O AMOR IMPLICA LIBERDADE
Deus não se pronuncia explicitamente ante nós para respeitar nossa liberdade.
Muitos duvidam desta asseveração. Mas se Deus é amor, e o amor é Deus, como explicou São Paulo, pergunto: é possível amar alguém sem respeitar a liberdade dessa pessoa? Pode existir amor auténtico entre o chefe de um uma plantação e seu escravo?
A necessidade da liberdade, de nossa liberdade, é explicada pelo amor infinito que Deus sente por nós. E esse amor infinito implica, além à liberdade, a bondade e a justiça.
Uma Entidade Amável não seria Deus se não respeitasse nossa liberdade. Não seja um Criador Amoroso se não respeitar a justiça. A justiça para o outro é uma premissa inevitável do amor. Pode um juiz sentir amor verdadeiro por um criminoso a quem termina de julgar com prevaricação?
O único que quero é deixar patente a necessidade ineludível da liberdade do homem como condição indispensável para corroborar o amor infinito que Deus sente por nós. E esta liberdade somente pode ser auténtica se nós pudermos renegar de Deus.
Nós temos a liberdade "para esquecer" a Deus, como muitos ateos . E nós temos essa liberdade porque Deus não se pronuncia. Se Ele se pronunciasse, nós teríamos que aceitá_Lo à força, pela evidência dos fatos. E então nós não teríamos a liberdade. E o amor, se não for livre, não pode em nenhum caso ser verdadeiro.
A fim de compreender este assunto nós não temos que esquecer_nos do fundamental: Deus É AMOR.
Os cristãos têm duas tendências. Aqueles que têm sentido obrar a Deus com poder em suas vidas (com um sanamento, uma conversão, um fato poderoso, alguma miragre, etc....) dizem que Deus é evidente, ou muito visível. Outros cristãos, entretanto, pensam que aquele ocorre somente em casos muito limitados e de que mesmo assim não O faz evidente: nós defendemos que Deus é um Deus escondido. Dá sempre a luz para acreditar também e maravilhar_nos... mas o justo a duvidar. Pede um "ato da aceitação", ou como o inventor do cálculo das probabilidades diria, o brilhante matemático Pascal, "uma aposta". [ o Pascal apostou perto sim a Deus, mas a recordar sempre que é uma aposta razoável, embora não evidente ].
Na outra mão, o silêncio de Deus podia ser interpretado de diversas formas:
1-Deus não está calado, mas é necessário O escutar, para saber suas línguas.
2-Deus não está calado, mas sem um ato da confiança por Sua parte você não o poderá escutar.
3-Deus não está calado, mas tampouco não nos grita limitando nossa liberdade.
4-Deus não está calado: fala com nossos semelhantes.
Isto não significa que Deus não se preocupe de nós. O caso é que nós não somos bebês nem crianças. Nós somos crianças adolescentas. Nosso Pai deixou-nos alimentos, as ferramentas, a casa, etc.... Ele fia em nós para que sigamos adiante. Além, nosso Irmão Maior vem para explicar_nos que nosso Pai preparou uma casa ainda melhor para nós, mas somente para os adultos, maduros, e também aqueles que O amam loucamente.
Mas muitos adolescentes preguiçosos não querem entrar, querem tudo isso aqui, marcar suas próprias réguas do jogo, protestam, etc....
Algums matarom nosso Irmão Maior: "com qual custa manter esta casa, a que vem falar de Otra Mais Melhor? E de onde o Irmão Maior saiu?"
O caso é que o Irmão Maior organizou alguns adolescentes para preparar suas viagems, eles começam a amar a casa nova do Pai sem deixar o trabalho na casa velha, que segue a nosso cargo.
Os seguidores do Irmão Maior são a Igreja, e estão convencidos de que ensina seu Fundador porque o viram morrer e reviver e ensinou-lles conseqüentemente as fotos e os planos da casa nova (o corpo glorificado do Resucitado é a Primícia do que serão nossos corpos a embora... em que sentido? A igreja, quando algo não sabe, cala.)
Que o Pai não limpe todos os cantos a casa (e nós não sabemos quantos limpa privadamente) não significa o abandono do domicílio: deixou muitas coisas e pessoas que nos ajudam a crescer e a nos alimentar.
Por exemplo, deixa-nos o pão e vinho da Eucaristia, mas é liberdade nossa a aceitar a ou não...
Em nenhum caso, nossa casa não é esta. Os velhos cansam da vida. Todas as coisas nos fartam quando são um pouco repetidas. Nada nos contemta.
Quando obtivemos algo que nós desejamos, deixamos de valora-lo. O tempo parece_nos algo estranho: nós falamos sempre de se me excede ou falta. É evidente que nós não estamos feitos para este mundo, que nós não coubemos absolutamente, que a matéria cansa-nos e o tempo é estranho para nós.
Nossa casa é outra, a verdadeira Casa do Pai.
Nós diremos somente lá: "finalmente eu estou na casa".
Dito de uma outra forma: os quatro argumentos dados são válidos, mas é necessário aceitá_los. As accusaçoes de abandono que algums Lhe atribuem não são coherentes para os cristãos, desde que não nos abandoou, embora deixou-nos todo o necessário para chegar a Ele. Deus, como Pai Bom, deve se dedicar a reparar tudo o que nós fazemos mal, todos os danos que nós causamos ao outro? E com a responsabilidade que fazemos? Nós aprenderíamos algum dia que nossos atos têm conseqüências? Na outra mão veja que muitas pessoas que sofreram alguma doença ou a desagrácia estão mais sensibilizadas cara o sofremento dos outros.
Em resumo: Deus NÃO SE PRONUNCIA PARA RESPEITAR NOSSA LIBERDADE. Assim de simples. Se você quiser ter a opção da fé, é essencial que o Deus não se pronuncie.
Desta forma, você sempre terá o recurso de negá_lo. Porque Ele não se impoe a ninguem. Todos os que querem renegar de Ele podem o fazer, e Ele respeitará sua decisão.
Somentes aqueles que decidem livremente a aceita-lo como Pai, como Deus e Mesias podem
optar a estar em Sua presença. Porque Deus, nos deu à liberdade para algo, não quer
marionetas nem robôts, mas homens livres que decidem livremente seu destino.
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