Egito pesquisará dois fetos mumificados encontrados na tumba de Tutancâmon

06/08 - 11:13 - EFE

Cairo, 6 ago (EFE).- O Egito começou uma pesquisa para esclarecer a origem de dois fetos mumificados encontrados na tumba de Tutancâmon em 1922 e que se acredita que sejam de dois filhos do faraó que nasceram mortos, informaram hoje fontes oficiais.

O Conselho Supremo de Antigüidades do Egito (CSA) anunciou hoje em um comunicado o início de uma pesquisa científica em colaboração com a Faculdade de Medicina da Universidade do Cairo.


Os restos mortais, que estão nas instalações da universidade, serão submetidos a uma tomografia computadorizada e terão amostras de DNA colhidas.

A tomografia computadorizada permite "desembrulhar" virtualmente as múmias graças às 1.500 fotografias transversais tiradas dos cadáveres, com as quais é possível formar uma imagem tridimensional do corpo.

O secretário-geral do CSA, Zahi Hawass, cujas declarações estão na nota divulgada hoje, explicou que o propósito do estudo é conhecer a linhagem da família de Tutancâmon.

Além disso, as pesquisas servirão para identificar a mãe dos fetos.

Hawass acrescentou que esta pesquisa poderia permitir a identificação da múmia da rainha Nefertiti, mulher do faraó Akhenaton.

Segundo alguns especialistas, Akhenaton poderia ser o pai de Tutancâmon, cuja ascendência é desconhecida.

Os pesquisadores compararão as amostras obtidas dos fetos com os de outras múmias para tentarem esclarecer certos vínculos que ainda não foram concretizados.

Arqueologia. Fetos encontrados no túmulo do rei egípcio em estudo

Testes ao ADN de dois fetos encontrados no túmulo do faraó Tutankhamon deverão confirmar, brevemente a eventual paternidade do rei egípcio. Um arqueólogo local espera ainda ter a certeza de que a avó dos fetos seja a rainha Nefertiti.

O ADN dos dois fetos, que se julga terem sobrevivido entre cinco a sete meses durante a gravidez da mãe, vai ser comparado ao de Tutankhamon na Universidade do Cairo. Contudo, os resultados só deverão ser conhecidos em Dezembro.

O
líder do Conselho Superior de Antiguidades do Egipto, Zahi Hawass, referiu que os testes podem ajudar a conhecer a árvore genealógica da família Tutankhamon, que sempre despertou a curiosidade dos egiptologistas e dos historiadores, em geral. "Pela primeira vez, vamos poder identificar a família do rei Tut", garantiu em declarações citadas pela BBC.

"Esta descoberta vai ajudar a identificar a múmia de Nefertiti", explicou ainda o especialista, lembrando que esta, até hoje, ainda não foi localizada com toda a certeza.

Ambos os fetos foram encontrados no Vale dos Reis, perto de Luxor, no ano de 1922, por Howard Carter. Desde então, foram mantidos na Escola de Medicina do Cairo, sem que pudessem ser vistos pelo público. Especialistas acreditam ainda que a mãe dos fetos é Ankhesenamon, a única mulher conhecida de Tutankhamon e filha de Nefertiti.

O ADN de Tutankhamon foi examinado e digitalizado em 2005, naquele que foi um dos primeiros governantes do seu tempo a ter a identidade confirmada. Tutankhamon foi rei do Egipto entre 1333 e 1324 a.C. e terá ascendido ao poder com nove anos. Alguns especialistas acreditam que se casou três anos depois com Ankhesenamon mas o casal não deixou descendência.

A curiosidade dos historiadores à volta da sua figura vem do facto de o seu túmulo ter sido encontrado quase intacto, em 1922, pelo explorador Howard Carter.
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A tumba de Tutancâmon foi descoberta em 26 de julho de 1922 pelo arqueólogo inglês Howard Carter, durante as escavações que realizava em Luxor. EFE ju/wr/fal.



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