O que é o Fórum Centro Vivo |
A
proposta do Fórum Centro Vivo – fundado no dia 10 de dezembro de
2000 – surgiu no encontro “Movimentos populares e Universidade”, organizado
por estudantes da Universidade de São Paulo (USP), pela Central
dos Movimentos Populares (CMP) e pela União dos Movimentos de Moradia
(UMM), em maio de 2000. Desde então, temos nos reunido com o objetivo de articular todas as pessoas que lutam pelo direito de permanecer no Centro e transformá-lo num lugar melhor e mais democrático, contrapondo-se, assim, ao processo de renovação urbana e exclusão que vem ocorrendo em São Paulo. Durante as atividades para sua formação, o Fórum passou a congregar movimentos populares, universidades, pastorais e entidades diversas (de defesa dos direitos humanos, educação, cultura, habitação, etc) na busca da construção de um espaço político comum, que fortaleça as lutas sociais e crie uma nova perspectiva de ação. O Fórum Centro Vivo reúne aqueles que defendem os seguintes princípios: |
|
1
– Lutar por Justiça Social e pela Reforma Urbana, contra toda forma
de segregação por classe social, raça, etnia, gênero,
orientação sexual e faixa etária. |
|
2
– Defender a função social da propriedade, contra a especulação
imobiliária e a retenção de imóveis vazios,
sejam estes públicos ou privados. |
|
3
– Por uma política de habitação popular para a área
central com ampla participação, desde sua formulação
até a execução e gestão. |
|
4
– Apoiar as formas de produção e distribuição
por cooperativas e empresas auto-geridas, baseadas nos princípios
da construção de uma economia solidária. |
|
5
– Pelo uso democrático do espaço público, e por isso,
contra o controle privatizado das ruas, calçadas e praças.
|
|
6
– Garantir a acessibilidade ampla ao Centro, privilegiando o transporte
coletivo e seu planejamento, a manutenção dos calçadões
de pedestres e a redução de barreiras físicas para
idosos, crianças e portadores de deficiência. Contra a ampliação
da circulação de automóveis particulares. |
|
7
– Defender a preservação da história e da memória
como patrimônio vivo, transformado no uso e apropriação
cotidianos e, assim, contra a sua monumentalização e museificação.
|
|
8
– Por uma política cultural que inclua o acesso democrático
à produção, circulação e fruição
dos bens culturais, assim como o direito à informação,
como instrumentos essenciais à construção da cidadania
e de uma cidade justa e solidária. |
|
9
– Contra o tratamento repressivo da população na área
central (principalmente do povo de rua, prostitutas, gays e travestis,
crianças e adolescentes, encortiçados, movimentos populares
e ambulantes). |
|
10
– Questionar a legitimidade de Operações Urbanas e outras
ações do poder público, que tenham por fundamento
um processo de valorização imobiliária, mesmo que
sob a justificativa de gerarem contrapartidas sociais. |
|
11
– Garantir a Participação Popular na Subprefeitura Centro,
nos Conselhos de Representantes e no Orçamento Participativo, na
definição das Políticas Urbanas e no acompanhamento
dos investimentos e serviços públicos na região.
|
|
12
– Apoiar os movimentos populares e outras formas de luta pelos direitos
sociais no Centro (como, por exemplo, o direito à moradia reivindicado
nas ocupações de imóveis públicos vazios realizadas
pelos movimentos). |