Fetos
em tumba são de filhas gêmeas de
Tutancâmon, diz análise Plantão | Publicada em 01/09/2008 às 07h45m Dois
fetos mumificados encontrados na tumba do faraó
egípcio Tutancâmon poderiam ser
de suas filhas gêmeas que nasceram mortas, indica a
análise preliminar do DNA
dos corpos pelo anatomista britânico que há quatro
décadas estuda os despojos
do rei egípcio. As
novas descobertas serão apresentadas nesta segunda-feira
pelo professor Robert
Connolly, da Universidade de Liverpool, em uma conferência
sobre farmácia e
medicina do Egito Antigo na Universidade de Manchester. "Estudei
uma das múmias, a maior, em 1979, determinei o grupo
sangüíneo desta múmia bebê
e comparei com o grupo sangüíneo de
Tutancâmon que defini em 1969. Os
resultados confirmaram que este feto maior poderia ser da filha de
Tutâncamon", afirmou Connolly. "Agora
acreditamos que são gêmeas e ambas suas filhas. A
análise do DNA que está sendo
realizada pelo grupo do Dr. Hawass, no Egito (Zahi Hawass,
secretário-geral do
Conselho Supremo de Antigüidades egípcio), vai
contribuir com outra peça-chave
para essa questão." Os
fetos foram encontrados na tumba de Tutancâmon, em Luxor, em
1922. Sabe-se que
o faraó, que morreu há três
milênios quando tinha apenas 19 anos, casou-se com
Ankhesenamun, filha da rainha Nefertiti, aos 12 anos de idade. Mas o
casal não
teve nenhum filho que tenha sobrevivido, acreditam os estudiosos. Connolly
afirmou que a tese dos dois bebês gêmeos "se
encaixa bem na idéia de uma
única gravidez de sua jovem esposa". "É
uma descoberta muito animadora, que não apenas pinta um
retrato mais detalhado
da vida e morte desde jovem rei, como também nos conta mais
sobre sua
linhagem", acrescentou. Os
despojos de Tutancâmon foram examinados em testes de DNA e
tomografia
computadorizada em 2005. Estas foram as primeiras múmias a
serem submetidas a
estes testes, na tentativa de aportar novas
informações à história dos
governantes egípcios da Antigüidade. Tutancâmon
governou o Egito de A
diretora da conferência, a professora Rosalie David, disse
que a tumba e a
múmia de Tutancâmon "têm nos dado muita
informação sobre a vida no Egito
Antigo, e pelo jeito continuarão dando por algum tempo". O
evento em que as conclusões serão apresentadas
reúne mais de cem delegados de
cerca de dez países e é realizado em parceria
entre a Universidade de
Manchester e o Centro Nacional de Pesquisas, no Cairo. Para
mais notícias, visite o site da BBC
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