O DIVÓRCIO COMO PRAGA SOCIAL

O divórcio é uma ofensa grave à lei natural. O cônjuge recasado passa a encontrar-se em situação de adultério público e permanente.

2385 O caracter imoral do divórcio deveria também da desordem que introduz na célula familiar a na sociedade. Esta desordem acarreta graves danos: para o cônjuge que fica abandonado; para os filhos, traumatizados pela separação dos pais, e muitas vezes em desavença entre si; e pelo seu efeito de contágio, que faz dele uma verdadeira praga social.

2386 Pode acontecer que um dos cônjuges seja a vítima inocente do divórcio decidido pela lei civil; neste caso ele não vila o preceito moral. Existe uma diferença considerável entre o cônjuge que se esforçou sinceramente por ser fiel ao sacramento do Matrimônio e se vê injustamente abandonado, e aquele que, por uma falta grave de sua parte, destrói um casamento canonicamente válido.

(Catecismo da Igreja Católica)



Comentário:

- "Cada divórcio é um tragédia para as pessoas envolvidas, e geralmente não se sai dele sem enormes sofrimentos. Quando os casais têm filhos, são eles as vítimas da maior ofensa, pois são não só privados do amor e da solicitude recíproco entre os pais, aos quais eles têm direito, mas com freqüência são empobrecidos e, às vezes, até mesmo se tornam instrumento das hostilidades entre os pais. Por vezes, ao procurarem reconstruir a própria vida, muitas pessoas divorciadas procuram a felicidade numa nova relação e contraem um matrimônio civil."

- "Devemos exprimir a nossa fé no sacramento do matrimônio: união definitiva de um homem e de uma mulher batizados em Cristo; união ordenada ao acolhimento e à educação dos filhos (cf. Gaudium et spes, 48).

Constatamos que o Sacramento do matrimônio é uma riqueza para o próprio casal, para a sociedade e para a Igreja. Ele comporta um amadurecimento sob o sinal da esperança para aqueles que desejam fortalecer o seu amor na estabilidade e fidelidade, com a ajuda de Deus que abençoa a união deles. Essa realidade redunda em benefício de todos os outros casais.

Em muitos países, os divórcios tornaram-se uma verdadeira 'praga' social.

Estes 'insucessos' são uma fonte de sofrimento quer para os homens de hoje, quer sobretudo para aqueles que vêem desvanecer o projeto do seu amor conjugal.

A Igreja Católica é mais do que nunca sensível ao sofrimento dos seus membros: ela assim como se alegra com os que vivem na alegria, de igual modo chora com aqueles que choram (cf. Rm 12, 15).

'Estes homens e estas mulheres saibam que a Igreja os ama, não está longe deles e sofre pela situação. Os divorciados novamente casados são e permanecem seus membros, porque receberam o batismo e conservam a fé cristã'.

Os padres, portanto, cuidem daqueles que sofrem com a conseqüência do divórcio, sobretudo dos filhos; preocupem-se com todos e, sempre em harmonia com a verdade do matrimônio e da família, procurem aliviar a ferida infligida ao sinal da aliança de Cristo com a Igreja.

- Quando o casal em situação irregular volta à prática cristã, é necessário acolhê-lo com caridade e benevolência, ajudando-o a esclarecer o estado concreto da sua condição, através dum trabalho pastoral iluminado e iluminante. Esta pastoral de acolhimento fraterno e evangélico, para aqueles que tinham perdido o contato com a Igreja, é de grande importância: é o primeiro passo imprescindível para os inserir na prática cristã. É preciso aproximá-los da escuta da palavra de Deus e da oração, inseri-los nas obras de caridade que a comunidade cristã realiza em favor dos pobres e necessitados, e estimular neles o espirito de arrependimento, com obras de penitência que preparem os seus corações para acolher a graça de Deus.

Um capítulo muito importante é o que se refere à formação humana e cristã dos filhos da nova união. Torná-los partícipes de todo o conteúdo da sabedoria do Evangelho, segundo o ensinamento da Igreja Católica, é uma obra que prepara maravilhosamente os corações dos pais para receber a força e a clareza necessárias superarem as dificuldades reais, que existem no seu caminho, e para readquirirem a plena transparência do mistério de Cristo, que o matrimônio cristão significa e realiza."

(João Paulo II - L'Osservatore Romano de 01-02-97)



Resumo:

2400 O adultério e o divórcio, a poligamia e a união livre são ofensas graves à dignidade do casamento.



Como é necessário para os filhos que os pais vivam unidos! A tragédia começa no processo do divórcio, da disputa pela guarda dos filhos. Depois a competição que é tão freqüente, entre os pais para disputar o amor dos filhos. As marcas são inevitáveis.

"Ama-se verdadeiramente e até ao fundo, só quando se ama para sempre, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Os próprios filhos não têm uma necessidade extrema da união indissolúvel dos próprios pais, e não são talvez eles mesmos, muitas vezes, as primeiras vítimas do drama do divórcio?"

Oração:

Ó Deus,

concedei aos esposos cristãos

que, pelo sacramento do matrimônio,

comuniquem um ao outro os dons do Vosso amor

e, sendo um para o outro um sinal da Vossa esperança.

Se tornem um só coração e uma só alma.

Concedei-lhes também

que sustentem com seu trabalho o lar fundado

e eduquem os filhos segundo o Evangelho,

a fim de participarem no Céu de Vossa família.

(Oração sobre a esposa e o esposo)





MATRIMÓNIO, O SACRAMENTO DO AMOR



Deus nos fez para a felicidade, não nascemos para viver sozinho, mas sim com uma companhia. O Pai quando criou o homem, deu à ele uma companhia: Eva. Deus também acrescentou: "Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne" (Gn 2,24).

Esse ato de se juntar com o sexo oposto para juntos viverem em uma só carne é o próprio Sacramento do Matrimônio. Vamos agora conhecê-lo melhor, para juntos sabermos o que ele vem a nos proporcionar. O Sacramento do Matrimônio é um Sacramento de Serviço (junto com a Ordem), através dele nos unimos ao sexo oposto para juntos construirmos uma família. O Matrimônio é uma doação total ao outro e à Deus, somos chamados a construir uma família cristã, com pensamentos retos e morais. Hoje, o Maligno vem se apoderando deste Sacramento como se fosse algo qualquer, ele usa do casal como forma de destruir, eliminar, desconcertar o convívio familiar. São muitos os casamentos feitos na Igreja Católica que possui objetivos contrários a conduta cristã, ou seja, muitos são os casais que vão para o altar com desejos carnais e com o seguinte pensamento:

"Se não der certo, nos separamos".

Muitos falam como é difícil aceitar o Sacramento da Ordem, ou seja, pensam que ser sacerdote é uma grande dificuldade nos dias de hoje. Só que tanto a Ordem como o Matrimônio são Sacramentos de Serviço, que necessitam da doação total dos que receberam o Sacramento. A missão do sacerdote é direcionar o povo ao caminho de Deus. A missão do casal é direcionar a família ao caminho da Santidade e do Amor Fraterno. Não podemos deixar de lembrar que é através do Sacramento do Matrimônio que nasce as vocações sacerdotais, vindas da educação que os familiares deram ao vocacionado. Podemos chegar então à conclusão que o Sacramento do Matrimônio é uma vocação, devemos estar preparados para direcionar e educar filhos e Filhos de Deus no caminho da Santidade. A grande prova da falta de preparo de muitos casais nos dias de hoje, são os inúmeros casamentos que não dão certo.

O divórcio é força do maligno, foi criado para separar a união que Deus criou entre dois de seus Filhos. Podemos então chegar a conclusão que o Sacramento do Matrimônio é uma das grandes obras divinas, que foi criado para o Amor Familiar. A Família é o grande investimento que Deus criou, é através dela que se educa cidadãos retos procurando a imitação de Cristo Jesus.






AS FAMÍLIAS CRISTÃS


As famílias cristãs exemplares são verdadeiras igrejas domésticas e células vivas da sociedade.

Existe grande interesse no matrimônio e na família visto numa profusão incessante de livros, artigos e discussões na imprensa e de políticos que referenciam "valores familiares". Embora nem todas as soluções propostas aos problemas familiares sejam de ajuda; muito pelo contrário, algumas são destrutivas, o interesse em si é bem vindo.

Há problemas contudo, sendo o pior deles o relativismo cultural, que olha todas as formas de família e substitutos de família como idênticas e nenhuma como referência; relativismo individual que apoia o que quer que os indivíduos considerem certo como direitos adquiridos. Isto leva a práticas como coabitação, divórcio, aborto, infanticídio e eutanásia.

O Papa João Paulo II rejeita tal premissa em sua doutrina sobre a liberdade humana.

O relativismo apoia esforços de desagregação da idéia de família, cujas raízes estão no marxismo e em teorias psicoanalíticas. É encontrado hoje no feminismo, na mentalidade a favor do divórcio, na prática homossexual, no movimento do preservativo e cultura da morte, elementos do movimento pelos direitos das crianças, setores de subcultura psicoterapêutica e iniciativas certas do chamado "estado de governanta".

Defendemos a família estável composta por um homem e uma mulher com crianças, cercada de familiares e todos interagindo e integrando-se de maneira amorosa.

O grande presente a ser dado à família de hoje é uma valorização da liberdade responsável e cuidada, vivida e assumida, calcada na verdade moral e direcionada à vocação matrimonial e vida em família.






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