de todos nós.

Há uma forte razão para lutarmos pela erradicação da violência e irradiação da paz nas escolas, nos esportes, na ecologia, etc. Estamos ficando sem paz e devemos lutar reconquistá-la, pois ela é o nosso bem maior. É o momento para quem praticam o bem, trabalhar intensivamente a serviço da paz; para que possa tentar persuadir quem pratica a violência, pêra que reflita, se transforme e comece a praticar o bem e a paz.


ALGUMAS AÇÕES PARA AJUDAR IRRADIAR A PAZ.
1. Igrejas, sindicatos, escolas, etc, deverão organizar reuniões para estudo, reflexão e atividades de irradiação da paz.
2. Planejar e desenvolver atividades acerca da paz, com alunos e pessoas em geral.
3. Igrejas, sindicatos, escolas e outras instituições deverão fazer reuniões com representantes de comunidades, para elaboração e execução de projeto de Cultura da Paz.
4. Jornais, rádio, televisão e a mídia em geral, deverão propagar o projeto Cultura da Paz entre os povos do mundo inteiro.


63. POPOSTA PARA CONSTRUÇÃO DA PAZ NA TERRA.

A todas pessoas do mundo conturbado que estamos vivendo nestes tempos difíceis, apresento minha proposta de construção da paz, como cidadão, que juntamente com vocês, está vivendo no beco-sem-saída que a violência nos coloca! Espero assim estar contribuindo para pacificar a humanidade, que está um tanto quanto meio louca, a estas alturas dos acontecimentos, já bastante caótica, em decomposição!

Espero que você também elabore sua proposta para paz, entre para o Projeto Violência Não do Movimento Vivavida com Paz, nos apresente críticas e propostas, para juntos construirmos a paz. A paz social só pode ser construída com a participação de cada um de nós no coletivo da massa social.

Em l986 sai da cidade de Itariri, SP, para dar aulas na cidade de São Paulo. Foi quando tomei conhecimento do universo da violência escolar, ao observar o comportamento agressivo da maioria dos alunos, o desassossego, as inquietudes de tendência agressivas, a falta de respeito, a ausência de valores éticos, morais e espirituais. Conclui que o interior de uma sala de aula é um palco de dramatização da violência, onde as peças são apresentadas, uma após outra, na forma de desrespeito ao professor, desacatos, ameaças, etc, por alunos que desrespeitam ao professor, não respeitam seus colegas, não respeitam a si mesmos, fazem do templo da aprendizagem o palco da violência.

Foi ai que percebi que a violência escolar é extensão da violência familiar, da ecológica e da social e que cresce diariamente em progressão geométrica, de maneira assustadora, a ponto de colocar em risco a continuidade da vida no planeta, se nada fizermos para reversão das causas desta. E para reverter este quadro caótico é que resolvi dar minha singela contribuição para o processo de construção da paz, fundando o MOVIMENTO VIVAVIDA COM PAZ.

O Movimento Vivavida com Paz pertence à humanidade, e está para ser construído por todos nós que tomamos consciência das dimensões caótica da violência. Ele terá a configuração final que desenharmos, terá a pintura que fizermos. Então, vamos desenhá-lo?

O Movimento já conta com um projeto de construção da paz, com livros editados pela Editora Evirt e outros em processo de edição, está conectado ao Projeto Jornal Escola e Comunidade da do Jornal A Tribuna de Santos e conta com o apoio da Editora Evirt, sua maior divulgadora e incentivadora.

Então, meus caros amigos professores, coordenadores e diretores, ao fazer o lançamento oficial aqui hoje, de um trabalho que começou em 1986, presto conta à humanidade do que fiz a ela até agora, e do que pretendo fazer daqui para frente, juntamente com todos os envolvidos e os que se envolverem no processo de construção de dias mais felizes para a sociedade humana, ao participarem do PROJETO DE COMBATE ÀS CAUSAS DA VIOLÊNCIA.

OBJETIVOS GERAIS.
Levar o aluno aprender a:
1. Praticar auto-observação de si mesmo, para descobrir e erradicar estados psicológicos equivocados, geradores de violência, tais como ansiosidade, agressividade, tensão, etc.
2. Despertar o interesse pelo conhecimento de si mesmo, para eliminar de dentro de sua psique os fatores que causam violência.
3. Praticar técnicas de relaxamento, de concentração, para perceber e eliminar os agentes do desequilíbrio emocional.
4. Perceber e conscientizar-se acerca do beco-sem-saída em que a sociedade foi colocada pela violência generalizada e elaborar planos para sair daí.
5. Viver a vida sem violência, lutando sempre pela construção da paz.
6. Lutar pela reconquista dos valores éticos, morais e espirituais perdidos, eliminando os defeitos geradores da violência, criando as virtudes geradoras da paz.
7. Refletir para compreender a responsabilidade que todos nós temos na luta contra a violência, para construir a paz.
8. Desenvolver faculdades de percepção, de atenção, de observação, discriminação, análise, síntese, dedução e criatividade acerca do processo de criação da paz.
9. Adquirir hábitos de pesquisar assuntos acerca da violência, em jornais, revistas, livros, etc, para auto-sensibilização.
10.Conhecer os Três Fatores de Construção da Paz, contidos nos Fatores de Revolução da Consciência instituídos pelo Dr. Samael Aun Weor.


CONTEÚDOS.
1. O que é a paz.
2. A violência nas escolas.
3. A Violência na família.
4. A Violência onde há aglomeração de pessoas: shows jogos, comícios, etc.
6. Violência social.
7. Violência nas instituições públicas.
8. Violências nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
9. Disciplina e ordem.
10.Fatores de causas da violência: ansiosidades, tenção, agressividade, desassossego, etc.
11. Autoridade, autoritarismo, limites e permissividade.
12. Perdas de parâmetros éticos.
13. Erotização na mídia, na televisão, no cinema, na música, na internet, etc.
14. As causas da depredação, da pichação e do usou de drogas nas escolas.
15. O ego e a essência.
16. Pseudo Educação.
17. Punição: forma de castigo ou de discriminação.
18. Educação não combina com competição.
19. Psicologia da Violência.
20. Técnicas para dissolução da violência.
21. Educação e violência múltipla.
22. Ação nas causas da violência.
23. Propostas concretas de combate à violência.
24. Educação Revolucionária.
25. Ecologia Holística ou profunda.
26.As Florestas Tropicais do Mundo.
27.A Estrutura de uma Floresta tropical.
28.Os animais de uma Floresta Tropical.
29.O Homem e as Florestas Tropicais.
30.Florestas em extinção.
31.Preservação das Florestas tropicais.


ESTRATÉGIAS.
1. Aulas expositivas e dialogadas.
2. Leitura e interpretação de textos de violência, em jornais, revistas, livros, etc.
3. Discussão das atividades desenvolvidas pelos alunos acerca da violência.
4. Trabalhos individuais ou grupos sobre violência, utilizando as diversas técnicas de dinâmica de grupo.
6. Entrevistas feitas pelos alunos a especialista em assuntos de violência.
7. Realização de visitas dos alunos a pessoas atingidas pelas diversas formas de violência.
8. Projeção de filmes sobre violência.
9. Realização de pesquisas bibliográficas.
10.Leitura em jornais dos assuntos inerentes à violência cotidiana.
11.Painéis sobre violência.
12.Seminário sobre violência.
13.Debates acerca da violência.
14.Escrever cartas e mandar e-mails ao maior número possível de pessoas acerca da violência generalizada.
15.Colocar placares sobre violência nas escolas e em locais de grandes concentrações de pessoas.
16.Feitura de Composições, pelos alunos, sobre violência, com auxílio professores de português, utilizando textos de jornais, revistas, livros, etc.
18.Montagem do histórico da violência generalizada, nos quatro cantos do mundo, com orientação de professores de história.
19.Mapeamento pelos alunos da violência no mundo, com auxílio dos professores de geografia.
20.Retratação da violência pelos alunos, com auxílio dos professores de educação artística.
21.Elaboração pelos alunos da estatística da violência mundial, com auxílio do prof. de matemática.
22.Elaboração pelos alunos de propostas de paz.
23.Participação dos alunos em campanhas pela paz.
24.Elaboração pelos alunos de cruzadinha sobre a violência e a paz.
25.Composição feita pelos alunos sobre a paz e não violência, na forma de tragédia, comédia, drama, etc.
26.Entrevistas feitas pelos alunos com especialistas em Florestas Tropicais, em Botânica e Ecologia Holística.
27.Palestras Feitas por especialistas em Florestas Tropicais, em Botânica, em Zoologia e em Ecologia profunda.
28.Realização de atividades de campo, visita a Jardins, Parques e ecossistemas naturais.
29.Utilização de material audiovisual.


QUESTÕES PARA REVISÃO, REFLEXÃO E DISCUSSÃO.
1. Sabendo-se que holisticamente o Universo possui a tendência de sintetizar as unidades em totalidades organizadas, qual é a conexão que as plantas estabelecem entre o Sol e os demais seres vivos?
2. Sabendo-se que o Sol é a base da cadeia alimentar, qual é o papel dos vegetais nesta cadeia?
3. De onde vem a energia da lenha que se queima nos fornos das pizzarias?
4. O que é fotossíntese?
5. Defina ecossistema, fatores bióticos e abióticos.
6. Quais as diferenças entre seres autótrofos e heterótrofos?
7. Que é Holística, qual é o seu papel?
8. Qual a diferença entre movimento de rotação e de translação da Terra?
9. Qual é o seu endereço no Cosmos?
10. Considerando que a Terra representa para o Cosmos o que um grão de areia representa para um oceano e que ela foi criada para abrigar bilhões de pessoas, você não acha que seria um desperdício muito grande de material e de tempo, criar um imenso cosmo só para isso? Qual é sua opinião?
11. Quais as principais diferenças entre Ecologia Holística ou Profunda e a Ecologia Convencional?
12. Elabore uma proposta para Preservação das Florestas e dos ecossistemas em geral.
13. Há riscos de todas as florestas tropicais do mundo desaparecerem? Explique como.
14. Existem tipos diferentes de florestas tropicais? Quais são?
15. O que é uma floresta tropical?
16. Onde se localizam as florestas tropicais?
17. Que relação você faz entre florestas tropicais do mundo e Pangéia?
18. Solicite auxílio da prof ª de Português e Faça uma composição sobre Ecologia Holística, sobre as florestas tropicais e outros ecossistemas, destacando sua importância para o homem e o reino animal, sua exuberância, sua beleza e, principalmente o que você e todos nós devemos fazer para preservá-la.
19.Peça ajuda à professora de Educação Artística e retrate artisticamente o que você fez na questão anterior.
20. Solicite ajuda da Prof ª de Geografia e represente num mapa de vegetação a localização das florestas tropicais, principalmente as do Brasil.
21. Solicite ajuda da professora de História e descreva o histórico das florestas tropicais.
22.Fale sobre a devastação das florestas tropicais e outros ecossistemas, ressaltando queimadas e desmatamentos.
23. Elabore um projeto de preservação das florestas tropicais.
24. Elabore algumas cruzadinhas ou palavras cruzadas sobre florestas tropicais.

Objetivos Específicos.
1. Reconhecer as características gerais das florestas tropicais.
2. Reconhecer as funções das florestas tropicais.
3. Entender a importância da vapo-transpiração. Entender a importância da fotossíntese para as plantas e para os demais seres vivos da Terra.
4. Compreender a relação fotossíntese-respiração e sua importância para.
5. Reconhecer as adaptações e as inter-relações, a interdependência e a simultaneidade dos fenômenos naturais entre seres brutos, animais e plantas das florestas tropicais.
6. Reconhecer as florestas tropicais, os ecossistemas e mecânica a holística da natureza cósmica, para o desenvolvimento de atitudes corretas de preservação destes.


AVALIAÇÃO.
1. Observação contínua das atividades desenvolvidas pelos alunos.
2. Pratica de relaxamento, de concentração e de exercícios ergonométricos, para harmonizar-se com a natureza, com a vida e com o cosmos.
3. Argüições orais.
4. Relatórios das atividades de campo.
5. Avaliação de pesquisas realizadas pelos alunos, individual ou em grupo.
6. Auto-avaliação de desempenho.


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E RECOMENDADA.

1. A Violência nas Escolas - Summus Editorial - Autor Claire Colombier.
2. Indisciplina na Escola - Summos Editorial - Autor Júlio Groppa Aquino.
3. Os Construtores da Paz - Editora Moderna-Autora Maria Tereza Maldonado.
4. Tratado de Psicologia Revolucionária - Editora Gnose - Autor Samael Aun Weor.
5. Disciplina: O Limite na Medida Certa - Autor Dr. Içami Tiba.
6. Educação Fundamental - Autor: Samael Aun Weor - Editora Gnose.
7. Punição e Depredação - Editora Papirus - Autora Àurea Mª Guimarães.
7. Vigiar e Punir - Autor Michel Faucalt - Várias Editoras.
8. A Educação do Homem Integral - Martin Claret Editores - Autor Humberto Rohden.
9. Ambiente: Componentes e Interações - Autores Sebastião Rodrigues Fontinha Filho e Paulo Maurício Silva - Companhia Editora Nacional.
10.A Teia da Vida- Autor Fritjof Capra- Editora Cultrix, São Paulo.
11.O Ponto de Mutação - Autor Fritjof Capra- Editora Cultrix, São Paulo.
12.Planeta Rojo - Autor VM. Rabolu.

Notas

1 - Graduado em Ciências, Física, Matemática e Pedagogia (Vivavida com Paz), Santos. E-mail: [email protected]. Site: http://sites.uol.com.br/maudasi/


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