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Eça de Queirós

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Biografia

Autor: Eça de Queirós

Nacionalidade: Portuguesa

Escritor:1845-1900
 
 1845: Em 25 de Novembro, nasce na Póvoa do Varzim José Maria Eça de Queirós. - 1855: Entra como aluno interno no Colégio da Lapa, no Porto. - 1861: Matricula-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. - 1864: Conhece Teófilo Braga. - 1865: Representa no Teatro Académico e conhece Antero de Quental.
 
 - 1866: Forma-se em Direito. Instala-se em Lisboa, em casa do pai. Parte para Évora, onde funda e dirige o jornal Distrito de Évora. - 1867: Sai o primeiro número do jornal. Estreia-se no foro. Regressa a Lisboa.
 
-1869: Assiste à inauguração do Canal de Suez. - 1870: É nomeado Administrador do Distrito de Leiria. Com Ramalho Ortigão, escreve O Mistério da Estrada de Sintra. Presta provas para cônsul de 1ª classe, ficando em primeiro lugar. - 1871: Conferências do Casino Lisbonense.
 
- 1872: Cônsul em Havana. - 1873: Visita os Estados Unidos em missão do Ministério dos Negócios Estrangeiros. - 1874: É transferido para Newcastle. - 1876: O Crime do Padre Amaro. - 1878: O Primo Basílio. Escreve A Capital. - 1878: Ocupa o consulado de Bristol. - 1879: Escreve, em França, O Conde de Abranhos.
 
-1880: O Mandarim. - 1883: É eleito sócio correspondente da Academia Real das Ciências. - 1885: Visita em Paris Émile Zola. - 1886: Casa com Emília de Castro Pamplona. - 1887: A Relíquia. - 1888: Cônsul em Paris. Os Maias. - 1889: Assiste ao primeiro jantar dos "Vencidos da Vida". - 1900: A Correspondência de Fradique Mendes. A Ilustre Casa de Ramires. Em 16 de Agosto morre em Paris. 
 
(http://www.vidaslusofonas.pt/eca_de_queiros.htm)   

 

 

O Primo Basílio

 
 
O Primo Basílio    
 
Publicado em 1878, o romance O Primo Basílio é uma análise muito bem realizada acerca do casamento e do comportamento burguês. Bastante influenciado por Madame Bovary, de Gustave Fiaubert, Eça de Queirós tem em Emma Bovary o modelo para a construção de Luísa, personagem frágil, sonhadora, romântica. Luísa casara-se com o engenheiro Jorge, apesar de não amá-lo. Tendo que viajar para o Alentejo, Jorge deixa a esposa em Lisboa, sozinha, entregue a uma vida de tédio, pois Luísa não tem nenhuma ocupação. Um dia, recebe a visita de seu primo Basílio, antigo namorado, recém-chegado do Brasil.
 
Tornam-se amantes em pouco tempo, encontrando-se frequentemente em um quarto alugado especialmente para esse fim amoroso. Logo a criada Juliana descobre o relacionamento e intercepta a correspondência da patroa, escondendo as cartas comprometedoras de Luísa a Basílio. A criada passa a fazer chantagem com a patroa, e Luísa, desesperada, propõe a Basílio que fujam. Este não aceita a proposta da amante e parte sozinho para Paris. À mercê da empregada, Luísa torna-se pouco a pouco uma verdadeira presa nas mãos de Juliana: é obrigada a fazer o serviço doméstico em lugar da criada e sua situação fica insustentável. Jorge retorna do Alentejo e estranha bastante a situação da esposa.
 
Luísa, desesperada, procura o amigo Sebastião e pede-lhe ajuda. Sebastião pressiona Juliana e recupera as cartas comprometedoras. A criada morre. Luísa fica doente em seguida. Um dia recebe uma carta de Basílio, que Jorge lê e toma conhecimento das relações entre a esposa e o primo. Quase convalescente, a moça tem uma recaída, delirando e entrando em estado irrecuperável. Termina por falecer. 
 
Breves Comentários: Em O Primo Basílio, encontramos uma análise dos mecanismos do casamento e do comportamento da pequena burguesia lisboeta. Eça deixa transparecer que escreve com o objectivo social, ao atacar a família lisboeta, que para ele é produto do namoro, reunião desagradável de egoísmos que se contradizem e, ao atacar a pequena burguesia, através de um grupo social alicerçado em falsas bases no meio da transformação moderna. 
 
No decorrer da história o narrador nos mostra como se deu o casamento de Luísa e Jorge : – Quanto a Jorge : "Ele, nunca fora sentimental (...) Quando a sua mãe morreu, porém, começou a achar-se só (...) Decidiu casar. Conheceu Luísa, no verão (...) Apaixonou-se pelos seus cabelos louros, pela sua maneira de andar, pelos seus olhos castanhos muito grandes. No Inverno seguinte foi despachado, e casou."
E assim esse casamento sem maiores raízes, naufraga no adultério com a aproximação de um vulgar sedutor, o primo Basílio; o primeiro namoro de Luísa.
 
 
 

Os Maias

 

 
Os Maias
 
A acção de "Os Maias" passa-se em Lisboa, na segunda metade dos séc. XIX. Conta-nos a história de três gerações da família Maia.
A acção inicia-se no Outono de 1875, altura em que Afonso da Maia, nobre e rico proprietário, se instala no Ramalhete. O seu único filho – Pedro da Maia – de carácter fraco, resultante de um educação extremamente religiosa e proteccionista, casa-se, contra a vontade do pai, com a negreira Maria Monforte, de quem tem dois filhos – um menino e uma menina. Mas a esposa acabaria por o abandonar para fugir com um Napolitano, levando consigo a filha, de quem nunca mais se soube o paradeiro. O filho – Carlos da Maia – viria a ser entregue aos cuidados do avô, após o suicídio de Pedro da Maia.
Carlos passa a infância com o avô, formando-se depois, em Medicina em Coimbra. Carlos regressa a Lisboa, ao Ramalhete, após a formatura, onde se vai rodear de alguns amigos, como o João da Ega, Alencar, Damaso Salcede, Palma de Cavalão, Euzébiozinho, o maestro Cruges, entre outros. Seguindo os hábitos dos que o rodeavam, Carlos envolve-se com a Condessa de Gouvarinho, que depois irá abandonar. Um dia fica deslumbrado ao conhecer Maria Eduarda, que julgava ser mulher do brasileiro Castro Gomes. Carlos seguiu-a algum tempos sem êxito, mas acaba por conseguir uma aproximação quando é chamado Maria Eduarda para visitar, como médico a governanta. Começam então os seus encontros com Maria Eduarda, visto que Castro Gomes estava ausente. Carlos chega mesmo a comprar uma casa onde instala a amante.
Castro Gomes descobre o sucedido e procura Carlos, dizendo que Maria Eduarda não era sua mulher, mas sim sua amante e que, portanto, podia ficar com ela.
Entretanto, chega de Paris um emigrante, que diz ter conhecido a mãe de Maria Eduarda e que a procura para lhe entregar um cofre desta que, segundo ela lhe disse, continha documentos que identificariam e garantiriam para a filha uma boa herança. Essa mulher era Maria Mão Forte – a mãe de Maria Eduarda era, portanto, também a mães de Carlos. Os amantes eram irmãos...
Contudo, Carlos não aceita este facto e mantém abertamente, a relação – incestuosa – com a irmã. Afonso da Maia, o velho avô, ao receber a notícia morre desgosto.
Ao tomar conhecimento, Maria Eduarda, agora rica, parte para o estrangeiro; e Carlos, para se distrair, vai correr o mundo.
O romance termina com o regresso de Carlos a Lisboa, passados 10 anos, e o seu reencontro com Portugal e com Ega, que lhe diz: - "falhamos a vida, menino!".
 
 (http://www.citi.pt/cultura/literatura/romance/eca_queiroz/maias_resumo.html)

 

O Crime do Padre Amaro

 
 
 
O Crime do Padre Amaro
 
 
O Crime do Padre Amaro aborda os efeitos destrutivos do celibato num sacerdote de carácter débil e os perigos do fanatismo numa cidade de província; O Crime do Padre Amaro  foi um dos primeiros romances de Eça. Apareceu em 1875 na revista Ocidental, em Lisboa, e, um ano mais tarde, como livro. Este romance aborda um tema que ainda conserva um carácter de actualidade: o caso dos sacerdotes que violam o celibato eclesiástico porque este foi imposto desde a adolescência, sem contar com um a verdadeira vocação religiosa.
O Crime do Padre Amaro  situa a acção na cidade de Leiria e tem como protagonista o jovem sacerdote Amaro que, recém-saído do seminário, descobre lentamente que a jovem Amélia está apaixonada por si. Após muitos sofrimentos, cuja evolução é magistralmente retratada do ponto de vista psicológico, Amaro e Amélia consumam o seu amor que Eça Queiroz regista, sem sombra de dúvida, como explosão explícita do desejo sexual numa sociedade hipócrita e puritana.
Apesar da sua intriga melodramática, O Crime do Padre  destaca-se pela delicadeza literária de Eça que, com este livro iniciou o chamado realismo Português. Romance Anticlerical, no qual se põe em causa o celibato como um fracasso reiterativo da igreja católica que deve – segundo se diz no romance – renovar-se apoiada na razão e na experiência, O Crime do Padre  causou muita indignação entre os católicos mas circulou livremente, sem nenhum tipo de censura ou proibição, no Portugal de 1876.
 
 
 

 

 

 

 

 

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