Do fim
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Nenhum segredo é sagrado. Nenhuma guerra é santa.

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Nem o bode do ultimo gole
e o silencio mortal dos instrumentos
nem o chiado da brasa do fumo
ou fantoches autistas fora de prumo.
Nem teu beijo molhado
machado cortando a alma
nem as partes de mim vagando
entornando sangue nos plugs,
nada importa
nem o barulho da tua carne abrindo
úmida certeza de um instante divino
mas instantes bonitos acabam
nada disso importa
vou atravessar a porta
que dá pra dentro de mim
ligar o som
e escutar a voz do fim.

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