Como surgiu a terapia cognitiva comportamental
"As origens históricas da
terapia cognitiva, datando de 1956, podem ser resumidas como segue. Aaron
Beck, na tentativa de fornecer apoio empírico para certas formulações
psicodinâmicas de depressão (que Beck achava serem corretas na época),
encontrou algumas anomalias - fenômenos inconsistentes com o modelo
psicanalítico. Especificamente, a conceitualização psicanalítica (Freud,
1917/1950) afirma que os pacientes deprimidos manifestam hostilidade
retrofletida, expressada como 'masoquismo' ou uma 'necessidade de sofrer'.
Contudo, em resposta a experiência de sucesso (atribuições de tarefa
graduada em um ambiente de laboratório), os pacientes deprimidos pareciam
melhorar em vez de resistir a tais experiências (Beck, 1964; Loeb, Beck &
Diggory, 1971). Isto levou Beck e seus colegas a novos estudos empíricos e
observações clínicas, na tentativa de entender as anormalidade. O eventual
resultado foi a reformulação da depressão como um transtorno caracterizado
por uma profunda tendência negativa. O conteúdo fenomenal desta tendência
incluía expectativas de resultados negativos (conseqüências do
comportamento) na esfera pessoal, e uma visão negativa de self, contexto e
objetivos. Concomitantemente, foram feitas tentativas de modificar o
conteúdo e as distorções cognitivas negativas, resultando em desenvovimento
e avaliação de estratégias terapêuticas. Subseqüentemente, o modelo foi
aplicado a outros transtornos para testar os limites da nova formulação.
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